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25- Time skip (4)

Com o aumento repentino das minhas habilidades, minha classe subiu de nível mais duas vezes, e acabei desbloqueando o talento de nível 10.

Agilidade — um talento que modifica a estrutura do meu corpo para torná-lo mais ágil. Algo simples, pensei inicialmente.

No começo, confesso que não dei muita importância. Afinal, agilidade é algo que vem com a destreza, e eu já tenho talentos como Flexibilidade e Densidade Muscular que pareciam promissores. Para mim, o ganho seria mínimo.

Mas o sistema insistiu que eu estava subestimando essa habilidade, e foi aí que ele revelou algo que mudou minha percepção completamente.

Quando o sistema diz que esse talento "muda a estrutura do meu corpo", não é só uma melhoria superficial. Ele age em um nível genético, até molecular, alterando a base de como meu corpo se movimenta e reage. E a agilidade, como o sistema destacou, não é apenas velocidade. Ela engloba uma série de fatores que afetam meu desempenho de combate como um todo: força explosiva, coordenação motora, reflexos, comunicação neuromuscular, quantidade de fibras musculares de contração rápida, tamanho dos tendões, entre outras coisas.

Isso, sim, é algo de valor. Só o fato de esse talento aumentar a proporção das minhas fibras de contração rápida já é motivo suficiente para eu valorizá-lo.

Para quem não sabe, o corpo humano possui dois tipos principais de fibras musculares.

As fibras de contração rápida (ou fibras brancas) geram muita força em pouco tempo, mas se esgotam rapidamente. Elas são como a força bruta de um ataque rápido, ideal para explosões de poder que decidem o combate em segundos.

Já as fibras de contração lenta (fibras vermelhas) produzem menos força, mas sustentam esforço por períodos mais longos e demoram muito mais para se cansar. São perfeitas para resistência e atividades de longa duração.

Para mim, como shinobi, as fibras de contração rápida são vitais. Cada movimento precisa ser certeiro, rápido e decisivo. Meu corpo precisa estar preparado para liberar poder máximo no menor tempo possível. Raramente enfrento lutas que duram mais de três minutos. Afinal, velocidade é tudo.

Quando encarei Isshin Ashina, uma das batalhas mais duras que já tive, levei trinta minutos para derrotá-lo, e precisei morrer três vezes até conseguir.

Então, ao pensar em tudo o que esse talento representa, percebo que ele é muito mais do que eu imaginava.

Vou ficar de olho nisso.

...

[Um mês depois.]

Minhas habilidades estão subindo de nível e minha classe também.

...

[Um mês depois.]

Minhas habilidades estão subindo de nível e Minhas classe também.

...

[Um mês depois.]

Minhas habilidades estão subindo de nível e minha classe também.

...

[Um mês depois.]

Minhas habilidades estão subindo de nível e minha classe também.

...

[Dois meses depois.]

Algo fora da rotina aconteceu, uma surpresa, no mínimo, inesperada, e talvez até indesejada.

Depois de tantos anos mantendo o que fazíamos em segredo, alguém finalmente descobriu o que estávamos fazendo esse tempo todo.

Naruto.

Ele decidiu nos seguir após a aula, provavelmente curioso para saber por que somos mais fortes que os outros — ou, mais especificamente, mais fortes que ele.

Foi assim que descobriu que estávamos treinando em segredo todo esse tempo e, imediatamente, exigiu fazer parte disso.

Ninguém se importou muito com a ideia de tê-lo no grupo, exceto talvez o Sasuke, que nunca parece estar totalmente confortável com essa inclusão. Eu, por outro lado, por saber o que o futuro guarda, consigo reconhecer o potencial enorme que Naruto possui. Treinar alguém com tamanho talento poderia ser uma honra, em outras circunstâncias.

Mas a verdade é que não gosto muito dele. Naruto é barulhento, impulsivo e um tanto… lastimável.

Ele acredita que sua história é especialmente triste, que sua solidão o define e o torna de alguma forma único entre nós. Usa esse passado como uma desculpa, uma justificativa para suas ações, e acredita que isso lhe dá algum tipo de importância perante os outros.

Mas, a meu ver, ele não leva nada disso a sério. Vive tentando bancar o herói, mas nunca realmente se compromete ao ponto necessário.

E essa falta de compromisso, essa visão romantizada de si mesmo, já custou a vida de pessoas próximas a ele. Ele perde seus amigos não por falta de sorte, mas por falta de preparo. Naruto se esforça em parecer o herói, mas falha em ser o herói.

É assim que vejo sua história — a de alguém que corre em direção ao reconhecimento, sem perceber o peso da responsabilidade que isso implica.

Pessoas assim geralmente não sobrevivem muito tempo. Se não fosse pela sua linhagem e a bênção de ser a reencarnação do filho de um Sábio, ele provavelmente já teria encontrado seu fim.

Mesmo com esses pensamentos, decidimos aceitá-lo no grupo. Talvez o tempo e o treinamento o ajudem a amadurecer, a entender que ser um verdadeiro herói não é só bravura, mas disciplina e preparação. No fundo, talvez eu tenha uma ponta de esperança de que ele possa superar essa ideia de que seu passado o define. Talvez, treinando com o grupo, ele entenda que todos nós temos fardos e que a verdadeira força surge quando transformamos esses fardos em algo maior.

Afinal, crescer é isso. E quem sabe o quanto ele pode crescer, se conseguir se ver como parte de algo maior do que ele mesmo.

...

[Um mês depois.]

O grupo cresceu de novo, e desta vez, em um ritmo muito mais acelerado do que antes.

Naruto, sendo barulhento e impulsivo como sempre, não conseguiu manter a novidade em segredo. No dia seguinte, já estava espalhando para todos os nossos colegas que tínhamos um grupo de treinamento especial. Ele estava tão animado que parecia ter feito questão de contar para cada pessoa que passava por ele.

Com isso, logo outros amigos vieram pedir para se juntar a nós, curiosos e motivados pela ideia de se tornarem mais fortes. No início, eu não estava muito disposto a aceitar tantas pessoas. Na minha visão, o grupo deveria ser restrito, composto por aqueles com quem eu realmente sentia afinidade e confiança, principalmente os personagens principais e talvez um ou outro colega com quem eu tinha um laço genuíno.

Mas o Guy-sensei tinha uma visão bem diferente da minha. Para ele, ver tantas crianças com energia e juventude pedindo para aprender era uma oportunidade incrível.

Ele não conseguia negar essa chance a ninguém que mostrasse interesse. Com sua costumeira empolgação, decidiu deixar todos entrarem.

Claro, não demorou muito para a maioria deles perceber o quão rigorosa e disciplinada era nossa rotina de treinamento.

A ideia de se tornar mais forte soava emocionante no início, mas quando enfrentavam a realidade de um treino exaustivo, onde cada movimento tinha que ser repetido até a perfeição e cada erro era uma chance de aprender, muitos dos novos integrantes começaram a desistir.

Em poucos dias, grande parte do grupo inicial havia se dispersado. Para mim, isso já era esperado, mas Guy-sensei enxergava tudo isso de maneira positiva, como uma espécie de seleção natural onde apenas aqueles verdadeiramente dedicados permaneceriam.

No fim das contas, todos os personagens principais decidiram continuar, exceto Neji, que parecia desinteressado em nossa metodologia ou talvez se achasse acima dela.

Até Shikamaru, com seu conhecido desinteresse por qualquer coisa que demandasse esforço, resolveu ficar, mesmo que resmungasse toda vez sobre como "isso tudo é um saco."

...

[Um mês depois.]

Eu não sei por que, mas tenho a impressão de que estou passando tempo demais com as meninas do grupo. Sempre que uma nova pessoa se junta a nós, ela acaba se encaixando em uma das duas "facções" que se formaram.

De um lado, temos os esforçados, liderados pelo Rock Lee, que se dedicam intensamente aos treinos e estão sempre prontos para dar o máximo de si. Do outro lado, estão os metódicos, sob a orientação do Sekiro, que preferem algo mais leve e constante.

Entretanto, todas as meninas do grupo, por algum motivo, escolheram se juntar ao meu time. A questão é que apenas elas vieram. Nenhum dos outros meninos parece reconhecer a disciplina e a estrutura por trás do meu treinamento. Para eles, parece que o que realmente importa é o esforço físico desmedido, o suor derramado em cada sessão.

As meninas, por outro lado, possuem um olhar mais atento e conseguem enxergar o que tem valor de verdade em nosso trabalho. Elas percebem a importância da técnica, da precisão e da flexibilidade, características que são cruciais, especialmente para uma rotina de treinamento mais equilibrada.

Contudo, não posso deixar de notar que, embora elas tenham interesse no meu treinamento, existe uma leve impressão de que elas têm outros motivos para estar tão próximas de mim. Isso não me incomoda, na verdade, pode ser até um pouco divertido.

Meu estilo de treino, que exige uma combinação de força, agilidade e flexibilidade, parece ser mais adequado para elas, que, de maneira natural, têm uma maior facilidade para se adaptar e desenvolver essas habilidades.

...

[Um mês depois.]

Eu retiro o que disse; elas realmente tinham outros motivos.

Na verdade, elas simplesmente não queriam suar tanto e perceberam que meu treinamento acaba desenvolvendo os glúteos, então decidiram se juntar a mim.

A verdade é que, ao longo das semanas, as meninas se tornaram cada vez mais intrigadas com os resultados visíveis do meu método. Cada vez que fazíamos exercícios, eu notava olhares de admiração, e não apenas pela força ou habilidade.

Era um olhar que carregava uma ambição silenciosa, sinto como se fosse um prato delicioso sendo observado por três lobos famintos.

Como a vida da voltas.

Descobri isso quando encontrei Sakura, Ino e Tenten encurralando Hinata, tentando descobrir seu segredo para ter um corpo tão bonito.

Enquanto elas a pressionavam com perguntas insistentes, percebi como as dinâmicas entre elas eram intensas. Hinata, embora tímida, emanava uma confiança silenciosa que a tornava ainda mais atraente.

Elas queriam saber não apenas os exercícios que realizávamos, mas também todos os produtos e dieta que ela fazia.

Apesar de jovem, talvez por causa do chakra em seu sistema, Hinata parecia bem mais velha do que deveria. Com os exercícios, ela desenvolveu um corpo muito atraente, até mesmo para mim.

Eu não podia negar; cada vez que a via, era como se uma nova camada de maturidade e força estivesse se revelando. Infelizmente, ela ainda usava roupas largas que cobriam todo o corpo, o que tornava difícil ver suas formas.

Exceto, claro, pelos dois "melões" que pareciam pedir para sair. Era um contraste curioso, pois mesmo escondendo-se, sua presença não podia ser ignorada.

De qualquer forma, mesmo que tenham motivos assim, não deixei de orientá-las corretamente. Afinal, mesmo com segundas intenções, elas estavam se esforçando de verdade no treinamento, especialmente Tenten. Ela era dedicada, sempre pronta para aprimorar suas habilidades e se manter à altura dos desafios que nos apresentávamos.

E enquanto isso, Sakura e Ino também mostravam progresso, se desafiando mutuamente a ir além de seus limites.

Então, não me importo. Além disso, quem sou eu para recusar ajudar meninas a ficarem mais atraentes? Também gosto de garotas bonitas então não vejo problema em criar mais três.

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