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O renascimento em Resident Evil

Um homem militar das forças especiais morreu devido a uma traição e caiu no mundo de resident evil ..... essa não é uma estória comum e muito menos um fanfic legalzinha, ela conta um drama de um humano tentando sobreviver em meio ao desespero e caos, sem sistema ou harem, apenas a fria realidade e suas memórias da vida passada, ele só pode contar consigo mesmo para sobreviver ..... Note: This story deals with heavy themes and doesn't have egg drooling, so don't expect a stupid and juvenile fanfic full of romance.

Survive02 · Fantasy
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24 Chs

Capítulo 14: "Jill sandwich"

Os passos de uma bota militar ecoavam por uma sala com nada além de um tapete chique, e um pessoa determinada, com sua pistola pronta para abrir fogo, a pessoa vagava atenta a qualquer anormalidade, mesmo que o som de eco da sala entregasse caso alguém ou algo estivesse se aproximando.

Essa pessoa não era ninguém menos que Jill que explorava sozinha as poucas salas desconhecidas por ela, isso foi feito pouco após se separar de Barry, que falou que ia levar as crianças para Joseph "cuidar" delas, pois os dois estavam ocupados demais sequer para cuidar de si mesmos, imagina de outros? Então foi a escolha mais sensata que eles podiam fazer no momento.

( Mais um lugar completamente vazio ..... o que esta pegando aqui?) Seus pensamentos vagavam enquanto ela saia da sala totalmente atenta, uma coisa que ela esperava ser difícil a apenas uns 20 minutos atrás.

( Agora devo esperar Barry, logo mais ele deve voltar e podemos seguir em frente.)

Jill estava agora parada em frente a porta que Freddie teve muita dificuldade para abrir, uma coisa que ela, a mestra das fechaduras, conseguiu com certa facilidade, isso só ocorreu porque primeiro, Freddie não é um real especialista nisso, no máximo ele é decente para fazer tal coisa, e segundo a Jill é literalmente treinada pelos melhores nesse campo, enquanto Freddie aprendeu tem menos de 1 ano, muito atrás de Jill que tem mais de 4 anos de experiência nessa área.

Então o resultado já estava definido antes mesmo de começar, Voltando ao presente, Jill começou a ficar um pouco impaciente, ela olhava para aquele salão de jantar com uma expressão estranha, não era devido a enorme mesa de madeira de aparência cara, ou as exageradas cadeiras esculpidas em formas semelhante a animais a segurando, e sim uma certa lembrança de pouco tempo atrás, foi a memória de quando foi salva por Barry, depois de ela fugir do zumbi devido ao seu medo.

( Eu fui muito patética ..... que ridículo!) Jill zombava de si mesma, comparando-se com uma covarde com medo de tudo.

Enquanto ficava furiosa consigo mesma mentalmente, Barry finalmente tinha voltado e agora sozinho, seu rosto e expressão corporal estavam ..... suspeitos? Ele estava mais tenso e nervoso que devia, algo deve ter acontecido no caminho .....

-" Barry? Aconteceu alguma coisa?" Jill tinha uma expressão de preocupação.

O rosto de Barry ficou branco e seu corpo tremeu levemente, ele ficou mudo por alguns segundos, até uma voz tremida sair de seus lábios pálidos:

-" N-não houve nada, foi apenas .... um monstro novo, sim um monstro novo!" Barry tentava afirmar suas frases, como se tivesse cometido um crime imperdoável, ele claramente não estava agindo normalmente.

-" ..... Ok, se nada deu errado .... vamos continuar?" Jill fingiu não notar a estranheza em Barry.

-" Sim ..... vamos." Barry avançou junto a Jill pela porta, enquanto sua mente se enchia com as cenas antes presenciadas por ele, cenas essas que o assombrariam durante muito tempo ...

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Alguns minutos antes

Bang!

Um som alto batia pelas paredes, então uma fumaça saiu do cano de uma arma, a fumaça era branca como a neve e quente como a lava, ela subia como uma cobra e tinha a letalidade semelhante, se não mais que uma simples cobra, a fumaça saia do cano de uma arma segurada por um homem, um homem loiro que estava com o braço direito bem vermelho, como se estivesse pintado dele, esse homem ofegava um pouco, mesmo assim ele não mudou de expressão ao matar alguém repentinamente, mesmo não sendo possível ver seu olhos graças aos óculos escuros que tampavam tudo, sim era aquele homem.

-" Max!!!" Vanessa dizia enquanto se ajoelhava e tentava chacoalhar o corpo morto de seu amigo.

Max tinha tomado um tiro bem na bochecha direita, que atravessou um pouco de seu cérebro, mas só isso já foi o suficiente para ceifar sua curta vida.

Barry decisivamente sacou a arma e apontou para Wesker, que parecia bem machucado com um buraco em seu braço, provavelmente de um tiro que ele tinha sofrido, já que ele segurava a arma com a mão esquerda.

Wesker olhou friamente para Max e então olhou para Barry, mantendo a expressão fria ele alegou:

-" Que porra você esta fazendo com essas crianças? .... E porque esta apontando essa arma para mim? Devo considerar isso como ... rebelião?"

Vanessa continuou a gritar e chacoalhar o corpo de seu amigo, claramente não houve resposta, pois ele já estava morto, ainda assim ela continuava a repetir essa ação, como se um milagre fosse acontecer devido a repetição de suas ações.

Barry percebendo que isso poderia ameaçar a vida de sua esposa e filhas, relutantemente abaixou sua arma e olhou diretamente para Wesker.

Wesker ficou enojado com o alto barulho, então apontou a arma para Vanessa, e quando seu dedo tocou o gatilho, Barry foi para a frente da arma e gritou:

-" Não Wesker!!! Ela não sabe de nada! Ela é apenas uma criança!" Barry estava bem desesperado e não queria que mais uma vida fosse ceifada.

Wesker zombou descaradamente e falou com claro desdém:

-" Eu tenho seus familiares como reféns .... que direito você tem de negociar? Além de que ... não ligo se ela sabe ou não, ela está sendo um incomodo com esse grito, então apenas saia da frente, pois eu não vou mudar de ideia." Wesker falava com enorme arrogância.

Vendo que Barry não se movia nem um pouco, Wesker gritou:

-" .... Agora sai da porra da frente, cansei dos gritos dessa animal imunda!"

Barry mesmo nervoso, não temeu levar um tiro, pois ele sabia que quando foi forçado a fazer parte desse plano hediondo, sua utilidade era maior que os dos demais, então ele tinha confiança que não morreria pela arma de Wesker.

Percebendo os pensamentos de Barry, Wesker então falou com tom de raiva:

-" Se não sair da merda da minha frente ..... quem vai tomar um tiro não vai ser ela .... e sim a Porra da sua filha! Quero ver você não chorar quando ver a poça de sangue e o cadáver morto da Moira! Depois dela vai ser a sua amada esposa, Kathy e para completar a sua filha mais nova a Polly!"

Wesker dizia de forma fria, como se a vida de pessoas não fosse nada em sua visão, e realmente não era.

Barry estremeceu nesse momento, Moira era a mais velha entre suas duas filhas, pensar em ver seu corpo morto esparramado no chão com uma grande poça de sangue em sua volta, ao lado de Polly e sua esposa, Kathy, foi perturbador para a sua saúde mental e fez ele fazer uma decisão ..... suas lindas filhinhas, e sua amada esposa, todas que tem uma longa vida pela frente, pessoas que ele ama e cuida com carinho .... ou essa guria totalmente desconhecida por quem ele não tem nenhum afeto e é apenas uma reles civil, alguém que vai morrer porque não conseguiu controlar as emoções ..... só podia ser uma escolha para ele ...

Barry saiu da frente de cabeça baixa com um semblante sombrio, mostrando relutância visível, Wesker sequer se incomodou, ele tinha saído da frente, e agora Wesker tinha visão para atirar na garota, e sem mais ele atirou no pescoço dela, Vanessa foi pega de surpresa com o tiro, com ele veio a dor e a perda de sangue, instintivamente ela tentou segurar a garganta com força, tal esforço foi inútil e ela percebeu que agora estava morrendo rapidamente, ela acabou avistando Barry e suplicou para ele, que olhou apenas por um momento para ela, depois virou a cabeça com tudo e tentou ignorar ela com seus murmúrios incompreensíveis.

Ela entrou em desespero, perdendo muito sangue ela tentou fazer o que podia, tentou falar qualquer coisa, infelizmente o sangue impedia suas palavras de ir para o ar, suas mãos estavam ocupadas na garganta, seus pés se debatiam no chão, suas opções tinham acabado, no fim tudo que ela fez foi inútil, ninguém se moveu por ela, ela ainda tentou clamar a seu assassino que nem moveu um músculo por ela, Vanessa nesse momento começou a chorar inconscientemente, ela era apenas uma garota normal que queria se divertir com seus amigos na "mansão mal-assombrada", quem diria que aqui seria assim, se perder de seus amigos, ver um amigo morrer em sua frente e ter um triste fim?

Era com lágrimas saindo de seus olhos, que ela lentamente perdeu a consciência, tudo estava ficando preto, ela sabia que quando ficasse inconsciente, ela não iria mais acordar, logo mais seria seu fim, ela se consolou pensando que pelo menos ..... visitaria novamente seu amigo, só que agora no céu .... ela ficou triste pois seus pais iriam no funeral dela ... e com pensamentos de consolo e tristeza ... até enfim ... ela morrer por falta de sangue, esse foi seu fim abrupto, morta por um assassino psicopata maldito, um homem sem qualquer pudor pela vida humana, um doente com síndrome de deus, o homem chamado de Albert Wesker.

-" Enfim o silencio que tanto queria ....." Wesker disse com a maior naturalidade, nem parecia que ele tinha acabado de matar duas crianças inocentes.

Barry ficou em choque, mesmo anos servindo como policial da Swatt ou como Stars, ele nunca pensou que presenciaria uma cena como essa, ele tinha indiretamente matado essa criança, ele que anos atrás prometeu proteger a todos dos criminosos, deixou um matar uma criança na sua frente, uma dor em seu peito foi sentida, uma dor corrosiva de culpa sem fim, como em um ciclo infinito, sua mente ficou mais pesada e a dor era imensa, mesmo assim ele tentou se consolar pensando que era por sua família .... sim por sua amada família ....

Wesker nem ligou para o estado de Barry e apenas pensou em uma coisa ao ver o corpo daqueles adolescentes, chegando perto dos dois, ele pegou o cadáver de Vanessa e colocou em cima do garoto, então chamou a atenção de Barry como se ele fosse um cachorro fiel ao seu dono.

-" Barry ... olha, um sanduiche de cadáver ..... é isso que vai acontecer com sua família caso não me obedeça!" Wesker falou em tom de raiva.

Barry apenas engoliu em seco e não retrucou, vendo isso Wesker assentiu silenciosamente e enfim falou:

-" Eu vim dizer que Chris descobriu que sou um traidor, um merdinha atirou em mim e por isso estou sangrando um pouco, seu disfarce ainda não caiu ... então mate Chris quando for o momento certo ..... sobre o merdinha ..... deixa que eu cuido dele, entendido?" Barry novamente balançou a cabeça em resposta a Wesker que seguiu em frente, sem olhar para trás.

Pelo seu caminhar estava claro que ele procurava algo, Barry ficou triste e com raiva, ele levantou a pistola e mirou nas costas de Wesker .... todavia ele fraquejou, perder sua família seria pior que a morte, e ele não podia arriscar isso, Wesker tinha todo um conglomerado e ele .... só tinha os seus amigos da Stars ... amigos que ele optou por trair em troca da segurança da sua família ... ele era patético .....

Barry olhou vagarosamente para os dois cadáveres, Vanessa tinha um rosto de dor e angustia, Max tinha um rosto limpo, ele morreu sem saber que tinha morrido, Barry se culpou pela morte dos dois, mas ele ainda tinha algo a cumprir ... quando ele tiver sua família novamente ... ele mataria Albert Wesker!

Com um semblante um tanto chocado, ele se acalmou da melhor forma que conseguia e seguiu de volta a Jill, mesmo que seu corpo ainda estivesse anormal e seus músculos faciais denunciassem isso ...

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Barry aos poucos estava ficando mais normal, seu coração começou a se acalmar e sua dor de culpa foi virando algo semelhante a um fogo de justiça, como ainda estava meio distraído ele não notou muito o corredor que tinham entrado, sendo sincero toda essa mansão era uma junção anormal de extensos corredores, todos muito semelhantes entre si, então era difícil alguém olhar cada pequeno detalhe de cada um deles, mesmo Jill que estava mais atenta não olhava tudo era cansativo e entediante.

A peculiaridade desse corredor foi o fato de não ter portas dos lados, isso os fez concluir que existia apenas dois caminhos, um retrocedendo e outro seguindo em frente, eles já tinham revisado o caminho que Jill tinha seguido antes de ser atacada pelos Cerberus que tinham pulado pela janela, no fim era uma sala com mais recursos, porém sem um caminho substancial, no fim esse foi o único restante.

Quando chegaram na porta, viram que a sala após ela não tinha nada, além de uma outra porta que devia levar a uma outra sala medíocre, esse cômodo vazio parecia uma sala bem comum, tirando é claro o seu teto anormalmente alto, e lâmpadas que não estavam no teto e sim nas paredes do lado, sendo as mais altas perto do teto, e as mais baixas beirando uns 3 metros, o teto superava uns 5 metros de altura, chegando a talvez 6.

-" Uma sala .... vazia?" Jill perguntou obviamente confusa, ela não sabia que essa sala era uma armadilha muito conhecida no jogo, e como nesse mundo ela ainda não presenciou nenhuma armadilha dentro da mansão, ela estranhou muito o fato de aqui estar tudo vazio.

Barry percebeu isso e decidiu tomar a frente, Jill tentou protestar, só que decidiu olhar para ver o que aconteceria ..... e foi tudo muito tranquilo, Barry passou de uma porta a outra, era como se o cômodo ainda não tivesse sido mobiliada e fosse só mais uma sala.

-" Vem, parece que é só uma sala vazia mesmo." Barry falava com um tom um pouco mais calmo que antes.

Jill não falou e apenas caminhou para dentro, até que quando estava inteiramente dentro da sala, grades pesadas de ferro caíram em frente as duas portas, o som surpreendeu tanto Jill quanto Barry, antes de demonstrarem confusão, o som de algo fazendo fricção veio do teto, sem mais nada o teto estava descendo devagar até o chão.

Compartimentos foram abertos dentro da parede, uma revelando uma pintura de uma paisagem desértica com animais mortos, outra que tinha um painel eletrônico numérico e por último uma outra que continha um papel em branco, e uma lanterna com uma luz roxa, que Jill sabia que se tratava de uma lanterna de luz negra.

Apressadamente ela pegou a lanterna e acendeu a luz diretamente no papel, infelizmente estava claro demais para ver qualquer coisa, então dois som de Crack foram ouvidos em seguida, duas das lâmpadas da sala foram quebrada, foram a das mais perto do teto, Jill ficou muito nervosa, até perceber que ..... para se salvar ela teria que esperar o teto chegar a 3 metros do chão, para ela conseguir utilizar efetivamente a lanterna, e por isso ela teve que esperar ... o que não era nada fácil de se fazer.

Barry não percebeu isso e acabou gritando:

-" Porque você parou? O teto ainda está descendo!" E ainda mais falas do tipo Barry repetia.

Jill percebeu que errar naquele teclado numérico eletrônico não seria algo bom, ela como uma mestra das fechaduras, sabia que errar muito em destrancar as portas, acarretaria em quebra da fechadura e impedimento de avançar, errar nessa armadilha seria provavelmente a causa de sua morte, isso poderia adiantar a velocidade que o teto se choque com o chão ou outro fato desconhecido, então ela apostou no menos arriscado, ficar calma e esperar as duas últimas lâmpadas quebrarem.

E isso não foi porque ela era uma protagonista ou por causa de seu encontro com aquelas crianças, mas sim veio devido ao fato de ela se forçar a ficar calma, só pensando racionalmente ela teria a possibilidade de viver, então ela ignorou tacitamente os gritos incessantes de Barry e se concentrou muito, quando ouviu o som de mais duas lâmpadas quebrando, seu rosto ficou ainda mais firme, seu coração pulsava loucamente de ansiedade, ela se segurava cada segundo para não entrar em pânico e morrer devido a isso, e então ela ouviu as ultimas lâmpadas se quebrando.

Decisivamente ela ligou a lanterna negra e verificou o papel em branco, de um lado ele estava vazio sem nenhuma marcação oculta, já do outro estava com dois números e uma palavra.

-" 03 e quadro!" Jill em seguida mirou a lanterna no quadro.

A altura do teto pro chão já tinha chegado na marca de 2 metros e meio, estava ficando absurdamente perigoso para ela, mesmo ela tentou analisar o quadro friamente, de inicio ela desesperou levemente pois não encontrava de jeito nenhum os números, mas logo mais dois números surgiram no canto do quadro, perto da moldura na vertical em letras miúdas.

-" 27!" Jill então foi ao painel eletrônico numérico e digitou a senha.

Felizmente aqui não era um drama desnecessário e as grades de ferros subiram novamente e ela estava livre para sair da sala, mas isso ainda não tinha parado o teto de continuar a descer, com o teto chegando a 1 metro e 80 centímetros de altura, ou 7'0 polegadas, ela então correu para porta onde Barry se encontrava, e deslizando com estilo ela saiu com segurança da armadilha que foi fechado com um grande barulho, e uma explosão de poeira.

Ela ofegou no chão com essa sensação de morte pulsando em seu peito, ela quase morreu! Isso não era uma experiência fácil de digerir, graças destino ela era policial e já tinha passado por sensações semelhantes, apesar de ser em circunstâncias mais .... normais.

Barry olhou para ela com bons olhos, ela foi muito calma na hora do perigo e soube pensar sem ficar tremendo de medo, isso era algo que ele valorizava, ela estava crescendo! Então no fundo da sua mente surgiu uma frase, que era icônica no game, que ia ser reproduzida agora nesse mundo, Barry então elaborou:

-" Aquela passou perto! Um segundo depois, você caberia perfeitamente em um sanduíche." Barry disse animadamente e então continuou:

-" Você seria então uma sanduiche de Jill!" Barry quase gargalhou, até lembrar do "sanduíche" que Wesker tinha falado.

Naquela hora ele ficou em silêncio e sua expressão ficou imediatamente azeda, Jill olhou para ele e conclui erroneamente que tinha sido graças a sua piada, que era ruim ao ponto de o fazer parecer um tio com quase 60 anos que só conta piada ruim em eventos familiares.