1 Prólogo

Uma figura misteriosa estava flutuando nos céus, entre as nuvens brancas que cobriam a visão de tudo que estava abaixo delas, mas não de cima, onde podia-se ver um belo céu azul, com uma estonteante aurora boreal dançando por toda sua extensão. A figura era um alto ancião, que estava com seus olhos fechados enquanto permanecia imóvel, de braços cruzados como se esperasse por algo.

Então, uma leve brisa levantou seus lisos cabelos grisalhos e sua barba, junto de suas vestes brancas que cobriam quase que todo seu corpo, a não ser por um cinto dourado que usava na sua cintura mantendo todo o conjunto unido. Seus olhos lentamente se abriram ,revelando suas íris castanhas que combinavam com sua pele levemente bronzeada. Seus braços se descruzaram e o homem lentamente olhou para baixo, com uma séria expressão. Tão séria que se assemelhava a um soldado recebendo a mais importante ordem da sua vida, no meio duma situação extrema.

O ancião finalmente quebrou o silêncio:

- Estes quatro finalmente chegaram. Eles irão viver. Irão sofrer como humanos. Irão sentir alegria como humanos. Eles irão experimentar tudo que é viver neste mundo. Eu posso sentir. Eles serão o vetor de mudança para tudo até agora. Eu queria ver como antes, mas agora só consigo enxergar um futuro sombrio.

O homem sorriu.

- Ainda assim todas as coisas estão seguindo o seu caminho como deveriam. Irei observá-los assim como a todos, e verei como vocês quatro, os Celestiais do Apocalipse, escreverão sua própria vida. A caneta foi dada para vocês, então e hora de começar. É hora de começarem a escrever!

E então, um novo século teve início.

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