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Capítulo 37 – Weenny: Mimado e egoísta

Eros se despede e vai para a empresa, sigo com meus amigos para o hotel, eles vão direto para o restaurante, me despeço e corro para a minha suíte.

Visto uma roupa adequada e corro para a minha aula particular, que será na casa do Guru. Em quinze minutos eu chego e sou recepcionada pela Senhora Shankar, vamos entrando e vejo que a sala está repleta de pessoas, os cumprimento e me preparo para o início da aula, deixo o celular no silencioso e a bolsa em um canto da sala.

Recebo as muitas orientações e sou treinada em tudo o que devo saber para ser uma boa esposa, mas infelizmente precisamos interromper os ensinamentos porque já é noite e preciso voltar para casa.

Me despeço de todos e agradeço a aula maravilhosa, retorno para o hotel e vou direto para a minha suíte.

Lembro de pegar o celular, vejo muitas mensagens e ligações dos meus amigos e do Eros, antes que eu pense em retornar, ele toca novamente.

— Boa noite, Jaan!

— Ufa, estou louco atrás de você. Onde você está? – Eros, com sorriso na voz, diz.

— Estava na aula, acabei de chegar no hotel.

— Que aula?

—  Ei Jaan! Shádiii! – digo e rio.

— Oh... Ok. Esqueci que estava nas aulas particulares. Onde você estava? - Eros suspira e pergunta.

— Sim, são aulas externas, hoje foi na casa do Guru. Onde você está?

— Ah, por isso que te procuramos tanto e não a encontramos. Estou no saguão esperando por você.

— Então suba logo, estou te esperando. – digo.

Desligamos e vou abrir a porta para Eros, mal tenho tempo para provar o sabor de seus lábios, ouvimos as vozes dos nossos amigos, entramos na minha suíte e logo recebo a primeira bronca.

— Ei Baby, como ousa sumir por tantas horas nos deixando aqui abandonados? E você, Eros, achou nossa deusa e não nos avisou? – Claudio reclama.

— Não imaginei que sentiriam tanta saudade em pouco tempo. Desculpem, esqueci de avisar. – digo e sorrio, então eles vem me cumprimentar.

Vou até a cozinha e preparo algumas bandejas com doces e refrigerantes para eles, Enzo e Filipe se prontificam a me ajudar e levam tudo para a sala de estar. Gosto de ver a felicidade em seus rostos quando ganham doces, são como crianças! Como a vida é mais divertida ao lado dos nossos amigos.

Eros está sentado em uma chaise, sento ao lado dele e apoio a minha cabeça em seu peito e ficamos observando nossos queridos amigos.

Eles estão animadíssimos, não param de falar, nem se dão conta de que teremos uma festa amanhã.

Os assuntos são diversos, desde o sucesso do remake, todas as recentes festas, as comemorações que estão por vir, o casamento e a importância deles como padrinhos. Me pergunto como podem misturar tantos assuntos.

A parte da conversa que consigo acompanhar e a mais engraçada é essa:

— Pera, vamos fazer uma votação aqui. Quem está mais sexy no começo da coreografia "Você me Ama?" Michele mostrando as coxas e todo o seu poder ou Iara com a expressão de safada depois de ser apalpada? Tudo bem que Ricardo e Rafael curtiram bastante, não é? – Guilherme diz.

— Oh, é sem dúvida a melhor coreografia. – Rafael diz e pisca para o Ricardo.

— Mais o casal que dança melhor somos nós, né? Claro que vamos excluir Eros e Weenny dessa competição, por favor. – Dani diz, pisca para o Claudio e todos gargalham, cada um elogiando o próprio desempenho.

Eles nunca competem de verdade.

— Ei, pelo menos eu não tenho que fazer pose delicadinha pondo a mãozinha no rosto ou segurando os cabelos como você fez nas sessões de fotos. Isso realmente não combina com você. – Dani diz e olha para a Samara, que faz uma careta.

— Prima, pior é a Mayara que tem que ser arrogante como a Mandy, quando na verdade ela é doce como mel, os fotógrafos ficam pedindo para fazer cara de brava e ela faz um esforço danado, mas não consegue. Só conseguiu uma vez e isso foi na gravação do filme. – Samara diz.

Igor, Eduardo, Vivian e Iara correm até Mayara para fazer um único pedido.

— Faz cara de brava, vai? – dizem prolongando a última palavra e emendam sonoras gargalhadas.

Mayara decide tentar, mas falha miseravelmente.

— E o Victor com a reboladinha do Luke, já vi repórter pedindo para ele fazer. – Filipe lembra e ri.

— Meu irmão é lindo. – Marília o defende.

— O narigão do Peter você tem, agora só faltam os hotéis e as mulheres. – Victor dá o troco.

— Guilherme, você teve que tirar outra foto com a Baby jogando água na sua calça como no filme? – Leonardo pergunta.

— Nada disso, graças a Deus. Vejam só como somos importantes agora, além de atores famosos ainda seremos padrinhos dos deuses. E na Índia! Quem pode ter padrinhos tão bonitos como nós? - Guilherme ri e trata de mudar o foco do assunto.

Os homens levantam por um momento, estufam o peito e desfilam diante das meninas, para mostrar o quão lindo e importantes são, só sentam quando as meninas jogam almofadas e bolinhas de guardanapos neles.

— Como será que vai ser no nosso próximo filme? Será que teremos sucesso e fãs como no remake? – Melissa diz.

— Devemos continuar com nossa cabeça no lugar, sem deixar que fama ou dinheiro mudem ou moldem nosso caráter, não devemos esquecer que as pessoas nos admiram por quem somos agora, se espelham em nossas atitudes, por isso devemos dar o exemplo. – Eros diz e todos refletem por um momento.

— É claro que vão gostar do nosso trabalho, o roteiro é bem-feito e nos dedicamos com o mesmo amor que oferecemos ao nosso remake. – Ricardo diz e concordamos com ele.

Ligamos a televisão e vemos propagandas a respeito do lançamento do nosso filme hoje, alguns programas falam sobre a estreia e também sobre a grandiosidade do nosso casamento. 

— Por acaso os senhores estão esquecendo que temos o lançamento amanhã? – Eros diz — Encontraremos vocês as dezoito horas no saguão do hotel, onde os motoristas virão nos pegar para levar teatro.

Todos se animam em pensar em nossa estreia e as meninas sugerem escolheremos os vestidos e acessórios agora mesmo, então resolvemos auxiliar também os rapazes e levamos algum tempo nessa arrumação.

Aviso aos padrinhos que assim que aulas forem retomadas, a partir de segunda-feira, eles farão sozinhos, porque eu farei aulas particulares com a equipe do Guru o dia todo, eles se lamentam.

— Baby, a nossa responsabilidade como padrinhos é muito grande. Falo por mim, acho que preciso revisar minhas anotações e áudios das aulas, mesmo assim sinto que não podemos fazer uma pausa, por mínima que seja, sei que está muito em cima da hora, mas tenta convencer o Guru a voltar, por favor. – Melissa pede.

— Sim Melissa, você tem razão, mas acho que devemos revisar sozinhos em nossas suítes e depois nós, os padrinhos e madrinhas, devemos nos reunir para discutir antes de voltar as aulas. – Samara diz.

Paramos no penúltimo andar para continuar essa conversa.

Enzo, Guilherme, Victor e Gislaine concordam com elas, Mayara e Marília concordam em partes, Carol e Claudio topam qualquer opção, Vivian, Tatiane, Iara, Michele, Leonardo e Ricardo temem que ao tomar a decisão de dispensar a aula de amanhã poderão se arrepender porque faltará tempo para aprender tudo que vão precisar. 

— Vamos fazer a aula amanhã e se as dúvidas vierem podemos pedir ao Guruji que faça uma breve revisão, ele é atencioso e jamais se negará a isso. – Rafael sugere e Eduardo, Igor, Filipe e Dani concordam com ele.

Peço que entrem em um acordo e minutos depois fica decidido que os padrinhos não terão intervalo nas aulas e pedem que eu faça pelo menos mais uma aula com eles, nos despedimos e vamos para as nossas suítes.

Ligo para o Guru e marco a minhas aulas e as dos padrinhos para amanhã. Separo tudo o que vou usar amanhã e demoro um pouco para dormir.

 

Os Amigos POV:

A vida dos amigos tem sido corrida ultimamente, muitos compromissos nestes últimos dias, mas o compromisso mais importante na opinião de todos certamente é o Shádi de Eros e Weenny, por isso tomaram a decisão de retomar as aulas preparatórias para os padrinhos.

Apesar de todo o cansaço, quase todos tomaram a mesma atitude, separaram todo o material das aulas antes de dormir, combinaram uma reunião para revisar os textos e áudios juntos.

Os amigos pretendiam se reunir na suíte da Weenny, ligaram e enviaram mensagens, mas ela não respondeu. Decidiram ir para a suíte do Ricardo, revisaram todo o conteúdo das aulas ministradas pelo Guru, discutiram os diversos assuntos e demoraram horas neste processo. Tomaram a importante decisão de retomar as aulas a partir de amanhã, estão prontos e precisam aprender mais.

Fizeram questão de comunicar essa decisão para a Weenny ainda durante esta noite.

Weenny Alves POV:

Levanto com cuidado para não acordar o Eros, tomo um banho, visto as roupas e joias de uma indiana solteira e vou preparar nosso café da manhã, faço uma bandeja e levo para ele.

Eros tem o costume de me agarrar quando percebe que estou próxima dele, desta vez quase derruba a bandeja em cima de nós, que desastre! Isso nos rende muitas gargalhadas.

— Desculpe acordá-lo tão cedo.

— Minha princesa está tão linda, mas o que faz sem as pulseiras e braceletes que sua sogra te deu?

— Não seria exagero? Uma solteira não deve usar tantas joias...

— Está bem, use quando estiver na Índia, Maan* vai adorar. 

Terminamos a nossa refeição, ele toma um banho rápido e veste roupa social.

Passo a mão pela chama sagrada, tocando-a com devoção, Eros sorri ao ver isso e faz o mesmo, percebo que está emocionado.

Saímos da suíte juntos, entramos no elevador em silêncio e caminhamos pelo saguão.

— O que vai fazer? – ele diz ao ver que vou me despedir.

— Te beijar para me despedir, você não está indo para a sua empresa?

— Oh... Seus beijos eu quero sempre, venha! – diz e faz um bico para eu beijá-lo — Agora respondendo a sua outra pergunta. Não. Hoje eu vou cuidar da minha Dulhana e dos meus padrinhos e madrinhas, preciso ver o que vocês estão aprontando.

— Sério? Que ótimo! Vamos logo então.

Entramos na sala e fazemos o Namastê. Todos se assustam ao ver Eros, nossos amigos sorriem e levantam para cumprimentá-lo.

— Namastê Sahib, aapaka svaagat hai. (Saudações, senhor, seja bem-vindo.) - Guru e a equipe se levantam e o saúdam de maneira formal.

— Namastê, obrigado. - Eros junta as mãos e responde.

Como ele se controla para não conversar em hindi?

Sentamos ao lado dos nossos amigos e ficamos em silêncio. 

— Sejam todos bem-vindos nesse retorno às aulas preparatórias para o Shádi. Vou começar respondendo as dúvidas que vocês tiverem em relação as aulas anteriores e só depois disso partiremos para o próximo assunto que deve ser a continuidade das celebrações. 

Olhamos uns para os outros e ninguém assume ter dúvida.

— Guru, pode nos fazer uma breve revisão? Por favor, só para recapitular os pontos principais. – peço e ele começa a explicar.

Reforça algumas informações importantes sobre as grandes celebrações do shádi, faz questão de retomar o treino dos mantras e pujas aos principais deuses, mostra as imagens dessas divindades e checa se todos sabem diferenciá-las, faz questão de lembrá-los das características desses deuses.

Tenho vontade de rir quando vejo Eros se forçando a cometer pequenos erros para que ninguém perceba a sua verdadeira origem. 

Quantas vezes ele deve ter cumprido esses rituais ao longo dos seus vinte e cinco anos?

Prestamos bastante atenção a todas as informações, alguns anotam e gravam.

Está na hora de encerrar a aula, mas há uma pequena discussão no final da sala, chego a ouvir do que falam, mas prefiro me manter em silêncio, torcendo para que parem.

— Posso saber do que falam? – o mestre pede.

— De novo esse assunto? – Claudio parece aborrecido ao dizer.

— Vai, pergunta logo. – Dani incentiva.

— Mas eu já respondi para ela. – Filipe diz.

— Quieto! Você não sabe de nada. – Samara, a ofendida, diz e Victor dá uma gargalhada.

Guru parece confuso, olha para nós em um pedido silencioso para que alguém esclareça o que está acontecendo.

— É que aquele assunto do Príncipe herdeiro ainda não saiu da minha cabeça. – Samara finalmente confessa e vários dos nossos amigos concordam.

Olho discretamente para Eros para conferir sua reação.

— Se apaixonou por ele? Ele nem sabe que existe e nem reapareceu ainda... Se é que vai mesmo aparecer, essa história é muito esquisita. – Igor diz e ri.

— E ainda que apareça, vocês acham que ele poderia se casar com uma simples mortal e estrangeira? – Rafael diz com ironia.

Carol está rindo tanto que até chora.

— Imaginem a Samara como esposa de príncipe, a delicada Samara em um castelo. – Carol enxuga as lágrimas e diz.

Todos que a conhecem começam a rir descontroladamente, de certo imaginando a cena.

— Será que é verdade de a realeza ainda exista nos dias de hoje? Acho que isso só será possível na Índia e confesso que isso me deixa muito curiosa. – Iara diz.

Essa conversa está me incomodando, Eros percebe e segura a minha mão.

Quando finalmente se controlam, Samara resolve desabafar.

— Não! Paixão eu tenho por Enzo, meu noivo, aliás, paixão não, amor! – ela diz, fazendo a habitual expressão de raiva — Guru, quem garante que esse Príncipe está vivo, como pode saber se ele está vivo e quando ele vai voltar, se é que vai voltar...

— Mas o que isso tem a ver com o tema da aula? - olho para Eros discretamente e tento desviar o assunto.

— É só uma dúvida, debatemos muito sobre esse assunto, afinal nunca ouvimos falar sobre algo semelhante. – Eduardo diz.

— Nosso povo sabe o que é possível saber, não temos certeza, mas acreditamos. O Príncipe é a esperança do nosso povo, foi colocado em segurança, cresceu dentro da nossa tradição e o povo sempre faz pujas pela vida dele.

— Que coisa horrível aconteceu a esta criança. – Marília diz.

— Pelo menos cresceu em segurança. – Melissa diz.

— Deve ser um solitário, egoísta, desagradável, grosseiro e machista. – Samara diz.

— Por que você acha tudo isso? – Mayara pergunta.

— O que se pode esperar de uma criança criada no luxo, em uma cultura completamente diferente da dele, sem o amor da mãe e do pai e fazendo o que quer? – Samara pergunta.

— Guru disse que o príncipe foi educado conforme tradição e costume do seu povo, você ouviu isso? Certamente tem princípios. – Michele diz.

— Sim, o príncipe sabe tudo o que há para saber sobre seu país, seu povo, deuses, costumes, tradições e tudo o que precisará para governar. Certamente é um homem íntegro. – o mestre explica.

Ah se vocês soubessem que vivem abraçando e beijando esse Príncipe e que o adoram...

— Não sei como você chegou a essas conclusões sobre esse homem, Samara, talvez ele não seja tão ruim assim e te surpreenda. – Eros diz.

— Ainda bem que não vou correr o risco de conhecê-lo. – Samara responde.

— Você deve parar de julgar as pessoas, Samara. Por que ofender a um homem que você não conhece e que pelo visto foi traumatizado por essa tentativa de assassinato, se ponha no lugar. – Enzo diz.

— E se ele não quiser voltar para a Índia? – Ricardo pergunta.

— E se tiver medo de que o matem? – Mayara questiona.

— E se tiver acostumado a viver como refugiado? – Carol indaga.

— Se for um homem revoltado ou corrompido ou que simplesmente despreze suas origens? São tantos os questionamentos. – Igor pergunta.

— Todas essas dúvidas nós temos, mas queremos e precisamos acreditar no melhor. Vocês não conhecem o meu povo, para nós, as tradições e os costumes estão sempre acima dos nossos desejos, nossos destinos estão traçados e devemos cumpri-lo. Nosso Príncipe deve retornar em breve, já é tempo de se casar, nosso Imperador não revela quando ele virá, mas deve ser em breve e estamos prontos para festejar o seu regresso. – Guru explica.

Eros se remexe na cadeira, essa explicação me desperta uma angustiante ansiedade pelo que terei que enfrentar ao lado dele.

— Por que vocês têm tanta esperança? O Imperador atual é tão ruim assim? – Rafael pergunta.

— Nosso Imperador merece todo respeito e devoção. É um homem firme e austero, mas ainda não conseguiu unificar seu poder e seu governo, por isso a Índia continua em guerra, acontecem muitas invasões, saques e mortes. Lembram que eu disse sobre o mapa astral do sucessor ao trono? Ele poderá conseguir o que seu pai sonhou, dependerá dele e de seu governo. – o mestre explica e vejo Eros suspirar.

Todos finalmente se aquietam e Guru encerra a aula e nos dispensa.

É a primeira vez que Eros ouve o que nossos amigos têm a dizer sobre a sua verdadeira identidade, além disso pode saber o que seu próprio povo pensa a seu respeito, a julgar pelas explicações do nosso mestre e a concordância de toda a sua equipe de cerca de quinze pessoas.

Percebo a movimentação dos meus amigos saindo da sala, confesso que quero ficar a sós com meu noivo, tenho que saber como ele está.

— Você está bem? Eles não... – sussurro para Eros.

— Não se preocupe. – diz e suspira.

Não gosto de vê-lo assim, mas sei que ele não quer tocar nesse assunto, o que conheço o suficiente.

— Vamos subir? – proponho.

— Não. Eu sei que você tem de sair com as nossas amigas, pode ir e não se preocupe comigo, estou bem, mesmo que você não acredite. – ele diz e beija meu rosto.

Concordo e nos despedimos.

Sigo rapidamente com minhas amigas para o SPA pontualmente a uma da tarde, no trajeto, falo com meus pais e confirmo que eles estão a caminho do Rio de Janeiro, pretendem participar da festa de lançamento do nosso filme. 

— Como vai ser, Baby, os fotógrafos realmente vão vir? – Michele pergunta.

— Sim, vamos ter que sair de lá para ir ao teatro. Uma empresa de cosméticos quer que façamos propaganda, essa tarde no salão de beleza é patrocinada por eles e por isso os fotógrafos, cabeleireiros, maquiadores e camareiros deles estarão lá. – respondo.

— Nossa quanto luxo. – Gislaine diz.

— Nós também vamos posar para as fotos? – Samara pergunta.

— Claro! Especialmente a Carol que é uma importante estrela desse filme, mas todas nós teremos que usar bonitos vestidos, usar uma boa maquiagem e estar com os cabelos e maquiagens impecáveis, porque nosso preparo, saída e chegada serão fotografadas. – digo.

Somos recepcionadas com muita cordialidade e Brenda, a gerente do salão, nos apresenta para sua equipe, em seguida nos levam ao SPA, entregam alguns roupões para vestirmos.

Então somos levadas para massagens, tratamentos de beleza para a pele, cabelos e unhas, apenas quando estamos quase prontas é que os fotógrafos e operadores de câmera se aproximam e pedem para começar a gravar.

Me visto com a ajuda das camareiras, o vestido é dourado, com muitos bordados em pedrarias, decotado, bem longo e tem uma capa que se estende ao longo de todo o vestido e um pouco mais, formando uma cauda, seria totalmente transparente se não houvesse uma discreta e fina camada de tecido cobrindo as partes principais.

Há ainda um cinto discreto e dourado, além das sandálias na mesma cor do vestido.

Uso apenas brincos, minhas alianças e um anel de diamante que a empresa de cosméticos faz questão que eu use.

— Weenny, tenho que usar tudo isso? Não tá exagerado? – Carol pergunta em um sussurro.

— Você está maravilhosa, não se preocupe. – digo e a admiro por um momento.

Todas estão lindas.

— Os carros já estão prontos para levá-las. Foi um grande prazer atendê-las. – Brenda diz.

Agradecemos a ela e sua equipe e todos fazem questão de tirar fotos conosco. 

Nossa saída continua sendo filmada e fotografada. Vemos muitas pessoas a nossa volta, parecem estar aqui especialmente para nos ver, fazemos questão de nos desvencilhar dos seguranças por alguns instantes para falar com eles.

Caminhamos até os carros, fazemos algumas poses e entramos, partimos rumo ao teatro. Penso em como os rapazes estão.

 

Eros Myron POV:

Não é fácil ter que lidar com os pensamentos dos meus amigos a respeito de quem sou, como vão reagir quando eu puder contar toda a verdade? Como podem ter opiniões tão opostas sobre a mesma pessoa?

Me chamam de deus porque sou um bom amigo e bailarino, mas sou chamado de mimado, egoísta e até machista, pelo simples fato de acreditarem que após a tentativa de assassinato, fui exilado e criado sem pais e princípios. 

Mahana Aala sempre esteve comigo, mesmo quando minha mãe estava ausente, ela foi a minha ama de leite, se tornou uma espécie de mãe secundária e conselheira. Tive muitos mestres, sacerdotes e Brâmanes que me ensinaram tudo o que eu devia aprender, me fizeram crescer com os princípios, religião, costumes e tradições do meu povo, estou pronto para governar, mas espero ter tempo o suficiente para viver a minha vida com a minha família, antes de assumir o destino que me espera, fico feliz ao ver que meu povo tem esperança de me ver novamente.

Vou à empresa e finalizo as questões prioritárias, delego os próximos projetos e contratos, acredito que não terei problemas nos próximos meses.

Volto ao hotel, visto um smoking preto e vou ao encontro dos meus amigos, vamos todos juntos para o teatro. Percebo que todos eles estão tensos com nossa nova estreia, tento acalmá-los.

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