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capitulo 1- o inicio

o inicio

- sabe criança, histórias de terror são pura fantasia, não precisa ter medo delas, então mikaela, não precisa ter medo de fantasma, zumbis ou do sobrenatural, é tudo faz de conta!

dizia minha mãe, ela falava que o medo é ilusório, algo que faz parte da nossa mente, mas não da nossa vida, que os anseios e os desastres, que o irreal era apenas isso, que não devemos ter medo… eu acreditava nisso, por ela ter me criado assim…

mas e agora? nesse lugar infernal, sem saber como sair daqui, meus amigos…

desaparecidos, o ar fedendo a merda de rato, com morcegos voando e a única luz que eu tenho não vem nem de uma lanterna… apenas de uma lâmpada acesa em uma extensão que já está no fim, foi assim durante todo o tempo em que estive nesse… lugar.

logo, terei que retirar a lâmpada da rosca e esperar uma outra tomada, o porquê disso? de simplesmente não usar uma outra fonte de luz? eles não deixam, eles apenas… querem nos ver sofrer.

- porra de lugar amaldiçoado! uuurrg! isso tudo é culpa do jacob! por que eu vim parar aqui? por que?

- Ei mikaela- disse jacob- sabe a fábrica abandonada da cidade? o pessoal tava

pensando em se reunir lá durante a noite, estávamos querendo fazer um teste de coragem lá.

- … tô dentro.

- …merda!

Nessa situação por culpa minha e pra piorar, a porra da extensão já acabou… esses desgraçados vão aparecer de novo se eu desligar a luz…

Eu já consigo escutar os gemidos… o crepitar da chama… aquilo me traumatizou, não queria admitir… mas aquela ala, a da cremação de resíduos ainda está na minha mente, como uma música chiclete.

os gritos deles… eles pedindo por ajuda, o fogo consumindo seus corpos equanto viraram nada além de poeira… minha amiga… presa…e-eu tentei tanto ajudá-la!

eu tentei…eu tentei… eu tentei…

O doce sorriso dela, o olhar tranquilo que me dera quando estava lá, tão perto de mim, tão longe… uma porta de ferro, era tudo o que nos impedia de se abraçar…

CHEGA MIKAELA!

não adianta mais pensar nisso…

tirando a vela da rosca, a escuridão me abraça e eu fecho os olhos. Paralisada, como uma estátua… tudo parece normal, como qualquer outro lugar no

escuro… isso até começar.

o som dos gemidos excruciantes, o som da saliva pingando no chão, a sensação de que tem algo me observando…

e o pior de tudo… é saber que tudo isso… não é um pesadelo, que os toques na minha pele… que estou presa nesse lugar…

não é uma ilusão

por favor, façam suas críticas, tentarei melhorar em cima delas.

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