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Defensores do Olimpo: Ascensão

Capítulo um: Guerra

Ano 102, arredores de Esparta, o local estava sendo o palco de uma longa e sangrenta batalha, a deusa encarregada por aquele campo de batalha era Sônia, deusa da guerra herdeira e futura sucessora de Ares, o atual deus da guerra olimpiano. O ar do local estava vermelho e dourado com o sangue e icor dos guerreiros caídos em batalha. Havia inúmeras tropas de amazonas de todo o mundo, unidas contras as forças do temido clã das Sombras. Dentre as fileiras do exército olimpiano[1] havia soldados masculinos também, cavaleiros do santuário enviados para dar apoio às grandes guerreiras amazonas. Todos trajavam armaduras abençoadas pelas constelações do céu, que no universo primordial há mais de um milhão de constelações[2], há também armaduras que têm suas origens de outras fontes, como espíritos antigos.

Sob o comando da implacável Sônia estavam também cinco cavaleiros e amazonas de ouro, a mais poderosa casta do exército humano. Do outro lado do campo estava a general Skotádi, uma das mais furiosas dentre os guerreiros da rainha Umbralia. O clã das Sombras era um dos clãs ligados à poderosa e temida Pelupdus, o supremo ser das trevas.

No longo campo de batalha as forças do clã das Sombras eram constantemente obrigados a retroceder no campo pelas furiosas amazonas que lutavam bravamente os destruindo pouco a pouco, as mulheres guerreiras em maioria nesse campo de combate eram das amazonas do norte, lideradas pela deusa alfa maior e líder amazona Nicolle, a destruidora de exércitos que dava apoio militar à sua aprendiz, Sônia. No acampamento militar do lado olimpiano estavam todos agitados, amazonas e cavaleiros indo de um lado para o outro preparando as chuvas de flechas de fogo, o acampamento era cheio de grandes e espaçosas tendas brancas com bordados dourados com o símbolo de Sônia que era seu escorpião que dava forma à sua armadura dourada.

Sônia estava em meio o campo de batalha com sua espada, o "Ferrão", ela degolava soldados do clã das Sombras um atrás do outro, a armadura de escorpião que Sônia usava estava reluzindo perfeita em seu corpo, seu elmo tinha atrás a cauda do escorpião, o vestido da armadura não atrapalhava os movimentos da deusa da guerra, seus cabelos eram cor-de-rosa, curto com duas longas mechas que iam até o seu torso, sua pele estava bronzeada e seus olhos vermelhos-vivo, contudo a guerreira rosada não estava sozinha no campo de batalha, ao seu lado em uma formação "V" estava a equipe dela, autodenominados "Crias da Guerra".

Kate, deusa da guerra secundária, seus olhos como os olhos dos deuses da guerra eram vermelhos, seus cabelos ruivos longos até a cintura, pele branca e sua altura 1,70 metros. Kate era a segunda filha legitima do rei dos dragões antropomórficos, a 2º na linha de sucessão, mesmo servindo Sônia[3]. Ela era uma feroz deusa guerreira, não queira vê-la em sua forma de dragão. Sua armadura era de dragão da guerra, o elmo da guerreira tinha a forma da cabeça do dragão, corpete-vestido até as coxas com traços draconianos, pernas cobertas por uma calça de armadura de iguais traços até os pés, tudo em uma paleta de cores marrom com lilás.

– HUPF! Esperava mais do temido clã das Sombras... Patéticos soldados rasos... ESTILO FOGO: TIROS DE FOGO + ESTILO VENTO: FOICE DE VENTO. – Proclamou Kate com uma combinação prática e poderosa cuspindo cerdas de fogo atiçadas por uma foice de vento causando um grande numero de baixas inimigas de soldados rasos. O dom de Kate era um clássico dos deuses da guerra, aumento de poder através de energia psíquica da guerra.

Ao lado de Kate estava Aella, deusa da devastação, uma bela deusa, também possuinte de olhos vermelhos, cabelos castanhos que iam até o meio da coluna, pele morena e imponentes 1,72 metros. Aella era a filha legitima e herdeira do rei e rainha dos vampiros, ela era o orgulho do seu clã no que dizia respeito à habilidade da nova geração dos vampiros, seu poder era espantoso, uma parceira importante de Sônia. Sua armadura era a de morcego-vampiro, em seu corpo a armadura se encaixava como um belo vestido-corpete metálico, com asas médias em suas costas.

– Não seja tão critica, são apenas soldados rasos, Kate... Vamos abrir caminho até a general e ai teremos alguma diversão de verdade... TÉCNICA AVANÇADA: GRAVIDADE: ARRASA TERRA. – Proclamou Aella, cujo golpe destruiu parte do campo à sua frente com uma força absurda da gravidade esmagando vários soldados rasos e mesmo alguns soldados um pouco mais fortes junto.

No grupo estava presente um persona já lendária entre as amazonas, a meia-irmã mais velha de Sônia e irmã mais nova de Hipólita, a grande deusa alfa normal Pentesileia, provavelmente ela era a guerreira mais poderosa entre as equipes dos novos deuses atualmente, um pouco mais nova do que a grande Hipólita, seus poderes eram grandiosos também, ela era a deusa da fúria da guerra, seus olhos eram de um vermelho-sangue, cabelos loiros como o sol da manhã, uma pele branca manchada pelo sol, sua altura era 1,78 metros, possuindo o dom de couraça como Sônia. Ela possuía uma armadura de um espirito antigo, a princesa carmesim, o corpete-vestido de metal enrubescido com detalhes dourados, a saia já de tecido estende-se longamente, com duas fendas para melhor movimentação, a parte inferior da armadura começava do joelho para baixo, os braços da armadura tinham uma mistura de metal e tecido, tudo rubro.

– Tá na hora da diversão, eles realmente não são nada para mim, acabaria com Skotádi sozinha... ESTILO ENERGIA: IMPULSO. – Proclamou Pentesileia que gerou uma parede de pura energia que foi em frente limpando completamente o campo e os inimigos que estavam à sua frente em pelo menos seiscentos metros.

– Não precisa ficar jogando na cara sua força superior, mana, você é indiscutivelmente a mais forte entre nós sete, por enquanto... Por enquanto. – Disse Sônia sem vacilar decapitando inimigos.

– Espero que o dia em que você supere a todos chegue logo, no estado em que o selo está, Skotádi é uma oponente relativamente fraca para um alfa, mas em sua máxima força, ela seria um páreo duro para qualquer alfa, mesmo alfas maiores talvez. Teorizou Pentesileia com um sorriso levado no rosto atacando inimigos.

À direita de Sônia estava seu guerreiro mais fiel e namorado, Ophion, deus do combate e conflitos justos, seus olhos eram vermelhos de um carmesim único, seus cabelos negros, médios e naturalmente arrumados ao vento, sua pele bronzeada era o delírio das garotas, um rival para Drox em sedução, mas ele e seus 1,90 metros eram somente de Sônia; seu dom era o de pirocinese avançada, tendo nascido com um alto controle sobre o fogo desde cedo. Ophion traja a armadura de Serpe carmesim. A armadura já montada no corpo de Ophion lembrava a imagem de uma serpe rubra, a armadura possuía asas médias em suas costas. Ophion era poderoso filho primogênito do rei e rainha do clã dos dragões antropomórficos, sua força empatava com a sua irmã mais nova, ele constantemente se sentia aflito pela maldição do seu clã, uma vez que encontrou o amor nos braços da princesa olimpiana Sônia, e não queria perdê-la ou deixá-la.

– Minha Sônia será a mais poderosa das guerreiras, ninguém será páreo para ela nem mesmo seu pai, lorde Ares. Eu cuido desses aí em frente... TÉCNICA AVANÇADA: ESTILO FOGO: LABAREDAS GIGANTES. – Proclamou Ophion que lançou labaredas do tamanho de bois em cima de soldados que iam contra eles.

– AHAM! Sua? – Perguntou ironicamente Sônia levantando a sobrancelha enquanto corria pelo caminho aberto pelo amado.

Ariom, deus do combate montado, ele estava ao lado de Ophion, ele tinha olhos bicolores, um azul e o outro violeta, cabelos prateados, pele branca e uma altura de 1,70 metros. Ariom possuía o dom de amansar as feras mais selvagens, ele possuía a armadura de Pégaso negro, essa armadura era de um negro profundo com detalhes prateados e roxos, era a própria descrição do cavalo alado de pelos e penas negras. O elmo da armadura não era fechado, era como uma coroa com feições da cabeça do Pégaso na frente, a armadura cobria seu corpo por inteiro, tinha asas curtas nas costas. Todas as armaduras vestidas pelos deuses cobrem os braços e as pernas até a coxa com o metal da armadura, as dos humanos geralmente seguiam esse padrão a partir da classe de prata. Ariom era o filho mais novo de Nicolle e Deimos, ele tinha um espirito selvagem e destruidor, nasceu com a habilidade natural de se transformar em um cavalo com força inominável.

– Ophion, sempre apaixonado, está na hora, Skotádi está a uns três quilômetros daqui, "Sô", que tal começarmos a formação: cavalaria? – Perguntou Ariom.

– Bem colocado como sempre Ariom, eu vou montada na Polemistes, Daxan vai montado em você, Pentesileia montada no Ophion e Aella vai montada na Kate já. – Ordenou Sônia

Daxan era o último membro do time Sônia, ele era o deus da medicina de guerra, loiro, dono de uma beleza indescritível, era o suporte médico da equipe, não o subestime, ele luta ferozmente pelos que ama e era leal. Seus olhos eram verdes, sua pele bronzeada e possuía o dom de empatia. Daxan trajava a armadura de estrela-do-mar, uma armadura que possuía uma defesa absurda, a armadura ficava bem distribuída no corpo de Daxan, a saia da armadura parecia varias estrelas-do-mar juntas, o peitoral seguia o mesmo padrão, os espaços entre dedos nas luvas da armadura tinham espinhos perigosos. Daxan era o filho da nereida Ceto, um belo deus de origem marinha.

– Montar Ariom não será nenhum sacrifício. – Brincou Daxan com seu humor traquina.

– Isso não é hora para piadas de sacanagem... Você sabe que eu estou comprometido com a Cassiah... Se não estivesse com ela... Quem sabe... Quem sabe. – Respondeu Ariom, que em seguida se transformou em um alazão de 2 metros com pelagem marrom com listras brancas no pescoço e no lombo.

Ophion e Kate se transformaram em suas formas de dragão, Ophion em sua forma de dragão possuía 17 metros enquanto Kate possui 19 metros, eram pequenos ainda, em desenvolvimento, Ophion possuía em suas escamas as cores marrom, dourado, lilás e verde musgo, olhos amarelo-vivo com uma fenda negra no meio, sua cauda era bela e longa com uma lâmina rustica natural na ponta. Kate possuía escamas nas cores violeta, roxo, lilás, marrom, dourado e prateado, olhos iguais aos de seu irmão, que por vez eram iguais aos de seu pai, sua cauda era um pouco mais curta que a do seu irmão, contudo na ponta havia um porrete. As envergaduras das asas eram imensas, eles entraram no modo completo e não no modo parcial quando possuem traços de dragões ainda com forma humana. Sônia invocava Polemistes, sua égua de guerra, essa égua possuía olhos vermelhos, pelos negros como o ébano, Polemistes tinha incríveis 4 metros, o maior corcel vivo. Essa montaria foi um presente de Ares para sua filha, em sua genética havia os genes das quatro raças mais fortes de Pégaso, além da genética do cavalo de Odin, Sleipnir, além de Aaron, deus cavalo filho de Poseidon e Deméter, éguas Diomedes e os maiores garanhões do planeta. Essa égua era o equino mais poderoso vivo, melhor que a do próprio Ares.

Sônia montava sua égua, Aella montava Kate, Pentesileia montava Ophion e Daxan montava Ariom. Todos cavalgavam corajosamente em direção ao chefe das forças do clã das Sombras naquela batalha. Ao chegar eles se depararam com Skotádi que estava a matar vários cavaleiros e amazonas, ela segurava pelo pescoço um cavaleiro de ouro da constelação de Aries e logo após jogando-o inerte no solo rubro do sangue de seus companheiros. Skotádi trajava uma armadura que lembrava um minotauro bestializado, armadura de cor negra com tons roxos e degradê da prata para o bronze de cima para baixo. A deusa maligna possuía cabelos loiros platinados com pontas brancas, olhos castanho-avermelhados e uma pele marcada de leve pelo sol.

– A cria inútil de Ares e seus perdedores, com o enfraquecimento do selo, cavaleiros dourados mesmo sendo humanos são guerreiros de poder considerável, algo que particularmente não espero de um projeto de olimpiana como você. – Provocou Skotádi presunçosa.

– Sua cadela... Ophion... Kate... Fogo na cretina. – Ordenou Sônia.

Ophion e Kate lançaram disparos poderosos de chamas azuis poderosas que torraram a terra em volta de Skotádi, contudo a deusa maligna consegue resistir relativamente facilmente ao ataque aéreo.

– Gostei do estilo, pra idade de vocês eu diria que são disparos bem poderosos, mas os dois juntos ainda não chegam aos pés da sombra do seu pai e sua mãe. – Provocou Skotádi lançando chamas verdes de volta para os dragões os ferindo, mas eles não desmaiaram.

Aella saltava e disparava uma técnica de vento forte em seguida Pentesileia saltou de Ophion lançando chamas roxas, resultando em um vendaval de chamas.

– ARGH! Decente, mas ainda não foi dessa vez... TÉCNICA SECRETA: ESTILO DARKUS: ATMOSFERA NOCIVA. – Proclamou Skotádi, o golpe da deusa do clã das Sombras foi poderoso, criou uma semi-atmosfera de energia negra exaurindo as energias inimigas.

– TÉCNICA AVANÇADA: ESTILO CLIMA: CÉU LIMPO. –Proclamou Daxan que conseguiu limpar o efeito do golpe de Skotádi absorvendo toda a energia obscura para si.

Em seguida Daxan caiu por absorver toda a energia negativa do golpe de Skotádi, por sorte Daxan e Ariom eram muito amigos e parceiros, Ariom aprendeu magia de cura até um patamar médio básico para conseguir ajudar Daxan quando ele fizesse esse tipo de coisa.

– Sônia, você e os outros acabem com ela... Eu vou guardar o corpo de Daxan e fazer o que eu posso. – Sugeriu Ariom com certa tristeza pelo estado do amigo enquanto ele tentava estabilizar o corpo de Daxan que jazia quase desacordado.

– E o suporte médico da equipe era pra ser eu. – Riu Daxan que tentava lidar com a dor.

– Você já fez muito amigão, agora descanse. – Disse Ariom que não desistia de tentar estabilizar o amigo que era de fato o melhor em habilidades médicas ali.

– Isso é obvio, Aella proteja a retaguarda do Daxan enquanto ele cura Daxan. – Liderou Sônia.

Aella foi para perto de Ariom e do corpo enfraquecido de Daxan, ao chegar já parte ao meio dois soldados rasos que tentaram atacar eles de surpresa, Aella exterminava todos que chegavam perto. Sônia, Ophion, Kate e Pentesileia partiam para enfrentar Skotádi diretamente. Ophion batia suas asas vigorosamente contra a deusa maligna, Kate de volta à sua forma antropomórfica partiu para cima de Skotádi com sua espada draconiana lendária de lâmina cor de bronze, ela conseguia cortar o rosto da inimiga. Após a investida dos irmãos dragão, Pentesileia começou a combater a deusa sombria usando várias técnicas amazonas, um "Olera", "Pé da dor celestial" e um "Lariat", tudo em seguida conseguindo acertar e machucar consideravelmente a oponente.

– Interessante, uma ameaça de verdade para mim... Só que eu quero a rosinha. – Bradou Skotádi que fez sinal e cinco de seus tenentes para enfrentar a equipe liderada por Sônia para que ela pudesse enfrentar a própria deusa da guerra.

– Desgraçada... Sônia você vai ter que encarar ela sozinha, nós cuidamos desses merdas. – Bradou Pentesileia que habilmente fatiava o corpo de um dos tenentes com uma sagaz sequência de golpes.

O resto da equipe "Crias da guerra" lutava com o crescente número de tenentes de Skotádi que chegavam e mesmo alguns capitães. A deusa maligna usou uma técnica relativamente comum para separar ela e Sônia dos outros em uma mini arena de escuridão iluminada por chamas vermelhas, azuis e verdes flutuantes.

– Agora as coisas vão ficar interessantes. – Afirmou corajosamente Sônia que investe com sua espada contra sua oponente loira, deixando ainda mais em evidencia sua franja e suas longas mechas paradoxais ao seu cabelo.

A deusa do Olimpo e a deusa do clã das Sombras começaram uma bela e vigorosa batalha de espadas, A rosada com sua espada dada de presente por seu pai Ares e a loira usando uma espada feita de trevas solidificadas com uma lâmina amaldiçoada. O tilintar e faíscas resultantes dos encontros das espadas eram frequentes e fortes. Depois de uma longa luta entre espadachins, Skotádi deu um chute em Sônia direto na face e preparou seu golpe:

– TÉCNICA SECRETA: ESTILO SOMBRAS: CORPO AMALDIÇOADO. – Proclamou Skotádi que invocou sombras que cobriram o corpo de Sônia causando uma dor e agonia exorbitantes.

Sônia jazia ajoelhada se apoiando em sua espada, a cauda do escorpião de seu elmo estava parcialmente quebrado, um dos ombros da armadura havia sido arrancado pela espada da inimiga, nada que Hefesto não pudesse consertar e revitalizar, talvez a armadura até mudasse de forma. A herdeira do deus da guerra, Ares, de longe não era fraca, dentro de instantes ela estava em pé esbanjando vigor e força.

– Só isso que você tem? Esperava mais de uma general de Umbralia e Skódi. – Mentiu Sônia que mentalmente reconhecia a força da inimiga e ainda se recuperava do último golpe que havia sido brutal e limpava um pouco de icor em seu lábio. – Meu dom aumenta minha defesa conforme eu levo dano, minha força cresce em menor proporção, mas cresce e ainda seu golpe secreto não vai ser tão mais efetivo contra mim... Parece que é minha vez de brincar... TÉCNICA SECRETA: ESTILO ENERGIA, FOGO E VENTO: FÚRIA DA GUERRA: IRA DA AMAZONA. –

O golpe que Sônia acabava de usar era um golpe que ela veio aperfeiçoando durante esses quase cem anos de guerra, ele consistia em conjurar uma amazona gigantesca feita de energia da guerra que desferia golpes físicos com seus braços e pernas emantados com a pura energia da guerra alinhada às técnicas avançadas das amazonas. Tudo isso somado com a força bruta para dar cobertura extra de dano de Sônia, é quase uma sentença de morte. O golpe acertou em cheio e por sorte foi fatal, a força imprimida por Sônia era capaz de transformar uma montanha em pedregulhos[4], por sorte estavam em uma arena de Darkus que se desfez absorvendo grande parte do impacto, contudo Skotádi sobreviveu, por muito pouco mesmo.

– Parece que eu levei a melhor. – Gabou-se Sônia que chutou a cabeça de Skotádi já caída que em seguida desmaiou.

Aquela batalha ainda não havia acabado, ainda havia vários guerreiros do clã das Sombras, contudo uma ajuda familiar aparece naquela área para dar uma mão. Nicolle, a mestra de Sônia apareceu para finalizar aquela batalha. Nicolle possuía olhos castanhos com belos tons verdes, seus cabelos eram castanhos, ondulados e iam até a metade de suas costas, possuía 1,74 metros e trajava a armadura de Caçadora. A armadura de Caçadora era bela, seu corpete-vestido era um pouco mais alongado que os outros, mas a saia era mais aberta, a cor da armadura era um degradê de bronze até o dourado, os ombros da armadura curvam para baixo, o braço da armadura possuía linhas como serpentes, seu elmo parecia um "M" modelado em seu rosto.

– Eu cuido do resto, vocês estão muito machucados, vejo vocês na base de operações. – Brada Nicolle que chegava ao local correndo montada em sua fiel Opsiano, sua pantera negra de 3,5 metros com os cabelos ao vento, de cima da montaria ela pulou enfiando o pé no chão e criando uma séria de ondas de choque destruindo tudo na área de impacto.

Com os braços cruzados, estática no campo de batalha, a deusa alfa maior da agricultura Nicolle com um simples movimento de dedos destruiu todos os guerreiros inimigos à sua frente com um poderoso pulso de energia calamitoso, ela literalmente encerrou a batalha com um simples movimento de dedo.

– Obrigada mestra. – Agradeceu Sônia que apoiava o corpo de Ophion sobre o seu para ajuda-lo a andar.

– Você lutou bem, irei comentar isso à Hera no meu relatório minha cara. – Complementou Nicolle com um sorriso tenro.

Sônia e seus guerreiros junto com Nicolle foram para a tenda de comandante da jovem deusa da guerra onde eles ascendem uma fogueira do lado de fora como é de tradição espartana, lá eles sentaram, comeram e conversaram sobre tudo e como finalmente essa guerra estava chegando ao fim. Sônia fitava as flores que colherá para levar para o tumulo de Luís, um amigo que morreu a protegendo, o príncipe dos dragões antropomórficos abraçava Sônia a confortando com seus ternos abraços e suaves beijos em sua nuca, Kate devorava um pernil inteiro vorazmente já de olho em outro, Daxan descansava depois de curar todos os feridos que pôde junto com Ariom; Aella e Pentesileia conversavam com Nicolle sobre historias da alfa maior na última guerra santa contra Pelupdus o que as deixou fascinadas ainda mais, Pentesileia ela mesmo lutou na última guerra, mas Nicolle era para ela sua grande heroína depois da irmã mais velha, obviamente.

– Minha Deusa, as piras estão prontas como ordenadas previamente. – Notificou uma amazona de ouro de aquário, Zima, seus cabelos eram de um vermelho apagado, olhos castanhos, pele morena e mais ou menos 1,70 metros. Sua armadura de ouro reluzia mesmo com sangue e icor inimigo nela, por toda armadura havia um relevo verde-água como ondas, o elmo protege totalmente as laterais com um arco entre os lados. Ela estava em posição de continência para com a comandante daquela batalha, Sônia.

– Muito obrigado Zima, DESCANÇAR. – Agradeceu Sônia que se levantou e se dirigiu a onde varias piras funerárias haviam sido erguidas para queimar o corpo dos guerreiros mortos em combate como é do costume grego.

Sônia se posiciona na frente dos guerreiros sobreviventes tendo sua equipe e sua mestra ao seu lado.

– Hoje todos esses cavaleiros e amazonas caídos lutaram com tudo que tinham e cumpriram seu dever com honra, aqueles que eram mortais devem estar descansando nos elísios nos domínios do meu tio Hades por sua bravura, para os deuses que caíram em batalha, bem não se sabe o destino deles após a morte, contudo nenhum deles temia esse destino, pois até o final lutaram para impedir as ambições malignas de Pelupdus e sua corja, não chorem, pois seus irmãos e irmãs de armas morreram fazendo o que julgavam certo, lutando por um amanhã melhor, esse é o nosso adeus final a esses grandes combatentes. – Discursou Sônia que escorre uma discreta lagrima do olho direito pelos companheiros mortos e incendeia todas as cinquenta piras lotadas de vários corpos cada com sua magia e os corpos queimam lentamente se tornando cinzas, as piras eram facilmente vistas da cidade de Esparta que não estava tão longe dali e os cidadãos rezavam pelas almas todos guerreiros falecidos desejando-lhes o descanso eterno.

– Estou muito orgulhosa de você Sônia, você se tornou uma líder nata, não podia treinar guerreira melhor. – Elogiou Nicolle beijando a nuca da rosada.

Sônia dispensou todas as amazonas e cavaleiros em exercício naquela batalha para dormir, no dia seguinte eles desfizeram acampamento e os guerreiros voltaram para seus santuários de origem, sendo muitos do de Esparta, as amazonas iriam voltar para suas localidades de origem, com exceção das que estavam vinculadas aos santuários. Sozinha em sua tenda na companhia de Ophion ela derramou algumas poucas lagrimas pelos guerreiros caídos e dormiu sentada usando o ombro de Ophion como apoio. A filha de Ares era uma guerreira furiosa, mas tinha um lado que era sensível e cheio de compaixão.

[1] O exército olimpiano e o exército das amazonas estão ligados, mas não são a mesma coisa na totalidade, sendo igualados em força bélica.

[2] Deuses têm o poder de criar novas constelações, consequentemente novas armaduras.

[3] Geralmente quando um herdeiro de clã, reino ou detentor de patente mais alta que a de seu senhor entra para a elite pessoal de uma divindade, ele abdica do título demonstrando fidelidade ao seu mestre, salvo em casos em que for acordado entre os dois que não é necessário ou é a única pessoa que pode suceder o atual soberano.

[4] A força física de Sônia é capaz de destruir planetas inteiros com seus socos, sorte que a terra do universo primordial é protegida por uma força antiga e divina que o torna extremamente resistente à até mesmo Pelupdus.

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