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Capítulo 1 - Quem é o assassino?

"5 de outubro de 2020 as 02:50p.m, um homem foi encontrado na parede de um prédio com as mãos atravessadas por uma faca e o corpo estava totalmente mutilado e um símbolo estranho o circulava."

Eu sou o Arktes, sim é um nome estranho, mas fazer o que né, bom eu me tornei fotógrafo profissional recentemente, e para minha sorte como um grande fã de livros de mistério, vi essa notícia sobre o homem encontrado morto de uma forma um tanto quanto estranha e bem perturbadora, por motivos de curiosidade decide tirar algumas fotos, confesso que tem que ter um estômago forte pra ver aquela cena várias vezes, mas eu espero um dia por escrever um livro ou qualquer coisa sobre esse acontecimento.

Chegando em casa, que ficava no meio do Brooklyn, um tanto quanto humilde, porém o ambiente era bem, como posso dizer, tenebroso, uma névoa sempre estava pairando por lá havia bastante tempo. Eu moro com minha namorada, Elisa e ela me ajuda com meus trabalhos as vezes, pedi a ajuda dela para essa minha primeira investigação, mostrei para ela as fotos que tirei, todas de ângulos diferentes caso houvesse alguma coisa que deixasse passar, enquanto analisava as fotos tentei primeiro reconhecer o círculo atrás do homem, era estranho, eu sentia que já tinha visto aquilo em alguma lugar antes só não lembrava onde, então chamei a Elisa pra procurar símbolos estranhos em livros de "magia"

- Eu já vi isso em algum lugar Arktes!

- Então tenta procurar por favor, eu quero muito descobrir o que aconteceu...

Um bom tempo se passou enquanto procurávamos, já era noite, até que eu encontrei um símbolo semelhante, porém ele não fazia parte das crenças místicas da nossa realidade, ele era de uma história fictícia escrita a muito tempo atrás, nesse livro tinham muitos símbolos estranhos, porém o símbolo que procuramos tanto estava lá bem no início, era a representação de um sacrifício, então imediatamente liguei as primeiras pistas;

- O que sabemos é que o assassino conhece e provavelmente é fanático por esse livro de ficção, sei que não é uma pista muito boa, mas já é alguma coisa.

Pra tentar descobrir mais coisas sobre esse caso liguei pra minha irmã que trabalha na polícia e pedi mais informações sobre esse assassinato;

- Oi irmãzinha linda do meu cora...

- O QUE VOCÊ QUER AGORA?

- Opa, calma estressadinha, eu só preciso de umas coisinhas que só você pode me ajudar...

- ME OBRIGUE A TE AJUDAR SEU MERDINHA!

Então com minha lábia e insistência consegui informações novas, o homem morto era um importante empresário, obviamente como qualquer homem ele tinha seus segredos obscuros, vasculhei bastante as contas nas redes sociais dele, incrivelmente pra um velho ele se divertia bastante, mas não encontrei nada de útil, então pensei em ir com a Elisa no prédio onde ele trabalhava, quando chegamos lá pedimos com toda a educação do mundo para entrar mas obviamente fomos recusados, com um ar de raiva eu peguei o distintivo que eu tinha guardado para casos como esse, era uma distintivo real, porém eu troquei a foto da minha irmã por uma minha, e como ela usava nosso sobrenome me aproveitei disso;

- Seguinte meu camarada, eu sou da polícia e eu vim investigar sobre o homem que foi brutalmente assassinado, então pensei em passar aqui pra ver se tem alguma pista

Então Elisa pra complementar disse;

- Desculpa senhor, meu parceiro é um pouco exaltado, mas poderia nos deixar entrar apenas para investigar?

O segurança então deixou nós dois entrarmos. Chegando na sala do empresário, não tinha literalmente nada de interessante, um sala bem simples, tinha alguns quadros moldurados e a mesa dele, o cara nas fotos parecia ser muito legal, mas aqui na sala dele era um tédio, mas eu estou aqui a trabalho, então eu e Elisa vasculhamos tudo, encontramos muitos papéis porém nada úteis, só que tinha um bem estranho, um papel de uma igreja?

- Amor, por que uma igreja daria um panfleto divulgando a igreja deles pra um rico qualquer?

- Eu não sei, possivelmente devem ainda estar nos tempos medievais!?

Achei estranho uma igreja mandando panfletos em pleno 2020, mas resolvi tirar uma foto e ir embora.

Se passaram alguns dias e nada, nenhuma pista nova, as únicas coisas que tínhamos era um possível fanático em histórias de ficção, uma igreja e um empresário morto, porém eu pensei bem, talvez eu devesse conversar com os familiares dele, liguei para a mulher e os filhos, mas nenhum me respondeu obviamente, nem mesmo eu dizendo que era investigador da polícia, porém quando eu liguei a televisão havia uma notícia nova, outra pessoa foi encontrada morta da mesma forma que o empresário, dessa vez o corpo foi encontrado na Times Square, a vítima dessa vez era a matriarca de uma das famílias mais ricas dos Estados Unidos;

- Amor, você acha que esse assassino quer matar apenas pessoas ricas e influentes?

- Não sei Arktes, talvez tenha sido apenas uma coincidência

- Eu não costumo acreditar em coincidência...

Continuei com as investigações mas não encontrei nada sobre a última vítima, aparentemente era só dona de um negócio de vinho bem famoso, eu não podia invadir a casa ou o local de trabalho dela já que eram extremamente vigiados, então decidi dar um tempo e deixar com a polícia essa investigação.

Se passou um mês, eu havia viajado a trabalho, quando voltei pra casa Elisa me contou que haviam três novas vítimas, mais uma vez pessoas da classe alta, porém desses três, um eu consegui descobrir coisas sobre, ele era dono de um dos maiores bares de Nova york, sim, um barman era alguém extremamente rico, pensei em fazer uma visitinha nesse bar, chegando no bar, o local estava fechado, era um local luxuoso, quando entrei fui procurando a sala onde a vítima comandava tudo, como o bar estava fechado foi fácil entrar, chegando na sala vasculhei tudo, Elisa ficou do lado de fora observando pra ver se tinha alguém vindo, após um bom tempo vasculhando os papéis, advinha só o que tinha lá, o mesmo panfleto da igreja, na minha mente aquilo não podia ser coincidência, então resolvi ir até essa tal igreja, assim que sai do bar contei para Elisa e fomos pra lá, quando chegamos era um lugar bem bonito, porém tinha um ar meio amedrontador, eu sentia como se tivessem milhares de olhos me encarando, mas prossegui, quando eu e Elisa entramos na igreja fomos recepcionados pelo padre, um homem até jovem, aparentava ter uns 35 anos no máximo, porém algo me incomodava nele, vários símbolos estranhos nos braços, pareciam ser símbolos ocultistas, sussurrei isso com Elisa;

- Amor, esses símbolos no braço dele não são estranhos?

- Sim, mas não parecem com o do livro

Fomos caminhando em direção do altar, quando paramos perguntei para ele se conhecia as cinco vítimas;

- Então senhor padre, você conhece essas pessoas?

- Meu rapaz, infelizmente eu não conheço ninguém nessas fotos.

Pelas feições ele não estava mentindo, perguntei também sobre os símbolos no corpo;

- E então, eu estou curioso sobre esses símbolos, padres podem tê-los?

- Ah, não, não podem, eles são parte do meu passado rebelde e fanático por ficção, mas o tempo passou...

Como eu não conseguia assimilar aqueles símbolos com os dos assassinatos resolvi meter o pé, ao sair da igreja senti como se tivesse alguém me enforcando, era uma sensação horrível, agonizante, na mesma hora fui embora, Elisa preocupada pediu pra digir o carro. Quando chegamos em casa eu fiquei muito pensativo sobre aquele padre, tinha algo nele que não me cheirava bem, alguém não faria aqueles símbolos só por ser fã, resolvi ir dormir, minha mente estava a mil por hora.

Na madrugada acordei para beber água, quando cheguei na cozinha a luz estava acesa, pensei que Elisa tinha deixado acesa, mas ela não costuma acordar no meio do noite, quando me viro para parede da cozinha, um círculo igual ao dos assassinatos estava lá, feito com sangue e escrito no meio "Acho bom você parar de investigar, se não pessoas importantes vão começar a morrer"

Rapidamente liguei pra minha irmã, e nada, esperei o dia amanhecer para ir na casa dela e ver se estava bem, quando cheguei lá, um apartamento meio velho no meio da cidade mas ainda com um toque futurista, ela morava no segundo andar, chegando lá a porta já estava aberta, fiquei preocupado e entrei com cautela, chamei por ela várias vezes, a desgraçada da Júlia, ela nunca gostou de que eu a chamasse pelo nome completo, mas aparentemente ela não veio com socos pra cima de mim, quando olhei o quarto dela estava todo ensanguentado, o medo instantaneamente bateu em mim, comecei a tremer e paralisei, apesar de nós dois vivermos brigando ela era a pessoa que eu mais amava, se algo acontecesse com ela eu ficaria simplesmente desolado, mas então...

Ela apareceu na porta do quarto, na mesma hora eu caí no chão chorando, ela veio me abraçar, depois que me recuperei contei pra ela o que tinha acontecido;

- Juh, ainda bem que você está bem

- O que, por que você está desse jeito?

- O assassino daqueles ricassos descobriu que eu estava investigando ele...

Contei pra ela tudo e pedi que ela viesse morar comigo e com Elisa, ainda bem que ela aceitou sem brigar.

Se passou uma semana e mais uma vez outro assassinato, porém dessa vez vimos o assassino em gravações de câmeras, tínhamos rosto e todas as características, era um homem de meia idade, com uma cicatriz enorme no meio do rosto, fácil de se encontrar, usamos o dispositivo de reconhecimento fácil da polícia e descobrimos que ele trabalhava em uma lanchonete no lado norte da cidade, acabamos chegando no final da tarde no local onde ele estava, sem nenhum medo fui pra cima dele, o desgraçado conseguiu fugir mesmo depois de eu ter imobilizado ele, fugiu por trás da lanchonete, eu e minha irmã fomos correndo atrás dele, corremos por bastante tempo, até que chegamos no cemitério da igreja, ele estava encurralado, tentou lutar contra nós dois mas consegui dar um belo chute na perna dele, prendemos esse desgraçado porém havia uma cápsula de veneno escondida no seu dente, ele usou e teve efeito imediato, com raiva ficamos olhando pro corpo dele caído em meio as lápides, quando estávamos voltando pra casa, felizes por que conseguimos deter o assassino uma surpresa que... Bem acima da porta Elisa estava morta, da mesma for que as outras vítimas do assassino, na mesma hora lembrei da mensagem "Acho bom você parar de investigar, se não pessoas importantes vão começar a morrer", o pânico na minha mente se instaurou, mas nós havíamos prendido aquele desgraçado, não era possível que ele tenha matado ela, em choque não consegui fazer nada por dias... Sem muitas esperanças resolvi ir até a igreja, pedir ajuda para o padre de tatuagens estranhas, chegando lá pedi toda a ajuda possível, enquanto eu falava com ele sobre o meu trabalho e minha vida com a Elisa, percebi que os comentários dele eram meio peculiares, quando disse que trabalhava com ela na investigação, ele deu um pequeno sorriso disfarçado e disse

- Mas esse trabalho não era perigoso demais para vocês?

- Sim, principalmente para ela...

Eu na primeira vista não tinha visto o sorriso, mas a pergunta tinha me deixado bem indagado, mas continuei falando, até que cheguei na parte dos símbolos, ele começou a contar que gostava muito daqueles símbolos, gostava tanto que começou a contar a história do livro e do jeito que ele contava me parecia muito mais do que um fã, era como se... se ele louvasse aquilo;

- O senhor louva para esses seres?

- Talvez... - O padre respondeu.

No mesmo instante que tive o impacto de que possivelmente ele fosse o verdadeiro assassino... Uma risada, bem alta e maléfica surgiu dos fundos da igreja, o padre tinha ficado com uma feição amedrontadora e disse;

- Fique tranquilo, você não será um dos meus sacrifícios...

O que ele queria dizer com aquilo?

Mas aí então aquela sensação de estar sendo observado voltou ao meu redor, dezenas de pessoas encapuzadas começaram a surgir das sombras da igreja, com medo tentei fugir, levantei correndo em direção da porta, quando me virei, minha irmã estava lá, assim como Elise e as outras vítimas, o pânico na minha mente era enorme, a única coisa instintiva que fiz foi correr, corri muito, um sensação de estar sendo puxado por várias pessoas, rostos de pessoas mortas apareciam ao meu redor, até sair da igreja aquela sensação não passava, e continuei correndo, quando virei a cabeça para trás o padre me encarava ainda com aquele sorriso medonho...

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