1 Começo (1)

Em um prédio em chamas na periferia da cidade, se encontrava uma ambulância em frente ao prédio e um corpo de bombeiros tentando apagar o fogo.

Um bombeiro em específico estava conversando com um dos residentes do prédio.

"Senhor você poderia nos ajudar e informar se ainda tinha alguém dentro do prédio?" O bombeiro olhava para um homem de aparência normal a sua frente com as roupas surradas e algumas cinzas pelo corpo.

"B-Bom eu acho que quase todos já saíram do prédio, eu não me lembro de ter alguém faltando"

Nesse momento durante a conversa do bombeiro e do residente do prédio, chegou um homem correndo tentando entrar no prédio e sendo parado e segurado por um dos bombeiros no meio do caminho.

"Me solta!! Meu filho ainda tá lá dentro!" Ele tentava se livrar do bombeiro o segurando, mas não conseguia se livrar de alguém treinado sendo somente um funcionário comum.

"Senhor!! Você não pode entrar lá dentro! Deixe com o corpo de bombeiros que vamos tentar resgatar seu filho!" O bombeiro em pânico olhava pedindo ajuda pra um companheiro vim acalmar o cívil.

Enquanto tudo isso acontecia, dentro do prédio em chamas um jovem era visto tentando arrombar a porta do seu quarto. Mas a porta estava bloqueada do lado de fora pelos escombros do teto desmoronando pelas chamas.

...

...

...

"Droga! Por quê essa porta não abre!" Adrian chutava a porta tentando arrombar em pânico e sem tempo para pensar no porquê a porta não abria.

No quarto era possível ver muita fumaça mas nenhum fogo perceptível ainda, era um quarto bem comum. E você pode se perguntar por quê esse garoto ainda ta dentro do quarto com um prédio em chamas?

Adrian estava dormindo no seu quarto quando o prédio ficou em chamas e como seu quarto tava bem fechado a quantidade de fumaça que entrou até lhe-dar um incômodo perceptível foi um processo meio demorado, oque resultou em seu quarto sendo bloqueado antes que ele pudesse reagir.

Apesar de Adrian não conseguir entender por quê a porta não abria nem com toda sua força mas ele sabia ao menos que o prédio tava pegando fogo e depois de pensar isso ele logo percebeu que seu quarto é do lado da cozinha, se o fogo chegar no gás.

Bem era oque ele estava pensando mas antes de ele pensar mais longe.

BOOOOM!!!

Oque dizer? Talvez Adrian seja um gênio em perceber o perigo a seu lado mas nada é perfeito.

Adrian cheio de sangue, não enxergava nada e só conseguia ouvir um zumbido e uma dor alucinante. 'Ah droga... Não me fode... Eu vou morrer aqui assim?'

Nesse momento uma voz que Adrian ignorou quase sua vida toda desde seus 4 anos de idade falou em sua cabeça.

["Que morte ridícula, você vai morrer mesmo por causa de algo como dormir de mais?"]

Adrian escutou essa voz pela primeira vez em muito tempo, é uma voz que sempre estve na sua cabeça desde seus 4 anos, Graças a essa voz ele passou um período de vida difícil onde as pessoas o chamavam de louco por ele falar que tinha uma voz na sua cabeça.

Depois de fazer 10 anos Adrian subconscientemente ignorava aquela voz que o fez passar por muito escrutínio, da sua parte era como nem chegar a ouvir essa voz mais.

E como ele tinha 7 anos a última vez que chegou a dar atenção a essa voz ele já tinha esquecido que ela existia. 'Cala boca... *respira com dificuldade* você não tem o... direito de dizer algo...'

["Ohh então você parou de me ignorar em seus momentos finais? Que risível hahaha"]

Enquanto a voz dizia isso Adrian ja estava em seus últimos segundos de vida, Seu único desejo naquele momento era atormentar a origem dessa voz com toda sua raiva reprimida, nesse momento ele só queria culpar tudo de errado que aconteceu com ele naquela voz, Oque dizer? Isso era bem um jeito humano de ser.

Nesse momento foi como se o tempo tivesse parado e ele perdeu toda sensação de dor, arregalando os olhos e olhando a sua frente era possível ver uma silhueta visivelmente feminina mas impossível distinguir qualquer coisa sobre sua aparência, Era como um borrão não importa o quanto ele olhasse nada mudava.

{"Você deseja viver?"}

"Quem é você?!" Adrian tentou perguntar no reflexo mas percebeu que podia falar e respirar tranquilo sem a fumaça o sufocar.

{"Você deseja viver?"}

A mesma pergunta mas desta vez Adrian percebeu que não iria receber respostas e só podia responder sim ou não.

"Sim claro que eu quero!" Logo depois de falar isso o corpo dele desapareceu mas o tempo continuava parado com a silhueta olhando(¿) para o vazio.

{"Eu pedi para você cuidar dele ■■■ mas é isso que eu ganho?"}

["A Culpa não é minha senhora, aquele garoto que era muito desconfiado de tudo, como vou ajudar se ele nem me deixa agir"] Inesperadamente aquela mesma voz na cabeça do garoto respondeu a silhueta.

{" Você deveria ter dado um jeito *Suspiro* esquece eu fiz oque podia pelo meu irmão tolo, agora volte para ele... graças a esse incidente ele vai perder uma quantidade imprevisível de memórias, talvez você consiga ajudar naquele momento"} Depois de dizer isso a silhueta desapareceu lentamente e o tempo que havia parado retrocedeu.

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