webnovel

Cap 1. Se rendendo a escuridão.

"Você entende o custo?" - pude ouvir sua voz quase angelical endagar.

"É isso, ou a morte, então, do que importa o custo...?" - eu sorri, mesmo que tudo desabasse acima de mim, que todo essa escuridão me engolisse eu ainda faria a mesma escolha.

"Muito bem... Benjamin, suas palavras são o suficiente." - sua voz quase susurrante arrepiou meu corpo, mesmo sem enxergar ainda assim pude "ver" essa energia se espalhando e quanto mais se aproximava mais o temor me tomava.

A energia ao me tocar ergueu-me em direção a sua mão, uma dor me aflingiu ao mesmo tempo em que sentia o calor, o fôlego e por fim, algo que não entendi bem o que era me deixarem, como uma casca vazia eu entrei em um etado de morte. Logo, pude sentir algp entrando em seus lugares, o frio, o veneno... O fim de um começo...

Quase que em uma explosão meu corpo parecia ser coberto por uma sensação de poder assim como a escuridão, seus susurros, algo que parecia ser muito real, milhares de vozes implorando, pedindo por um chance, um chance de sair, de viver novamente...

Abrindo meus olhos pude ver o mundo novamente, porém de uma forma diferente, a figura de antes havia desaparecido, toda a escuridão que antes me cercava se mostrou fula em conta das ruinas de antes, somente um pouco mais escuras mas ainda visíveis.

Eu não sentia mais minha respiração ou minha pulsação, mas eu ainda estava vivo por assim dizer. Olhando para minhas mãos pude ver minha pele fina, minha carne quase inexistente e minhas veias saltadas com um tom negro profundo.

Não havia saida, não normalmente, mas para mim, nesse momento, era fácil , eu sabia, eu conhecia o poder deles e se mesmo aldeões se tornavam monstros, o que eu me tornaria?

Me aproximando da porta das ruinas destruidas senti as rochas passando meus dedos por sua superfície, pude ver as marcas se formando facilmente, quase como escavar areia. Com um sorriso breve puxei minha mão, usando um método de luta que aprendi ainda vivo simplesmente puxei e soltei meu punho, movendo meu tronco e por fim, atingindo as rochas.

*brrrooomm* - com um rugido a terra desabou uma coluna de fumaça se formou, o espaço a minha frente cedeu, a caverna prestes a ruir, e ainda assim tive tempo para sair, meus olhos encarando a escuridão da noite, algo que eu teria que me acostumar...

Olhando para trás pude ver uma das cavernas da montanha, um antigo esconderijo, o lugar da minha morte e onde me trairam...

Era evidente sentir o calor e a ardência no meu pescoço, uma mrca e uma dor que me acompanhariam toda a minha pós-vida em vida.

Eu era um herói para eles, eu os salvei, enfrentei o mal, e com o que eles me retribuiram? Injustiça, com o que tenho agora eu era um monstro. Não um humano, mas uma criatura, e eu agiria como tal...

Eu também podia sentir outra coisa, correndo junto ao meu sangue em meu corpo, o miasma, a energia da morte. Eu não sabia como ainda mas como ela disse, eu teria a oportunidade de aprender.

Sorrindo para a situação em que me encontrava voltei meus olhos para a selva abaixo, eu podia os sentir, aquilo que ja tive, a vida em seus corpos, o cheiro pungente de sanguue em suas veias, o brilho extenuante que vinha das suas almas, como se me chamassem para o banquete.

Eu podia sentir o mal a espreita, me dizendo para enlouquecer, engolir cada sinal de vida que pude ver, mas eu sabia que esse não era o caminho, eu sei o que acontece com eles, criaturas que comem toda a vida, criaturas sem propósito além de saciar sua fome, algumas mais fortes que outras mas ainda assim criaturas insanas.

Zumbis...

Mas, eu ainda precisava comer, saciar alguma parte dessa fome...

Olhando ao redor procurei entre seus sopros da vida, uma luz mais brilhante, um coração mais forte e por fim... Um pouco de mana... Bingo!

Ollhando para um dos brillhos sob meus olhos pude o ver estático em outra montanha, talvez em alguma caverna...

Caminhando, tão calmamente quanto o possivel dei tempo ao meu corpo para se acostumar, quanto mais tempo eu ficava nesse estado mais forte me sentia, a vida ao meu redor, as plantas, as árvores, os insetos, tudo parecia murchar e decair pouco a pouco até que morresse, talvez o motivo de eu ser mais forte...

No caminho pude ver muitos outros sopros de vida, mas esses fugiram de mim e não eram meu alvo, a natureza deve ser equilibrada, se eu destruir demais posso chamar atenção indesejada...

Por enquanto, para o mundo, eu sou apenas mais um na legião das trevas, somente mais uma ferramenta a ser usada pelo rei demonio atual.

Uma coisa que deve se notar era que apesar de seus poderes os reis demônios não eram bem deuses em seu tempo, somente, haviam recebido por linhagem, des de sua nascença, ou assim como eu, venderam sua humanidade, para se tornar reis demônios....

Uma vez me contaram uma historia, de um rei, um dos reis mais poderosos da historia que vendeu sua humanidade por poder, um que logo ao se transformar foi tornado um rei demónio... Um que sob grande poder perdeu a cabeça e se tornou um caos, consumindo toda sua cidade e por fim, criando um reino fantasma, um terreno tomado por um rei demonio sem mente, que mataria até mesmo seus aliados.

A maioria dos humanos ao se tornarem criaturas das trevas perdem a maioria de suas memórias e sua consciência, se tornam selvagens, ainda mais no meu estágio atual, ou se tornam zumbis, ou acabam se tornando dependentes, criaturas poderosas mas ainda sem propósito, somente soldados em um exército...

E por algum acaso, eu me sentia normal, meus pensamentos pareciam funcionar da mesma forma, as vozes eram irritantes sim, algumas pareciam me puxar, sim, mas não era algo tão ruim assim, dava para ignorar.

Finalmente chegando em frente a montanha pude sentir aquela vida se mover, também pude sentir melhor, perceber os outros sopros que pareciam ter acabado de ser criados sendo deixados para trás, enquanto seu corpo maciço aparecia sob minha visão a distancia.

O sol ja beirava para nascer e essa criatura deveria querer me manter fora do ninho...

Vamos ver sua capacidade para isso então...

Enquanto ela descia a encosta e eu avançava pude ver perfeitamente seu corpo, um urso negro gigante, quase 4 metros de altura, seu pelo parecia como farpas enqunto ele arranhava as árvores e rochas ao passar e seus músculos deveriam ser poderosos pela forma como parecia não se importar com as árvores.

"Pode vir mamãe..." - eu disse em meio a um sorriso de antecipação - "Torne isso divertido..."

Next chapter