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CAPÍTULO 7 - OBSERVADOR

Um lindo dia estava se iniciando no topo do monte ao leste do país dos grandes muros. O vento que soprava sobre a grama a fazia balançar, deixando que o som do ambiente fosse tomado por simplicidade e um agradável som natural das folhas.

Em meio a tudo isso, uma garota dormia embaixo de uma árvore próxima ao pico do monte. Ela dormia sentada, usando o tronco da árvore como apoio para suas costas.

Não demorou muito para que ela finalmente acordasse junto ao canto dos pássaros que pousavam em grande quantidade na árvore onde ela estava, anunciando que finalmente havia chegado a primeira hora da manhã.

– "Ah, acho que dormi demais" – Disse a si mesma enquanto tentava despertar.

Ela já estava acordada, porém, ainda não tinha realmente despertado e apenas permanecia com os olhos fechados enquanto descansava seu espírito.

Limpando os olhos, usou do som dos pássaros para que pudesse colocar novamente seus pensamentos em ordem para enfim despertar de verdade.

Sua mente pouco a pouco se abria novamente aos pensamentos e em poucos instantes ela já estaria totalmente acordada.

– "Acho que dormi demais." – Reclamou, enquanto apertava os olhos de cansaço.

Tendo finalmente acordado, sua primeira ação foi reclamar de seu sono, que provavelmente tinha sido maior do que ela mesmo imaginava.

Depois de despertar, finalmente ela se pôs em frente ao sol, realçando a beleza de sua pele relativamente clara.

A linda garota de cabelo preto longo priorizou primeiro amarrar seu cabelo antes de seguir para fazer qualquer outra coisa.

Ela usava um galho firme e pequeno para prender o cabelo, provavelmente tendo costume diário de fazer isso.

– "Tudo ótimo, agora posso ir."

Logo, ela seguiu descendo o monte e após andar um pouco, chegou novamente em um monte e após o subir, se aproximou de seu objetivo.

De onde ela estava do monte, já era possível ver seu destino, os grandes muros do país da defesa.

Desde que tinha despertado, ela andou cerca de vinte minutos para chegar até o novo monte onde era possível visualizar todo o país dos grandes muros.

Enquanto se aproximava mais em busca de descer o monte em direção ao país, teve sua atenção tomada por algo.

De onde ela estava, pôde visualizar um garoto. Este também estava no pico do monte, porém praticamente do outro lado, onde a distância era de cerca de 1 quilômetro.

Logo que começou a ver suas ações, percebeu que ele havia lançado uma flecha em direção aos muros do país e logo em seguida, correu para descer o monte correndo para invadir o país.

Enquanto observava tudo de cima, ela sorria de forma confusa.

Desde a primeira ação dele, ela sentia algo diferente em seu coração e aquele sorriso sincero de canto de rosto evidenciava seu sentimento naquele momento.

Pensando profundamente enquanto observava o garoto entrar um uma luta 2 contra 1, preferiu apenas deixar que ele resolvesse as coisas dando seu próprio jeito.

Ignorando a luta e o garoto, ela se focou novamente em sua missão principal, que naquele momento tinha se tornado ainda mais simples.

– "Esse garoto é a distração perfeita."

De cima do monte, ela correu diretamente em direção à porta do país.

Os guardas, que logo a viram descer correndo em sua direção, se colocaram em posição de luta com suas espadas, porém, ela sumiu em meio ao vento no meio de sua corrida.

Perdidos, eles procuravam enquanto olhavam para todos os lados, porém, não a viram em lugar nenhum.

Logo, os guardas se viraram para trás ao mesmo tempo em comum acordo, entretanto, foram rapidamente mortos com cortes no pescoço.

A garota tinha aparecido atrás deles no portão principal da cidade, onde só haviam os dois guardas no momento.

Por conta da distração do garoto, os outros guardas do portão tinham ido verificar o que estava acontecendo na árvore ao lado do muro, deixando livre a entrada da nova invasora, que deixava claro seu espírito assassino frio.

Se escondendo novamente em meio ao vento, ela sumiu da visão de todos que pudessem tentar a encontrar.

Seguindo desta forma, ela caminhou escondida no vasto vento até que chegasse ao centro da cidade, ao lado de uma fonte ao centro de uma praça que estava extremamente movimentada naquele momento, onde novamente revelou sua presença sem ser percebida por ninguém.

"O que devo fazer a partir daqui?" – Ela tentou formular em sua mente seus pensamentos, enquanto se sentou em um dos bancos da praça.

Olhando de forma desanimada para o chão da praça, ela parecia confusa sobre seu próximo passo e deixava evidente a falta de planejamento sobre o que fazer após invadir o país. Sua ambição naquele lugar não tinha ficado evidente nem para ela mesma.

– "Isso é desanimador" – Abaixou levemente a cabeça enquanto diminuía o tom de sua baixa voz, na qual tentava se comunicar com si própria.

– "Talvez eu devesse…"

Antes que ela pudesse terminar sua fala, teve a atenção roubada pelo grande barulho que vinha em sua direção. Rapidamente, escondeu novamente sua presença em busca de não ser achada.

– "Temos que pegar esse muleque." – Disse um dos guardas que corria pelo centro da praça

"Acelerem, seus idiotas!" – Gritou o líder dos guardas, que também corria.

Vários guardas corriam em meio a praça enquanto buscavam o garoto que ela tinha visto invadindo a cidade mais cedo.

Ele por sua vez estava em clara vantagem e rapidamente sumiu dali, sendo perseguido por apenas três guardas que conseguiram passar pelo meio da multidão que estava na praça.

Sem poder revelar sua presença enquanto eles permaneciam caídos na praça, ela esperou pacientemente.

– "Ele fugiu!" – Exclamou em voz alta um dos guardas.

Sem muita demora, o mais velho dos guardas que perseguia o garoto voltou até a praça para ajudar os seus comandados que tinham ficado pelo caminho. Ele era o líder da operação de busca a invasores do país.

A expressão que ele formou em seu rosto enquanto dava a notícia da fuga do garoto, fez com que todos os guardas tivessem uma queda de ânimo na continuação da missão.

– "Ele está aqui." – Pensou a garota após sentir a presença do garoto entrar no hotel.

Sem hesitar, ela manteve sua presença oculta enquanto perseguia a presença do garoto até que ele entrasse em seu quarto no hotel.

Ela tinha o percebido um pouco tarde demais e naquele momento não havia mais o que fazer procurando por ele.

Percebendo que permanecer ali não seria uma boa idéia, ela se retirou e caminhou pela cidade, esperando o momento certo para novamente mostrar sua presença.

– • • • • • • • • — • • • • • • • • –

Um pequeno tempo tinha se passado desde que a garota tinha chegado ao país dos grandes muros.

Naquele momento, ela apenas transitava pelo país sem ter um rumo exato para onde ir e sem saber exatamente seu próximo passo ou objetivo.

Após rodar pelas redondezas da praça ao centro do país, não encontrou nada que se tornasse um objetivo para seguir, porém, já tinha quase deixado a presença do garoto no passado.

Sua mente ainda o via como o único interesse daquele lugar, mas, aos poucos, ele se tornava mais fraco em seus sentidos e pensamentos.

Sentando novamente em um dos bancos da praça, a garota observava o hotel onde tinha visto o garoto entrar para seu quarto.

– "Será que ele ainda deve estar ali?" – Ela se auto questionou de forma levemente desanimada.

Seu ânimo estava quase no zero, porém, algo chamou novamente a atenção dela, que voltou a sentir a forte presença do garoto vindo de dentro do hotel.

A presença dele surgia vinda praticamente da parte de trás do hotel e, para chegar lá, ela teria que atravessar todo o centro.

Para evitar esconder sua presença novamente, corria por cima dos prédios, rodeando todo o centro para chegar ao outro lado da estrutura do hotel.

Nos prédios, ela não precisava se esconder e também não teria chance de atingir ninguém em sua rápida corrida.

Aquilo se tornava um avanço de despreocupação para a garota, que rapidamente atravessava os prédios pulando de um em um.

As habilidades físicas e de resistência que ela demonstrava enquanto corria eram praticamente não humanas. Era como se ela corresse na mesma velocidade dos mais rápidos animais terrestres.

Logo, durante a passagem de prédios, viu o garoto correr também pulando sobre eles, e logo, parou em um deles para descansar.

Sorrindo, ela rapidamente pensou em tudo que pretendia fazer e correu o mais rápido que pôde enquanto escondia sua presença novamente.

– "Arr, estou desgastado." – Reclamava Mizu, enquanto descansava escorado em uma mureta de tijolos no topo do prédio onde havia parado.

O garoto finalmente parou de correr e descansava de seu extremo cansaço. Sua expressão era de forte alívio em ter escapado, porém…

– "Olha que coincidência boa…"