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O começo de tudo

Os elementos já estavam lá, espalhados desordenadamente, em um espaço indefinido a água pingava lentamente por sobre a terra, algumas poucas partículas se mantinham úmidas por isso, e depois de um longo tempo se formou uma poça, algumas particulas se agrupavam de forma aleatória, os pingos de água aumentavam em quantidade conferindo um leve movimento a poça, fazendo as particulas se chocarem e unirem-se com seus elementos diferentes, o principio de tudo era o movimento, o que naquele universo se tornou o princípio masculino, era o que ditava o avanço e a evolução, enquanto a estabilidade que existia e fazia com que esse avanço permanecesse era o princípio feminino.

...

Mise abriu os olhos devagar, absorvendo as informações do que tinha a sua volta, seus olhos dourados fitavam a vegetação naquele novo lugar, sua alma ainda se lembrava da sua vida anterior, e tinha certeza de que não estava mais no mesmo universo em que havia vivido, ali não tinha alguém com quem pudesse conversar, nem mesmo sabia se poderia falar, ou que idioma se usava.

Se levantou e reconheceu que tinha um corpo esguio, com braços e pernas semelhante a sua vida anterior, sua pele tinha uma cor diferente com um brilho dourado que refletia a luz suavemente, não tinha como ver a sua face, nem sabia como era a sua fisionomia, mas sentia os cabelos tocando os ombros, não tinha vestes, depois de avaliar a situação percebeu que seu corpo tinha um formato bastante humano, com sentidos humanos, mas sabia que tinha algo mais, sentia uma forma de atração que lhe guiava pelas necessidades básicas, fome, sono, a necessidade do sexo e mais.

Resolveu se aventurar e percebeu algumad arvores, as flores eram grandes e de um vermelho sanguíneo, ao se aproximar sentindo, a arvore se moveu e como que instantaneamente e a flor mais proxima se transformou em fruto, com o galho indo até a sua mão, o fruto era redondo e igualmente vermelho, cabia perfeitamente em sua mão com uma pele fina e aveludada, ao morder a fruta suculenta expalhou o sabor na sua lingua estimulando seus sentidos, o sabor era doce e adistrigente, sendo muito satisfatório, a energia instantâneamente prencheu seu ser, e a sensação de barriga cheia lhe preencheu.

Seus sentidos captaram uma atração, havia uma presença que sabia estar lhe observando, outra criatura semelhante a si, sua pele era diferente, predominante preta com um brilho avermelhado, seu corpo era musculoso e duas vezes maior que o seu, ele era o resumo da masculinidade, alguém extremamente viril, quando seus olhos se encontraram Mise percebeu o brilho avermelhado na sua íris, junto com uma expressão de interesse que ia alem da curiosidade, ele estava igualmente nu, e sua genitalia era bem maior que a sua, dando sinais de uma ereção.

Por conta de serem desconhecidos ambos exibiam uma atitude cautelosa, se avaliando e se aproximando, Mise ofereceu a fruta em sua mão num sinal de amizade, que foi aceito de bom grado, os olhos não perdiam um detalhe um do outro, aquele macho queria lhe tocar, mesmo sabendo que os dois eram machos, e exibia sua excitação com orgulho.

O nome dele era Anciel, a informação surgiu em sua mente por conta do seu sentido de atração, a mão dele se ergueu querendo tocar sua face, que foi aceito e retribuído de forma gentil, seus corpos de aproximaram, Anciel envolveu sua cintura lhe trazendo para seu peito, Mise se sentiu uma criança sendo erguida do chão, o contato da sua pele provocou uma arrepio, havia eletricidade naquele contato e o brilho de suas peles aumentou e se misturou, Mise tocou o rosto de Anciel e sentiu que devia lhe beijar, os lábios se tocaram e informações passavam de um para o outro em algum lugar de suas mentes, eles ja haviam se encontrado antes, na sua vida anterior, por apenas uma tarde quando crianças eles brincaram com toda alegria que se pode ter, e ao se separarem havia a tristeza com a noção de que nunca mais se veriam de novo, pelo menos até aquele momento extremamente intimo. O beijo deixava ambos extasiados, e os toques aconteciam de maneira ritmada como uma dança, sem soltar Mise, Anciel se deitou no chão, enquanto o outro entrelaçava suas pernas ao redor da cintura, mesmo sem trocar uma palavra os corpos sabiam o que fazer, sabiam o que o outro precisava, o membro dele resvalava em suas nadegas, preenchendo todo espaço que havia ali, Mise levantou o quadril e encaixou sua abertura no falo do seu macho, Anciel com as duas mãos no quadril, segurou firmemente e estocou lenta e firmemente, não foi preciso lubrificação, tudo aconteceu sem esforço, a sensação de preenchimento era tão boa que Mise não percebeu o tanto que tinha entrado, o movimento de vai e vem tornou a sequência dos atos cada vez mais rapidos e intensos, Mise se entregava e Anciel tomava tudo que podia, consumindo seu corpo e tirando dele o máximo de prazer que era capaz, a energia fluia de um para o outro sem que ambos percebessem.

Anciel tocava seu rosto com gentileza e uma expressão terna se desenhou na sua face, levantando seu maxilar e firmando a penetração num ultimo movimento intenso e firme ele se esvaiu, toda energia do ato se concentrava em sua virilha num fluxo constante que partiu de si e se dispersou no corpo do parceiro, Mise sentiu a intensidade daquele ato na concentração de energia que agora circulava em seu corpo, procurando e encontrando onde se acumular, o principio feminino se foi ativado, era como se ele tivesse se tornado mais do que era antes.