1 Uma nova vida

Vai ser uma fan-fic de O Príncipe Dragão

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Um menino andando na rua chuvosa, nesses dias simplesmente não paravam de chover, apesar de ser uma estação seca. Ele usava uma camiseta branca, que estava cinza com a chuva encharcando seu corpo.

O menino em si era bonito, sem muitas descrições, não lindo de morrer, mas apenas bonito. Enquanto chovia cada vez mais forte, ele se sentia mais livre. Ele olhou para o céu que estava em um tom cinza, quase preto, e ficou feliz.

O menino tinha por volta de 22 anos, ele vivia uma vida despreocupada, apenas seguindo em frente, não olhando para o passado. Não havia mais família para ele, o menino nem se importava com isso, apenas siga em frente.

Suas calças pretas estavam grudadas em seu corpo junto com a camisa. Ele fazia tudo que ele queria, ele é livre, sem responsabilidades, sem qualquer algema para ele, o prendendo.

Ele já treinou várias artes marciais de punho, espada, lança. Quase todas as armas ele sabe manusear com perfeita maestria.

Uma coisa que ele gosta é música, as vezes ele sente que queria ser como a música, viajando por qualquer lugar junto com o vento, trazendo os pensamentos mais profundos de qualquer pessoa.

Mesmo técnicas de como se ocultar, fugir, rastrear, ficar calmo em situações inusitadas, ele aprendeu. Ele nunca usou, mas nunca é ruim saber demais certo? Talvez apenas se for um segredo de estado ou algo do tipo.

Ele já é muito talentoso em qualquer coisa que ele faça, por isso ele consegue aprender várias coisas em pouco tempo, mas em rastrear e se ocultar ele é mais que um gênio, e com suas viagens ele já procurou tumbas, escalou montanhas, mergulhou em poços profundos, então ficar calmo para ele é uma segunda natureza.

Até mesmo forjar ele já aprendeu, talismãs, mesmo que não adiante muita coisa nesse mundo ainda é interessante como é feito, algum alfabeto antigo utilizado em 'feitiços' ainda que não funcionasse, é uma coisa para se aprender, e sobre a forja, bem nunca se sabe quando vai precisar.

Mesmo que possa parecer louco ele pode conversar com os animais, mas a maioria das pessoas acha que ele é louco, mas por ser rico da herança de seus pais eles apenas ignoram ele.

O menino já viu muitas pessoas, ruins e boas, se é que existe esse termo para ele, certo ou errado, tudo depende do ponto de vista. Você pode salvar 1000 pessoas mas tem que matar 1, você mataria?

Se sim, e se essa pessoa fosse sua mãe ou pai, você mataria? Se a resposta for não para essa pergunta, e a pessoa que você mataria inicialmente para salvar 1000 pessoas fosse uma mãe ou um pai? Você ainda faria?

São perguntas que não dá para responder, por isso esse menino apenas faz o que ele quer, viajar, conhecer novos lugares, aprender novas culturas.

Em uma dessas viagens ele pegou uma doença não curável, e iria morrer após um ano, nesse um ano ele fez tudo o que se pode imaginar, até ir para o espaço ele foi e voltou, demorou 4 meses, mas para ele valeu a pena.

No final de sua morte, quando ele estava na calçada chuvosa, ele sorriu, pensando.

-´ Finalmente me sinto mais livre do que jamais fui, parece que meu corpo estava me prendendo, apesar que morrer não é tão ruim quanto falam, talvez eu vire uma nuvem no céu ` (Menino)

Enquanto ele falava sua consciência foi desaparecendo e havia uma luz que puxava ele.

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(Menino Pov)

Liberdade é uma coisa maravilhosa né, eu continuo sendo puxado para luz, esperando que ela possa me levar para onde eu devo ir, será que é o céu? Vazio ou sei lá, há muitas culturas dizendo o que acontece quando morre, eu finalmente vou a algum lugar que não explorei ainda, ou tomarei um chá e esquecerei tudo.

Será divertido, bem não sinto nenhum arrependimento, meus pais morreram cedo e nunca ligaram para mim mesmo. A luz me puxa cada vez mais forte, parece que a luz está cobrindo tudo que estava escuro.

Eu finalmente alcanço tudo da luz, mas porra que merda é essa? Dói para caralho, me deram um tapa na minha bunda ou eu acho que é ela, sei lá, existe corpo na morte?

Não consigo ver nada, coisas ligeiramente escuras parecendo sombras, dói muito, eu tento falar para pararem, mas da minha boca sai apenas grunhidos ou algo do tipo.

-´´ Wuuaaaaahh, Wuaah. `` (Baby)

Que isso eles cortaram algo de mim, não que eu veja, mas já senti algo cortando meu corpo antes no hospital, dói muito, eu não posso fazer nada, eu tento balançar meus braços ou 'falar', mas só sai esses grunhidos ou choros, é meio chato.

Novamente a escuridão toma conta da minha visão, eu tento lutar contra ele, vai que eu tenho que sentir a dor novamente, a escuridão fica mais perto, sinto como se tivesse querendo dormir, mas na morte há sono? Se tem dor, talvez tenha sono, aaaa vou apenas dormir, acho que irá ficar tudo bem.

Ouço pessoas gritando contra uma pessoa que está me segurando, acho que é uma mulher pela silhueta, as pessoas que eu vejo são apenas sombras, mas elas têm uma estranha orelha pontuda e o que parecem chifres curvados para trás saindo do topo de suas cabeças.

Não o chifre normal que sai da testa, mas sim do cabelo, no topo da cabeça, elas falam algo como se tivessem acusando a mulher que está me segurando de algo, ela tenta se defender, mas ninguém acredita nela.

Interessante, já vi pessoas incriminando as outras. A mulher que me segura parece que está chorando. Ei ei ei, chega de apontar sombras pontiagudas. A mulher começa a fugir, com que parece lagrimas nos olhos, enquanto me segura perto do seu peito, como se eu fosse cair ou qualquer coisa.

Merda eu ativei uma bandeira não??? Mesmo após alguns minutos ela não me deixou cair, então acho que não ativei uma bandeira, aquelas pessoas que apontaram para mim começam a desaparecer, parece que a velocidade que esta mulher corre não é brincadeira.

Ela fala algumas palavras para mim e tenta me 'confortar', eu acho? Apesar que não entendo nada, ela para de correr e passa na minha cabeça sua mão, eu acho meio estranho eu só consigo sentir quatro dedos, será que ela teve um acidente.

Bem não me importo com isso, e a escuridão está de volta, eu não lutei contra ela que nem a última vez, apenas aceitei, como não me machucou.

Olá acordei de novo, já parece de noite, e ela ainda continua me carregando perto de seu peito, começamos a passar por algo quente, muito quente por sinal, parecia lava, e acredite no que eu digo, estar em um vulcão ativo é aterrorizador, lindo, mas aterrorizador, muiiito quente, mesmo que só consiga ver sombras.

Ela me levanta um pouco e eu consigo ver através de seu ombro, não que eu consiga ver muito, mas dessa vez eu vejo algumas pedras com algumas runas que aprendi tentando fazer talismãs, elas brilham como a lua, que lindo, parece que o lugar após a morte não é ruim.

A mulher que me segura rapidamente passa pela zona de calor, ela chega ao outro lado, que parece que foi separado do resto do mundo, agora que ela olha diretamente para meus olhos, e eu olho para a cabeça dela, parece que ela também tem os dois chifres ligeiramente curvados.

Seu cabelo brilha como aquelas runas, e sua pele parece transparente, mesmo que eu não veja direito ainda eu consigo ver linhas roxos escuro, parecidas com dentes, saindo de debaixo de seus olhos seguindo uma linha parando quando chega na altura da boca, essa linha no começo é ligeiramente grossa, mas vai afinado até chegar na altura da boca, onde desaparece em uma ponta.

Ela novamente passa sua mão com o dedo faltando na minha cabeça, me dá um beijo na testa, e caminha tranquilamente para aquela parte que foi separada.

Quando ela passa dessa parte, parece que algo que estava sempre presente, se esconde, ou diminui sua quantidade, mas ainda lá, eu sinto 7 energias, sendo ela 3 do universo, 3 do mundo e 1 que é minha.

As outras 6 energias pareciam abundantes, agora estão diminuindo, e a energia que parecia ser interna está aumentando, parecendo que está expulsando as outras.

Bem estranho ter essas energias, bem também não é normal renascer, eu acho, então apenas vou deixar levar, algumas pessoas dizem poder ver espíritos, ou coisas desse tipo, então por que eu reclamaria se ganho um dom?

AAA que raiva, cortando meu pensamento essa escuridão voltou, para variar vou dormir mais, que saco, queria ver mais as outras coisas.

(Fim Pov)

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(Lacy Pov)

Eu finalmente vou dar à luz a minha filha, dói muito, mas ainda assim vale a pena, eu observo quando meu marido, um elfo do sol, um dos melhores em forjar por sinal, olha para mim com amor.

Eu sorrio quando finalmente a parteira pega minha bebê, ela dá pequenos tapas na bunda dela, ela olha como se estivesse com raiva, mas depois de mais alguns tapinhas ela chora, ou parece mais uma reclamação.

Ela é linda, depois de limpar o sangue dela, dá para ver o cabelo branco, e sua cor de pele pálida, puxando minha raça. Seus olhos são violetas, brilhantes, curiosos, inocentes, querendo capturar cada coisa com seus olhos.

Eu juro que irei proteger a inocência da minha filha, já que nessa vila todos matam, nenhuma exceção, nunca deixarem ela derramar uma gota de sangue.

Foi visto que ela tem 5 dedos, coisa que nenhum elfo tem, todos eles têm 4 dedos, além disso seus chifres são quase invisíveis, meu marido que uma vez olhou com amor, havia apenas ódio no lugar.

-´´ VOCÊ ME TRAIU COM UM HUMANOOOO`` (Jouji)

Eu tentei falar para ele que não o havia traído, mas ele apenas ignorava e continuava falando que eu era uma escoria, eu ainda tentando falar, mas até as parteiras me olhavam com desgosto e ódio.

Eu saí da sala, com os gritos de meu marido, se é que posso chama-lo assim agora, enquanto todos da vila haviam vindo ver meu parto, eu sou a melhor assassina da vila, claro que eles viriam ver meu parto.

Quando eu saí com o bebê, eles já haviam escutado os gritos de Jouji, o idiota, e me olhavam como se fosse lixo, eu nem tentei explicar dessa vez já que até meu marido me abandonou.

A maioria deles segurava uma adaga, arma padrão de elfos da lua, alguns arcos.

-´´ Passe o lixo para cá, e você poderá viver `` (Elfo aleatório 1)

-´´Isso mesmo passe a humana `` (Elfo aleatório 2)

Engraçado eu já havia ajudado tanto a vila, até mesmo as outras raças, e agora todos me olham com nojo, e esperam que eu passe milha filha para esses demônios. Sem noção nenhuma.

Eu tentei uma última vez explicar para eles, mas eles apenas falaram para passar a minha filha ou eu iria morrer, desistindo eu virei minhas costas e mesmo depois do parto eu ainda sou rápida o suficiente para fugir deles.

Aproveitando a luz da lua cheia, que onde os magos da lua chegam em seu pico, corri com toda a velocidade, conseguindo escapar dos membros da vila, e segurei minha filha como se não pudesse me separar dela por nenhum segundo.

A única chance que tenho de viver é atravessar a fronteira dos humanos, mesmo que eu tenha que me separar da magia eu nunca deixarei minha filha morrer por ter um dedo a mais ou ser diferente. E graças ao que a vila me ensinou eu sei como ficar escondida.

Como ainda é noite, eu passo pelo caminho que está brilhando pela luz da lua, no meio da lava, a noite só me dá vantagens, o trovão ainda não recomeçou a patrulha.

Eu havia feito uma missão a alguns anos atrás, e tenho uma cabana escondida no lado humano, é lá que eu vou morar, ninguém além de mim conhece esse lugar, eu levei a minha filha já dormindo para essa cabana.

Chegando lá, está empoeirado, bom, isso significa que ninguém achou esse lugar, eu ainda tenho alguns materiais para construir um berço para ela, eu aprendi algumas coisas sobre construir com meu ex-marido, babaca.

Como não pude ver como era a personalidade dele, eu deveria estar cega por amor, haha, tão decepcionante.

Eu deixo minha filha na minha cama, enrolada no pano que colocaram nela quando nasceu, que bom que estava limpo, antes de colocarem o pano eles tiraram o sangue dela.

Ainda sentindo as dores, depois de uma hora eu termino um berço improvisado, eu estou muito cansada depois de tudo, eu a coloco no berço e vou dormir, mesmo na poeira, não terá problemas certo?

Mas antes disso eu preciso dar um nome a ela, já que eu não quero o nome daquele idiota, hmmm, Ametista, irá ser o nome dela, uma pessoa calma, livre, feliz, com amigos verdadeiros, diferente dos meus, ela tranquilizará as pessoas, e ela trará calor para mim.

Dei um beijo nela e falei

-´´Boa noite meu anjo`` (Lacy)

(Fim Pov)

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(Ametista Pov)

Mesmo depois de acordar é chato, eu tento observar algo, mas apenas vejo sombras, a maioria imóveis, tento escutar alguma coisa, alguns 'animais' ou o que acho que é.

Parando para pensar se era para eu ter morrido, e não morri, eu renasci? Como pude ser tão burro, isso se encaixa perfeitamente, não poder falar, se mexer corretamente, até mesmo ver é difícil, a luz no túnel.

E ainda existem culturas que o renascimento é bem provável, mas eu não deveria beber um chá para esquecer ou algo do tipo? Não pode ser.

Meu Deus, eu sou um bebê, se eu realmente sou um bebê, a pessoa que me carregou todo esse tempo é minha mãe? Provavelmente, supondo que ela é minha mãe, quem é meu pai? Por que ela estava sendo acusada?

Pela distância que ela me carregou e velocidade, eu acho que ela estava fugindo, e como ela estava sendo acusada de alguma coisa, provavelmente ela está se escondendo agora, talvez eu não deva chorar.

Os perseguidores podem ainda estar tentando fazer algo com minha mãe, bem mesmo que não tenha memorias boas de família, quem irá me alimentar, me trocar e outras coisas similares.

Bem, estou com fome, será que é seguro, eu posso pedir para mamar, eu que tenho 22 anos vou ter que mamar? Não me importo muito, nas minhas viagens experimentei muitas coisas bizarras, acho que mamar não vai ser tão ruim assim.

Agora vendo o lugar onde eu estou parece um berço ou algo similar, bem agora que sou um bebê acho provável, estou supondo que eu já esteja seguro, mesmo assim vou choramingar baixinho apenas por segurança, nunca se sabe.

Começo a fazer alguns ruídos com a boca

-´´ UUUUUUU AAAHHHH `` (Ametista)

Eu continuo fazendo esses ruídos, e como ninguém vem, começo a aumentar o volume.

Parece que não tem ninguém, que saco, eu vou ter que ficar aqui olhando para as formas cinzas paradas, será que não tem algo que eu possa fazer?

Eu lembro que pessoas cegas na minha vida passada desenvolvem outros sentidos, será que eu consigo fazer isso também, 'ver pelos meus ouvidos'? Seria divertido ver o mundo por outra forma, pois eu só via o mundo pelos meus olhos, não custa tentar já que sou um bebê tenho tempo de sobra até alguém me dar comida.

Começo a me concentrar em escutar as coisas, sentir o calor, o vento fazendo ruídos, animais caminhando, até mesmo algumas folhas caindo no chão, é normal? Como de repente eu consigo escutar até mesmo uma folha que cai lá fora?

A cada respiração eu sinto a 'energia do vento' entrando pelos meus pulmões tudo conectado, parece que todo o mundo é um orbe com todas as 6 energias livres por aí. Ainda existe a sétima energia que apenas está em meu corpo.

Como eu sei que está lá fora? Não consigo explicar eu apenas sei, incrível não? É tão divertido sentir o vento batendo nas árvores, é refrescante como se eu que estivesse sentindo, as folhas balançando enquanto o vento continua fazendo seu caminho entre as árvores.

Uma nova forma de ver o mundo, e que as aparências definem a realidade, se uma ilusão é feita para você se sentir bem, com uma vida confortável, para você essa é a realidade. Assim como um filme que assisti A Origem onde no final ele percebe que mesmo que seja um sonho ou não, não importa, porque virou a realidade para ele.

É um sentimento incrível de liberdade, mais do que na minha vida passada, não existem grilhões que me prendem, regras nem nada, eu sou livre, verdadeiramente livre, eu me sinto uma nuvem despreocupada no céu.

Sinto uma das 7 energias que eu havia falado, me enchendo, e a cada respirada que eu dou, eu sinto um sentimento de alegria, calma, poder, liberdade. Tudo isso passando de uma só vez, parece que eu nasci com isso.

Finalmente eu cumpri um dos meus sonhos na minha vida anterior, liberdade, acho que é uma das coisas que mais valorizo na vida, ninguém pode tomar decisões por mim, eu sou eu, e ninguém dita o que eu sou.

O campo de vento que eu podia sentir ficou bem mais 'nítido', antes eu conseguia 'ver' o vento passando nas folhas, agora eu posso sentir a folha como se eu estivesse segurando ela, se eu posso segurar vamos tentar mover ela.

Caraca eu consigo fazer isso, é pouco, mas ainda assim eu sou o vento, hahahaha, seguindo minha analogia, se uma dessas 7 energias se conectou comigo, eu posso fazer mais se conectarem a mim?

Até mesmo agora eu sinto um calor muito aconchegante na luz que passa de uma janela. Este fio de luz está perto do canto do meu berço, que é cercado por o que eu acredito que seja madeira.

Eu tento me agarrar a alguma coisa para ir até a luz, mas meu corpo não me responde, que saco, começo a murmurar, habito ruim da minha vida passada, e a fome aumentando ainda mais, mesmo que eu consiga fazer ela diminuir com a 'energia do vento', ou algo do tipo.

Não sei como, mas a 'energia do vento' diminui minha fome, eu fiz isso inconscientemente, mas diminuiu, e enquanto eu estava murmurando, eu sinto o vento se mexer de maneira incomum, não me pergunte como o vento se mexe, eu apenas sei como é.

É como saber andar, correr ou mexer seus dedos, simplesmente você sabe, talvez você teve que aprender em algum momento de sua vida, mas ainda assim você não sabe como funciona, apenas sabe.

Estranho, eu acho que vai ter uma tempestade, mas estou distraído e nem percebo, que há alguém na porta, eu finalmente a percebo, e com a energia do vento eu posso confirmar algumas coisas.

Ela realmente tem dois chifres, quatro dedos em cada mão, cabelo curto, e alguma conexão com uma outra energia que não é a 'energia do vento'. Eu estou com o olho fechado, já que não preciso de olhos para 'enxergar'.

Ela não tem o mindinho em ambas as mãos, mas não parece ser cortado, ou arrancado, mas sim nascido sem ele. Assim como seus chifres ligeiramente curvados, falando em chifres eu também tenho um par deles, na mesma posição dessa mulher, porém é menor.

Eu consigo sentir uma energia diferente da 'energia do vento' marcado nas minhas bochechas, pela energia eu sinto um padrão de um triangulo apontado para o meio de minhas sobrancelhas.

Eles estão uma em cada lado da bochecha, um na direita e um na esquerda, eles são pequenos, parece que está energia é a mesma da tatuagem dessa mulher.

Bom Já que ela está aqui não custa nada pedir para comer, né. Vamos falar, eu não vejo problema em chorar, ou reclamar, mas se ela me alimentar sem eu precisar chorar não vejo o porquê.

Ela se aproxima e me dá um beijo na testa, eu me pergunto, ela gosta tanto assim de beijos? Se ela realmente for minha mãe, talvez eu possa beijar ela, para ela nunca me ignorar, como certos pais.

'Mãe' me puxa para um abraço e me força a mamar, não que eu reclame, estou com fome. Ela fica dizendo algumas coisas, mas eu nem me importo muito, estou com fome o bastante para ignorar.

Após comer, eu fico com sono, e ela me coloca em um canto do berço, que eu consigo sentir por causa da 'energia do vento', mas reclamo por que ela me deixou longe do feixe de luz, agora que tenho a oportunidade por que não?

Ela demora um pouco para entender onde quero chegar, mas me coloca na luz, mesmo que não cubra nem metade do meu corpo, é confortante, aproveitando o sono eu durmo.

(Fim Pov)

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(Lacy Pov)

Após acordar, eu lembro que preciso amamentar Ametista, é estranho fazer uma coisa que não é rotina, mas eu me espreguiço, e vou até o berço dela, eu vejo que ela está na mesma posição que a coloquei.

Nunca cuidei de um bebê antes, isso é normal? Bem acho que é, Ametista sente minha presença e tenta olhar em minha direção, estranho é para acontecer isso? Eu tenho tantas perguntas, mas eu não tenho respostas.

Tão decepcionante, agora eu não posso deixar de sentir raiva, lembrando do que aconteceu na noite passada, eu olho para os chifres de minha filha que cresceram bastante desde a última vez, e seus 5 dedos.

Agora que paro para pensar, vai ser raro minha filhar ter amigos, ela não será aceita pelos elfos, nem pelos humanos. Eu já ouvi de como os humanos falam dos elfos, monstros que comem carne humana entre outras coisas.

E os elfos discriminam os humanos mesmo sendo bem parecidos com eles, sei disso por que convivi muito tempo com os dois lados. Então quando eu estava perdida em pensamentos Ametista ela começa a fazer alguns sons como 'Wahh, weiii'.

Eu olho novamente para meu bebê, e dou um beijo da testa dela, realmente linda, e lembrando da minha tarefa que devo amamentar ela, eu puxo ela para meu abraço e começo a amamenta-la.

Eu penso em como ela pode sofrer preconceito e como uma forma de juramento a mim mesma eu falo.

-´´Eu irei te amar, sempre te proteger e nunca deixar ninguém machucar você de qualquer forma `` (Lucy)

Após alguns minutos ela para de mamar, e fica com sono, ou o que eu acho que é sono, e eu coloco ela no berço improvisado, mesmo não sendo o melhor lugar para colocar um bebê, nesse berço duro.

Eu coloco ela perto do canto do berço, mas ela faz aqueles sons, eu tento mudar a posição dela e não adianta muito, eu não entendo a linguagem dos bebês, e ainda por cima sou uma mãe de primeira viajem sem ajuda de ninguém.

Eu olho para onde a Ametista está olhando e vejo um feixe de luz, então lembro que o idiota pai dela é um elfo do sol, talvez ela possa apreciar a luz solar.

Eu a coloco lá e por incrível que pareça ela para de reclamar, e dorme feliz.

Pensando em comida eu também preciso comer, eu saio da cabana com um cantil, e olho para a floresta que contém uma flora e fauna abundantes. Eu procuro algo que eu possa comer e encontro frutinhas que em geral é usada para fazer uma poção que é usada para alimentar.

Eu também preciso pegar água, eu sei que há um rio perto da cabana e pego água, e logo volto para a cabana, vendo ainda Ametista dormindo enquanto estou sentada em uma cadeira perto do berço improvisado.

Não há muito o que fazer aqui sem meu bebê, talvez eu possa construir uma casa maior, ou treinar, nunca se sabe quando é preciso, além disso eu devo estar sendo perseguida por 'traição', sendo eles que me traíram, bastardos.

-´´haaaaaaa`` (Lacy)

Solto um grande suspiro pensando no que eu devo fazer para viver em paz, talvez eu deva coletar informações, mas não agora, ainda não, Ametista é pequena e precisa de meu cuidado.

Eu coleto algumas coisas para fazer um verdadeiro berço e uma cama, pois eu havia criado essa cabana apenas para dormir, e nas missões não era necessário muito conforto, na realidade era para eu ter dormido no chão, mas acho muito ruim, então eu construí esse lugar.

Começando a trabalhar no berço, primeiro eu preparo os materiais, madeira, lã (de alguns animais por perto, estava na época do calor, então eles nem vão sentir falta), entre outros.

Terminando de recolher os materiais, eu vejo que minha filha acordou, pois, a respiração dela está mais acelerada e não continua, mas continua com os olhos fechados, nessa hora já começou a escurecer.

Logo após eu me aproximar para pega-la, ela reclama, não como um choro, mas uma reclamação, eu tento amamentar ela, mas ela se recusa, e continua reclamando, eu me pergunto por que um bebê choraria se não fosse comer.

Após alguns segundos de pensamento, eu percebo que ela deve ter vontade de ir no banheiro, mas não é suposto um bebê não ter controle sobre isso, mesmo assim eu levanto ela segurando ela como uma princesa e levo ela no banheiro.

Eu coloco ela sentada, e fico segurando ela, e depois de alguns segundos eu escuto ela fazendo xixi. Depois de fazer suas necessidades, ela dá um sorriso e eu limpo ela.

É normal um bebê ser tão inteligente assim? Bem, não que eu me importe, eu a devolvo para o berço, após dar um banho nela, mas ela ainda continua com os olhos fechados, ela é cega? Mas não faz sentido eu já a vi com os olhos olhando para tudo.

Talvez na fuga eu possa ter machucado ela, pensando nesse ponto não posso deixar de me sentir mal, eu machuquei minha própria filha, quando começo a ficar mais triste, minha filha resmunga novamente, eu olho para ela com remorso e tristeza.

Mas quando olho mais atentamente eu vejo ela com os olhos roxos abertos novamente, parecem pedras preciosas assim como o nome dela, eu puxo ela para meu colo novamente e dou um abraço nela, pois ela está bem, sem nenhum problema, que alivio.

Ela dorme após alguns minutos no meu abraço, eu acho que não há problema se ela dormir comigo essa noite na minha cama.

(Fim Pov)

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(Ametista Pov)

Após acordar eu fiquei pensando na minha nova vida, é interessante, há outras coisas para se fazer, ter uma 'mãe', essas energias, etc. Enquanto eu estava perdido nesses pensamentos, eu sinto vontade de fazer xixi, que saco.

Bem eu acho que não consigo controlar esse impulso por muito tempo, eu vejo que minha 'mãe' está lá parada me olhando, então eu resmungo para ela, como 'Wahh, Weii', mas como 'Wuuu, Wooo', para indicar que não é comida.

Ela não entende, bem quem entenderia? Então não tento mamar, mas continuo reclamando, ela tenta pensar, e chega em uma conclusão, eu espero que seja o que eu quero. Eu sinto ela indo para uma casinha separada, é bem pequena mas acho que é o banheiro.

Mesmo se não for, acho que não aguento mais, então ela me segura um pouco mais longe de seu corpo, bem não aguento mais e começo a fazer xixi, finalmente me sentindo alivio, eu dou um sorriso.

Ela me leva para o quarto de novo, após me dar um banho, e me coloca no berço. Fica olhando para mim por alguns minutos como se tivesse pensando em algo, e quanto mais tempo ela pensa, mais ela parece ficar triste.

Eu me pergunto o porquê, cada vez ela fica mais triste quase chorando, falando em chorar será que eu já consigo ver cores, não apenas sombras? Vamos ver. Eu abro meu olho e fico olhando atentamente para a 'mãe', tento ficar focando nela, mas ainda só vejo sombras, que saco, bem é uma melhoria já que consigo ver mais tons de cores que antes.

Então após eu olhar para ela, ela me puxa para um abraço um pouco apertado demais para o meu gosto, mas fazer o que? Ela também gosta de abraços? Nada contra.

Esse abraço é quentinho, e confortável, e a escuridão vem novamente, aaaaaa, será que não posso ficar acordado. Eu sinto ela me colocando na mesma cama que ela, pois eu ainda estava em seu abraço, e no meu berço não tem espaço para ela.

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