Rise of the harem king (em português)

Os olhos cansados de Davi observaram longamente nascer de sol diante dele. Talvez aquela vista fosse a única coisa que ele gostava sobre sua cidade natal.

Antigamente aquele lugar era um pequeno bosque onde as crianças brincavam. Contudo o terreno foi comprado, afinal ali perto havia uma mina de pedras mágicas. Logo uma grande indústria se formou naquele setor da cidade.

Agora uma poluição intensa se acumulava naquele lugar. A fuligem tornava a visibilidade péssima. E havia um cheio desagradável que pairava pelo ar constantemente.

O garoto coçou seu longo cabelo desgrenhado, enquanto pensava sobre o que passou. Talvez aquilo fosse bom, a destruição das memórias de seu passado, ajudavam a abandonar tudo aquilo

Em seguida Davi encarou longamente o pagamento que tinha recebido pelos últimos dias de trabalho árduo. Não importava quantas vezes ele contasse, aquilo não era o suficiente.

Ele suspirou amargamente. Se ele apenas não tivesse socado o seu chefe no último dia, eles não teriam cortado o seu pagamento. 

O motivo para ele ter agido de forma tão imprudente, foi defender um companheiro de trabalho. Contudo, se Davi só tivesse ignorado, ele teria o dinheiro.

Enfim, talvez ele conseguisse em mais um ano?

Ele cerrou os punhos com raiva, ao ser lembrado mais uma vez da sua impotência. Se ele fosse poderoso como seu pai, não teria que se matar por tão pouco. 

E aquela fumaça espessa continuava o cercando.

"Porra!" Ele gritou exageradamente alto tentando liberar toda a frustração acumulada.

Uma energia azulada se concentrou em suas mãos. Tentando dissipar aquela neblina opressora, ele disparou energia para todos os lados. 

Por um mísero segundo ele conseguiu afastar aquela fuligem, mas logo as coisas voltaram ao normal. Aquele era o limite do seu poder ridiculamente pequeno.

E com um suspiro melancólico, ele afastou todos os sentimentos derrotistas da sua mente. Ele iria sair daquela cidade não importava como, mesmo que precisasse pedir dinheiro emprestado para aquele maldito homem.

[Você subiu para o nível 24]

Interrompendo sua linha de raciocínio, a mensagem que ele já esperava a algum tempo chegou. Diziam que, mesmo que já tivesse acumulado experiência o suficiente, a subida de nível acontecia em momentos emocionalmente intensos. Então era natural que acontecesse naquele momento.

No último mês Davi trabalhou até o ponto de quase morrer. Aquilo não era tão eficiente quanto matar monstros, ou lutar; mas colocar o seu corpo ao limite físico ou mental era uma boa forma de evoluir.

Diziam que um não combatente normalmente subia de nível uma vez ao ano. Nesse sentido, para um garoto de 19 anos, talvez o nível 24 não parecesse tão ruim. O problema é que seu irmão de 14 anos já tinha passado do 30, talvez ele estivesse chegando perto da casa dos 40.

Para alguém que sonhava em explorar as fendas, o seu nível era simplesmente baixo demais. Ainda assim, ele mandou uma mensagem para a sua melhor amiga, Luna, comemorando que finalmente tinha subido.

"Vamos ver se alguma coisa mudou…" ele ainda murmurou desanimado.

Perfil:

Nome: Davi Motolitte

Classe: Escavador Lv 24

Habilidades:

Resistência térmica Lv 3Excavar Lv 12Escudo Lv 1Manipulação de mana Lv 31

Status:

Força: 24Resistência: 28(+5)Velocidade: 23Stamina: 31Inteligência: 25(-2)

Títulos

{???????}

Efeito: nenhum.

Requisito: Alcance o nível 25.

{Aquele que fracassou}

Efeito: Instabilidade mental em algumas situações. -2 inteligência.

{Aquele que resistiu a condições de trabalho desumanas.}

Efeito: resistência básica a situações adversas. +5 resistência.

Davi se surpreendeu ao notar que tinha ganho um novo título. O último mês tinha sido ruim, mas ele não esperava que fosse um evento impactante o suficiente para isso. Mas aquilo explicava porque ele repentinamente começou a se cansar menos nos últimos dias.

E aquele título suspeito continuava ali. Desde que se lembrava aquele título sem nome o acompanhava. Por muito tempo ele cultivou a esperança de que ao chegar no nível 25 sua vida mudaria completamente.

No entanto, aquela era uma esperança boba. Esperar passivamente por algo que vá mudar sua vida, quase sempre acabaria em desastre. Por isso ele queria deixar aquela cidade a qualquer custo. 

Olhando para frente, ele deixou seu antigo trabalho para trás e caminhou pelas ruas familiares. A cada passo, as lembranças ruins faziam sua expressão become sour.

Seu destino era a casa onde seu pai morava. Um lugar que ele conhecia muito bem e evitava sempre que podia. Mas qual escolha ele tinha? O garoto ainda precisava de um pouco mais de dinheiro para pagar a passagem e inscrição.

Seu objetivo era se inscrever para uma das 12 grandes academias de exploração. Mais especificamente, para a academia de exploradores Enki, onde sua melhor amiga estudava.

E depois de uma caminhada de apenas 10 minutos, que pareceram como uma eternidade, ele estava de frente ao lugar que considerava um inferno. Ainda assim, ninguém poderia negar o quanto aquela mansão era bela e luxuosa.

Davi entrou na casa e fechou a porta atrás de si. O cheiro de álcool pairava no ar, anunciando a presença de alguém que Davi não queria ver nunca mais. De qualquer forma, ele caminhou pelo jardim e lá estava ele: seu pai.

Norman estava sentado em uma cadeira de praia aproveitando o sol com uma garrafa de vodka na mão. Seus belos olhos azuis pareciam uma cópia perfeita dos olhos que Davi tinham. E aquela era provavelmente a única semelhança física que eles tinham. 

O homem era enorme, seu corpo parecia uma montanha de músculos que pressionaram vigorosamente contra sua camisa apertada. E combinando com sua presença intimidadora, seu rosto era rígido e imponente.

"O que quer?" O homem perguntou com desgosto ao ver seu filho. 

Davi tremeu um pouco, tal qual um medo paralisante o tomava. Não importa quanto tempo passasse, os traumas do passado insistiam em tentar sufocá-lo.

Contudo o garoto era teimoso e desafiadoramente he lockd his gaze, at the palerfull and scary gaze of his father. Ele queria provar para si mesmo que podia superar aquele medo.

No fim ele não conseguiu.

Desviando o olhar, viu, nas piscinas ao lado, algumas lindas garotas jovens vestindo biquínis tão pequenos, que até seus mamilos podiam ser vistos. Como seria de se esperar, nenhuma delas parecia ser sua mãe. 

Já à esquerda estava uma grande arena de treino. Não importava para onde olhasse, ele odiava o quanto aquele jardim estava repleto de tudo o que definia seu pai de merda.

"Pai..." Davi começou, sua voz baixa e vacilante. Ele queria falar de forma firme, mas o ódio nos olhos de Norman faziam sua coragem vacilar. "Eu preciso de dinheiro. Só um pouco, para..."

Antes que ele pudesse terminar a frase, Norman se levantou e esmagou a garrafa de uísque em sua mão. 

No instante seguinte, ele estava de pé diante de Davi, seu rosto distorcido em uma careta de desgosto. 

"Por que eu deveria dar dinheiro a alguém como você?" 

Sem dar chance de resposta, ele agarrou seu filho pelo pescoço e o levantou no ar. Então ele envolveu o pescoço do garoto com apenas uma mão, enforcando-o levemente.

"Só preciso de um empréstimo," Davi mal conseguiu dizer essas palavras. Então seu pai aliviou um pouco o aperto. "Eu quero ir para a Academia de Exploradores. Vou me tornar um explorador e te pagar de volta, eu prometo."

Pela primeira vez o desgosto desapareceu do rosto do homem. Normal soltou seu filho, então um grande sorriso tomou seu rosto. Em seguida ele começou a gargalhar de forma forçada, como se tivesse ouvido a piada mais engraçada do mundo.

"Você?" Ele se aproximou do seu pequeno filho, apenas a sua presença era suficiente para deixar Davi sem ar. "Acha que pode ir para a Academia e sobreviver? Não vou emprestar dinheiro a alguém que não vai conseguir me pagar de volta."

"Por favor, pai," ele abaixou a cabeça quase implorando. Davi cerrou os punhos cheio de ódio, mas ele precisava do dinheiro. "Eu serei capaz de me tornar um explorador e conseguirei te pagar de volta. Eu prometo."

Norman parou de rir abruptamente, então encarou seu filho com uma expressão séria e ponderada, como se estivesse avaliando o que Davi havia dito. Houve um momento de silêncio, pesado e tenso. Em seguida, de repente, ele deu um passo para trás, seu sorriso voltando, mas desta vez com uma crueldade calculada.

"Tudo bem, garoto," ele disse finalmente. "Vou te dar uma chance. Mas apenas uma." Ele apontou para a arena ao seu lado. "Se você quer tanto esse dinheiro, vai ter que me provar que merece. Vamos lutar, aqui e agora. Se conseguir me acertar, pelo menos um golpe, eu te dou o dinheiro."

Davi sentiu seu coração afundar. Seu pai era um mestre em artes marciais e, mais importante, ele tinha uma classe de combate. Já Davi, ainda que tivesse treinado até a exaustão na infância, só tinha técnica, lhe faltava poder.

Dito isso ele não podia recuar agora. Precisava desse dinheiro, precisava dessa chance. 

"Certo," ele disse, tentando soar mais confiante do que se sentia. "Eu aceito."

Os dois caminharam até a arena. Com um sorriso confiante, Norman encarou seu filho com certo desprezo. Ao mesmo tempo, Davi respirou fundo, se preparando para o combate que teria diante de si.

Norman avançou, movendo-se rapidamente para um homem de seu tamanho, o que pegou Davi de surpresa. Ele recuou instintivamente e conseguiu escapar, mas todo o seu corpo tremia de medo.

"Você precisa me acertar, Davi!" Norman gritou, sua voz cheia de desdém. "Vamos! Ou você vai continuar fugindo como sempre?"

O garoto respirou fundo tentando superar o medo que foi profundamente implantado na sua mente. Era difícil se esquecer de todas as vezes que ele foi espancado por aquele homem.

Ainda assim o garoto tentou avançar, então…

Antes que pudesse ver qualquer coisa, sua barriga foi atingida por um soco poderoso.

Davi levou a mão ao peito, seus joelhos perderam a força e atingiram o chão. Então ele finalmente caiu, seu rosto delicado foi levemente perfurado pelo chão áspero.

Ainda sem forças, tentou respirar, nada; abriu a boca, nada. Em desespero, levou a mão à barriga. O simples ato de puxar ar era excruciantemente doloroso, se mover era ainda pior.

Ficou alguns segundos agonizando no chão, suas pupilas dilataram e ele queria gritar, mas não tinha ar nem para isso. Chegou a imaginar que iria morrer, o sentimento era como o de alguém estrangulando sua garganta.

Por fim, por uma pequena fresta, um pouco de ar invadiu seu pulmão. A dor persistiu por alguns segundos, mas diminuiu até ficar tolerável. Ainda curvado e fraco, se levantou e conseguiu respirar.

Seu olhar ainda tremulava em confusão, tudo girava. Mesmo de pé, o menino cambaleava. Sentia que cairia a qualquer instante. Em sua frente, via apenas formas desconexas.

Aquela era a diferença absoluta de poder entre ele e aquele homem.