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Coelho Branco (Parte 1)

O local onde a proprietária original trabalhava era um supermercado de médio porte que tinha turnos da manhã e da noite. A proprietária original geralmente cuidava do turno da noite devido à sua boa aparência, o que a fazia querida pela chefe do supermercado. Sempre que a proprietária original precisava de folga, isso era concedido sem hesitação. No entanto, a proprietária original era diligente e na verdade não havia tirado muitos dias de folga.

Amália entrou no supermercado e foi recebida com um olhar de desprezo por um homem. Ele era o gerente do supermercado, responsável por supervisionar diversos assuntos, incluindo o pessoal, todos exceto uma pessoa – a proprietária original.

Devido ao favoritismo da dona em relação à proprietária original, o trabalho dela sempre foi o mais fácil com jornadas de trabalho mais curtas, e ainda assim ela recebia o salário mais alto. Não era surpreendente que os outros sentissem inveja.

"Não é essa Amália? Não te vejo há alguns dias. Você nem precisa pedir licença, por que se dar ao trabalho de vir trabalhar," disse o gerente homem com um tom sarcástico. As pessoas ao redor estavam acostumadas com isso, já que indivíduos atraentes tendiam a ser recebidos com mais paciência e tolerância. Além disso, Amália tinha sido diligente em seu trabalho apesar do favoritismo da chefe, o que a tornava bem quista pelos outros funcionários.

Um colega se aproximou de Amália e sussurrou, "Não ligue para isso, o gerente acabou de ser repreendido pela chefe recentemente. Ele não está de bom humor, e você não é a primeira pessoa que ele está mirando."

Amália se virou para olhar para o rapaz que estava passando a mensagem. Ele era responsável pelo caixa e seu nome era Nil Morata. Por alguma razão, seu rosto ficou vermelho quando Amália olhou para ele.

"Vou começar meu turno," disse Nil e saiu às pressas, ainda com o rosto corado.

Amália estava confusa. Ela já estava no turno, e queria perguntar onde estava a chefe, já que tinha vindo realmente para pedir demissão.

"Ei, estou falando com você," o gerente homem, incapaz de encontrar um ponto de escárnio, ficou mais irritado e se aproximou de Amália.

"Onde está a chefe?" Amália perguntou.

O gerente homem fez uma pausa e zombou, "O quê, quer reclamar para a chefe? Não pense que sua boa aparência pode enganar a chefe. Pessoas como você..."

Amália se virou para perguntar a outros colegas e um experiente contou que a chefe estava fora lidando com assuntos do supermercado e talvez não voltasse até amanhã. O assunto da demissão teria que ser adiado por enquanto. Olhando em volta, o supermercado estava com uma promoção especial e o fluxo de clientes era várias vezes maior que o usual. Como uma mulher adulta, Amália não podia simplesmente ficar parada sem fazer nada, então ela arregaçou as mangas e foi trabalhar.

O gerente homem, incapaz de encontrar um alvo para seus escárnios, decidiu deixar o assunto de lado por ora, dada a movimentação do supermercado.

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