Princesa Shahnaz POV:
— Senhora Banu, pela primeira vez ouço a petição de um coração de uma mãe zelosa. Quem serei eu para condenar o filho cuja madre defende com tamanho amor e empenho. – digo.
— Princesa Shahnaz, minha súplica é pelo coração da guerreira pelo meu menino ou seu pranto e dor não cessarão. – Banu Azimi diz.
— Que posso dizer-lhe, se o seu filho é o pulsar do coração da guerreira, seus sorrisos e o brilho de seus olhos? – digo sinceramente e Banu suspira aliviada.
— Então que o pranto e a dor cessem em ambos os corações, que meu menino e sua guerreira não permitam que a desconfiança encontre espaço onde há a fidelidade e lealdade. – ela diz.
— Que assim seja, conforme suas palavras, Senhora Banu. – digo.
— Princesa Shahnaz, me despeço de Vossa Alteza, é uma honra conhecê-la. – Banu Azimi diz.
— Agradeço por ter vindo, minhas recomendações ao Sátrapa Feroze Azimi. – digo e ela agradece.
Observo a mãe do general indo embora e penso o quanto são parecidos, é nesse momento que vejo as nobres reunidas, me aproximo discretamente e logo sou convidada para partilhar da conversa.
— Vocês não pensar em se casar? – Zenda diz.
— Papai vai me arranjar um marido em breve. – Val diz.
— Eu quero procurar meu marido. – Rita diz.
— Viram o general que bonito? – Cavilha diz.
— Ele é realmente muito lindo. – Peggy diz.
— Solteiro e cobiçado por muitas. – Monir diz.
— Adoraria ser sua prometida. – Marjan diz.
— Quem não gostaria? – Meta diz.
— Todas nós! – Maio diz.
Conversam sobre Jahangir e estão interessadas nele, dizem que agora é um solteiro cobiçado, o que me faz entender a investida daquela noite e que devo me preparar para ver muitas outras.
Saio de perto e quando vou retornar para a minha alcova, encontro com o general.
— Princesa Shahnaz, como estás? – ele pergunta.
— Bem, general. E o Senhor? – pergunto.
Muito satisfeito em saber. Francamente, inconsolável e desolado.
– Jahangir diz.
— Senhora Banu esteve em minha presença hoje. – digo.
— Devo lhe perguntar o que conversaram? – ele pergunta.
— Digo que sua mãe lhe ama muito. – digo sinceramente.
— Devo lhe perguntar o que decidiram a meu respeito? – Jahangir pergunta e sua expressão demonstra sua aflição.
— Talvez você deva saber por ela... – digo criando mistério, deixando-o aflito.
Despeço-me e sigo com as damas para o palácio, vou para a minha alcova e repouso.
General Jahangir Azimi:
Desperto cedo, me arrumo, faço a primeira refeição do dia, cumpro os meus deveres e fico sabendo que a Princesa está no jardim, então sigo para a entrada do forte e permito que a minha mãe adentre e vá até Shahnaz.
Elas conversam por um tempo e minha mãe vai embora, momento em que eu consigo me aproximar da Princesa e trocamos algumas palavras, mas não parece ter surtido efeito a visita.
Sigo para a sala do trono para a reunião com o Imperador, permaneço durante os julgamentos e sigo cumprindo os meus deveres no decorrer do dia, mas a minha cabeça está na conversa de Shahnaz com a minha mãe.
Assim que encerro as minhas atividades, pego o cavalo e sigo para a casa dos meus pais, chego em algum tempo e logo adentro.
— Pai? Mãe? – chamo-os.
— Jahangir, estamos aqui. – papai diz e ambos vem em minha direção e me abraçam.
— Que faz aqui a essa hora? – mamãe pergunta.
— Como foi a conversa com Shahnaz? – pergunto.
— Meu filho, pedi que ela ouvisse toda a história até o fim e depois julgasse como Princesa, guerreira, mulher e também com seu coração. Então contei toda a sua história, disse que você a ama profundamente e que foi um engano, que você é leal e fiel a ela, que jamais se entregaria a outra porque tem um compromisso com a Princesa. – mamãe diz.
— Mas o que ela disse diante de tudo? – pergunto.
— Que sou uma mãe amorosa. – ela diz.
— Use as palavras de Shahnaz, por favor. – peço.
— Vou ver se eu lembro... Senhora Banu, pela primeira vez ouço a petição de um coração de uma mãe zelosa. Quem serei eu para condenar o filho cuja madre defende com tamanho amor e empenho. É isso. – mamãe diz.
— Mas ela não disse se me perdoou. – digo.
— Foi o que eu disse à ela, roguei que ela perdoasse você ou sua dor e choro não iam cessar. – mamãe diz.
— Então, quais foram as palavras dela? – pergunto ansioso.
— Essa foi a parte mais bonita. Que posso dizer-lhe, se o seu filho é o pulsar do coração da guerreira, seus sorrisos e o brilho de seus olhos? – mamãe diz.
— Eles se amam realmente. – papai diz e a única coisa que consigo fazer é pular de alegria.
Meus pais me abraçam e comemoram comigo a reconciliação. Agradeço e me apresso para retornar para o forte.
Escrevo uma carta para Shahnaz e peço para uma serva levar em sua alcova, marcando um encontro em um novo lugar.
Espero pacientemente e logo ela chega disfarçada com uma capa.
— Por que atrás dessa árvore? – ela pergunta.
— Para evitar que nos vejam e nos interrompam. – digo e sorrio.
— Está bem, falou com sua mãe? – Shahnaz pergunta com um sorriso travesso.
— Sim, minha amada, Shahnaz, por que é tão cruel comigo? – digo e rio.
— Porque devia saber por quem veio apelar por você. – ela diz e olha para o lado.
— Não teria me perdoado se não fosse por ela? – pergunto e seguro sua mão.
— Não teria compreendido, afinal o que meus olhos viram... – ela diz e desvia o olhar.
— Nunca deixaria outra mulher me tocar, apenas você. – digo e seguro seu rosto.
— Ela te tocou. – Shahnaz diz e se afasta.
— Não por minha vontade e retirei sua mão. – digo e me aproximo. — Compreendo, mas mesmo assim eu... – ela começa a dizer.
— Entenda Shahnaz, eu sou seu, leal e fiel a você. Qual é seu medo?
– pergunto e seguro seu rosto.
Saeed e sua família tem nojo e desprezo pela minha nova
aparência, eu já estou fraca e não sou uma guerreira como você conheceu, você sabe, o nosso... – ela começa a dizer.
— Então é isso? Minha amada, não importa a sua aparência atual, és o meu amor e para sempre será, nada mudou e nunca mudará em meu coração porque você continua sendo a minha Shahnaz. – digo olhando em seus olhos.
— Mas você continua sendo exuberante, solteiro e cobiçado... – Shahnaz diz, olhando para o chão.
— Como? – pergunto, abismado.
— Sim, as nobres te desejam como marido. – ela afirma, olhando em meus olhos.
— Eu sou comprometido e tenho olhos para uma só, não importa quem venha me cortejar. – digo com seriedade.
Finalmente ela se mostra aliviada e eu beijo suas mãos e depois a levo de volta ao palácio.
Princesa Shahnaz POV:
Jahangir me manda uma carta convidando-me para um encontro em um novo lugar, espero o tempo passar e sigo até ele. Conversamos por um tempo sobre os meus medos e ele é bem atencioso comigo.
Volto para a minha alcova e durmo com tranquilidade dessa vez.
Sinto que conforme os dias vão se passando, vou ficando mais fraca e está sendo difícil manter a minha decisão de não me alimentar, embora esteja me habituando a ingerir apenas chás e água, hoje completa o segundo mês.
Sigo com os compromissos no harém, as aulas e os tratamentos de beleza, idas ao salão de música e de leitura, as vezes os passeios no jardim e as visitas aos animais, mas não mais do que isso, nada de cavalgar e especialmente nada de treinamentos.
Há muito tempo não sou convocada para ir à sala do trono, já não sei das questões do império e sinto muita falta de quando o Imperador me tratava com sua sucessora, hoje ele faz o mesmo com o Príncipe Mirza, preparando-o, mesmo sabendo que ele será um tirano.
Sinto dizer, mas as vezes concordo com as esposas secundárias, pode ser que a escolha de um outro filho no lugar de Mirza seja mais benéfico para o império, obviamente não Ahriman, porque é ainda mais terrível do que qualquer outro, como o próprio deus da destruição, apenas o Imperador não vê.
O Narrador:
Shahanshah recebe mensalmente as informações sobre as Satrapias e os Sátrapas, assim como de seus fiscais, os impostos estão sendo recolhidos fielmente e depositados no tesouro do império, deixando-o cada vez mais rico.
Não há qualquer indício de fraude no recolhimento ou nas anotações de seus coletores de impostos, para o alívio e satisfação do Imperador.
Seu povo tem liberdade para cultuar diversidade de deuses e culturas, conforme sua permissividade desde o princípio, mas há divergência de moedas e para isso busca uma solução.
— Qual a solução que hão de me apresentar para essa questão, respeitáveis senhores? – o Imperador pergunta.
Depois de muito pensar, chegam a uma conclusão.
— Pode-se criar uma moeda única, Majestade. – Babak diz.
— Ela deve circular por todo o império. – Fravardin diz.
— Devemos unificá-la e lhe dar um nome especial. – Heydar diz.
— Uma ideia realmente incrível. – o Imperador diz.
Shahanshah reflete sobre a questão por uns momentos.
— Se chamará Akbar! Esse é o nome da nova moeda, mandem implementar imediatamente, Ebrahim e faça todos saberem. – o Imperador dá o seu sobrenome à própria moeda e proclama.
Então todas as moedas em circulação começam a ser trocadas pelo Akbar, o que leva algum tempo, mas tudo ocorre para o contentamento do Imperador.
Manda preparar uma comitiva para checarem pessoalmente o curso das construções das estradas e fica satisfeito de ver que os construtores compreendem quando ele diz que tem pressa no andamento do projeto e de fato aceleram tudo.
Shahanshah decide nomear seu filho mais velho Ahriman como líder das construções e quatro de seus irmãos como ajudantes, quer que eles tenham alguma responsabilidade no império e vê o quanto fica grato, mas deixa claro que ele deve se reportar ao general.
Põe seu irmão, Delshad, como líder pela obra de comunicação e três de seus irmãos como auxiliares, para que tenham responsabilidade no império e também vê gratidão e mais uma vez o deixa ciente de que deve se reportar ao general.
Príncipe Mirza continua em todas as reuniões ao seu lado, aprendendo a governar, afinal agora será o sucessor ao trono, mas também segue rigorosamente seus treinamentos com o general Jahangir, todo homem deve aprender a guerrear.
Trazem um preso para o julgamento diante de Shahanshah, Príncipe Mirza, general e todos os nobres.
— Qual é a sua acusação? – Babak pergunta.
— Ele me roubou, Senhor. Uma joia de minha loja. – diz o nobre. — Que podes dizer em sua defesa? – o general Jahangir pergunta.
— Ele traz um parente como testemunha. Mir Papak, diga o que aconteceu naquela tarde. – Sarod diz em defesa.
— Kerecapcpa foi ao mercado para sua esposa e estava passando em frente a loja deste Senhor, quando um homem passou e roubou a joia, mais tarde ficamos sabendo que estava no pacote dele, não sabemos como foi parar ali. Tem que acreditar em nós. – Mir Papak implora.
— Tem que decepar a mão desse ladrão, Majestade. Já ouvimos demais. – Mirza diz e o Imperador faz um gesto para ele parar.
— Conhecem o homem que roubou? – o Imperador pergunta.
— Ele costuma fazer roubos pelo local, Majestade. – Kerecapcpa diz, ainda de cabeça baixa.
— Por que ele iria querer esconder a joia em seu cesto? – o general pergunta.
— Porque seus soldados andavam atrás dele, só pode, não tenho nada contra ele. – Kerecapcpa diz.
— Não vê que isso é mentira? Puna-o logo! – o Príncipe Mirza exige.
— General, investigue esse ladrão e traga-o para o julgamento, mas mantenha esse homem preso até que tudo se esclareça em um uma nova data. Podem se retirar. – Shahanshah diz e deixa o Príncipe Mirza frustrado. Veem o nobre, a testemunha e o julgado se retirando.
— Mirza, aprenda, você deve ser justo para ser um Imperador. Não temos um cetro na mão para punir e uma espada na mão para matar, são armas para a justiça e igualdade, há que se ter compaixão em alguns momentos e usar a sabedoria em todos eles. Você é um menino imaturo e tem muito a aprender, volte para a sua mãe. – Shahanshah diz e o dispensa.
Shahanshah retorna para sua alcova ao anoitecer e decide permanecer sozinho.
Tem todas as mulheres mais desejáveis da Pérsia ao seu dispor no seu harém, mais de trinta filhos, já que algumas estão grávidas nesse momento, um império cujo esplendor e glória falam por si mesmos, mas toda a sua aflição está dedicada à uma só pessoa, sua tão amada herdeira e orgulho Shahnaz.
Há mais de dois meses recusa-se a comer e vive em um ódio que lhe parte o coração, por mais temido que seja por todos, sua Princesa ousa lhe desobedecer e o tortura com a mais cruel de todas as ameaças, a de tirar sua própria vida!
Shahanshah sabe que Shahnaz é capaz de cumprir suas ameaças, afinal já lhe provou em um campo de guerra!
Todos dizem que é dever de um Imperador e pai é de arranjar boas e vantajosas alianças para o seu império e suas filhas são como uma valorosa moeda de troca, em especial as Princesas, cuja educação primorosa e dote as deixam mais encantadoras.
Shahanshah se arrepende de dar ouvidos e seguir os conselhos de Vasthi e dar sua herdeira, a quem tão zelosamente treinara para ser sua sucessora em casamento, mas agora nada pode fazer diante de sua palavra empenhada, não há como voltar atrás.
Se perder sua Princesa Shahnaz, perderá todo o seu orgulho!
Princesa Shahnaz POV:
Finalmente está chegando o final do prazo e agora sinto-me realmente fraca e estou em meu leito, minhas damas choram eventualmente e parecem que velam o meu corpo vivo.
Mojgan implora para que eu me alimente, mas sempre é em vão, enquanto Vashti apenas me despreza e o Imperador se mantém afastado.
Converso com Jahangir esporadicamente por cartas apaixonadas, demonstra preocupação pelo meu estado e pede que eu encerre o meu plano, mas digo que irei até o fim.
Se aproximam os dias da celebração do meu casamento, Lila e Pari vem me avisar que todas estão preparando as minhas vestes de casamento, mas que precisam ser ajustadas mais uma vez.
Notam que estou ardendo em febre e chamam o curandeiro real, de repente tudo vai ficando escuro...
O Narrador:
— Depressa, chamem os Imperadores, a Princesa perdeu a consciência. – o curandeiro alarma e manda as servas pegarem bacias e panos para resfriarem o corpo dela.
Dara e as servas fazem o que ele ordena e começam a tentar amenizar a temperatura e a Princesa começa a se debater.
— Vamos levá-la para a tina, preparem com água fria. – o curandeiro diz.
De repente os Imperadores adentram a alcova da Princesa e veem a confusão.
— Resolvam essa questão, quero a Princesa de pé amanhã para sua cerimônia de casamento, a família do prometido deve estar chegando. – Vasthi diz, sem ao menos se importar com a filha.
— Mas Majestade, a Princesa está muito mal, sua febre está muito alta. – o curandeiro diz.
— Façam tudo para que Shahnaz viva, isso é o que me importa. Use todos os recursos e chame todos os sábios do império se precisar. – o Imperador diz.
— Sim, Majestade. – o curandeiro diz.
Veem que a Princesa agora começa a tremer violentamente, as servas a enxugam e vestem, ainda inconsciente e com ajuda põe na cama, para que o homem possa fazer o seu trabalho com infusões de ervas, preparados e rezas.
Então os Imperadores são avisados por Asthad que a família Khani acaba de chegar, fazem questão de recepcionar e levá-los ao salão do banquete, com tranquilidade fazem a refeição e permitem que eles sigam para suas alcovas para repousar.
— Que faremos, Majestade? – a Imperatriz pergunta.
— Diremos a verdade, Vasthi. Que o casamento deverá ser adiado. – o Imperador diz.
— Nunca, essa desonra eu não permitirei jamais! Shahnaz casa nem que seja morta, ela não está doente, são fingimentos. – Vasthi diz exaltada.
— Como ousa me afrontar? Estou lhe dando uma ordem, Vasthi, não é uma solicitação. – Shahanshah diz com austeridade e a Imperatriz se cala, pede permissão para ir ao harém, que é concedida.
Como é de se esperar, a situação da Princesa Shahnaz percorre todos os corredores do palácio, todos os servos e nobres estão preocupados, Sadira e Roxy seguem para o harém para pedir explicações.
— Soube que a Princesa está adoentada, é verdade? – Sadira pergunta e Dara, Bibiana, Etty e as sobrinhas dos Imperadores não querem dizer.
— Sim, é verdade. Há quem diga que ela está com tísica, pobrezinha. – Atefeh se aproxima e ardilosamente diz.
— Saeed e papai precisam saber disso agora mesmo! – Roxy diz, horrorizada.
Ambas se apressam e saem do harém.
— Que está fazendo, Atefeh? Está falando sandices, se nem mesmo o curandeiro real se pronunciou a respeito do estado de saúde da Princesa. – Bibiana a repreende.
— Melhor que saiba o que a prometida de seu filho pode ter, assim não são surpreendidos por um casamento às escuras. – Atefeh diz e ri.
— És perversa, não pode ter misericórdia da herdeira de seu Imperador e marido? Eu mesma contarei a ele o que faz. – Etty diz.
— Pois conte, ele jamais acreditará em vocês, sou sua predileta. Aquela que o consolarei da morte de sua herdeira. – Atefeh diz.
— Como ousa falar na morte da Princesa Shahnaz, sua cobra? – Jaleh pergunta.
— Estava demorando para vir a defensora da Princesa. – Atefeh diz.
— Todas a defendemos aqui, porque a amamos. – Dara diz e elas vão avançando na direção de Atefeh, que se abriga em um dos quartos do harém.
Sadira e Roxy se apressam e procuram por Sirdar Nasim e Saeed por todos o palácio e os encontram no salão do tabaco.
— Acabo de saber que a Princesa Shahnaz está doente. – Sadira avisa.
— Com tísica! – Roxy completa.
— Mas que absurdo é esse? O Imperador terá que se retratar comigo e a nossa aliança?
Sirdar Nasim segue para a sala do trono com Saeed no mesmo instante, solicita uma audiência, que é prontamente concedida. Reverenciam o Imperador assim que adentram e aguardam permissão para falar.
— Imagino que tenham vindo porque sabem da situação da Princesa Shahnaz. – o Imperador diz.
— Exatamente. Acabo de ser informado que ela está com tísica, como pode firmar uma aliança comigo e me dar uma filha doente em troca?
– Sirdar Nasim pergunta exaltado.
— Tísica a minha herdeira? – Shahanshah pergunta.
— Todo o seu harém já sabe e Vossa Majestade não? Eis que tua filha definhava diante de teus olhos e não foste capaz de ver. – Sirdar Nasim é debochado ao dizer essas palavras.
— Como ousa se dirigir a mim nesse tom, Sirdar Nasim? Nem mesmo a aliança entre os nossos filhos garantirá que minha espada atravesse seu ventre se voltar a me afrontar. – o Imperador diz com austeridade, assustando a todos os nobres, general, guardas e servos que estão presentes, além da família Khani.
— Pois esta aliança está rompida entre nossas famílias, meu Saeed não se casará com uma tísica! – Nasim diz.
— Que assim seja, conforme suas palavras, Sirdar Nasim. – Shahanshah diz.