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Capítulo 1: Alice

"Mas que boca enorme você tem vovó..."

Mas é claro que a boca "dela" é enorme, você não tá vendo que isso é um lobo enorme vestido como a sua avó? Tu é cega minha filha?

"É para te devorar melhor!"

E ela foi devorada, não é possível que alguém seja tão burro assim...

Fecho o livro com força e dou um suspiro, não dá pra esperar que um personagem de livro se comporte de maneira lógica, mas isso já é demais.

—Cuidado com esse livro Luke!—Escuto a voz da minha mãe me repreendendo lá do primeiro andar.—Sua irmã ainda não terminou ele!

—Relaxa mãe, o livro não vai explodir se eu fechar ele um pouco mais forte.—Respondo emburrado, ela é muito protetora com esses livros velhos.

De qualquer forma, eu não sou o público alvo desse livro, mas fazer o que, nessa biblioteca só tem livros antigos, não vai ter um Harry Potter ou um Percy Jackson pra eu ler, mas enfim, acho melhor parar de ler por enquanto.

Me levanto da mesa e olho em volta, as prateleiras de livros da minha mãe estão cheias como sempre, se eu tivesse que adivinhar eu diria que demorou mais de 20 anos pra juntar todos eles, Deus me livre ter que passar tantos anos da minha vida atrás de livros velhos. Das quatro prateleiras, uma delas tem um espaço entre as fileiras de livros, uma imperfeição aparente naquela fileira organizada, isso causaria um gatilho danado em alguém com um quarto tão organizado quanto o da minha mãe, bastou devolver o livro a seu devido lugar para que o quarto voltasse ao verdadeiro estado de paz.

Abri a porta e comecei a descer os degraus de madeira lentamente, observei os quadros com fotos da minha família a cada passo dado, memórias de dias felizes registradas e bem guardadas alí, uma pena que esses dias não voltaram mais, maldita vida adulta...

Como eu queria ficar aqui pra sempre, saindo com meus amigos, comendo a comida da minha mãe, brincando com a minha irmã, mas é claro que o mundo me obrigaria a me afastar da minha casa, nesse mundo ninguém pode existir sem dinheiro, e infelizmente eu não sou exceção.

Mas estou me alongando demais, hoje é meu primeiro dia de trabalho e eu não poderia estar mais miserável, enquanto várias pessoas da minha idade fazem faculdade, se tornam influencers, escritores, eu vou ter que começar por onde todas as pessoas medíocres começam, em um fast food! Não existe humilhação maior que essa!

O pior é que todos à minha volta agem como se isso fosse uma benção, como se eu não fosse capaz de conquistar nada maior por conta própria.

Mas enfim, chega de desabafo, hoje é o dia em que a minha vida adulta começa, por mais que eu não queira, como eu queria voltar a ser criança...

Toda essa divagação e eu não percebi que já estava no fim da escada, minha mãe alimentava minha irmã que ria no berço vendo minha mãe fazendo um aviãozinho, ela para ao me ver parado na porta da cozinha e me olha, com orgulho no olhar, eu odeio isso, seu filho vai trabalhar no Gc Donald's, isso não é nada pra se orgulhar, no seu lugar eu estaria envergonhado.

—Olha só pra você...—Ela vem ao meu encontro e eu já me preparo mentalmente para a vergonha alheia, ainda bem que meus amigos não podem me ver agora.—Meu neném já é um homem, você não faz ideia do quanto a mamãe se orgulha de você!

Ela me abraça forte e estala um beijo na minha bochecha, eu queria estar em qualquer lugar que não fosse aqui agora.

—Você fala como se eu fosse o CEO de uma empresa multimilionária, acorda mãe, eu vou trabalhar como atendente de um fast food, não tem nada de bom nisso.

—Ridley, nós já conversamos sobre isso...—Ela me diz ao mesmo tempo que se afasta com as mãos na cintura, visivelmente irritada.—Não tem nada de "humilhante" em trabalhar, todo mundo faz o que pode pra sobreviver.

—Você sempre diz a mesma coisa, mas pessoas da minha idade tem um futuro brilhante pela frente e eu estou aqui preso a esse emprego de merda.—Eu acabei não percebendo que aumentei meu tom de voz, e isso acaba assustando minha irmã que logo começa a chorar, merda...

—É melhor você ir logo ou vai se atrasar Ridley...—Ela passa as mãos pelo cabelo cacheado antes de ir acalmar a bebê, quase não conseguindo esconder a decepção na voz.

—Mãe... eu...

—Falamos disso mais tarde.—Ela dá as costas pra mim, em um claro sinal de que a conversa terminou, odeio quando ela faz isso...

Tudo bem, se ela não quer conversar então, nós não vamos conversar, não é como se ela me entendesse...

Coloquei as mãos nos bolsos da calça jeans faço meu caminho até a porta, o sol me cegou quando a porta de madeira luxuosa se abriu e encarei o mundo lá fora.

Fui pensando na minha vida até agora enquanto caminhava até o ponto de ônibus mais próximo, 17 anos hein Luke, 17 anos de uma vida patética e sem graça e agora você provavelmente vai viver uma vida adulta tão sem graça quanto, vai ter que trabalhar onde todos os jovens sem futuro trabalham, aqueles sem ambição. Eu não deveria estar aqui...

As pessoas me acham arrogante por desmerecer esse trabalho, mas o que tem de mal em querer algo maior pra sua vida?

Eu jamais vou me sentir mal, por ter ambição.

Fiquei viajando por tanto tempo que acabei nem percebendo que o meu ônibus já havia chegado e as pessoas já começavam a entrar, ótimo, agora de um emprego lixo vou ter pegar um ônibus lotado todos os dias também...

Após seguir a viagem inteira em pé, tive que andar mais alguns metros antes de chegar ao meu destino, eu obviamente não queria mesmo entrar lá então decidi enrolar o máximo que eu podia, usar a internet agora me ajudaria a me acalmar.

Assim que abri o aplicativo do google, algo chamou a minha atenção, a notícia sobre os assassinatos misteriosos em Ivory, todos os dias alguém morre, o pior nem é isso, o pior é o estado em que os corpos das vítimas aparecem, semana passada a família de uma vítima quase não a reconheceu, além disso todas essas mortes não possuem um padrão e não tem qualquer tipo de ligação umas com as outras, o assassino, ou os assassinos, parecem escolher suas alvos a esmo.

Se esse for o caso, não estamos lidando com um criminoso comum, mas sim com um verdadeiro psicopata.

—Você deve ser o Luke, não é?

Eu tenho que parar de viajar hoje, ainda mais agora que uma garota linda está olhando pra mim. Ela é uma cabeça maior que eu, deve ter aproximadamente 1,80, os cachos ruivos naturais presos em um coque alto e sendo protegido por uma rede de cabelo, a pele alva e imaculada era manchada por sardas em suas bochechas, o que a deixa ainda mais bela na minha opinião, os lábios finos e rosados se curvam em um sorriso aberto, mostrando os dentes brancos e perfeitamente alinhados, sem falar nos olhos azuis claros, beirando o cinza, o nariz fino e arrebitado lhe dá um ar mais delicado e apesar de trajar o uniforme do restaurante o corpo bem definido dela é bem aparente, deve fazer exercícios com certa frequência.

Eu não imaginava que uma garota tão bonita viveria nesse fim de mundo de cidade, talvez esse emprego não seja tão ruim assim, ela estende a mão em minha direção e eu aperto.

—Meu nome é-

—Karol.—A respondo primeiro, me divertindo com a expressão surpresa que ela faz.—Seu crachá.

—Ah...

—É uma cicatriz bem feia.—Me refiro à cicatriz de corte na palma de sua mão, o que causa ainda mais surpresa nela.

—Nossa, você é bem observador, seria um ótimo detetive.—Não consigo evitar um sorriso ao ouvir isso.

—Obrigado, minha mãe diz isso o tempo todo.

—Bem, você já me causou uma boa impressão, vem comigo, vou te mostrar o lugar.

Antes de começar ela me mostra a sala de break e me entrega um uniforme, me dirijo ao banheiro e me visto, me olhando no espelho assim que termino.

Acho que seria falta de educação não me descrever agora, como dito anteriormente, Karol é só uns dez centímetros maior que eu, meu cabelo negro e liso passa um pouco dos ombros, acho que vou ter que prender ele assim como a Karol antes de sair, minha pele é um pouco mais escura que a da Karol já meu porte físico é um pouco inferior ao dela, tô precisando de uma academia urgente... Enfim, meus olhos tem heterocromia sendo um castanho e outro azul, meu rosto é mais quadrado em comparação ao da Karol que possui um rosto mais redondo, meus lábios tem uma grossura moderada e meu nariz é um pouco mais grosso que o dela, enfim, acho que é isso, me sinto um galã me descrevendo.

Como podem ter notado, eu sou bastante modesto também.

Enquanto ela me explica como cada coisa funciona eu apenas confirmei com a cabeça, não estava mesmo prestando atenção, mas seria ruim admitir a uma dama que você não liga, ao final de tudo ela me ensina a operar o caixa e o meu primeiro dia começa.

...

Já era seis horas da tarde e eu havia feito caminho até em casa, com "feito o caminho" eu na verdade quero dizer peguei outro maldito ônibus lotado, eu não entendo porque a minha mãe não me da logo uma posição na empresa ao invés de me fazer passar por isso, ela sabe que eu sou capaz mas mesmo assim quer que me ver trabalhando como uma cara qualquer?

Eu não entendo, mas tenho certeza que ela logo vai ver meu potencial e vai me ceder algum cargo na empresa, ela não iria querer ver o próprio filho se desgastando de tanto trabalhar.

Assim que chego em casa percebi algo estranho, as luzes estão todas apagadas e a porta tá aberta, minha mãe dorme todos os dias às nove em ponto e ela nunca deixa a porta aberta, será que...

Tem um pressentimento ruim sobre isso, eu corro pra dentro de casa. Olho pra todos os lados mas nada delas, só a escuridão total.

—Mãe!—Eu grito por ela e espero uma resposta, nada.

Eu começo a suar frio decidindo entrar mais a fundo, caminho em passos lentos ouvindo só a madeira do piso rangendo, se tiver alguém nessa casa eu tenho que ligar pra polícia, mas o meu celular está do outro lado da casa, na cozinha.

Fiquei um bom tempo ouvindo só a minha própria respiração e o ranger da madeira, sobre meus pés, o pânico já tomava conta de mim, eu torcia pra que eu só estivesse paranóico, mas tenho quase certeza que não é o caso.

Escuto vozes e passos à minha volta, mas não consigo determinar de onde vem, então só continuo andando, andando e andando...

De repente meu corpo trava, não consigo mover um músculo sequer, um calafrio subiu pela minha espinha, o leve ranger do piso vindo por trás...

Tem alguém atrás de mim...

—Você viu o meu coelho?—No mesmo instante meu corpo finalmente volta a funcionar e me viro pra trás, uma garotinha me olhava nos olhos, o vestido que ela veste é idêntico àquele que as meninas ricas vestiam na época da revolução industrial, aqueles vestidos azuis, as meias altas e as sapatilhas brancas, os cachos dourados presos em uma tiara azul. Seu olhar vidrado não se desviava nem um segundo de mim, sua pele pálida quase a fazia parecer um cadáver mas o mais "curioso" era o sorriso aparentemente inocente enquanto a mesma segurava uma faca.

—Quem diabos é você!?—Não sei quem ela é mas eu é que não vou ficar perto quando ela decidir usar essa faca.

—Meu coelhinho é muito rápido, ele estava atrasado e saiu correndo, aí ele entrou naquele buraco...—Aquele pequeno demônio começou a vir na minha direção lentamente com a faca ainda em mãos.

Eu não sei o que caralhos tá acontecendo aqui, mas eu vi filmes de terror suficientes pra saber que agora é uma ótima hora pra fugir, dou as costas pra ela começo a correr o mais rápido possível, após alguns metros eu paro e percebo com horror que ela estava agora na minha frente, como ela fez isso? Seu sorriso finalmente desapareceu dando lugar à mais pura expressão de raiva que uma criança poderia expressar.

—Por que você está fugindo de mim!?—Ela levanta a faca e aperta o passo pra me alcançar e eu me afasto cada vez mais, ficando de olho em cada um de seus movimentos pra que não a perdesse de vista outra vez.—Já não bastou o meu coelho!? Agora você também!? Será que eu vou ter que cortar as suas pernas pra você não fugir mais!?

Assim que ela diz isso, a mesma desaparece, simplesmente some em pleno ar, logo depois sinto uma dor em meu joelho, alguma coisa havia me cortado.

—Animaizinhos que não obedecem seus donos devem ser castigados!—Ouço a voz da criança, não, da coisa, a minha volta, então escuto passos rápidos em minha direção e então sinto outro corte, agora na minha outra perna, essa coisa é rápida demais!—Vou arrancar as suas tripas e te transformar em uma pelúcia!

Assim, outros quatro cortes são feitos, dois em cada perna, acabo sucumbindo aos ferimentos e caindo de joelhos, minhas pernas já estavam cansadas de ficar em pé o dia todo e agora não conseguiam mais me sustentar em pé.

—Você vai pagar por ter me desobedecido!—Escuto a voz a minha frente, mas dessa vez ela parece muito mais velha que a voz de uma criança e então escuto passos lentos em minha direção, a minha frente estava a garotinha, mas agora mais velha, as roupas continuavam as mesmas mas por serem do tamanho de uma criança não mais parecia um vestido e sim um top e uma minissaia, já as meias altas haviam se tornado uma meia calça listrada e um as sapatilhas agora eram um salto alto, a faca que ela carregava agora era um facão manchado de sangue seco, o que diabos é essa coisa?—Vamos ver por quanto tempo você aguenta ser aberto ao meio.

Ela agarra meu pescoço e me levanta acima do chão com uma apenas uma das mãos, mostrando uma força colossal, sinto o fio da lâmina no meu estômago e já estava pronto pra morrer, mas algo dentro de mim gritava pra que eu não desistisse, que eu continuasse lutando pela minha vida. Minha mão tateou pela mesa ao meu lado até encontrar e agarrar uma faca de cozinha, e antes de qualquer movimento daquele monstro, a faca já estava cravada em seu pescoço, o sangue daquela criatura era o mais puro preto, ela me solta e começa a tatear pela pescoço em uma tentativa desesperada de tirar a faca, após meus pés encontrarem o chão eu não descansei, eu precisava matar aquilo antes que aquilo me matasse, corri em sua direção e agarrei o cabo da lâmina a empurrando contra a parede, logo depois a faca deslizou pelo pescoço da coisa até sair do outro lado.

Aquele líquido preto e viscoso espirrou em meu rosto e manchou minhas roupas, aquela mulher tentou desesperadamente cobrir o ferimento e parar o sangramento, mas logo caiu de joelhos e logo depois no chão, o corpo deu alguns espasmos antes de finalmente parar todas as suas funções e morrer.

Estou tão ofegante, cansado e ferido que mal consigo segurar a faca, comecei a cambalear pra longe daquela coisa ainda tentando controlar minha respiração.

—Aonde você pensa que vai?—Um calafrio subiu pela minha espinha, meu corpo travou e minha mão acabou soltando a faca no chão, aquele sussurro veio de trás de mim...

Junto o que restava da minha coragem para me virar e encarar aquilo, mas acabo me arrependendo, o corpo da mulher estava suspenso em pleno ar, os olhos mortos me olhavam e a boca se contorcia em um sorriso macabro, o sangue ainda jorrava nas roupas e no chão...

Ela começou a se contorcer e usei essa deixa para sair correndo dali, minhas pernas já não aguentavam mais mas eu não podia ficar aqui, sai pra fora de casa e corri mais alguns metros antes das minhas pernas finalmente desistirem e cai no chão exausto, comecei a me levantar mas então escutei aquela coisa outra vez, os passos pesados vinham de dentro da casa, e então eu finalmente vi a forma verdadeira do monstro que me atacara, ela já não usava roupas, provavelmente aquilo precisava mais se esconder atrás delas, os dedos haviam se tornado garras, suas costas se abriram para revelar duas asas de morcego fazendo mais sangue negro jorrar do local, a boca havia se aberto e agora exibia os dentes mais afiados e retorcidos que já havia visto, em suas costas uma cauda com uma ponta tão afiada quanto uma lâmina, por fim, em sua barriga existia uma boca, uma boca viva cheia de dentes e uma língua tão afiada quanto a calda.

Aquela coisa soltou o grito mais perturbador que eu já ouvira e se lançou para o alto, desaparecendo no escuro da noite, eu ainda podia ouvir o bater de asas da criatura, ela não havia desistido da sua presa ainda, me levantei com dificuldade mas dessa vez não corri, não havia mais como fugir dessa coisa, dessa vez eu abracei a morte...

"Você já está desistindo Luke?"

O que? De onde veio essa voz?

"Você vai simplesmente ficar parado aí e aceitar a derrota? Não é você que era grande demais pro mundo?"

Eu não entendo... Quem diabos é você?

"Eu sou demônio que reside dentro do seu ser, sou o que chamam de Fable, SEU Fable, eu posso aniquilar essa criatura e dar a você o meu poder, mas eu ainda não tenho forma."

Quando finalmente percebi o que estava acontecendo eu estava em um lugar diferente, era um lugar apenas com a escuridão em volta, eu estava sentado em uma cadeira em frente a uma mesa de madeira, e do outro lado, estava uma figura. Eu o reconheci como a pessoa que falou comigo mais cedo, mas ele não tem uma aparência, era só a silhueta de um homem, uma sombra.

"Eu sou vós, vossa força, vosso poder, vossa vontade é minha majestade, agora até vossa morte sou seu poder para comandar e usar como quiser."

De repente, a forma a minha frente ganhou uma aparência, a cartola verde no topo de sua cabeça, paletó rabo de andorinha verde, a jabot cravat em seu pescoço juntamente à camiseta cinza, as calças verdes e os sapatos sociais, as luvas brancas cobrindo suas mãos, a máscara de disfarce branca cobrindo os olhos verdes do outro lado e o sorriso cartunesco, a pele verde e as orelhas pontudas. Aquela era a sua verdadeira forma.

"Pela vossa vontade meu nome passa a ser..."

Eu estava de volta, a criatura descia em minha direção a toda velocidade, mas dessa vez a encararia de frente, o poder que adquiri, meu Fable, seu nome é...

—Mad Hatter!

Em minha frente o Fable apareceu, aquela mesma forma que vi em minha mente, apontando algo em sua mão para a criatura, um revólver, o tambor da arma girou e o cano se encheu de fumaça, o tiro acertou a cabeça da criatura, que passou voando por mim e acertou o chão com força, parando apenas quando atingiu um poste a metros de mim.

A forma flutuante a minha frente se virou pra me encarar e tirou o chapéu, fazendo uma reverência, este é meu poder, este meu Fable! Mad Hatter!

O Mad Hatter desperta...

Carl_Saintscreators' thoughts
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