webnovel

Falando com um mendigo.

Então, como posso explicar, para você entender? Eu estava indo a uma taverna comprar algumas bebidas."

 "Tudo está indo bem. Eu peguei meu celular para colocar algumas músicas no fone de ouvido, para o percurso ser um pouco mais agradável."

"Como eu havia explicado antes, um celular é um pedacinho de madeira como este aqui." O jovem de cabelos e olhos negros falou enquanto pegava um pedaço de madeira no chão e mostrava ao mendigo na sua frente, que olhava com um rosto que demonstrava pena do jovem.

Já era a quarta vez que o garoto falava estas mesmas coisas estranhas, que o pobre mendigo não entendia nada.

O mendigo pensou enquanto olhava o pobre garoto.

{É doença, deve ser alguma doença que ele tem na cabeça. Coitado tão jovem. Sua mãe deve tê-lo deixado cair ao nascer.}

Vendo o rosto do mendigo a sua frente, Sualk deve certeza que ele o estava entendendo desta vez.

Colocando o pedaço de madeira na sua orelha, ele continuou falando.

"Com isto eu posso falar com qualquer pessoa. Se quiser falar com alguém a dias de viagem basta eu pegar isto aqui é falar. Alô, tudo bem, aqui é o Sualk, eu estou bem, sim, e como estão as crianças."

"Está bem, está bem. O vovô entendeu."

O mendigo colocou a mão no ombro de Sualk com pena.

{Pobre criança, como ele sobreviveu até hoje neste mundo cruel. O destino deve tê-lo levado até mim.}

Ao pensar que o velho mendigo entendia oque ele dizia, o jovem continuou com mais motivação ainda.

"Além de falar com qualquer pessoa, isto aqui pode ter todas as informações do mundo, além de parar um momento para sempre em forma de fotografia."

"Enquanto eu estava escolhendo uma música, um carro veio em alta velocidade em minha direção seguido por alguns helicópteros da polícia."

"Carro é como uma carroça, mas muito mais rápida e não usa cavalos. E um helicóptero é como uma libélula de aço com quatro lanças em cima que giram sem parar."

O rapaz falava apaixonadamente, tais coisas estranhas que saia de sua boca aos poucos começaram a atrair estranhos, que o olhavam com curiosidade, enquanto ele movia seus braços tentando se expressar.

"E a última coisa que vi foi o farol do carro em minha frente. Que é um objeto que pode imitar a luz do sol."

Os curiosos que se juntaram ali começaram a discutir enquanto apontavam o dedo para o jovem.

"Ele fala de magia?"

"Eu não sei, mas acho que ele deve ter algum tipo de problema na cabeça."

"Eu tive um primo que comeu merda quando era criança e se comporta igual a ele." 

Vendo todos ao seu redor rindo dele, Sualk se sentiu irritado, mas decidiu continuar a história.

"Quando abri meus olhos, novamente, estava deitado em uma nuvem arco-íris. Me levantei e na minha frente havia uma slot machine."

"Slot machine é como uma caixa que promete grandes tesouros, mas apenas devora suas riquezas."

"Eu não tinha dinheiro ali, porém, fui até a máquina, quando puxei a alavanca ela girou, meu prêmio foi um sistema, que é como uma habilidade para minha montaria, que diz ser capaz de transformar até uma galinha em uma fênix."

Enquanto o jovem falava, as pessoas ao redor davam gargalhadas de suas palavras. O velho mendigo não aguentou mais está situação. Pegando algumas moedas que foram lhe dadas como esmola, ele comprou um espeto de carne e enfiou na boca de Sualk, para calar sua boca.

"O menino está delirando de fome e sede. Por favor, todos deixem o garoto em paz."

Vendo que o pequeno show acabou e o garoto não falou mais, as pessoas foram em bora.

"Ei velhote, você está louco?"

O pobre mendigo balançou sua cabeça com pena mais uma vez.

{De fato, o injusto chamo o justo de culpado. Talvez para esta pobre criança todos sejam loucos por ninguém ser como ele. Eu devo protegê-lo.}

"Criança eu desejo me tornar seu mestre. Oque você acha de ser meu discípulo?"

Sualk olhou para o velho como se olhasse para um louco.

{Ser seu discípulo? Pedir esmola precisa de curso agora? Basta eu levantar minha mão e sentar no chão. Este Velho deve estar realmente louco.}

"Foi mau velhinho, mas eu tenho que encontrar uma montaria confiável agora. Afinal, não seria engraçado se eu transformasse um lagarto em um dragão e ele me devorasse depois."

O jovem levantou e esticou suas costas, enquanto escolhia uma direção e seguia seu destino.

"Espere garoto, eu o quero como discípulo."

"Irei ensinar muito a você."

O velho mendigo gritava atrás de Sualk, enquanto ele ia embora.

"Desculpe, mas não desejo seus ensinamentos."

"Garoto, você não sabe oque fala, espere aí."

Vendo que o jovem não parava, o velho falou.

"Garoto, deixe apenas eu lhe falar uma última coisa."

Parando sua caminhada, o jovem se virou para ver oque o velho tinha a dizer.

{Pirralho, você ousa negar ser meu discípulo. A décadas milhares de pessoas vem até mim me implorar para tornar-se um discípulo meu. E todos eu nego. Pois eu irei escolher meu discípulo sozinho. Alguém que não esteja ligado a nenhuma destas casas podres e corruptas.}

{Por isto resolvi me vestir de mendigo para procurar alguém digno. Assim ganhei um apelido conhecido em todo lugar. Como sua existência me dá pena, irei levá-lo como discípulo. Irei ajudá-lo e lhe dar um propósito, talvez até curar o problema na sua cabeça.}

O velho pensou com um sorriso, enquanto via o jovem parar e se virar em sua direção.

"Escute garoto."

Exclamou o velho.

Levantando seu rosto 45° graus em direção ao céu, enquanto colocava seus dois braços em suas costas, com as mãos uma por sima da outra e inchando seu peito com orgulho. O velho continuou a falar.

"Eu sou o mendigo andarilho"

"E eu sou Sualk." Acenando com a mão e sorrindo, o jovem se virou e foi em bora novamente.

"Talvez ele não me entendeu.?" Ao perceber que o garoto não ligava para quem ele é o velho começou gritar cada vez mais alto..

"EU sou o mendigo andarilho."

"EU SOU O mendigo andarilho"

"Maldição.... EU SOU O MENDIGO ANDARILHO."

Não importava o quanto o mendigo gritava, o jovem nem se virava para olhá-lo.

"Isto, como isto é possível. Eu falei quem sou. Ele deveria correr em minha direção explodindo de felicidade, sabendo que será, meu discípulo."

"Não é possível, isto não é possível." O velho começou a bater o pé no chão de frustração e raiva. Fazendo as pessoas ao seu redor olhar para ele.

Next chapter