20 20. The Last Chances, Tara!

Miami Beach/ Delegacia de Polícia Do FBI/ 07:40AM

Point View Of Narrador 

De manhã cedo a delegacia parecia uma "Cidade fantasma". Ally foi uma das primeiras a bater o seu "cartão" para começar seu expediente de doze horas.

— Agente, Hernandez? Desculpa por lhe assustar. — Disse Jensen com ar de desespero.

— Bom dia pra você também. O que houve?? Você nunca chega nesse horário — Ally revirou os olhos cruzando os braços.

— Houve um compromisso com o caso dos traficantes… preciso ir em uma expedição, cadê o pessoal? Preciso de companhia.

— Não chegaram, mas se quiser eu vou com você — Ally se levantou da cadeira soltando o teclado do computador.

— Preciso que alguém fique na delegacia, caso haja algum caso. A agente Lovato não deu as caras. - ele disse com olhar murmurando.

Jensen se retirou da sala, deixando Ally carimbando casos de feminicídio que tinham chegado semanas atrás. Ally por si só ligou tudo que estava acontecendo no decorrer em que Demi havia sido contratada. Agora não restavam dúvidas de que algo de estranho e ruim estava por vir. Ally acessou o rastreador dos distintivos que cada policial usava. A baixinha era loira, mas não burra. Ela sabia exatamente o que estava fazendo.  

— Camila? — perguntou Ally sussurrando ao telefone — Está no hospital com a Lauren?

— Sim, mas por que?— Camila disse distante da linha.

— Presta atenção! O Jensen saiu da delegacia super nervoso. Disse que tinha algo pra resolver, mas pelo o que eu estou vendo aqui no GPS, ele está indo pro hospital onde a Lauren está internada. Eu sei que isso pode parecer loucura da minha cabeça, mas acho que Jensen tem algum envolvimento com aquela máfia, avise a Lauren e tente sair daí o mais rápido.

— Que? Ally, a ligação está cortando muito, o que tem haver o Jensen na conversa. Ally? - a voz de Camila oscila junto com a de Ally.

— Eu disse que… o Jensen está a caminho do hospital.

Ally cerrou os punhos socando a mesa com força. Ela levantou-se ajeitando suas coisas para sair

E-mail: Estou indo para o hospital, beijos Ally 🥰

Alguns minutos depois…

Point View Of Camila Cabello 

Andando de um lado para outro eu só conseguia pensar na minha vida à frente. Eu precisava conseguir alguma prova que ela está traficando crianças, mas possivelmente eu também seria presa por cumplicidade.

 — Doutora, preciso lhe pedir um grande favor. — Andei até um corredor do hospital vazio.

— A Lauren está terminantemente proibida de receber visitas sem a minha presença e sem autorização. Ok? É muito importante que você faça isso. - me virei, indo buscar um café para me acalmar.

— Quer me contar algo, Srta. Cabello? — perguntou a moça dando um lindo sorriso.

Caminhei até a porta em direção a saída. Logo ali na esquina já pude avistar o carro de Polícia em que Jensen estava. Ele sorriu lançando um olhar falso e acenou em minha direção. Apressei o passo com meu corpo gélido e minhas mãos suadas demonstraram algo em comum com aquele momento de medo.

— Camila? — ouvi sua voz oscilar. — Estava lhe procurando.

— O que faz aqui? — perguntei, enquanto Jensen aguardava na entrada do hospital.— Ele está aqui mesmo. - falei sussurrando para Ally que andava ao meu lado.

— Ele quem??

— Jensen, ele veio aqui por algum motivo. Ele veio visitar a Lauren?

— Não sei, mas o nosso assunto é sobre ele.

Tara não perdia a oportunidade de me encher de paciência me ligando. Engoli minha raiva a seco e deslizei o dedo aceitando sua chamada.

— Tara? Está tudo bem?

— Até  que enfim a senhorita atendeu minhas ligações. Estou ligando desde ontem e você nada de me responder, nem sequer mandar uma mensagem.

— Eu estava no hospital com a Lauren, além do mais você não tem que ficar bravinha comigo. Não teve culpa que você levou um "toco" daquele menino na boate.

— Olha como você me "dirigi" as palavras. E a criança, onde está?— Tara murmurou, soltando um leve sorriso.

— Já conversamos sobre isso, não vou entregar minha filha nas suas mãos sujas, já disse! — Exclamei alterando o tom de voz.

— Aquela menininha atrevida voltou, não me faça esperar. Já fechei contrato com os comerciantes, eles darão  $500 mil dólares por ela. Não podemos perder essa oportunidade.

— Está dizendo que você vendeu minha filha sem meu consentimento? Você é um monstro.

— Monstro? Peraí… vejamos, quem me ofereceu algo em troca da sua liberdade?

— Isso não vem ao caso. Sei lá, você pode me vender, posso ser traficada de novo, mas na minha filha você não encosta!

— Tem pessoal aí por todo lado desse hospital. É gente grande que está ao meu favor. Não seja burra ao ponto de perder tudo que você constituiu por causa de uma criança que ao menos é sua.

— Sua Vaga...— me calei antes mesmo de terminar a frase.

— Lhe espero amanhã bem cedo, caso queira ver sua linda irmãzinha ainda com vida. O ruim de tudo isso é que o mal sempre vence. Não tem escolha alguma, "sua filha" em troca da sua irmã.

Ally me encarou em dúvida sobre a nossa conversa.

— Eu sei que está acompanhada, então não tente fazer nada que possa comprometer você e sua amiguinha policial.

Olhei paras os lados para observar o ambiente. Ally fazia gestos com o corpo  tentando demonstrar algo.

— Ally, vai embora daqui vai?! — Olhou me cabisbaixa sem entender nada.

— Mas porquê?— Perguntou ela olhando fixamente para mim.

— Tara disse que tem capangas delas espalhados por aqui, me abraça e se despede como se não houvesse nada, ok?— me abraçou, dando um leve beijo em minha testa. Acenou, indo em direção ao hospital. - Pronto, ela já foi. Qual é o plano ou acordo?

— Não, tem acordo algum. Você apenas me entrega sua filha e eu lhe entrego sua Irmã, só isso.— Ela disse suas suas últimas palavras antes de desligar na minha cara.

Uma coisa estava certa eu iria ser presa, mais não por me envolver com tráfico de mulheres ou tráfico de crianças,  eu iria presa por que iria matá-la com minhas próprias mãos. 

De amanhã não passava, eu iria mandar Tara para o inferno, e espero que ela abrace o diabo, porque a viagem dela será só de ida!

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