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O COLAR PEDRA CORNALINA

Japão - Tokyo - Junho - 2023 - Yuki

Era uma manhã de sábado como qualquer outra. Yuki acordou com a luz do sol iluminando seu quarto. Apesar de ter passado a noite anterior acordado até tarde assistindo a um documentário, ele tinha o hábito de levantar sempre cedo.

Nas tardes de sábado, Yuki frequentava uma biblioteca próxima de sua casa. Ele gostava de ler livros sobre medicina, pois sonhava em se tornar médico e descobrir uma cura para a doença de sua irmã.

Caminhando pela biblioteca, carregando dois livros em suas mãos e procurando outros para completar sua lista de estudos do dia, algo chamou sua atenção.

Era como um anjo, seus cabelos me lembravam uma pedra preciosa. Ele ficou fascinado com aquela cena.

Era a primeira vez que ele via aquela garota na biblioteca. Ela tinha cabelos longos e vermelhos, vestia uma blusa branca e uma saia azul. Seus olhos estavam concentrados na leitura, como se estivesse em outro mundo.

Yuki sentou-se próximo a ela e começou a observá-la mais de perto, mas logo se deu conta do que estava fazendo e decidiu focar nos livros que havia pegado.

Alguns dias se passaram e ele percebeu que a garota, assim como ele, frequentava a biblioteca todos os sábados.

Em um ato de coragem, levantou-se e sentou-se à sua frente. A garota, a princípio, não o notou, concentrada demais na leitura.

— Lembro-me de uma história que li uma vez, chamada "O Colar Pedra Cornalina" — disse, tentando despertar a curiosidade da garota, em um tom suave e misterioso.

A história era sobre um homem que havia perdido tudo: sua fé, emoções, riquezas...

Em uma certa noite, ele estava caminhando próximo a um riacho perto de sua casa e avistou, ao longe, uma pedra brilhante na margem do rio.

Sua cor chamou sua atenção, e ele rapidamente se apressou para pegá-la. Com dificuldade, conseguiu segurá-la, apertou-a com força e fez um pedido.

Mesmo sendo alguém que não acreditava em nada, estava tão devastado e exausto que, em um último ato de esperança, permitiu-se fazer essa loucura. Desejou poder sentir e ver o mundo com olhos de vida e amor novamente.

De repente, uma explosão de luz ao seu redor o assustou.

A garota, intrigada e, ao mesmo tempo curiosa sobre o que ele dizia, perguntou:

— E o que ele viu? — indagou ela, fechando o livro que estava lendo.

Yuki, com um leve sorriso no rosto, prosseguiu com sua história:

— Um gato de pelos vermelhos... — respondeu ele, gesticulando enquanto descrevia o animal para a jovem. — Um gato de pelos vermelhos usando um terno azul.

O homem havia encontrado uma gema de poderes inimagináveis. Tais poderes poderiam realizar qualquer desejo; no entanto, estavam destinados apenas para pessoas especiais.

O felino olhou para o homem com um olhar de pena pelo estado mental e emocional em que ele se encontrava.

Mesmo tendo encontrado aquela joia preciosa chamada Cornalina, o guardião percebeu que ele não era digno de ser o portador daquela raridade e propôs um trato ao homem.

— Um trato? Como assim? — perguntou a garota, já interessada na história.

— Sim. Mas não um acordo comum.

Para ter seu desejo atendido, o homem não hesitou e aceitou o pacto com o gato vermelho. Como em um passe de mágica, suas convicções e fé foram restauradas.

Então, ele cumpriu sua parte no acordo e levou a pedra para o local específico indicado pelo guardião. Ali, foi criado um objeto raro. Segundo a história, alguns dizem que foi um colar, outros uma gargantilha, mas o fato é que permanece um mistério.

— Hum, mas por que você está me contando essa história? — perguntou intrigada, com uma das mãos no queixo.

— Não sei, acho que é por ser uma boa história que li antigamente e também pelo fato dessa joia me lembrar você...

Naquele dia, Yuki descobriu mais coisas sobre a garota, que se chamava Yumi. Ela havia se mudado recentemente para a cidade e ainda não conhecia muitos lugares além da biblioteca. Yuki descobriu o que ela gostava: livros, animais e as coisas que fazia para se divertir. Após algumas horas de conversa, ele a convidou para lhe mostrar mais da cidade.

Para Yuki, não era nada de extraordinário convidar uma garota pela qual estava interessado para um encontro ou algo do tipo.

Ao chegar em casa, tomou um banho animado e depois foi brincar com sua irmã mais nova, Hana, de doze anos. Ela era uma menina muito alegre, hiperativa e desastrada. Diariamente, Yuki costumava brincar e ler alguns livros com a irmã.

Seus pais, Saya e Tsumoto, eram chefs. Especificamente, sua mãe era a chef de cozinha e seu pai o sous-chef, e juntos tinham um restaurante famoso chamado "Menyu". Assim, era bastante comum que Yuki cuidasse da irmã quando seus pais estavam ocupados com o trabalho.

— Hoje o dia foi puxado. Ele continua acordado estudando — disse Tsumoto, enquanto massageava as próprias costas com uma das mãos, após horas trabalhando em pé.

Após mais alguns minutos de estudo, Yuki finalmente foi vencido pelo cansaço e adormeceu profundamente sobre a mesa.

Naquela noite, ele teve um sonho que jamais havia tido antes. Ele se encontrava em uma floresta densa quando, de repente, alguém esbarrou nele com força, e ambos caíram no chão.

A garota rapidamente se levantou e começou a falar em uma língua desconhecida para Yuki. Ele não entendeu nada, mas logo se levantou e a seguiu, percebendo que ela estava fugindo de lobos cobertos de sangue e chamas.

— Lobos de sangue, que diabos é isso? — exclamou ele, correndo aflito.

Adentrando cada vez mais na floresta, seguindo a garota, Yuki notou que estava em meio a uma batalha. Humanos usando magia e armaduras douradas enfrentavam transumanos, elfos e outros monstros.

Estava extremamente difícil despistar os lobos, que se aproximavam cada vez mais. A garota estava ferida em um dos braços e exausta.

As coisas pareciam desesperadoras até que o cansaço os derrubou, e Yuki foi mordido no braço por um dos lobos.

A dor foi intensa, mas não o fez acordar. Quando o segundo lobo estava prestes a dilacerar a garganta da garota, uma luz forte, seguida por um corte preciso, rasgou o lobo, partindo-o ao meio.

Um jovem de cabelos pretos e armadura negra apareceu, empunhando uma adaga. Ele parecia já ter enfrentado inúmeras batalhas. Com um segundo golpe, decapitou o lobo que atacava Yuki. Rapidamente, pegou a garota no colo com um dos braços, colocou a mão no ombro de Yuki e desapareceu em uma explosão de luz e fumaça, desorientando e cegando os lobos.

Quando Yuki abriu os olhos, percebeu que estava em uma caverna longe da floresta. Seu braço não estava mais machucado, e a garota e o jovem conversavam, mas ele não conseguia entender absolutamente nada do que diziam.

— Essa pedra não carrega poder algum. Língua desconhecida — disse a garota misteriosa, parecendo chateada com algo.

— Pelo jeito, os boatos são verdadeiros. Essas pedras escolhem seu dono* — comentou o jovem de cabelos pretos, de braços cruzados e pensativo.

Ao notarem que Yuki havia acordado, a garota se aproximou dele. O jovem notou que ela começava a ficar um pouco entusiasmada, mas Yuki inicialmente não entendeu.

A garota se aproximou de Yuki e sussurrou algo em seu ouvido. Quando seus olhos se encontraram, ela o beijou intensamente e mordeu seus lábios.

Nesse momento, ele não recuou e correspondeu ao gesto da garota. Seu corpo parecia se mover sozinho enquanto os dedos suaves dela percorriam seu peito. Ele gentilmente colocou suas mãos na cintura dela, puxando-a cada vez mais perto, e quando abriu os olhos...

— Ir...mão, Yu...! — disse Hana, com o rosto corado e desviando o olhar. — Esta...va tenta...do te acordar. Aconteceu alguma coisa?

— Não, acho que tive um sonho um pouco estranho, só isso — respondeu Yuki, desviando o olhar e um pouco corado.

Reino Ierchi - Outro mundo - Aleus e Krista

Na caverna, a garota abriu os olhos e sorriu para o jovem de cabelos escuros. Em uma região um pouco mais afastada, os guerreiros da rainha Nur buscavam quem havia roubado a joia rara.

Havia alguns anos que o reino de Ierchi estava em desavenças com o reino de Niichu, por questões de expansão territorial, já que ambos os reinos estavam localizados na região noroeste, próximos um do outro, além de desavenças políticas.

O reino de Ierchi prezava pela liberdade individual em prol do convívio harmonioso com todos os seres vivos. Era bastante comum que grande parte da população e da nobreza fossem vegetarianos, devido ao amor pelos animais. A arte era ensinada desde a infância; expressar, observar e dialogar eram pontos-chave para o crescimento intelectual e crítico de cada cidadão.

A rainha Nur, que administrava este reino, era vista como uma grande estrategista e criativa no comando da nação. Já o reino de Niichu, comandado pela rainha Eddora, era totalmente o oposto. Eddora, de uma elegância invejável e pulso firme nas decisões, prezava pelo ensino das artes dedicadas à sobrevivência, combate e uso de armas.

Isso contribuiu para que seu exército fosse um dos melhores do mundo. As crianças, desde cedo, participavam de simulados de combate com armas e passavam por rigorosas provas de sobrevivência. Era comum que os considerados fracos fugissem para o reino de Ierchi.

Com o início da noite, a busca pelos ladrões continuava incessante. Os guerreiros já haviam vencido a batalha e capturado alguns prisioneiros para obter mais informações sobre seu reino de origem, o paradeiro dos outros ladrões e quem estava por trás do roubo.

— Todo o trabalho jogado fora. Conseguimos essa joia e ela não passava de uma pedra para se jogar no lixo — disse o jovem misterioso.

Uma luz iluminou toda a caverna onde os dois estavam e a pedra preciosa, que antes se encontrava ali, já não estava mais presente. Ela havia desaparecido, deixando a garota de cabelos curtos e rosa, com orelhas pontiagudas, e o jovem de cabelos pretos, médios e até o pescoço, surpresos.

— Incrível! Ela sumiu. Será que retornou para o seu dono? — perguntou a garota misteriosa.

Algo estava diferente. Logo após a joia desaparecer, a rainha Nur sentiu algo em seu peito, como se seus poderes tivessem diminuído. Ilkys, um gato de pelos brancos, olhos azuis e manchas cinzas, o guardião da joia, pressentiu algo terrível se aproximando.

— Minha rainha, comunicarei imediatamente os outros guardiões sobre o ocorrido — disse Ilkys, desaparecendo em meio a uma neblina. Ele já não se encontrava mais em seus aposentos.

Japão - Tokyo - Junho - 2023 - Yuki e Yumi

Yuki, como prometido, estava mostrando os lugares que gostava e apresentando um pouco mais da cidade para Yumi. Eles começaram indo a uma biblioteca famosa por sua vasta coleção de livros físicos e digitais. Após pegarem alguns livros emprestados, foram para um café.

— Amo café gelado. Quais livros você pegou, Yumi? — perguntou ele enquanto tomava seu Brown Sugar Latte.

— "Ser e Tempo", de Martin Heidegger. Gosto desse tipo de livro, me faz pensar sobre o nosso papel no mundo.

— Cada um tem seu papel na história. Costumo pensar que fomos destinados a nos encontrar para, no futuro, trilharmos um caminho juntos — disse ele com um sorriso de canto.

— E você, por que gosta de livros de medicina? Tem algum motivo especial? — perguntou ela, um pouco envergonhada pelo que ele havia dito.

Ele relutou um pouco em se abrir demais, mas deixou de lado tais pensamentos e explicou para Yumi o motivo de ler tantos livros de medicina e seu desejo de se tornar médico.

— Minha irmã tem uma doença rara, a síndrome de Angelman, e eu gostaria de descobrir um tratamento ou uma cura para essa condição — disse ele com um olhar sério e confiante, certo de que descobriria algo, não importando quanto tempo levasse.

Após algumas horas de conversa, os dois caminhavam pelas ruas quando Yuki viu um colar na vitrine de uma loja que chamou sua atenção.

— Lembra da história que te contei, Yumi? — perguntou ele, entusiasmado com a joia rara à sua frente.

— Sim. Esse colar é de Pedra Cornalina? — perguntou ela, impressionada com a beleza do objeto.

— Sim, lembra a cor do seu cabelo, não é? — respondeu ele, desviando o olhar envergonhado.

Enquanto Yuki e Yumi estavam encantados com o colar, não perceberam que estavam sendo seguidos. Uma pessoa à distância os observava atentamente, de maneira suspeita e cautelosa.

Após caminharem por um parque e observarem as estrelas, Yuki acompanhou Yumi até sua casa. Conversaram mais um pouco sobre o vestibular que ambos prestariam naquele ano; ela pretendia cursar Artes e Humanidades, com foco em Línguas e Literatura, enquanto ele queria Ciências da Saúde e Medicina.

No caminho até o ponto de ônibus, Yuki viu um gato de rua magro e machucado, parecendo ter uma pata quebrada.

— Não se preocupe, amiguinho, vou te salvar — disse ele.

Yuki gostava muito de gatos. Quando criança, era comum ele resgatar gatos ou ser visitado por eles em sua casa. Ele pegou o gato, levou-o para casa, enfaixou sua perna e cuidou das outras feridas em seu focinho.

— Hana! Você pode me fazer um favor? Vou ali na farmácia rapidinho. Dá uma olhadinha nele, por favor? — pediu ele com uma cara fofa para sua irmã.

Hana sorriu e balançou a cabeça afirmativamente, enquanto Yuki corria para comprar mais alguns remédios e petiscos.

Reino Ierchi - Outro mundo - Aleus e Krista

Em um mundo distante, nas terras ao leste, próximas ao reino de Ierchi, Krista e Aleus, após confirmarem que as jóias preciosas destinadas a cada reino só poderiam ser utilizadas por pessoas escolhidas, buscavam uma maneira de burlar essa regra. Decidiram iniciar uma jornada rumo ao submundo, onde um renomado mago habitava nas sombras do território negro.

— Aleus, qual seria o caminho mais rápido para o submundo? — indagou Krista.

Mesmo sendo ainda um jovem garoto, Aleus já havia participado de inúmeras aventuras ao lado do grupo de mercenários de seus pais, o que o tornava hábil em determinar rotas, embora só tivesse visitado o submundo duas vezes na vida.

— Pelo que me recordo, na última vez que estive lá com meu pai... levamos cerca de três dias, mas éramos próximos ao submundo. A partir do reino de Ierchi, presumo que levará um mês inteiro.

— Ah, droga! Detesto viagens longas. — Krista resmungou, coçando a cabeça com um ar irritado.

— Como assim, detesta viagens longas? — Aleus ficou indignado com o comentário de Krista.

— Lembro-me muito bem da vez em que você me arrastou em busca de um item raro e no final era apenas lixo. Foi você quem me convenceu a viajar quase dois meses atrás daquele engodo! — Aleus exclamou irritado.

— Mas desta vez é diferente. Não gosto de procurar pessoas, ainda mais se tratando de um mago. A ideia de que isso pode ser muito mais complicado me desanima. — Krista suspirou, cabisbaixa.

— Não se preocupe, não deve ser tão difícil assim. Além do mais, você esqueceu que tenho um ótimo instinto para rastrear magia? Quando criança, talvez não fosse tão hábil, mas minhas habilidades melhoraram bastante! — Aleus tentou acalmar Krista.

— Krista, me diz uma coisa. Por que você beijou aquele garoto na caverna? — Aleus estava um pouco perplexo com aquela lembrança. — Não me diga que estava tentando...

— S.E.G.R.E.D.O. — Krista respondeu com um leve sorriso no rosto.

Japão - Tokyo - Junho - Yumi

Já era madrugada e a chuva se tornava trilha sonora para aquela noite fria e silenciosa. Yumi encontrava-se adormecida em um sono profundo. Estava entrando em uma igreja com um vestido de noiva vermelho, caminhando em direção ao altar. Havia humanos, elfos, anões, meio-humanos, todos em pé aplaudindo sua entrada, e à sua frente, uma mulher de cabelos azuis, a rainha daquele reino, aguardava sua noiva.

— Te esperei por tanto tempo e finalmente esse dia chegou. — Disse a Rainha de cabelos azuis.

Yumi abriu os olhos após ter esse tipo de sonho e ficou sem entender, perguntando-se — Quem seria aquela mulher? — Que mundo era aquele? — Por que estou me casando? — Confusa, deu dois tapas leves no rosto e foi se arrumar para começar o dia.

Pela manhã, estava preparando o seu café. Seu pai já havia se levantado e ido trabalhar. Ele trabalhava com construção civil, e era comum eles viverem pouco tempo em um determinado lugar. Seria o primeiro ano em que Yumi moraria sozinha. Dentro de alguns dias, seu pai iria pegar uma nova construção em outra cidade.

O pai de Yumi foi muito presente na vida de sua filha, mesmo tendo passado grande parte do seu tempo tentando conciliar as longas jornadas de trabalho com a educação dela. Sua mãe, infelizmente, foi tida como desaparecida. Yumi tinha apenas cinco anos quando aquele fatídico dia aconteceu.

Após o café, ela vestiu sua roupa de ginástica. Além de ser uma devoradora de livros, também tinha o hábito de se exercitar e praticar esportes com frequência.

— Nossa, hoje o dia está perfeito! Adoro esse clima quente. — Alongando-se e esticando seus braços para o alto, Yumi começou a correr.

Enquanto corria pelo bairro, algo chamou sua atenção. Era uma garota, devia ter entre dez e doze anos, chorando no canto, sentada em um banco de uma praça pública. Yumi ficou preocupada e foi ajudá-la, aproximando-se devagar.

— Por que você está chorando? Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Yumi.

A menina olhou para Yumi com os olhos cheios de lágrimas. Com dificuldade, esfregou e secou seus olhos.

— Pe…rdi, meu cachorrinho.

— Qual o nome do seu cachorrinho? — Alisando o cabelo rosa da garota enquanto perguntava.

— Lucky! — Disse a garotinha. — Me chamo Yumi e vamos encontrar seu cachorrinho, não se preocupe. Qual o seu nome? — Enquanto mexia gentilmente no cabelo da menina.

— Iuye. — Com uma voz leve e doce, disse. — Okay, Iuye, vamos procurar o Lucky!

— Iuye, Você é um garoto? — Olhando um pouco melhor e um pouco constrangida, Yumi perguntou.

— Sim, Sim. — Levemente envergonhado com a pergunta, respondeu Iuye. — "Ai que fofo!"

Reino Ierchi - Outro mundo - Os artesões de Ouro

No Reino Ierchi, base dos artesãos de ouro, após travarem aquela batalha e capturarem alguns homens envolvidos no roubo da joia preciosa da rainha Nur, o capitão líder dos artesãos foi pessoalmente interrogar um dos cabeças envolvidos nessa ofensa contra a rainha.

— Olha só, se não é o grande capitão dos artesãos, o implacável Ross Ilkis. Haha!

— Não me faça perder meu precioso tempo. — Ajeitando a luva que estava em uma de suas mãos. — Quem é o mandante?

— Ross, por mais que eu queira lhe dizer, eu não posso. — Como assim? — Com um sorriso aterrorizante e curvando a cabeça. — Sou apenas um peão...

Uma explosão gigantesca tomou em chamas toda a base dos artesãos de ouro...