2 O vilarejo

Enzo se encontra em um estado atordoado, já faz mais de duas horas que chegou no vilarejo.

Sua primeira impressão: Medieval? Indígena? difícil dizer.

Talvez 20 ou 25 homens jovens usando trapos como roupas montando cabanas de gravetos e palmeiras. Oito pilhas completamente cubicas de suprimentos diversos com algumas mulheres e crianças em volta.

As crianças? Imundas, correndo nuas no chão batido.

As mulheres? Atentas aos seus serviços, mas gritando de tempos em tempos com algum menino atrevido que correu perto de mais dos suprimentos!

O velho que o acompanhou até aqui se chama Luís, só Luís. Ele o apresentou a todo mundo do vilarejo, todos o chamam de Lorde ou sua graça.

Honestamente, Enzo não se lembra do nome de ninguém. Está ainda tentando aceitar o fato de estar em um novo mundo.

A orbe da civilização, foi oque lhe convenceu.

A orbe é linda, como Luís havia dito, roxa parece haver uma galáxia rodando dentro dela cheia de poeira espacial colorida.

O mais impressionante é o acesso dela. Alguma forma de sistema de jogo ao ver de Enzo. Porém não tem nenhum botão ou touchscreen, é acessível mentalmente.

MENTALMENTE!

Como pode ser possível? Enzo não é uma pessoa super hitech, mas isso está fantasioso demais para ser possível na terra.

Um ou dois ataques mentais e Enzo arranjou um ligar para se sentar e pensar.

Durante esse tempo ninguém o incomodou, as pessoas continuaram a montar o acampamento.

Se alguém prestasse atenção veria Enzo chorando. Nem de alegria, nem de tristeza. Lágrimas de despedidas. Da sua família, dos seus amigos, da sua velha vida.

Lágrimas de um novo começo. Enzo não vai ser arquiteto, mas vai planejar e crescer uma nova civilização neste mundo. Um mundo que para ele é quase um jogo.

Tudo sua conclusão veio do primeiro contato com a orbe, Enzo subitamente entendeu que isso tudo é real e que ele tem a missão de crescer o prosperar uma civilização. Recebendo prêmios por "aceitar" e cumprir cada etapa da missão.

Parece injusto, mas a orbe não responde a suas súplicas e gritos de justiça.

Tudo que lhe restou foi sentar e assimilar sua situação.

Algo que —se me deixam opinar— Enzo fez com maestria, surpreendentemente.

Talvez seja sua mentalidade de candidato à universidade pelo Sisu, aceita oque der e cai de cabeça.

Ele se levanta e anda até a orbe que se encontra num tronco de uma meia arvore. Tocando na orbe novamente, aparentemente essa ação permite a manipulação mental.

Enzo lê as informações iniciais, basicamente seus deveres como Lorde. Enzo estabelece todo o corpo de governo, por enquanto, sua palavra é lei. Ele guia esta civilização para o caminho que achar melhor. Enzo vai desbloqueando conhecimentos e tecnologia e até mesmo magias. Mas o mais impressionante é o transportador de pessoas, provavelmente a forma como Luís e os outras apareceram aqui.

Toda semana até 5 novas pessoas spawnam no vilarejo, todos tem conhecimento básico de sobrevivência de acordo com a cultura já estabelecida. Outro efeito da Orbe é diminuir o nível de caos popular, roubos, desobediência, assassinatos quase não acontecem quando as pessoas ficam muito tempo sob influência da Orbe.

E a função final da orbe, implantar conhecimento. Tanto em Enzo quanto os residentes.

Ele rapidamente observa que é possível adicionar conhecimento de sub-chefe da tribo, rapidamente selecionado Luís para ser o portador desse conhecimento.

O homem para por alguns instantes e começa a andar em direção a Enzo.

"Meu lorde, me diga seus planos para o vilarejo, os homens estão montando suas barracas onde eles querem! O que o senhor deseja?"

"Deixe que eles continuem, mas me informe de quantas pessoas cabem por barraca e eu gostaria que uma latrina e um local para fazer alimento também fosse construídos... Ah, a latrina longe, é claro. Também quero saber quais são nosso suprimentos e oque está sendo usado.

Se possível comande as crianças mais velhas para rodear pegando gravetos para fazer fogo para a noite. Por enquanto é só isso.

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