webnovel

A Princesa Esquecida Rosa

Anos atrás, quando ela era apenas uma menina, Rosa fugiu com seus dois amigos Alexandre e Matias, exatamente quando estavam prestes a ser marcados como escravos e vendidos para trabalhar em um bordel. A infelicidade se abateu sobre o grupo quando Matias ficou preso e, para salvar seus amigos, Rosa se sacrificou para distrair o filho do dono do bordel, Graham, que os perseguia. Rosa fez seus amigos prometerem que, em troca de seu sacrifício, eles voltariam para libertá-la. Conforme os anos passaram e Rosa se reuniu com seus amigos, ela aprendeu que nem todas as promessas seriam cumpridas. Presas em um bordel com um homem que deseja transformá-la em sua mulher, Rosa inicia um relacionamento inesperado com Zayne Hamilton, um general de outro reino. Zayne oferece-se para comprá-la de Graham e abre caminho para que seu sacrifício não seja esquecido.

Violet_167 · Geschichte
Zu wenig Bewertungen
337 Chs

Capítulo 12

Rosa se afastou do depósito em chamas. As chamas no interior da sala iluminavam o exterior, iluminando seu rosto enquanto ela olhava para as pessoas por trás do estrago.

Rosa se virou para longe de Zayne e começou a correr. Ela tinha uma pequena janela de oportunidade para sair do bordel e não podia desperdiçá-la ficando aqui parada com um homem que não conhecia.

Zayne observou enquanto ela aproveitava sua chance de correr. Ele estava curioso para saber quão longe ela conseguiria sair do bordel graças ao seu plano. Ele teve que aplaudi-la por ser tão ousada para fugir dali. Todos os outros pareciam aceitar seu destino.

Zayne se moveu para longe do depósito antes que as chamas pudessem alcançá-lo. Ia haver muito problema quando todas as garrafas começassem a quebrar e mais álcool fosse adicionado ao já terrível incêndio.

Longe dele, Rosa se escondeu enquanto os servos do bordel notavam o fogo e corriam para tocar o sino para alertar que havia problemas.

Os guardas de Graham foram os primeiros a ir verificar o problema, depois os clientes saíram dos quartos que tinham alugado, provavelmente pensando que os guardas da cidade estavam ali. Havia mulheres gritando e homens berrando enquanto a noite deles era interrompida.

Rosa se esgueirava por eles, rumo à outra saída em vez dos portões da frente. Era muito perigoso ir até lá quando todos estariam correndo para escapar do incêndio. Se uma das mulheres, servos ou guardas a avistasse, eles chamariam por Graham.

Rosa parou nos portões que levavam a um pasto onde Graham mantinha seu precioso cavalo. Atrás dos pastos havia um caminho para ela chegar às montanhas e bem longe da cidade. Rosa se espremeu pelas pequenas barras, seu corpo doendo, pois ela não era tão pequena quanto quando tentou escapar em seus dias mais jovens.

Ela tinha ido de receber pão velho durante os dias que seria vendida a Graham para ele a fazer comer mais do que precisava.

"Mais um pouco," Rosa gemeu, torcendo o corpo para conseguir soltar a perna direita.

À frente de Rosa, ela avistou um rosto familiar que desejava poder esquecer. Seus olhares se encontraram mais uma vez e, em vez de correr até Matias em busca de ajuda novamente, Rosa se forçou a sair das barras e se dirigiu para a escuridão.

Matias não podia acreditar em seus olhos que tinha visto Rosa tentando fugir. Era loucura que seu palpite estivesse certo de que ela tinha sido trazida para este bordel anos atrás. "Merda," ele xingou, correndo atrás de Rosa para pegá-la.

Seu escape significava que ele poderia silenciá-la sem que ninguém soubesse. Matias não conhecia esta Rosa, então não confiava nela para manter o silêncio.

Essa era a única coisa em que ele conseguia pensar para esconder seu segredo.

Justamente quando Matias tocou o portão de metal para tentar puxá-lo aberto, o som de algo batendo contra o portão o assustou. Ele olhou para baixo para ver uma pequena faca e quando olhou para cima, pronto para lutar contra o idiota que tinha jogado uma faca em sua direção, ficou surpreso ao ver Zayne Hamilton.

"Ops," Zayne olhou para a sua mão direita. "Meus dedos estão escorregadios."

Matias soube imediatamente pelos olhos azuis quem era esse homem e que isso não tinha sido um engano. O bastardo estava tentando feri-lo. "Você é audacioso para começar uma briga em nossas terras," ele disse, sua atenção agora afastada de Rosa, pois ele não podia deixar o estrangeiro sair impune disso.

Zayne ignorou o homem à sua frente e tentou avistar até onde ela tinha ido. A escuridão a havia engolido, então ninguém veria para onde ela fugiu. Ele não podia deixar de notar que ela havia conseguido sair.

"Que porra você está fazendo aqui? Nossas mulheres não devem ser usadas por gente como você," Matias disse, ainda mais irritado pensando que o inimigo estava se deitando com mulheres desta cidade.

"Então, são apenas os homens daqui que devem aproveitar-se de mulheres vendidas para essa vida? Estou bem à sua frente, pois não toquei em nenhuma. Me disseram que poderia me divertir aqui, mas me decepcionei. Faça um salto," Zayne disse, permitindo que Matias o corrigisse. "Vamos ver se consegue me entreter."

"Seu bastardo!" Matias gritou, tentando agarrar a gola de Zayne, mas em vez disso se viu chutado para o lado.

Era insultante para um homem de seu status entre os homens do rei ser chutado pelo inimigo assim.

Matias se virou, pronto para lutar, mas hesitou quando mais estrangeiros chegaram ao lado de Zayne. Matias olhou em volta procurando o resto dos homens do rei com quem tinha vindo. Ou estavam ajudando a apagar o incêndio sobre o qual todos gritavam ou procurando mulheres com quem ficar.

"Com medo?" Zayne perguntou, percebendo a hesitação do soldado em lutar contra ele agora. Ele poderia ordenar que os homens ao seu redor se abaixassem, mas mesmo assim o covarde diante dele não iria querer lutar.

Matias queria se vingar do estrangeiro, mas tinha deixado Rosa escapar para longe, então poderia ser difícil encontrá-la. "Nos veremos de novo," ele disse, deixando outro dia para quando ele se vingaria.

Zayne observou enquanto o soldado seguia o caminho para onde Rosa tinha fugido. Em meio a um incêndio, por que esse soldado estava tão obstinado em persegui-la? Por que esses homens queriam esta mulher?

"General, acho que deveríamos sair antes que o fogo piore."

"Também acho," Zayne concordou.

Não havia mais nada para Zayne ali e com a fumaça do incêndio enchendo o ar, ele não conseguiria dormir se ficasse. Ele só desejava poder ver a reação do homem boca suja ao ver seu bordel queimar.

Zayne dirigiu-se à porta da frente, seguido de perto pelos três homens com quem veio. Eles entraram na carruagem com que vieram e partiram para a mansão que lhes foi dada pelo rei para usar durante sua estadia.

Zayne olhou pela janela para os campos atrás do bordel. Estava escuro lá, então seria difícil para Rosa encontrar seu caminho.

Bennett, um dos seguidores de Zayne, notou o interesse de Zayne no terreno e perguntou, "Há algum lugar para onde você quer ir?"

"Quais são as chances de uma mulher sobreviver à noite naquela floresta e campo ali?" Zayne questionou.

Bennett olhou para onde Zayne estava olhando. "A menos que ela conheça bem a terra, eu diria que suas chances são pequenas, mas não tenho ouvido falar de ataques de animais selvagens pelos locais. Há alguém que você quer que eu mande procurar?"

"Não," Zayne respondeu. Ele já tinha feito o suficiente ao ajudá-la a quebrar algumas das garrafas.

Zayne tinha seus próprios problemas, então não podia se envolver mais com os de Rosa do que já tinha feito. Vendo que ela não gostava de estar perto de homens, ela não ficaria muito feliz em vê-lo agora.

Ela decidiu incendiar o depósito, então deveria ter um plano para o que fazer quando saísse do bordel.

"Aquele soldado agora há pouco diante de mim. Eu já o vi antes. Quem é ele?" Zayne perguntou, tentando estabelecer a conexão entre ele e Rosa.

"Eu não sei o nome dele, mas o temos visto perto do comandante deles. Devo matá-lo em segredo?"

"Não, não temos que causar problemas," Zayne respondeu. "Por que você está me olhando assim?"

Bennett hesitou, mas então perguntou, "Não foi você quem começou o incêndio pelo que ele lhe ofereceu?"

"Não, outra pessoa começou e eu não posso assumir o crédito pelo trabalho dela," Zayne respondeu, olhando novamente para o campo onde Rosa ainda deveria estar correndo.