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Capítulo 5

Pela grandes janelas do palácio dava para ver a lua, Amélia a observava enquanto seus irmãos conversavam, ela sentiu falta de seu pai e do som do mar, a nostalgia da jovem foi notada pela sua família, todos tentaram animar a jovem moça, eles dançaram com ela. Arthur fez questão de expulsar a maioria dos homens que se aproximavam de Amélia, tirando o filho de um ministro que Felipe não deixou ser expulso, grandes planos ele sussurrou para Arthur.

Olavo após o desfile de rapazes se aproximou de Amélia, ele tinha um ar de confiança digno de sua posição de realeza até maior que o de Nicolas, ele tomou a mão de Amélia para dança, apesar da diferença de altura Amélia se divertiu com o pequeno príncipe, sua atitude precoce era na opinião de Amélia graciosa e gentil.

Antes de Olavo tentar outra dança, Arthur se aproximou deles, ele achava a atitude do menino ousada, como era difícil ver aquela pequena bola rosa de cabelos claros que ele segurava ser cortejada por outros homens.

— Meu irmão a cada dia que passa você está mais ciumento.

— Acho que estou um pouco menos paciente ultimamente, não vejo ninguém digno de você, nem sequer esse rei.

Arthur olhou para Nicolas em seu trono, ele não havia gostado da situação. O futuro rei anda grudado em uma mulher com roupas provocantes e um N estampado em seu peito, ele gostaria de pular em sua jugular, no momento que esse homem tocasse sua irmã ele o mataria com suas próprias mãos.

Nicolas observava Amélia dançando com o seu irmão, ele deveria estar contando alguma piada para ela já que a moça estava rindo.

— Filho — A rainha Elizabeth estendeu sua mão, Nicolas a segurou e eles foram dançar pelo salão.

A rainha se sentiu a inquietude de Nicolas, seu filho havia lhe confidenciado sua confusão de emoções, ele pensava que talvez Amélia fosse uma moça adequada ao casamento mais Dominique o torturava com suas emoções e choro, seu ciúmes infundado, por muitas vezes a moça o fazia se sentir culpado e a culpa era um sentimento horrível.

— Filho — A rainha sorriu para Nicolas — Porque não chamou Amélia para dançar? Jogue um osso para seus ministros — Elizabeth fingiu se tratar de uma estratégia política, mas ele parecia desejar isso.

— Não sei se seria uma boa. — os olhos questionadores da rainha caíram sobre ele e o futuro rei seguiu — Dominique me mataria, eu estou tão cansado de nossas brigas, sem contar que o irmão dela é assustador.

— Está na hora de você conversar com Dominique, sem contar que eles são seus súditos, por qual razão eles te matariam?

— Estou preferindo evitar o confronto, qualquer que seja.

Nicolas suspirou, depois da tarde de hoje e da briga que Dominique teve com ele dizendo que sua infelicidade e seu ciúmes eram culpa de Nicolas ele não quis mais conversar sobre isso. Ultimamente as pressões se tornaram tão grande.

Entretanto a rainha não ficou satisfeita com essa opinião e muito menos o ar de desistência de seu filho e futuro rei, ela soltou a mão de Nicolas e convidou Arthur para dançar.

— Não se recusa um pedido da rainha — Arthur pegou a mão da rainha Elizabeth e eles se uniram em uma dança harmoniosa, neste momento o cenário parece perfeito para uma conversa. — Vejo que você tem ressalvas em relação a minha família — Arthur nada disso, era verdade o rapaz tinha extrema ressalva sobre os soberanos deste reino — Eu sei, a situação é tão extraordinária. Como mãe meus dias são difíceis, ver meu filho. Vejo a confusão em meu Nicolas e isso me parte o coração.

— Seu filho parece um rapaz comprometido que está enrolando a minha irmã — Arthur disse de forma abrupta pegando a própria rainha de surpresa.

— Nicolas é apenas um rapaz jovem, eu o superprotege como o mais velho e futuro rei do país, acho que ele não se deu conta ainda do que sente.

Arthur nada disse a rainha, nem teria muito o que dizer neste momento.

Nicolas olhou para Amélia, seu peito se apertou tamanha ansiedade que ele sentiu, ele apenas estendeu a mão para a jovem.

— Amélia, gostaria de dançar já que minha mãe roubou seu par?

— Claro, majestade — Amélia se curvou em um gesto gentil, ela sentiu que isso foi um plano da rainha que agora como alcoviteira para ambos.

— Pode me chamar de Nicolas.

Nicolas segurou sua mão, seus corpos se aproximaram, ele respirou fundo e cheiro de fruta tropical vindo de Amélia invadiu suas narinas era um perfume inebriante, um calafrio percorreu seu corpo. Ele deslizava pelo salão como Amélia em harmonia perfeita, como se aquilo tivesse acontecido por séculos.

— Não acho que seja certo, Majestade

O brilho de Nicolas sumiu, ele apenas decidiu saborear o momento a música parecia estar agora mais lenta, ele desejou que ela colocasse a cabeça em seu peito mas ela estava mantendo uma distante dele e por alguns instantes Nicolas a sentiu se encolher como se estivesse acuada.

Nicolas girou Amélia pelo salão a deixando de costa para o que estava incomodando.

— Se um olhar pudesse me matar, eu estaria morta. — Amélia sussurrou para Nicolas, Dominique parecia um prestes a arrancar os cabelos de Amélia, sua pele clara tinha um tom vermelho de fúria.

— Como? — O futuro rei tentou fingir que não sabia do que se tratar. Ultimamente Nicolas fazia vistas grossas para algumas atitudes de Dominique, pior cego é aquele que não deseja ver..

— Sua namorada.

A moça olhou nos olhos de Nicolas, uma faca ele tinha recebido uma facada com essas palavras, namorada? Como não se sentir um canalha neste momento, como a língua da moça poderia ter causado mais dor que suas adagas? Ele apenas sorriu, tentou relevar esse pensamento.

— Em primeiro lugar, não tenho um compromisso com Dominique. E em segundo lugar, olhar não pode matar.

— Que sorte a minha então.

Amélia olhou para Nicolas e sorriu, o moço sentiu seu coração momentaneamente se aliviar e o peso de seus ombros relaxarem.

A música chegou ao fim para infelicidade de Nicolas, sua mão pegou sua mão e eles voltaram novamente aos seus tronos, não demorou muito para a moça sair da festa acompanhada de seu irmão Marcelo. Estava tão cedo.

Após sua retirada Nicolas notou que seu irmão aquele com olhos assassino para ele se aproximou de Dominique e eles ficaram um tempo conversando, Dominique em uma decisão infundada de provocar ciúmes em Nicolas tocava o ombro de Arthur a primeira pessoa que fez isso o rapaz não recuou.

Isso deixou Nicolas preocupado, não tinha ciúmes, apenas temeu por alguns instantes pela segurança dela o rapaz cujo zelo pela irmã tinha proporções absurdas poderia tramar algo contra ela? E por alguns instantes o sentimento doeu sua alma tramar contra ele?

Amélia estava sentada lendo um livro que pegou na biblioteca real, ela já havia lido a maioria deste mesmo autor, estava quase terminando os exemplares disponíveis O som de alguém batendo na porta a assustou, ela se levantou e abriu, quando ela notou era um servo com um envelope na mão.

— Pois não.

— Senhora, Vossa Alteza Real pediu para entregar e aguarda sua resposta.

Amélia sorriu ao lacaio enviado por Nicolas, ela encostou a porta, sua mãos suaram frio e não iria ler o envelope em público, o lacaio foi tão cordial e trocas cartas parece tão século passado. Ela abriu o envelope por alguns instantes e admirou a caligrafia de Nicolas sua letra tão precisa e arredondada, Amélia sorria para uma letra o qual boba ela poderia estar?

"Cara Amélia, você aceita passear comigo pelos jardins da corte amanhã".

Amélia admirava a assinatura de Nicolas, isso ainda parecia uma criança.

A moça se sentou em sua escrivaninha e respondeu ao recado tão gentil de Nicolas, ela selou o envelope de papel e entregou ao rapaz que estava para o lado de fora de seus aposentos. Ele correu até o quarto do futuro rei, bateu na porta.

— Pode entrar — Nicolas falou informalmente com o jovem. Ele sabia o que era a resposta que ele desejava.

Sua mãe o incentivou a Nicolas tomar uma decisão, uma iniciativa fazer algo em vez de apenas ficar pacifico olhando o que acontece e isso foi o máximo que Nicolas conseguiu pensar, convidar ela para passear.

O rapaz deixou a carta sobre a escrivaninha a qual Nicolas estava sentado lendo seu livro, ele abriu o papel de forma ansiosa apesar disso seu queixo caiu no chão, as palavras o cortava como faca e sua mente inquieta começou a ter ideias mirabolantes.

"Obrigada majestade, mas já tenho compromisso."

Era uma rejeição direita sem meios termos, ela mal falou com ele durante a dança e agora o rejeita novamente. Como pode? Ele não poderia deixar isso acontecer, ele escreveu novamente um bilhete para Amélia. Nicolas escreveu uma carta e entregou ao lacaio novamente. Ele se levantou e andou pelo seu quarto, em volta de sua mesa havia muito papel ameaçado, ele escreveu aquilo tantas vezes e foi rejeitado. Um futuro rei rejeita?

Talvez o Secretário tivesse razão quem iria querer um rei falido? Mas não era isso que o incomodava neste momento, será que ela não desejou por nenhum instante conhecer quem estava por trás da coroa?.

O servo bateu na porta de Amélia e trouxe uma nova carta, por uns instantes ela pensou que ele poderia remarcar ser insistente o rei não deve estar acostumado a ouvir não. O rosto de Amélia veio ao chão quando a pequena frase apenas demonstrou o que ela suspeitou, um homem que não aceita bem um não. — Como ousa — Amélia sussurrou pra si mesmo.

"Cancele seus planos, é um pedido formal do rei"

Ele não deveria usar seu título para intimidar até porque isso não resultaria em nada. Após acalmar-se, Amélia apenas pensou que neste momento não havia necessidade de outras brigas. A jovem se sentou e respondeu o papel da maneira mais gentil que encontrou.

Nicolas estava esperando em seu quarto ansioso, ele não aceitaria um não como resposta. Será que seus irmãos falaram sério? Amélia deixaria a corte para se casar com outro?

O lacaio bateu na porta, Nicolas abriu e puxou o papel de sua mão de forma abrupta. Nicolas leu aquelas palavras no mínimo cinco vezes e entendeu o recado, sim ela tem intenções para com o outro, alguém melhor, talvez mais alto..

"Independente do pedido do rei, irei ter que recusar. Boa noite."

O futuro rei amassou aquele papel, seria capaz de amassar a pessoa que iria sair com ela, imagens nada agradáveis da moça sorrindo para outro fizeram uma fúria dominar o seu corpo, como pode? Nicolas saiu de seus aposentos dominado pelos seus instintos primordiais e selvagens.

Nicolas saiu de seus aposentos reais e foi até o quarto de Amélia como um jato, o que poderia ser mais importante que ele? Ouviu Felipe dizendo que ela iria se casar de qualquer forma, será que iria se encontrar com outro pretendente?

— Amélia — O futuro rei batia na porta impaciente, ele não aceitaria, não na sua corte, não sob seu teto. — Amélia.

— Majestade, o senhor não pode acordar a jovem Amélia — um dos guardas que acompanhava disse pra ele, a voz dele soou como uma ameaça o que deixou Nicolas ainda mais irado.

— Amélia — ele bateu na porta novamente, o guarda segurou o rei que parecia bravo pelo braço — eu posso mandar cortar sua cabeça por isso. — Ninguém o impediria de fazer o que deseja.

Neste momento alguns guardas que patrulhavam o recinto já tinham se aproximado já que os gritos de Nicolas ecoavam pelo castelo. Amélia se levantou e abriu a porta, seu olhar confuso se tornou preocupado ao notar o escândalo do futuro rei.

— O que está acontecendo? — Amélia viu João Lucas segurando o futuro rei pelo braço — solte-o por favor.

— Podemos conversar? — O futuro rei disse com se recompondo e arrumando suas vestes.

— Claro. — Sem cerimônias o rei entrou no quarto de Amélia — está tudo bem, qualquer coisa eu chamo — Amélia acalmou Lucas e encostou a porta. — Majestade — ela se curvou a presença do rei em seu quarto.

— Recusa o meu convite por qual motivo? Está com a pretensão de ser cortejada por outro homem?

— Majestade, o senhor está cruzando uma linha. — Amélia disse em um tom gentil

— Você veio aqui por mim, para que sair com outro? — Nicolas parecia irritado, seu rosto branco estava com um tom meio avermelhado

— Majestade, amanhã tenho planos com meu irmão — Amélia riu do ataque que Nicolas acabou de ter.

— Que planos?

— É necessário informar?

— Como seu futuro rei digo que sim — Nicolas parecia sério.

— Vamos caçar

— Caçar? Me trocou por uma caça?

— Sim, majestade — Amélia começou a rir em demasia, Nicolas apenas a olhava por algum motivo o som de sua risada deixou mais calmo— Desculpa.

— O que foi?

— Nada, foi muito estranha essa situação.

A cara de mal humor de Nicolas se desfez em um sorriso quando ele se deu conta de tudo que aconteceu neste momento, ele invadiu o quarto de Amélia para perguntar onde ela iria, era simplesmente absurdo e nem ele acreditará o motivo que levou a fazer isso, ciúmes talvez? Nicolas apenas olhava para moça, ele queria falar mais porém o que dizer? Ele seria rejeitado novamente, Amélia mordia o lábio para não rir dele. Ele se sentiu um bobo, o rei se sentiu um bobo na presença dela.

— Posso ir com vocês?

— O senhor sabe caçar, majestade?

— Sei sim — Nicolas disse quase ofendido, caçar não era o forte de Nicolas, para sair ele devia estar acompanhado de uma cavalaria então sempre preferia estar na corte.

— Saímos quando o sol despontar e não pode se atrasar, não iremos esperar.

— Ok. Boa noite

Nicolas se retirou dos aposentos de Amélia, ele observou os guardas e as pessoas que agora estavam tão próximas da situação. Nicolas passou pelos guardas de Amélia que estava claro que assim como seu irmão não gostava dele, após chegar aos seus aposentos ele pensou nas consequências de fazer um escândalo na porta de Amélia, como eles iriam ver aqui.

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