Ao acordar no dia seguinte, Sekiro se sentia muito relaxado. A luz suave do amanhecer filtrava-se pelas frestas da cortina, banhando o quarto em um tom quente e acolhedor.
Levantou-se da cama, esticou o corpo e se espreguiçou, sentindo cada músculo se alongar e se abrir para o novo dia. Ao fazer isso, uma sensação incrível invadiu sua mente e seu corpo.
Liberdade.
Mover-se nunca fora tão prazeroso. Ele podia se contorcer de várias maneiras, como uma folha dançando ao vento. A sensação de seus músculos se esticando era refrescante, e cada fibra vibrava com energia renovada.
A alegria simples de se mover novamente trazia à tona lembranças de tempos passados, quando a rigidez do corpo o impedia de desfrutar desses momentos.
Sekiro se deliciou com a liberdade que sua flexibilidade recém-descoberta proporcionava. Ele se curvava e se esticava com facilidade, como se estivesse dançando em um espaço aberto. Cada movimento fluía naturalmente, como se seu corpo estivesse em perfeita sintonia com o mundo ao seu redor.
O ato de se levantar da cama transformou-se em um momento de pura alegria. Ele se contorcia de um lado para o outro, apreciando a forma como seus músculos respondiam, cada estiramento trazendo uma sensação de renovação. A liberdade de se mover assim era um presente, uma sensação de estar verdadeiramente vivo.
Para testar seus limites, Sekiro se torceu para trás, colocando a cabeça no mesmo nível de seus pés. Mas isso não era o fim. Sem usar as mãos, ele se torceu ainda mais e colocou a cabeça entre as pernas. Qualquer um que o visse agora provavelmente ficaria espantado.
Mas, ao contrário de alguém que sentisse dor ou desconforto, seu rosto exibia um sorriso de satisfação, revelando o quanto ele estava contente e feliz com a vida.
"Bom dia, sistema!" Sekiro saudou com um sorriso largo e um brilho nos olhos. Sua voz transbordava bom humor e energia, como se acordar fosse o evento mais incrível do dia.
[Bom dia, mestre. Vejo que está de bom humor hoje.]
"É mesmo! Eu nunca me senti assim antes. Quem diria que se esticar fosse tão bom?" Ele deu uma leve risada enquanto falava, levantando uma perna com facilidade impressionante e aproximando o pé da cabeça. Mantendo-se em uma única perna, Sekiro se maravilhava com a leveza e o controle que agora tinha sobre o próprio corpo.
Poucos conseguiriam fazer aquela pose de contorcionismo, e não apenas pela flexibilidade exigida, mas pelo equilíbrio necessário para mantê-la sem o menor esforço ou apoio. Mas Sekiro nem sequer usou as mãos, e mal balançou ao se manter de pé. Seu equilíbrio, agora, parecia inabalável.
[Está afim de continuar nossa conversa de ontem?]
"Nah, deixa isso pra depois. Quero curtir o momento!" Sekiro continuou a testar sua nova flexibilidade com uma série de poses que a maioria das pessoas acharia impossível. A cada estiramento, ele parecia descobrir uma nova capacidade, uma nova liberdade no movimento que o fazia rir de prazer.
Há anos ele não se sentia assim, há anos que não sorria com tanta leveza. Conforme se movia, esticando e torcendo o corpo em ângulos improváveis, Sekiro parecia redescobrir a alegria de se sentir livre de verdade.
No fundo, ele sabia que não era mais uma criança de 8 anos. Sua mente trazia traços de uma vida passada, uma maturidade precoce que há muito o impedia de aproveitar pequenos momentos de alegria. Mas agora, com essa liberdade nova, ele permitia-se ser apenas Sekiro, sem restrições ou reservas.
Sem lordes da guerra tentando matá-lo pelo sangue de seu mestre, sem fantasmas do passado planejando reviver e dominar o mundo.
Naquele momento, Sekiro era apenas um garoto feliz, aproveitando o presente.
Subitamente, uma voz séria e gentil interrompeu seus pensamentos.
[Desculpe por interromper sua diversão, mestre, mas desse jeito você vai se atrasar para a escola.]
Sekiro parou imediatamente, surpreso, antes de abrir um sorriso travesso e responder:
"Eita, foi mal, hihihi!" Ele riu de si mesmo, percebendo que havia perdido completamente a noção do tempo.
Olhou ao redor e rapidamente endireitou a sua postura enquanto andava até o banheiro para escovar os dentes.
Ainda rindo e inspirado pela energia de sua brincadeira, decidiu que iria para a escola de um jeito especial.
...
Na academia ninja.
A sala de aula estava cheia de risos e vozes misturadas enquanto os alunos aguardavam o professor. Cada grupinho conversava sobre algo diferente, com as interações espontâneas criando uma atmosfera descontraída e familiar.
Ino se inclinava sobre a mesa de Sakura, segurando um pequeno espelho de mão enquanto explicava:
"Você só precisa de um pouquinho de brilho nos olhos e um toque leve de blush. Vai ver, Sakura, vai ficar incrível!"
Sakura, meio curiosa, pegava o espelho e olhava o próprio rosto, um tanto insegura.
"Ah, não sei, Ino... Eu nem sei se isso combina comigo..." murmurou, mas um pequeno sorriso traía a curiosidade.
Kiba, por outro lado, estava sentado ao lado de Shino e tentava convencê-lo de que seu cachorro, Akamaru, era o melhor companheiro de treino que alguém poderia ter.
"Fala sério, Shino, os insetos são legais e tudo mais, mas nada se compara a um bom cachorro! Akamaru tem um faro incrível e ainda por cima é super leal!" Kiba argumentava, acariciando Akamaru, que estava deitado ao seu lado.
Shino, calmo como sempre, respondia com a voz baixa:
"Insetos têm habilidades que os cães não têm, Kiba. Eles podem ser muito discretos e coletar informações sem serem notados. Além disso, têm uma ligação direta com meu chakra."
Kiba revirou os olhos, mas ainda sorria, incapaz de resistir a uma última provocação.
"Tá, tá, mas será que seus insetos sabem fazer truques como o Akamaru?"
Um pouco mais atrás, Choji tirava um saco de salgadinhos de sua mochila e oferecia para Shikamaru, que estava recostado na cadeira, olhando para o céu pela janela, visivelmente entediado.
"Quer um pouco?" Perguntou Choji, mastigando tranquilamente.
Shikamaru olhou para ele, piscando como se acabasse de sair de um sonho.
"Valeu, Choji." Ele pegou um salgadinho e suspirou, voltando a encarar as nuvens. "Um dia perfeito pra tirar uma soneca lá fora..."
Choji riu, já acostumado com o jeito despreocupado do amigo.
Perto dali, Naruto, cheio de energia como sempre, tentou provocar Sasuke, que estava sentado sozinho, com os braços cruzados e uma expressão séria.
"Ei, Sasuke! Aposto que não consegue vencer o maior ninja de todos os tempos, que sou eu!" Naruto disse, se empolgando e fazendo uma pose exagerada.
Sasuke nem se deu ao trabalho de olhar para ele, apenas soltou um suspiro, claramente indiferente.
"Você nunca desiste, né?" respondeu, sem emoção, como se Naruto fosse apenas um barulho de fundo.
Naruto fez uma careta, frustrado com a falta de reação, mas não se deixou abater.
"Um dia, Sasuke, eu vou fazer você me reconhecer!"
A porta se abriu de repente, e todos os olhares se voltaram para Sekiro, que entrou ofegante, com um sorriso travesso no rosto. A sala explodiu em risadas, e Kiba foi o primeiro a gritar:
"Finalmente chegou! Achei que você iria se atrasar, garoto estrela... O que você está fazendo?" Kiba perguntou, com a animação no início de sua voz gradativamente substituída por uma estranheza ao ver a cena à sua frente.
Sekiro entrou na sala andando com as mãos e fechou a porta usando os pés. Ele não estava apenas andando com as mãos, mas estava passando as pernas por debaixo dos braços e prendendo-as pelos pés atrás da cabeça. A cena era tão inesperada que os alunos não conseguiam conter o riso.
"Desculpe, eu perdi a hora, hihihi~" Sekiro disse, ainda se equilibrando de forma excêntrica, como se não estivesse fazendo nada de estranho.
Todos olhavam Sekiro estranhamente enquanto ele andava pela sala em sua posição peculiar. Ele parecia um macaco ou algo do tipo, e a imagem gerava mais risadas do que qualquer outra coisa.
Kiba, tentando entender o que estava acontecendo, murmurou para Shino, que estava em silêncio, observando com seus óculos sempre ajustados.
"É impressão minha ou ele está estranho hoje?"
"Além de andar de forma esquisita, ele parece bem normal," Shino respondeu, suas palavras soando quase como uma observação científica.
"Não é isso! Argh! Ele não parece estar muito feliz? Tipo, eu nunca vi ele sorrir tanto em um único dia." Kiba gesticulou dramaticamente, seus olhos arregalados em um misto de confusão e admiração.
"Uhm... algo bom deve ter acontecido," Shino ponderou, olhando para Sekiro com um semblante neutro, mas com um toque de curiosidade.
Nesse momento, Ino, que estava conversando com Sakura sobre maquiagem e vestidos bonitos, se virou para ver o que estava acontecendo.
"O que há com o Sekiro? Ele parece ter tomado um frasco inteiro de energéticos!" Disse Ino, rindo, enquanto Sakura apenas balançava a cabeça, um sorriso divertido nos lábios.
"Eu não sei, mas é melhor ele parar de se contorcer, ou alguém vai chamar um médico." Respondeu Sakura, olhando para Sekiro com preocupação, mas com um brilho brincalhão nos olhos.
Kiba, aproveitando a distração, se aproximou e gritou:
"Ei, Sekiro! Aposto que você não consegue fazer isso por mais um minuto!"
"Challenge accepted!" Sekiro rapidamente se ergueu e começou a correr em círculos, equilibrando-se ainda sobre as mãos.
A sala se encheu de risadas e aplausos, como se fosse um show improvisado.
Enquanto isso, Choji oferecia um saco de salgadinhos a Shikamaru, que ainda estava olhando para as nuvens pela janela.
"Quer mais?" Perguntou Choji, enquanto mastigava outro salgadinho, sua expressão cheia de alegria.
Shikamaru virou a cabeça, pegou um salgadinho e suspirou, observando Sekiro, que trocava para outra posição ainda mais estranha.
"Esse dia está se tornando mais estranho do que eu imaginava. Mas, pelo menos, está divertido." disse Shikamaru, olhando com um leve sorriso.
Naruto, aproveitando a oportunidade, decidiu se juntar à brincadeira.
"Sasuke! Você viu o que Sekiro está fazendo? Aposto que você não consegue fazer isso!" Provocou Naruto, com um sorriso travesso, enquanto gesticulava dramaticamente.
Sasuke, que estava sentado na última fila, apenas soltou um suspiro e continuou olhando pela janela, como se nada do que estava acontecendo ao seu redor o interessasse.
"Eu mereço isso." disse ele, enquanto apoiava a cara na sua mão em frustração.
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<1708 palavras>
Um capítulo mais descontraído para dar uma pausa na obra.