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Vamos "viver"

Eu ainda estava naquele chão frio quando abri meus olhos. Luella era realmente negligenciada, e iria morrer em breve, daqui a dois anos após seu casamento, sendo precisa.

Luella morreu porque seguiu cegamente as ordens de seu pai e não teve nenhuma malícia, mas eu era diferente. Eu conhecia o futuro, e eu era do futuro. E eu sabia de algo que apenas o pai da vilã sabe, a verdadeira origem da mãe dela. 

Já que, ela era, uma filha ilegítima, filha de uma feiticeira. Mais tarde, isso seria uma das razões cruciais para sua execução, por ordem da família real. E é claro que iria dar um jeito de fazer meu pai calar o bico. 

Iria sobreviver, não como uma pessoa miserável, mas como a pessoa mais rica e poderosa do império. E então, tornar-se-ia desnecessário casar-se com o duque.

Então, eu começaria meu plano imediatamente. Havia outra porta, além da de saída naquele quarto, provavelmente se tratava do quarto de vestir. Entrei e vi vários vestidos estendidos em cabides, muitos cravejados e exibicionistas. Peguei o mais simples, me esforçando muito para conseguir vesti-lo. 

Lembrei que havia uma poça de sangue no chão em frente a penteadeira, mas, o ferimento em meu peito estava totalmente cicatrizado, não havia um rastro ou um pingo do sangue que saiu de mim mesma.

Acho que as empregadas não iriam se importar muito, se é que elas viriam limpar. 

Os corredores daquela residência eram cheios de vasos de ouro e pinturas, aquilo me incomodou. 

'Eles têm dinheiro para entupir a casa de ouro, mas não para dar um quarto decente para a filha? '

A única coisa que diferenciava Luella de uma criada eram as joias e os vestidos luxuosos. Joias que, eu havia pegado, duas, para vender. Afinal, não havia achado nenhum centavo, o que eu faria requer dinheiro.

Todos os empregados me olhavam com um desgosto indescritível, eu tive sorte em conseguir uma carruagem, apesar de nem ter recebido uma escolta. Aquilo era tão desconfortável e enjoativo como os livros diziam, mesmo se eu fosse a heroína da história, não gostaria de reencarnar num lugar que não existe banheiros. 

Meu primeiro ponto de parada foi a joalheria, onde consegui vender o que eu tinha por um preço relevante. 

Duas mil moedas de ouro.

Cada moeda de ouro é quarenta moedas de prata. 

Minha próxima parada foi uma loja de artigos de bordado. O cocheiro bufou, então eu sorri para ele.

"Espere aqui." 

"..."

Assim que entrei, uma senhora correu para me atender. Pensei que receberia outro olhar de desgosto, mas ela tinha olhos calorosos. 

"Boa tarde, senhorita! Como posso te ajudar?" 

"Woaaahhh! Bem, eu preciso de algumas agulhas, e fio de seda... Espere, que tipos de fios vocês têm aqui?"

Um sorriso abriu no rosto dela. 

"Por favor, siga-me!" 

A arquitetura era simples, mas o lugar tinha muita variedade. Não entendi porque estava tão vazio. Havia uma enorme prateleira cheia de linhas de diversas cores, num padrão gradual de arco-íris. 

Ela apontou para a sessão mais alta, o brilho denunciou os tubos de seda. 

"Por favor, eu gostaria nas cores branco, verde-escuro e roxo."

A senhora concordou, pegando e colocando em cima do balcão. Acrescentando as agulhas. 

"Será que você não tem uma linha mais grossa?"

"Você diz a linha de tapeçaria? Não tenho no momento, mas se a senhorita quiser, eu posso encomendá-la." 

Eu assenti, sorrindo. 

"Você conhece algum artesão?"

"Aaaah! É claro! Temos o Dylan, ele normalmente fica trabalhando na praça aqui na frente."

Sorri novamente, resmungando um agradecimento em voz baixa. Avistei de longe um jovem recostado em uma das árvores, parecendo talhar algo na madeira. Caminhei até ele de forma cautelosa, futuramente, Dylan se tornaria um artesão muito famoso. Não faria mal conseguir o favor dele. 

"Woaaaah! Acho que essa faca está cega, arghhhhhhhh... Tenho que economizar mais para comprar outra, pff."

"Posso te dar uma boa recompensa se você me ajudar."

O homem de cabelos castanhos levantou imediatamente o olhar, parando de mexer com a faca. 

"Hmmmm! O que posso, ahnn, fazer pela senhorita?" 

"Eu preciso que me faça um tipo de palito fino, que dê um tipo de volta no final... E uma haste pequena com um centímetro de largura." 

"Haaa, não sei se poderei fazer isso bem, mas irei tentar..." 

Virei de costas, deixando que o rapaz trabalhasse em paz. 

'Não vou depender da minha família ou do duque, eu terei a minha própria renda. E irei me tornar a pessoa mais rica e influente desse império... Porque, se essa vida é apenas um jogo, eu uso hack.'

"A-ham! Acho que é isso." 

Girei meu corpo para ele, encarando. 

"Sim, obrigada, sr. Dylan!" 

Estendeu a mão com os objetos, perfeitos, como eu esperava. Guardei-os na minha bolsa e depositei cinquenta moedas de ouro. 

"Que isso, senhorita! Meu trabalho não vale isso, eu não posso aceitar..." 

"Seu trabalho me impressionou." 

"De qualquer jeito, não posso, não posso! Minha consciência ficaria pesada ao receber tanto dinheiro de uma jovem como você." 

"Então, considere isso como um adiantamento. Não se esqueça desse nome: Luella Everett, e espere por minha carta."

Meu cocheiro já estava me esperando em frente a carruagem, não poderia tardar mais. 

"AAAH...? Que raios??? A princesa da casa Everett?" 

Observei Dylan segurando de forma desesperada as moedas que eu havia lhe entregado, quando os cavalos voltaram a galopar.

"Haa..." 

Meu pai me esperava na porta do meu quarto, não esperava que veria o chefão tão cedo.

"Você é mesmo uma concupiscente, Luella." ele cuspiu em meu rosto. "Nem mesmo pediu permissão para deixar o quarto. Se tornou um valdevinos apenas porque não posso me livrar de você no momento, espero que esteja se lembrando de que seu casamento será em duas semanas." 

'MERDA! DUAS SEMANAS??? TODO O MEU PLANO FOI POR ÁGUA A BAIXO.'

"Estou ciente", eu o encarei com um sorriso tênue, "papai." minha mão instintivamente quis ir até a minha boca, meus dedos pousando sob meu nariz.

SLAP

"Maldita." 

Eu finalmente estava sozinha, o ar que estava preso finalmente te soltou.

"Aff! Que velho chato."

Agora, completamente só, apenas o crispar da lareira quebrava o silêncio. Meus dedos enrolados com a linha roxa. 

"Então, isso é crochê." 

Encarei a peça circular que se formava. Esse tipo de coisa ainda não existia naquele mundo, e eu era um tipo de expert nisso na minha vida passada. 

"Haa... Vou arrancar muito dinheiro das nobres com isso." 

Sorri determinada. 

Mamãe, quando eu crescer eu quero ser que nem ela...

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