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Capítulo 1: acordando no desconhecido.

Ao raiar do dia, raios de sol começam a iluminar todos os cantos de uma floresta. Uma floresta onde uma jovem de cabelos dourados aparece adormecida entre um campo de flores amarelas e de repente começam a ouvir-se sons nos arredores, que lembravam muitos cantos de pássaros, grilos e outros como um animal. Com todo esse barulho ecoando ao seu redor, ela logo começou a acordar: — Que barulho é esse... aí... minha cabeça…

Deitada no chão, os raios do sol se moviam e brilhavam em seu rosto.

— O que é isso? — sua visão estava um pouco embaçada, mas logo ela estava de volta aos trilhos, vendo grandes árvores à sua frente. — Espere um segundo… — surpresa com o ambiente, ela rapidamente se levantou. — Mas que lugar é este?! Como cheguei aqui?! Ah! O que é isso que estou vestindo? — ela olhou em volta de si mesma.

Ela era uma linda jovem adolescente com cabelos dourados, seus cabelos lisos brilhavam com o brilho do sol, seus olhos azuis-escuros eram muito atraentes e usava lindos brincos de cristal azul em suas orelhas. Sua roupa tinha semelhanças com um uniforme escolar japonês muito conhecido como "seifuku uniforme". Seu uniforme provava que ela poderia ser aluna de alguma escola que frequentava. O que a trouxe ou mesmo o que a fez acabar em um lugar como este que torna tudo um mistério? Pela maneira como agia, parecia não se lembrar de nada, nem mesmo de seu passado, e pouco se importava com o que a cercava.

— O que é isso aqui? — ela segura uma pequena bolsa amarrada na cintura, tem uma imagem animada de um gato, mas ela ignora e olha em volta.

Havia uma grande área com plantas enormes de vários tamanhos e formas em um lugar cheio de árvores gigantes com tons de cores muito além do normal, mas havia algo estranho nessa floresta, estranho demais para ser uma floresta comum. Sem demonstrar medo ou nervosismo, ela olhou em volta, mas não conseguia entender o que estava acontecendo.

— Oi! — gritou ecoando sua voz. — Tem alguém aí?!

Sem resposta.

— É, parece que não tem ninguém. — Ela fechou os olhos, pensando: "que estranho, não consigo me lembrar de nada". Então ela teve a ideia de andar por aí olhando as coisas ao seu redor, pensando que isso poderia ajudá-la a se lembrar de algo.

— É isso aí! — ela ergueu os punhos com confiança e um sorriso — é isso que farei, darei uma olhada por aí.

Em um lugar estranho como este, ela não se preocupou em procurar explicações ou mesmo motivos para estar aqui no meio de uma floresta como esta. Ela inocentemente ignorou tudo ao seu redor que era incompreensível, é considerado anômalo. Refletia em seu rosto um olhar de admiração, conduzindo sua fantasia, abrindo sua mente para a imaginação, uma maneira limpa e maravilhosa de observar as coisas.

— Ah, o que é isso!?

Uma enorme flor vermelha com espinhos roxos chama sua atenção. Correndo até ela, observou que a rosa era mais alta que ela, quão grande ela era comparada ao seu tamanho.

— Nossa, como é grande! Olha só esses espinhos!

Ao se afastar da flor, suas pétalas se abrem e um estranho olho se abre verticalmente observando-a. Encantada com as flores que viu na floresta, sua curiosidade foi crescendo e ela continuou a explorar sem se preocupar.

— Até que esse lugar é bem legal — ela vê algo. — Ahn?

Uma rocha estranha chamou sua atenção. A rocha parecia ser antiga e estava coberta de limo e raízes de plantas, e tinha estranhas inscrições.

— Hum… — ela tocou na rocha com dedo indicador. — O que será isso?

Algo inesperado acontece, as estranhas inscrições escritas na rocha do nada começaram a brilhar, deixando-a surpresa que até a fez se afastar caindo de bunda no chão.

— Ai, isso dói... Ah!

Então algo saiu da rocha, uma pequena esfera de luz misteriosa apareceu flutuando no ar e brilhou, movendo-se diretamente em direção a ela.

— O que está acontecendo aqui?! O que é essa coisa?!

Assustada, ela não queria olhar, a luz se aproximou dela entrando em seu corpo. Quando ela abriu os olhos, não conseguiu mais ver aquela pequena esfera de luz, e a pedra à sua frente estava sem as inscrições e se desfez em pequenos fragmentos.

— O que… acabou de acontecer?! Aquilo foi estranho.

Levantando-se do chão, ela abanou a saia, limpando os restos de sujeira dela. Sem entender o que aconteceu, ao dar um passo à frente, algo estranho acontece.

Saia daí! — disse o homem gritando.

Pai! — gritou a jovem garota. — Pai socorro me ajuda!

A imagem de um homem gritando e uma garota pedindo ajuda desesperadamente veio à mente.

Cuidado! — gritou o homem novamente.

Seu rosto mostrou uma expressão desesperada, como se algo muito sério estivesse acontecendo para ele agir daquela forma. A menina em pânico gritava por socorro e estava com muito medo.

— O que está acontecendo comigo?! — gritou ela sentindo fortes dores na cabeça.

Do nada, imagens de uma vida passada revisitadas, lembranças de uma menina sorridente ao lado de seus pais, e muitas outras situações como tragédias ocorreram envolvendo a vida dessa criança. Imagens de sua adolescência na escola que frequentou, ela era uma menina comum como qualquer outra, mostrando uma aluna muito carismática, parecia ser uma menina muito admirada pelos demais alunos por sua educação, gentileza, beleza e compostura. Uma garota popular onde a maioria dos alunos a respeitava, e outros a odiavam, mas não parava de chamá-la pelo nome. Ver essas imagens foram demais para ela suportar, quando tudo isso passa, a dor de cabeça parou, ela tira as mãos da cabeça e lembra um nome de uma garota chamada "Harumi".

— Esse nome... que lembranças eram aquelas?

Além dessa situação confusa, algo se moveu entre as plantas e efetuou um barulho assustador.

— Ah! — os seus olhos arregalaram-se. — Q-Quem está aí?

Um estranho inseto apareceu entre as plantas, seu corpo esquelético tinha cores de camuflagem conforme a vegetação e contendo quatro pares de asas que se inclinavam para trás na cauda. Seus olhos eram longos horizontalmente e ele tinha seis pernas longas, ele era grande, duas vezes o tamanho dela, e seus olhos a observavam de uma maneira estranha.

— Meu Deus do céu — assustada ela cai no chão. — Mas o que é isso?! — gritou ela desesperada.

Os gritos desesperados da garota o assustam, deixando-o incomodado levantando voou para cima. A aparência daquele inseto era tão bizarra que a assustou tanto que a fez estremecer.

"Que merda é essa!? Não acredito que apareceu um inseto gigante bem na minha frente!", pensou ela, que em seguida começou a gritar para si mesma: "Tudo bem, fica calma, fica calma! Eu só preciso dar um jeito de sair dessa floresta e tudo ficará bem".

Ela sabia que seria inútil ficar parada, então reuniu coragem, levantou-se do chão e deu um passo à frente, mas de repente uma sensação estranha atingiu sua cabeça que a fez gritar de agonia. A sensação foi tão repentina que a fez cair de joelhos enquanto segurava a cabeça com força, e de repente aquela sensação horrível simplesmente desapareceu.

— O que foi isso agora? — seus olhos continuaram a tremular. — Que sensação foi essa? Parecia que minha cabeça estava sendo perfurada...

Não tendo ideia do que aconteceu, mas ela não estava sozinha. Seus olhos se estreitaram em ambos os lados, tudo ao seu redor começou a se mover. Pequenos insetos começaram a aparecer, as plantas ao seu redor apresentavam um comportamento estranho, moviam-se de forma anormal, capturando pequenos insetos que aparecem rastejando no chão usando tentáculos e outros esticando uma espécie de língua pegajosa e viscosa. Entre as árvores, animais de várias espécies aparecem pulando e voando ao longo dos troncos, mas não parecem representar uma ameaça para ela.

— Wow…! — ficou surpresa. — Mas o que é aquilo?

Uma das espécies que se soltou entre os próprios galhos tinha seis membros e duas longas caudas; outro pegou insetos e frutas colocando a língua para fora, esticando-a. Eles a observavam e não entendiam o que estavam vendo, ela era algo inexplicável diante de seus olhos curiosos. Para ela eles eram incríveis e não importa para onde ela olhasse, eles estavam por toda parte, mas estar no meio de tudo aquilo era um pouco perturbador. Era como estar em um sonho, mas para ela, era tudo real. Apenas observar não resolveria as coisas, então ela se levantou e inspecionou o local e começou a andar com cautela, seguindo um caminho de terra que notou enquanto olhava ao redor. Percorrendo este caminho, ela encontrou várias plantas inimagináveis com linhas longas e cu,rvas, flores com tentáculos e outras com folhas espinhosas com listras verdes, amarelas, azuis, marrons e roxas.

Havia plantas com aparência de anêmona-do-mar, com seus tentáculos de cores distintas; e algumas com a aparência de uma lesma e outras com o formato de um rosto, que dava a impressão de que estavam olhando para ela. A floresta estava cheia dessas plantas estranhas que atingem mais de dois a seis metros de altura. Seus tamanhos, formas e cores, eram tão atraentes que ela mal desjmnmjviou o olhar. Quanto mais ela se afastava das plantas e cruzava obstácujnm los em seu caminho, mais estranho ficava.

— Hum! — ela vê algo estranho se mexendo.

— Mas o que é isso?!

Uma planta estava andando bem na frente dela. Sim, ela estava andando!

— Ah! — gritou ela, meio que surpresa com o que viu. — É uma planta ambulante?!

A planta tinha uma aparência semelhante à "Orquídea europeia", era intrigante e andava toda desajeitada e cambaleando. Curiosamente a garota tentou se aproximar da estranha planta ambulante. Ao chegar perto, ela encosta seu dedo indicador cutucando-a.

— Curioso — ela observa —, que planta mais estranha. Se bem que — ela deixa escapar um sorriso —, você até que é bem bonitinha!

A planta a encara e, do nada, libera um gás com um cheiro horrível em seu rosto. Sua reação ao cheiro a fez franzir a testa.

— Ah, sua peste! — furiosa, ela chuta a planta, jogando-a para longe. — Huh? Espere um minuto... eu... chutei sem pensar!

Ela não tinha intenção de machucar aquela planta, ela apenas agiu por impulso. Tirando isso, ela seguiu adiante. Logo a frente ela viu uma grande área de flores com estruturas anormais que se pareciam bastante com "batutinhas", como se essa aparência não fosse bastante curiosa, a flor se divide em três "pétalas" carnudas de um tom avermelhado e eram muitas as que se interpuseram em seu caminho. Suas folhas eram longas e curvadas para baixo, sua cor era preta com listras amarelas nas bordas. Isso não a impediu de seguir, ela apenas passou pelas folhas, empurrando-as para o lado com as mãos. Do nada se deparou com um ser vivo estranho, sua aparência lembra um lagarto — com todo o corpo coberto por escamas em forma de flor rosa — caminhando tranquilamente até que ele se assusta ao vê-la que sai disparada entre o tronco de uma árvore. Enquanto ela o observava, ele do nada se encolheu, expandiu suas escamas e camuflou-se como se fosse uma rosa.

— Aquilo virou uma flor? — ela estava um pouco confusa, mas ficou impressionada ao ver aquela criatura misteriosa — esta floresta é cheia de surpresas.

Indo mais longe do que podia, passando por algumas plantas e pedras, uma luz forte refletiu em seu rosto que a fez parar, deixando-a curiosa, já que o céu mal era visível em meio a tantas árvores gigantes. Então ela não pensou muito e caminhou em direção à luz, afastando rapidamente algumas folhas e plantas com as mãos, até que seu rosto se fechou com uma luz forte iluminando sua visão, quando ela tirou a mão do rosto para olhar, ficou surpresa ao ver um grande vale. Como se ela não pudesse acreditar no que viu, algo que ela nem podia imaginar, a beleza exuberante do vale brilhou em seus olhos. À sua frente, um vasto campo verde era cercado por plantas e flores de todas as cores com uma vegetação totalmente colorida e viva, onde vários cogumelos gigantes e pequenos cobriam as grandes colinas de pedra próximas contendo árvores que atingiam mais de cem metros de altura por toda a região. No pico mais alto de uma das árvores ela vê pássaros brancos de quatro asas com duas longas caudas voando sobre o vale, eles eram lindos, assim como os outros pássaros com suas cores únicas voando e pousando nas árvores.

Aparecem grandes animais terrestres de pescoço comprido, eram gigantes e se alimentavam de folhas e frutas nos galhos altos das árvores, enquanto outros com grandes carapaças e chifres aparecem se alimentando de grama verde e plantas. Surpresa com o tamanho, essas criaturas extraordinárias mediam de 10 a 20 metros de altura ou até mais contendo de seis a oito membros em seus corpos, sua espécie possuía uma estrutura óssea bem adaptada com cores distintas que variam de cinza, marrom, verde e vermelho.

Logo outras criaturas apareceram, uma das quais parecia um elefante, mas suas patas dianteiras eram grandes e tinham uma longa tromba com pequenos e largos tentáculos ao redor de sua boca, e outras que pareciam besouros e crustáceos. Impressionada com tudo o que vê, ela caminha pelo vale sabendo que pode ser perigoso, mas parece que os seres ao seu redor nem reagem à sua presença. Acreditando parecerem inofensivos, ela caminhou calmamente admirando a beleza que a cercava.

— Esse lugar é incrível!

Sua inocência poderia levá-la à morte nesse momento, mas, ela raramente parava de admirar as coisas que ela até perdeu o medo que tinha antes. Ela era tão pequena neste mundo de gigantes que parecia uma formiga. Logo pequenos insetos começaram a aparecer nos arredores, eram muito chamativos e elegantes, tinham tamanhos e formas diferentes aparecendo entre as flores, vagando e rastejando pelo chão. No meio do caminho, há um grande riacho que parece correr por quilômetros carregando muitos peixes.

— Uau! — ela correu feliz para o riacho. — Olha só esses peixes! — ela dá um largo sorriso.

Havia algo que ela não notou, no céu, podia ver três luas e um grande planeta orbitando. Ao olhar para um pássaro, ela ficou surpresa.

— Não pode ser! Aquilo é… um planeta!? Hm? — ela inclinou sua cabeça para esquerda. — O que é um planeta? Espere um pouco aí... Agora que conseguir sair daquela floresta, o que vou fazer agora? — ela coloca o dedo indicador no queixo e pensa por um momento, mas não consegue pensar em um novo plano — ah, eu não consigo pensar em nada, minha cabeça está uma bagunça!

Decepcionada, deitou-se no chão e olhou para o céu, pensando: "É difícil olhar para a natureza, com toda sua maestria e beleza, mas estou só pensando no que vou comer. Quanto mais penso nisso, mais percebo que não tenho nada em que pensar", ela suspirou consternada.

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