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O Casamento

Andrey a viu antes de estacionar o carro. Ele deu a volta e abriu a porta para ela, que entrou em silencio. Ele não disse nada. Levou a para o hotel em que estava ficando e assim que chegaram em sua suíte, ele ligou e pediu que trouxessem o café da manhã. Olhou para Emma. Ela permanecia em pé abraçada a sua mochila o fitando com seu habitual olhar frio e indiferente. Foi até ela e tirou a mochila das mãos dela e jogou a mochila na cama. Viu que ela começou a tremer como no dia em que se vendera para ele e colocou as mãos em seu ombro a fitando sombriamente.

"Você também treme quando fica com Richard, ou tem algum... Problema comigo?"

Emma balançou a cabeça em uma negativa.

"Richard... Nós não..."

"Ele foi visto saindo de sua casa de madrugada. Não precisa mentir para mim. Quero você assim mesmo. Não vou deixar de querer nunca."

"Não. Nós dois apenas tomamos vinho. Só beijo."

Andrey a encarou enquanto ela erguia a cabeça para olhar nos olhos dele. Andrey não tinha nenhum motivo, mas acreditava nela. Lembrou se que ela foi violentada pelo seu tutor e a fitou, mas não conseguia ficar muito tempo sem olhar para os lábios perfeitos dela. Sabia que estava sem maquiagem e mesmo assim eles estavam sempre rosados.

"Então você treme porque tem medo de mim?"

"Não. Não é de você que tenho medo. Mas da dor."

Andrey tombou a cabeça de lado sem a soltar. Era a primeira vez que ela conversava com ele naquele tom. Sem animosidade. Ele gostou disso. Afinal estariam casados no fim da noite.

"Eu machuquei você?"

Os olhos dela brilharam irados e Andrey achou que até aquela reação ficava bem nela.

"Não na... Hora."

Andrey sorriu divertido.

"Quando então?"

"Sei que fiz escolhas erradas, mas sei também que você está por trás de quase todas elas e como se isso não bastasse, roubou meu filho. Você me tirou tudo. Isso machuca!"

"Tirei sim. Mas vou devolver até três vezes mais. Não se preocupe."

"Eu amo Richard." Emma disse para o ferir. Seu sexto sentido dizia que aquele homem a amava, e por ter poder, ele achou que não precisava a conquistar para ter ela. E ela o faria pagar por isso. Mesmo que tivesse vergonha por ter se vendido para ele uma vez, e sentindo o prazer que sentira pela primeira vez, não podia negar para si mesma que gostava dele como gostava de Richard. Mas ele nunca saberia disso.

Andrey a soltou e a convidou a se sentar a mesa que havia no quarto. Parecia que ele adivinhou, pois assim que tomaram seus lugares, ouviram uma batida na porta e um funcionário do hotel entrou com o café da manhã e se retirou em seguida. Eles comeram em silencio. Andrey comeu pouca coisa, mas Emma parecia faminta e se esbanjou. Ele deixou que ela terminasse sua refeição em paz antes de dizer;

"Não me importo com o que sente Emma. Mas gosto muito de saber que é por Richard que se apaixonou. Isso torna nosso relacionamento mil vezes melhor. Ele é um traidor. Você não faz ideia de que com quem estava lidando. E não me importo que mantenha contato com ele e até volte a ser amante dele, desde que me dê meu filho primeiro. E Richard vai ter que engolir mais essa. Vai ter que ficar com meu resto. Nosso contrato acaba no momento em que você dar à luz a meu filho, antes de cinco anos. Depois estará livre para ir. Vou recompensar você por isso. Você será dona de uma das minhas empresas bem sucedidas. Em qualquer lugar do mundo que escolher. Mas não teremos nenhum tipo de contato após esse acordo terminar.

"Caio?"

Andrey pensou antes de responder. Não era tolo como Richard. Podia declarar seu amor, pois a criança estava guardada por seguranças incorruptíveis, armados e leais.

"Combinaremos suas visitas depois que me der meu filho. Eu me afeiçoei a Caio de uma forma que acreditava impossível. Parece que temos uma química bem interessante."

"E se eu não o quiser dar a criança que por acaso eu vier a ter?"

"Essa hipótese não vai existir. Nem tente Emma. Sempre tenho saída para todas as suas tentativas. Não sou homem de deixar que um detalhe de um possível plano me surpreenda."

"Não vai deixar que eu crie meus filhos?"

"O primeiro você abandonou e o que vamos ter... Não me pareceu que vai ter algum afeto por ele. E mesmo que esse for o caso, você parte assim que der à luz ao bebê. Ficará livre para viver seu amor com Richard."

"Nenhum dinheiro que possa me ofertar vai fazer com que eu fique longe de Caio."

"Isso significa que o que vai ter comigo não importa?"

"Exatamente."

Andrey não pode evitar a ira que brilhou em seus olhos e os tornou sombrios.

"Investiguei sua vida. Seu filho é o fruto de um estupro. Talvez dê mais valor ao meu se eu fizer o mesmo que seu marido lhe fizera."

"Se me devolver Caio e me der a empresa de que falou, nem mesmo quero olhar para seu filho quando ele sair de mim. Não pense que sou idiota. Não vai me manipular mais usando filhos para me chantagear. Quero Caio e a empresa e você fica com o filho que nascer desse acordo." Ela disse ignorando a ameaça; no fundo sabia que ele era incapaz de tentar a forçar. Nem precisaria. Ela gostava do toque dele.

Andrey respirou fundo e ficou olhando para Emma pensativo, e após alguns segundos, pareceu voltar de um estado de torpor.

"Viajaremos após o almoço para Las Vegas onde nos casaremos."

"Quero ver Caio antes."

"Não existe essa possibilidade."

"Você vai começar a me usar agora?"

"É um convite?"

"Quero saber como vai ser. Se você vai me usar além do necessário para que fique grávida. Ou me quer como sua vadia para atender suas necessidades sempre que desejar."

"As duas coisas Emma. Vou sustentar você e pagar luxos que você vier a desejar e não vou fazer isso de graça. O seu corpo é delicioso e saber que fui o último a usufruir dele, está me deixando excitado."

Emma o fitou fria e se levantou.

"Então pode começar me dando dinheiro pra que eu possa comprar meu traje de noiva. Deve saber que não tenho nada para essa ocasião. E vou comprar o mais caro que eu encontrar." Ela disse e se despiu diante dele com queixo erguido em desafio.

Andrey sorriu divertido. Apreciava a nudez dela.

"Vista seus trapos, Emma. Não é assim que aprecio uma mulher. E nós ainda não combinamos o tempo que vai ficar comigo."

"Apenas até eu dar à luz ao teu filho e você me devolver o meu."

"Você está pensando em um relacionamento a longo prazo. Isso não está em meus planos. Apenas quando Caio completar dezoito anos, eu vou liberar ele para escolher entre nós dois, antes disso, sem chance. Mas deixo que o visite nos fins de semana. Creio que dois anos está bom. Vamos assinar um contrato. Não pode sair com outros homens e eu não também não poderei ter outras mulheres nesse prazo. Mas não fique triste. Minha ex esposa ainda dorme comigo as vezes. Pode ser o mesmo com você. Só não quero um compromisso depois do que considero estritamente necessário."

Emma o fitou irada e se vestiu novamente. Voltou a se sentar, pois estava incomodada por ele nem ter se dado ao trabalho de se levantar.

"Quando vamos?"

"Está tão ansiosa assim para pular na minha cama, Emma? Confesso que me sinto até lisonjeado..." Ele riu divertido vendo os olhos dela o fitarem irados.

"Caio."

"Fale Emma. Não gosto dessa sua mania de poucas palavras."

"Estou com pressa para ver Caio."

"Após nossa noite de núpcias ele estará nos esperando na casa onde vamos morar até você dar à luz. Poderá conviver com Caio nesse tempo. Durante todos os dias."

Emma o fitou com olhar glacial.

"E quando vamos nos casar exatamente? Depois do almoço é algo muito vago."

Andrey olhou seu relógio de pulso.

"Dentro de quatro horas." Ele disse e se levantou. "O jatinho está a nossa espera, já que não quer esperar pelo almoço aqui." Ele disse e estendeu a mão para ela.

Emma se levantou também, mas não aceitou a mão dele e o viu sorrir divertido. Foi até a cama e pegou sua mochila. Andrey estava com a porta aberta a esperando. Desceram o elevador e ele passou direto pela recepção e abriu a porta de trás do carro esperando por ela. Emma ainda olhou para trás, a moça da recepção parecia distraída e dando de ombros entrou no carro. Andrey sentou ao lado dela e o carro entrou em movimento.

"Não pagou o hotel." Ela comentou não resistindo a curiosidade que queimava como brasa viva em sua língua.

"É meu." Ele disse simplesmente.

Não rodaram nem por quinze minutos e chegaram a uma pista de decolagem. O piloto entrou no jatinho e uma comissária de bordo os aguardou para que entrassem. Emma não achou o ambiente, que ela acreditava nunca ter visto, estranho. Haviam duas poltronas confortáveis, uma de frente para outra separadas por uma mesinha de centro e uma cama escondida por trás de cortinas de luxo. Ela podia apostar que tinha um banheiro de luxo também atrás da cortina. O jato se colocou em movimento e Andrey a fitava com tanta insistência que a incomodou.

"O que foi?"

"Você... Emma você sabe quantos anos você tem?"

"Uns vinte e poucos anos..." Ela disse o fitando franzindo a testa.

"Imaginei que não soubesse mesmo." Ele disse e se serviu do conhaque que estava na mesa e pegou uma revista para folhear.

"Como pode saber disso?" Ela perguntou desconfiada, mas Andrey não falou mais nada e passou o restante da viagem a ignorando. "Devo ter a sua idade..." Ela disse mais para si mesma, pensativa.

Foi muito difícil descobrir a verdadeira idade dela. Ele pensou que soubesse, mas o detetive estava cada vez mais próximo da verdade sobre Emma e tudo que descobrira até ali, o fazia sentir se mal por ela. Era muito jovem. O filho dela nasceu no mesmo dia que ela. Soube que fora ela quem escolhera a data. Será que havia alguma parte dela que se lembrava de algo? Não podia revelar mais nada a ela antes de ter a história completa. Já estava com o processo pronto para prender Henrique e Anne, mas iria precisar da confirmação dela e não podia a

assustar os colocando em frente a ela, até que ela tivesse segurança e confiança que ele não permitiria que voltassem a lhe fazer mal.

A comissária de bordo chegou com duas roupas ocultas por capas e entregou uma para Emma e outra para Andrey.

"Faltam menos de vinte minutos para chegarmos. Podem se trocar." Ela disse e voltou para a cabine de onde veio.

Emma fitou Andrey indagadora.

"Você não quer entrar na capela com esses trapos, não? Vá para trás da cortina que vou me trocar aqui."

Emma cruzou os braços e continuou sentada. Andrey viu que ela havia perdido o brilho frio no olhar e em seus lábios tinha um meio sorriso.

"O que foi?" Ele perguntou como se tivesse sendo insultado.

"Já vi você nu antes." Ela disse sorrindo divertida.

Andrey riu também.

"Não seja ansiosa Emma! Vai ter dois anos para olhar meu membro duro a sua espera..."

O sorriso desapareceu do rosto dela. Ela tentou ser fria, mas Andrey percebeu que ela achava a situação divertida, quando ela se levantou e foi para trás da cortina.

Emma ficou aturdida quando viu o vestido. Era branco com detalhes em pérolas, no estilo tomara que caia e era leve como pluma. Ele era magnifico. Antes que ela pudesse começar a tirar a roupa para o colocar, a comissária de bordo colocou uma caixa de sapatos e roupas intimas na cama e se retirou depois de lançar um sorriso amistoso a Emma. Ela viu que tanto os sapatos quanto a roupa íntima, tinham detalhes em pérolas. Ela achou uma extravagancia para quem queria se casar apenas como um negócio. Apenas por dois anos. Mas achando que ela não tinha moral para falar sobre extravagancias, se trocou rapidamente e saiu de trás da cortina.

Ela encontrou nos olhos esverdeados de Andrey, a mesma admiração que devia estar nos seus. Ele estava todo de preto em um terno que ela sabia ser muito caro e se isso fosse possível, ele estava ainda mais lindo e elegante.

"Está linda Emma." Ele disse a olhando impressionado.

"Você também." Emma disse desejando que aquele casamento fosse mais duradouro. Mas triste por saber que ele jamais abandonaria sua vida de boêmio por ela. Isso a entristeceu.

A comissária de bordo entrou e quebrou o clima entre eles. Pediu que se sentassem e colocou os cintos em ambos, antes de voltar para a cabine.

Logo eles pousaram. Quando Emma desceu, aceitando a ajuda de Andrey dessa vez, por causa do salto e o vestido ser longo. Ele abriu a porta da limusine para ela e a fechou. O carro se colocou em movimento e ela assustou por Andrey não ir com ela. Viu que o vidro que a separava do motorista estava sendo abaixado.

"A senhora quer passar em algum lugar antes de irmos à capela? Maquiagem, depilação, ou qualquer outra coisa?"

"Dinheiro."

"Ah sim!" Ele disse e estendeu um cartão para ela e Emma verificou que estava no nome dela.

"Camisola, maquiagem e depilação." Ela disse.

O motorista fechou o vidro e continuaram a viagem por mais alguns minutos. Ele abriu a porta para ajudar ela a descer e ela viu a loja que deveria ser a loja mais cara de Las Vegas, mas não se importou. Ia gastar o dinheiro de Andrey. E ela gostava dessa ideia.

"Tem tudo que precisa aqui. Tanto os cuidados, quanto enxoval de noivas."

A moça da loja veio atender e a encaminhou para fazer a depilação primeiro. Depois fora feita a maquiagem e ela queria cortar o cabelo, mas as moças tinham ordens para não os cortar de forma alguma e Emma passou o resto da arrumação do cabelo emburrada. Gostou do coque acima da cabeça com algumas pontas soltas, mas não disse nada e permaneceu com os olhos frios. Quem Andrey acreditava que era para proibir ela de cortar o próprio cabelo?

O humor de Emma melhorou quando se vestiu novamente e foi escolher seu enxoval. A maioria das roupas estavam em tom branco. E ela gostou de uma em particular. Era uma roupa de dançarina da dança do ventre e ela sabia dançar. Não entendia como, mas sabia. A roupa era toda bordada com fios de ouro e a echarpe do quadril era toda de ouro, inclusive as moedas que se esbarravam quando se movia sensualmente com o quadril. Era em branco e dourado. Ela olhou para a vendedora e apontou a roupa.

"Quanto?"

"Cinquenta e sete mil dólares." A menina disse a olhando interessada.

"Vou levar também."

Emma se recusou a carregar até o carro as sacolas com suas compras. A moça que a atendeu levou até o carro para ela e o motorista achando graça, deu cem dólares a moça que saiu toda contente. Emma estava aliviada. Gastou o dinheiro de Andrey. Era um sentimento libertador. Queria ver ele zangado. Ficou a pensar que devia ter gastado mais de cem mil dólares ali. Seu cartão não tinha limite! Concluiu feliz. Seria a esposa mais cara que Andrey já havia tido na vida. O motorista parou em frente a uma capela e deu o braço para que Emma se apoiasse nele e assim que ela entrou a música começou a tocar. Era sua preferida. Mas não era adequada. A Thousand Years. Ela viu que tinha algumas pessoas que admiravam ela enquanto caminhava pela nave. Lembrou das joias que o motorista lhe entregou. Brincos e um colar. Ambos com o pingente em forma de gota da cor exata de seus olhos. Ela encarou Andrey. Ele havia cortado a barba bem rente e feito outro corte de cabelo. Nunca o vira tão lindo. Os olhos dele brilhavam e em momento algum ele deixou de encarar ela. Emma chegou até ele e Andrey pegou em sua mão e beijou com deferência. O casamento foi celebrado em menos de vinte minutos. Eles entraram na limusine depois de tirar algumas fotos e foram para um hotel ali mesmo em Las Vegas. Era tudo muito luxuoso e Emma não estava muito à vontade mais. Parecia tudo muito superficial. Irreal. Mas relaxou quando foram para o quarto. Era luxuoso também, mas era apenas um quarto. Ela encarou Andrey e ele colocou as mãos em seu ombro. Mas ela as retirou.

"Celular." Emma pediu estendendo a mão.

Andrey colocou sua cabeça de lado e a fitou com um sorriso curioso e divertido, mas tirou seu aparelho do bolso e entregou para ela. Emma o olhou e sem dizer nada, pegou o dedo de Andrey e colocou na tela para desbloqueá-la e pegando uma de suas sacolas de compra, que foram levadas para o quarto, foi para o banheiro do quarto.

Andrey tirou os sapatos com um sorriso divertido. O que Emma iria aprontar? Será que ligaria para Richard? Ele balançou a cabeça. Mas não estava preparado de forma alguma para o que realmente viria a seguir. Emma apareceu enrolada em um lençol e ele viu uma espécie de coroa em sua cabeça, agora soltos. Ela pegou o controle da televisão e depois de configurar o bluetooth, colocou uma música egípcia. Ele sentiu o perfume antes de ver ela tirar o lençol e seu sorriso morreu no rosto. Ela começou a se contorcer no ritmo da música e movendo a cintura com tanta sensualidade enquanto segurava o lenço que tapava seu rosto deixando apenas seus olhos em evidencia e ele não conseguia desviar os olhos dela. Ela estava mais que linda. E ele acreditava que não seria possível de ver ela mais bonita do que quando a viu entrando na capela toda maquiada. Maravilhosa nem chegava perto do termo próprio para a descrever. Enquanto ela estava com os braços abertos mexendo a cintura com a saia de tecido leve em tom branco e dourado, serpenteando seu quadril e fazendo as moedas tilintarem na frente e atrás e dourada dos lados, e muito ouro lhe envolvendo a cintura se balançando com o quebrar sensual dela que o fitava como se fosse o devorar. Ela começou a dançar pelo quarto, mas sempre voltava o olhar cheio de especulação sensual para ele. Ela movia as mãos graciosamente, como se o convidasse a se juntar a ela. Ver Emma em seu habitat comum, sempre com os olhos frios era uma coisa. Era uma coisa com a qual se acostumou, mas ali ela estava dançando para ele e ele a olhava como um enfeitiçado, ali ela era uma mulher cheia de sedução e desejo e demonstrava isso em cada movimento de seu corpo. A roupa contrastava com sua pele muito branca dando a ela um toque aveludado. Andrey a fitava sério, precisava deixar que ela gastasse um pouco de energia e depois faria amor com ela de forma que nunca fizera com mulher nenhuma. Mas ele também não conseguia se mover. Hipnotizado pelo olhar, a dança, os movimentos, o corpo perfeito e o olhar novamente. Ela brincava com a sensualidade como se tivesse feito isso a vida toda. Ele tinha medo de estar apenas sonhando.

Ele se levantou decidido a tomar aquele véu de suas mãos, mas ela se aproximou dançando e começou a tocar em sua pele provocadoramente com as pontas dos dedos e se afastar. O perfume dela embriagou seus sentidos. Ele a fez parar segurando a pela cintura. Mas foi pior. Ela começou a se mexer de forma a se encaixar no seu corpo o envolvendo. Ela estava com muita energia. Ele a encarou e ela passou o véu que cobria seu rosto por seu pescoço e o puxou para si. Os lábios a um centímetro um do outro e os dois se encarando. Andrey ainda viu medo neles e ele a fitou com ternura. Ela deu um beijo suave em seus lábios e se fastou como se fosse um teste, quando viu que ele continuava a fitando, ela ganhou coragem, soltou o véu e o puxou para si com as mãos e o beijou apaixonadamente. Andrey não podia mais resistir. Sentia o muro que havia construído em volta de seu coração desabar nos toques das mãos inexperientes dela. Ele a levou para a cama e se livraram das roupas sem deixar de se encarar. Era um sonho. Ele estava sonhando. Eles se deitaram e se enrolaram na cama. E aquele fim de tarde foi o melhor da vida dos dois. Eles dormiram exaustos, nos braços um do outro depois de fazerem amor como nunca ainda haviam feito. Com entrega total dos dois.

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