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O renascimento em Resident Evil

Um homem militar das forças especiais morreu devido a uma traição e caiu no mundo de resident evil ..... essa não é uma estória comum e muito menos um fanfic legalzinha, ela conta um drama de um humano tentando sobreviver em meio ao desespero e caos, sem sistema ou harem, apenas a fria realidade e suas memórias da vida passada, ele só pode contar consigo mesmo para sobreviver ..... Note: This story deals with heavy themes and doesn't have egg drooling, so don't expect a stupid and juvenile fanfic full of romance.

Survive02 · Fantasy
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Capítulo 19: Um encontro predestinado

Um rastro de sangue varreu o chão de um laboratório cientifico exótico, pois não havia de fato nenhum instrumento a vista, apenas balcões de cor branca, sem nenhum instrumento a vista, o rastro porém era de no máximo gotas no chão, vindas de um homem loiro vestido com uma roupa tática preta, que estava enfaixando o braço de onde escorria o sangue, se fosse um humano comum ..... era claro que ele teria morrido pela falta de sangue, sem sombra de dúvidas, isso era o senso comum, certo? Pois mesmo sendo gotas, o rastro parecia extremamente longo .....

O problema é que esse homem não era um qualquer, muito menos alguém lamentável de ser ver, ele era um assassino cruel que matou diversos inocentes apenas pela busca de poder .... ele também tem a identidade de bom samaritano, ele finge que tem sentimentos e que se importa com os outros, ele finge tão bem que até hoje ..... ninguém sabia que como ele era de verdade, mas é só um ato desse excelente ator, em uma peça onde a plateia que o assiste é feita de palhaços não trajados como tal, e sim o homem é ninguém menos que Albert Wesker.

Enquanto ele enfaixava o braço que ainda tinha seu sangue escorrendo por ele, seu pensamento vagou em todo o trajeto, felizmente para ele o mesmo tinha conhecimento de um atalho onde teriam um ambiente com bandagens e medicamentos para cobrir o seu braço ferido, mesmo que tenha rastros com pequenas gotas pelo chão ocasionalmente que podem levar diretamente a ele, ninguém vai conseguir chegar até ele pois existem duas senhas secretas até onde sua presença se encontra, e como só ele sabe as respostas ele não tem qualquer medo de mais alguém vir nesse momento de fraqueza.

Então ele nem liga muito para seu arredor, sem zumbis ou outros humanos, ele não tem muito com que se preocupar .... além de Chris e aquele bostinha que ferrou com seu braço, Albert se via como um real deus ..... contudo, agora ele estava sangrando profundamente igual a um humano qualquer, e por consequência ele teve que fugir igual um covarde ..... correndo igual um ... animal ... foi humilhante para o ego dele, ele se sentiu sendo pisado ... ele .... praticamente um deus, foi pisado e humilhado, o desrespeito foi pela tamanha afronta a sua pessoa ou melhor a deus!

( Como aquele bosta ousa .... como ele ..... como ... a fúria de um deus vai cair nele.) Albert planejava matar aquele pirralho da forma mais cruel que podia, com torturas extremas e até deixa-lo morrer de fome, até matar toda sua família esfaqueada caso tivesse uma.

Uma morte fácil seria ter misericórdia demais ..... aquele garoto devia sofrer ..... e devia sofrer ... durante dias e noites inteiras .... eu vou .... esmagar tudo que ele ama bem na frente dele ...

Enquanto Albert cai na ilusão de que era um deus inalcançável e perfeito, que estava apenas na busca por sua justiça celestial ou baboseiras semelhantes, seu telefone em estilo tijolão tocou com um som alto de sino, ele prontamente o pegou da mesa, onde o tinha colocado temporariamente, era um telefone muito semelhante ao que Freddie havia entregado a Derek, sendo um via satélite que funciona até em áreas rurais e não deixa rastros, Albert então atendeu:

-" Quem esta me interrompendo?" Sua voz estava cheia de raiva e ódio, nublando seu pensamento para a única pessoa que também tinha um telefone igual ele.

-" Hohoho vai com calma .... Wesker." Uma voz um tanto quanto sedutora passou pelos altos falantes daquele telefone via satélite.

Wesker se acalmou no mesmo instante ao ouvir aquela voz e em seguida expressou com a voz profunda, esquecendo sua histeria anterior:

-" É você ..... o que quer Lisa? O plano já não foi revisado diversas vezes? Aquele gordo do Brian fez alguma cagada? Você silenciou ele?" Albert expressava suas preocupações com essas várias perguntas.

-" Não ..... ele não fez nada, além de fazer um belo teatro, sobre como achou pistas fundamentais sobre o paradeiro da filhinha amada do prefeito e aquelas besteiras de policial justo .... nesse momento já estão bolando planos para chegar até ela."

-" Então porque está me ligando? Descobriu alguma informação sobre Rebecca Chambers?" Nesse momento o tom de voz de Albert demonstrou um certo grau de interesse, algo notado por Lisa.

-" Nada sobre isso .... acho bem estranho você tendo tanto tesão por uma .... jovem tão nova, controle seu pau chefe haha." Lisa zombou levemente de seu chefe pelo seu crescente interesse em Rebecca, ela fez isso pois sabia que ele não ligaria nem um pouco para a zombaria dela, pelo menos quando se trata de Rebecca.

-" ... Você é uma humana inferiora .... não entenderia uma palavra se eu ousasse tentar explicar ..... e sei bem que ela não quer minha cria ... mas quem disse que eu ligo para o consentimento dela? Nem que seja a força, ela vai ter um bebê meu!" Wesker falava em um tom muito calmo, calmo demais para uma pessoa que praticamente afirmou que abusaria de outra apenas porque podia.

Wesker era esse tipo de homem, ele teria o que desejava sem medo de usar a força, e ele desejava muito Rebecca, não só por sua beleza estonteante, mas também ... porque ele pensou em sua voz e achou que ela devia gemer bem com ela .... ele também tinha conseguido um pouco do Dna dela e percebeu que era mais "puro" que o resto das pessoas que ele tinha visto, ele é um doente em todos os sentidos, alguém podre digno de nojo e rancor, um eugenista sem cura para a loucura que assola sua pobre mente.

-" Você é nojento ... mas, o cerne da questão envolve aquela tal da Elza Walker .... parece que o maldito Brian acabou deixando vazar para um público restrito alguns poucos detalhes há algum tempo, isso alertou alguns repórteres e aparentemente ..... para ele zombar dela, ele mesmo mostrou sobre o que sabia mais do local onde Katherine esta, ela viu certas inconsistências nas "descobertas" desse maldito e ficou bem alerta .... felizmente até o momento, ninguém leva a sério o que ela diz ... isso pode nos envolver, devo silencia-la?"

-" ... Apenas apague nossos rastros, nossa parte já foi cumprida ... deixa essa Elza viver mais um pouco, mata-la pode apenas nos expor ... E sobre aquele maldito gordo .... deixa ele se fuder e pegar todas as suspeitas para ele mesmo, isso não nos envolve mais." Albert pensou racionalmente, ele não era estúpido em matar todo mundo que entra em seu caminho sem nem saber, apesar de muitas vezes querer.

-" Ok chefe ....." Ela falou em um tom claro, que deixava um espaço aberto para perguntas posteriores que ela tinha.

-" Expresse suas dúvidas logo, não tenho interesse em seu silêncio lotado de incertezas e questionamentos." Albert cuspiu com rancor e impaciência.

-" .... Para que precisamos daquele Brian com a seita dos los iluminados?? E para que precisamos de Ada Wong? Aquela maldita-"

-" Está duvidando de meu plano? É isso mesmo que estou ouvindo?" Albert falou em tom neutro, o que arrepiou a espinha de Lisa e a fez sentir calafrios.

-" N-não eu-"

-" Eu confio em você Lisa, sei que você não iria me trair .... no entanto, entenda seus limites, sou eu quem mando e não você .... estamos entendidos?" A voz de Wesker continuava neutra, assustando ainda mais Lisa.

-" S-sim .... chefe." Então o telefone por parte de Lisa foi desligado.

( Até meu subordinado está me esnobando ..... será que estou sendo precipitado? .... acho que foi um erro tentar matar Redfield tão cedo ... a pressa está me cegando .....) Wesker pensou profundamente em muito tempo, foi apenas vendo seu jeito de agir que ele poderia melhorar e se tornar mais próximo da imagem que ele se imagina ser.

Wesker observou o braço enfaixado, ele tinha sido acertado bem no osso do rádio no antebraço, tal braço seria inútil durante algumas horas, mas se ele já estivesse morto, quando o vírus o ressuscitasse, o poder de regeneração faria com que poucos minutos já fossem suficientes para ele se curar.

Ele suspirou devido a perceber que foi um erro próprio de planejamento, seu ego neste mundo poderia ser mais alto se comparado aos jogos, mas sua inteligência era igualmente maior, ele reconhecia quando era seu erro, e nesse momento ele tinha certeza que tinha falhado em seu plano.

Com uma nova luz em seu caminho, ele caminhou em frente sem olhar para trás, ele confiava que Barry não deixaria Chris se aproximar de Jill, já que ele tinha tido a pouco uma palavrinha com ele, então ele tinha plena certeza do fato que ela não descobriria tão cedo, Albert então seguiu em frente sem preocupações, em poucas horas seu plano seria finalizado de forma espetacular.

Ele ainda tinha seu complexo de deus, todavia ele estava caminhando para realmente se tornar a pessoa com a maior força, inteligência e riqueza do mundo inteiro ...

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Uma criatura cega cravava suas longas garras no chão sujo de uma sala com piso branco que estava lotado de sangue em sua maior parte, a criatura tinha um corpo quadrúpede e não tinha pele alguma, revelando apenas músculos avermelhados fortemente entrelaçados, com seus dentes afiados e sua língua longa e pontuda, ele prosseguia reto e firme no momento em que cravava as garras no chão, aparentando não ter um rumo específico, sendo inconstante em seu caminhar.

Tal criatura era claramente um licker, um inimigo consolidado e muito icônico na historia de resident evil, Porém nesse momento, era o inicio da história ainda, ou seja, quase ninguém conhecia eles, nem mesmo os protagonistas consagrados das estórias dos jogos ....

E a Jill nesse momento era uma dessas pessoas, ela apontou a lanterna para a criatura e ficou em choque, ela quase descarregou o pente naquela coisa feia só de avista-la, só que ela parou ao perceber a falta de olhos da criatura, com uma especulação arriscada ela pensou que a criatura fosse cega.

Alguns pensariam que não precisava somar 1+1 para saber a resposta, infelizmente ela não sabia sobre as armas biológicas e o que elas poderiam fazer, ela pensava também que poderia ser bruxaria, mas duvida fortemente desta hipótese devido ao seu alto grau de conhecimento, e felizmente ela não disparou nenhuma bala, então a coisa não sabia ainda da presença de Jill, pelo menos por enquanto.

O cômodo onde ela estava, era uma espécie de laboratório misturado com escritório, pois apesar de ter as características de mesas longas brancas, não havia nenhum instrumento científico usado em pesquisas, apenas alguns papéis e canetas espalhados aleatoriamente, com o chão tendo um piso branco, uma das coisas mais próximas de um laboratório naquela sala, era alguns recipientes de vidro em cima de algumas mesas, onde a maioria estava vazio, com alguns possuindo um fluido desconhecido.

Nada tinha muita ênfase naquelas mesas bagunçadas, tinha apenas um grande destaque que foi uma maleta algemada a um corpo de um homem, esse homem usava um terno de aparência cara, e seu rosto estava para dentro da mala, que por sinal estava aberta, seu corpo estava jogado sobre a maleta sem apresentar sinal algum de vida, ele tinha um grande rasgo de garra pertinente em suas largas costas, revelando carne, músculos e até um pouco dos ossos.

( Tem uma maleta naquela mesa ..... será que as chaves para aquela porta estão ali? ..... não, é muito arriscado-)

Enquanto a famosa protagonista dos jogos pesava os prós e contras de verificar uma mala duvidosa que poderia ser um risco desnecessário, pois não era certeza de ter as ditas joias lá, a mesma foi interrompida por um som fino de sino junto a gotas d'agua caindo do teto, era como se estivesse ocorrendo um incêndio naquela sala, mesmo ela não vendo nenhuma fumaça que indicasse fogo.

( O que raios aconteceu?) Ela ficou com receio de estar em uma sala pegando fogo, então ela olhou em sua volta para todos os lados, por fim ela não encontrou a fonte do que causou a abertura dos sprinkler, não havia fogo e muito menos fumaça visível pela sala escura.

Jill viu aquela criatura mortal ficar louca e tentar atacar os sinos finos, que se mostraram mais resistentes que ela esperava, ela estava com receio de ir até o homem antes, todavia com o barulho distraindo aquela criatura ela pensou em aproveitar e derrubar aquele homem com a maleta, e foi isso que ela tentou fazer.

Correndo sem tentar esconder a presença, ela chegou facilmente no homem e removeu a algema frouxa dele rapidamente, só que antes de ver o interior da maleta ..... ela empurrou aquele cadáver que tampava a visão, levando ele diretamente para o chão, quando o homem morto caiu no piso frio e sujo de sangue, ele fez um baque alto ... o sino já tinha parado e a agua também, ou seja, estava tudo silencioso novamente ... se não fosse pelas garras sendo cravadas no piso.

Então uma coisa fina e pontuda voou da boca daquele Licker, e atingiu em cheio o pescoço do morto, mesmo estando morto aquilo pulou até ele e começou a rasga-lo implacavelmente, aquilo dilacerou e desmembrou aquele homem sem qualquer piedade, Jill viu essa cena, com respingos de sangue um pouco escuros caindo em seu rosto, ainda que ela estivesse com medo, ela segurou o grito de terror entalado em sua garganta, ela não podia e nem devia gritar em um momento como aquele.

Mesmo como policial é difícil aguentar não gritar quando uma coisa que aparenta ser de outro mundo, desmembra um cadáver na sua frente, de uma forma tão selvagem e animalesca, isso mostrou grande resiliência para Jill que antes estava apavorada e congelava em momentos que não devia, e isso foi a apenas 1 hora atrás.

Seu corpo tremia como se ela estivesse sem roupa no meio do polo norte, seus dentes não batiam pois o Licker poderia ouvir, então ela se segurou muito para não fazer nenhum som que alertasse a criatura, depois do Licker desmembrar o morto de forma implacável, ele ficou mais calmo e seguiu em frente, como se não tivesse feito nada de anormal, aquilo era de fato a maquina de matar quase perfeita, já que aparentemente alguém conseguiu arrancar um membro daquela coisa.

Jill percebeu que o monstro ia bater em sua perna direita enquanto caminhava tranquilamente, e por reflexo ela a levantou e ficou com ele em uma pose que lembrava a de uma bailarina, quando o Licker finalmente passou ela pode relaxar e focar na maleta, agora um pouquinho mais calma, no seu conteúdo havia ..... 5 pedras de cores diferentes, pedras essas que tinham um formato muito semelhante ao buraco daquela porta, as cores eram azul, vermelha, amarela, verde e ..... faltava uma na maleta, tinha um espaço com um buraco faltando.

( O que?? Mas ..... não devia só ter cores primárias? Onde esta a ultima pedra-) Ela então olhou para o Licker com uma mal pressentimento, e isso se confirmou, pois em sua parte traseira tinha uma pedra laranja achatada em seu corpo, como se tivesse sido cravado nele.

( Como? ..... isso é piada? Logo naquilo??) Jill tentou de todas as formas possíveis evitar aquele monstro, só que agora parecia ter sido inútil sua tentativa de se esconder, ela tinha que matar aquela coisa para pegar a joia.

Com um suspiro surdo, ela pensou em uma estratégia para matar aquela coisa, de inicio ela descartou atirar nele, mesmo com o cérebro exposto de forma visível, talvez não fosse a fraqueza, e depois de ver a forma que ela lidou com o cadáver ... ela tinha medo de não ser uma fraqueza e a própria Jill virar um cadáver desmembrado.

Então ela virou ao redor com sua cabeça e analisou em sua volta, além de papéis inúteis e canetas aleatórias, ela viu um daqueles instrumentos de vidro, um balão de destilação, e um deles que continha um liquido desconhecido, um pensamento surgiu na cabeça de Jill, e então ela pegou o recipiente, e jogou uma caneta dentro do mesmo ..... que em pouco tempo se desfez.

( Ácido!) Jill quase deu uma risada, no entanto ela se conteve e virou em direção ao licker, ela tinha que matar a criatura sem dissolver a pedra, uma tarefa um tanto arriscada, só que ela precisava correr tal risco, ela também sabia dos riscos do ácido vazar no ar, mas um ácido tão poderoso assim tem uma alta densidade, então desde que ela não fique no chão ..... tudo ficaria bem ... talvez.

Com uma mira digna de atleta das olimpíadas ela ... errou a cabeça do licker e acertou em cheio na perna direita da criatura, que grunhiu de dor alto, sua perna visivelmente desmanchou em sangue viscoso e escorreu pelo chão frio, em pouco tempo até os ossos erodiram e a criatura perdeu um membro inteiro com aquele ácido extremamente potente.

A criatura virou a cabeça em direção a Jill, com sua língua asquerosa, nojenta e pontuda saindo de pouco em pouco de sua boca, como uma serpente dançando para um flautista, e em seguida virou com tudo para atacar ela.

( Merda!) Jill praguejou enquanto mirava para atirar naquele licker, agora não se preocupando mais com os barulhos que fazia.