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Por que?

POV: Terceira Pessoa.

Torre Mais Alta do Castelo Real de Genosha, Quarto do Real.

Um Més Depois.

2017.

Deitada numa longa cama com uma aura de energia dourada em volta dela está a Rainha, com seus longos cabelos loiros e roupas verdes. Seu rosto não havia nada a não ser paz, quebrada pelo movimento sutil dos seus olhos se abrindo.

"Deu certo." Falou ela, levantando o braço que ela tinha perdido na sua luta anterior contra Magus.

Perde um braço para ela seria um grande golpe, por isso o alívio que ela sentiu agora foi imenso, fazendo que ela deixa-se para trás sua compostura e salta-se da cama.

Um forte brilho verde cobre seu corpo, e seu vestido foi substituído por sua calça preta e camisa simples verde, seu cabelo também foi penteado e preso.

"Aonde ele está?" Perguntou ela para si mesma levantando sua mão e conjurando um portal verde na localização do seu amado.

Ela estava tão animada para o ver de novo, que apenas abriu um portal para a presença familiar dele, sem perceber que ela estava mais fraca que o comum, e que havia outra muito mais distante e mais forte.

O sorriso dela desapareceu quando atravessou o portal.

Em uma sala, estava Carol, sentada na sua cadeira com a mão e um livro e outra em sua barriga que já começou a ficar visível, ela não viu Amora parada do lado dela, e a feiticeira também não se moveu, apenas abrindo um portal e saindo de perto dela.

POV:Baldur.

Juárez, México.

Um Pouco Antes de Amora Acordar.

2017.

Já se passou um més desde o apagão, como esse evento está sendo chamado agora. Eu gostaria de dizer que as coisas começaram a ficar mais calmas, mas isso é uma mentira, a situação está praticamente da mesma forma, pelo menos para a maioria.

Normalmente fico em Genosha, cuidando das minhas coisas, mas de vez em quando, dependendo da situação, entro no campo.

Esse é um desses momentos.

Juárez, foi uma das poucas cidades que não foi atingida pelo PEM, ainda com luz, cidades como essa se tornaram o paraíso para todos os outros na escuridão. O problema é que a um limite de quanto uma cidade pode receber, e alguns não querem a compartilhar. Assim, os carteis mexicanos se juntaram e tomaram conta da cidade, criando seu próprio reino.

Reino que acabou a poucos minutos, quando fiz chover fogo neles os destruindo.

Com tudo feito, me permitir algum tempo para sentar no topo de uma montanha que fica bem de frente para cidade, aonde fiquei vendo a fumaça de vários pontos dela, lugares que ataquei a pouco.

"Quanto tempo faz que eu não apenas fico olhando para a paisagem?" Falo sozinho, tentando me lembrar quanto foi a última vez que fiquei em paz.

As coisas não se acalmaram nessa passagem de tempo, mas a alguma ordem se formando em vários lugares do mundo. Ainda não temos um plano definitivo para ascender o mundo de novo, e na verdade, não estou muito animado em fazer tal coisa.

Desde o início do ano, sinto algo chegando, algo grande, e isso está me deixando bem tenso. Não só eu que está sentindo isso, meus irmãos em outra galáxia sentiram o mesmo e me perguntaram o que está acontecendo, não consegui falar a verdade para eles.

(Tenho que falar com Odin.)

Ele é o único que sabe o que vai acontecer, talvez até mesmo mais do que eu. Há muito tempo temos um entendimento entre nós que sabemos sobre o Ragnarok, talvez seja a hora de colocar as cartas na mesa e falar dos planos, mas para isso, tenho que tomar providências para não sermos ouvidos por nenhuma entidade cósmica.

Então a sinto.

"Você acordou." Digo para Amora, que acabou de se teleportar atrás de mim.

Sem resposta.

"Você a viu?"

Ela pode não me responder com palavras, mas o ar ficou parado, congelado, e as nuvens acima de nos ficaram nubladas e pesadas.

"Porquê?" Pergunta ela, com uma voz fraca.

"Você pergunta isso como se eu tivesse algum controle." Brinco.

(Péssima hora!)

Conheço essa mulher a muito, muito tempo. E quanto essas palavras saíram da minha boca, a próxima coisa que fiz foi me levantar o mais rápido que podia e pular para esquerda, foi a escolha correta. Já que um segundo depois, um chicote de energia verde cortou o ar acertando o lugar aonde estava sentando o cortando ao meio, assim como grande parte da montanha.

"Amora, controle-se!" Grito para ela, olhando para o desmoronamento de terra indo na direção da cidade.

"ME CONTROLAR!"

Errei nas minhas palavras mais uma vez, e toda energia magica de Amora entrou em erupção fazendo o que sobrou da montanha tremer.

Ignoro ela, e apareço na frente do desmoronamento criando uma parede imensa de luz para evitar que ele chega-se até a cidade.

É claro que ela não me deixaria ficar parado a ignorando louca em sua raiva. Amora se teleportou no ar acima de mim e explodiu sua energia magica como uma bomba nuclear de pura energia verde.

Feiticeiros e magos são como geradores de energia, seus feitiços transformam essa energia em magia, algo elegante, mas o que ela está fazendo agora nem pode ser chamado de magia, é apenas puro poder bruto magico sendo explodido.

No ar, após ter minhas roupas destruídas e refeitas de novo, sinto ela se aproximando da minha direção.

Sabendo que a cidade pode ser completamente destruída apenas por estar próxima, voo para longe.

POV:Amora.

Não Importa.

Não Importa.

Não Importa.

Lá estava ele, o motivo de toda minha raiva e dor fugindo de mim para proteger os mortais abaixo. Eles não são meus alvos, mas minha mente não está bem o bastante para me importa com isso.

Moldo minha energia furiosa e a explodo em cima do corpo dele no ar, isso faz ele dar girar várias vezes no ar e cair de cara numa montanha mais afastada da cidade destruindo o pico dela.

"ME CONTROLAR!" Gritei enquanto disparava um feixe mais concentrado de energia cortando toda a montanha ao meio.

"Como você pode me dizer isso!" Mais um ataque.

Ele criou vários escudos na frente dele que foram destruídos por mim e seu corpo foi envolvido por minha energia selvagem destruindo suas roupas e o ferindo.

"LUTE!" Gritei, enquanto várias pequenas esferas de energia verde apareceram em volta do meu corpo e dispararam contra ele, cada uma com o poder de perfurar um deus.

Baldur conseguiu desviar da maioria das esferas, mas teve seu corpo perfurado no ombro e peito por duas delas, mesmo assim, ele não me atacou.

"EU MANDEI VOCÊ LUTAR!"

Ele tenta se afastar de mim, e eu estendo minha mão para ele congelando o tempo em volta do seu corpo o parando no ar. Foi a primeira vez que senti o peso da luta, e o tempo só foi parado por menos de segundo antes desse monstro conseguir quebrar meu feitiço.

"Pelos Anéis de Raggadorr!" Foi meu primeiro feitiço propriamente feito.

Vários anéis azuis de pura energia envolveram os braços de Baldur o prendendo no ar.

Mesmo assim, ele só ficou me olhando, sem dar sinais que iria lutar.

"Se não vai lutar, sofra!" Chamas de Faltine se ascenderam das minhas mãos e foram disparadas contra ele envolvendo seu corpo.

"Pare Amora, por favor." Viro-me para o ver atrás de mim, completamente nu, com seu sangue escorrendo pelo seu corpo.

O que ataquei agora foi apenas uma ilusão, estou tão perdida na minha ira, que nem percebi uma ilusão criada por luz, ridícula.

"Então me responda, porquê!?" Gritei, explodindo mais bomba de energia verde o mandando para longe.

"Eu não sei." Foi a resposta dele, resposta inaceitável.

"TRUM!"

O trovão anuncia a chuva que vem logo em seguida, uma chuva vermelha, uma chuva de sangue amaldiçoado cai nessa terra.

As gotas de sangue caem no corpo dele o queimando como ácido, e a primeira coisa que ele faz é olhar para baixo, preocupado com os outros.

Como eu odeia e amo ao mesmo tempo isso nele.

"Porquê!" Um raio vermelho ilumina tudo acertando o corpo dele o empurrando contra o chão.

"Por que eu tenho que continuar sendo punida, de novo, e de novo?"

Outro raio cai.

"Por que eu tenho que ficar longe de você enquanto você está com ela?"

Outro raio vermelho cai.

"Não é punição suficiente ficar sozinha e isolada? Não é punição suficiente te ver com ela?"

Raios vermelhos continuaram a cair, mas ele ainda não me atacou, ele apenas ficou lá, recebendo meus ataques com seu corpo todo machucado e fumaçando.

"E agora isso, um filho! Você precisa me machucar tanto para assim poder me perdoar!"

"BLOOM!"

Uma coluna de luz dourada explode do corpo dele atingindo as nuvens acima acabando com minha tempestade.

Essa é a primeira vez que ele revida, e por isso, meu ataque para.

Baldur se levantando do chão lentamente, todo seu corpo está ferido, sangrando e se curando. Tudo ao mesmo tempo, foi então que ele olhou para mim, com seus olhos brilhantes, e meu corpo inteiro treme de medo e expectativa.

Matar o homem na minha frente não é uma tarefa fácil, posso jogar ele na dimensão da própria Morte, e ele vai dar um jeito de escapar, posso o corta ao meio, mas sua regeneração é superior a até mesmo do Odin, a única forma de o matar, é destruir sua alma ou sua dimensão, então todos esses golpes, nunca foram para o machucar, eu só quero ter uma briga.

"Amora.." Começa ele, com sua voz forte e gentil.

"NÃO!" Sei o que ele ia dizer algo muito importante, mas com medo do que ele pode me dizer, me teleporto para longe fugindo.

Um comportamento ridícula para um deusa.

Não demora para sentir ele se aproximando da minha localização vindo rápido. Ele está tão familiarizado com minha presença como estou com a dele.

Uma fútil ação de fuga, não importa para onde eu vá, ele vai me alcançar eventualmente, a não ser que eu viaje para fora dessa dimensão, uma ação tola de ser feita com meu estado mental atual.

Baldur cria quatro paredes de luz ao redor do meu corpo quando acabo de me teleportar. Em vez de continuar fugindo, ataco elas as destruindo e depois o ataco também.

Baldur voa em direção da minha energia e não para até segurar meu pulso com força.

"Chega." Pedi ele baixinho.

"Me soltei!" Grito com ele.

Ele me puxa num abraço.

"Me solte." Dessa vez peço.

"Eu te amo, Amora." Minhas defesas desabam.

"Não chore." Pedi ele, me abraçando forte enquanto minha cabeça encostada no seu peito.

Ficamos assim por muito tempo, apenas abraçados em algum lugar que não faço ideia de onde seja. Até que ele me afasta dele, me da um sorriso e me beija.

POV:Baldur.

Caverna, Local Desconhecido.

Algumas Horas Depois do Encontro com Amora.

2017.

Consegui arrastar Amora para dentro de uma caverna próxima antes de nos perdemos um num outro.

Faz muito tempo que não a sinto, e fazer essa ação antes de atacar com tudo foi a última coisa que fiz antes de me entregar aos meus instintos.

Agora, ela esta com as costas contra meu peito enquanto a abraço por trás encostado na parede de rocha, ambos sem roupas.

"Eu machuquei alguém?" Pergunta-me ela, olhando para entrada da caverna.

"Não, estamos na África se não me engano, só a savana ao nosso redor, mas você com certeza matou os animais de medo." Brinco com ela.

"E agora?" Pergunta ela, menos animada.

"Ela é a mãe do meu filho Amora, e eu a amo também, assim com te amo." Sou sincero com ela.

"Você disse que não ia se transformar no Thor." Diz ela, enfiando suas unhas no meu braço.

"Não sou como Thor, não saio por aí colecionando conquistas, nunca foi minha intenção ou proposito isso acontecer, apenas aconteceu, e estou fazendo o máximo que posso para agir corretamente."

"Eu te amo, mas também odeio seu senso de honra."

Ela diz isso, mas não sai do meu abraço.

Sei que esse assunto não vai acabar aqui, só que por enquanto, isso basta.

 

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