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Capítulo I

Adália Vieira, com seus cabelos prateados e olhos esverdeados, é uma estudante dedicada de veterinária. Seu amor pelos animais era inabalável, e ela sonhava em salvar vidas peludas e de penas. Mas naquela noite, enquanto a lua espiava por entre as nuvens, Adália estava prestes a enfrentar um desafio muito diferente.

A turma da faculdade havia organizado uma festa no antigo casarão abandonado nos arredores da cidade. O local, com suas paredes descascadas e janelas quebradas, tinha fama de ser assombrado. Adália não era fã de festas, especialmente aquelas repletas de música alta e risadas forçadas. Ela preferia a tranquilidade da sua casa, onde os gatos ronronavam.

Mas seus colegas insistiram, e Adália se viu vestindo um vestido azul-marinho que não combinava em nada com suas botas surradas. Ela chegou à festa e logo se sentiu deslocada. As luzes piscavam, e o som ensurdecedor a fez desejar estar em qualquer outro lugar.

Adália avistou uma porta lateral e escapou para o jardim. As estrelas brilhavam acima, como pequenas fagulhas de esperança. Ela caminhou pelo gramado, afastando-se das risadas e da agitação. Foi quando ouviu um miado baixo vindo de um arbusto, depois outro e mais outro.

Curiosa, Adália se aproximou e encontrou um gatinho preto e dois brancos. Seus olhos vermelhos brilhavam na escuridão. Ela o pegou nos braços e sentiu seu coração se aquecer. "Você também prefere as estrelas às festas, não é mesmo?", sussurrou para o felino.

Adália então resolveu sair daquele local e levou os três gatinhos consigo. Caminhando pelo campo aberto do parque, iluminada apenas pela luz da Lua, Lia se sentia cada vez mais triste com a situação que os gatinhos se encontravam.

-Meu Deus, como que podem ser tão cruéis assim, vou levar vcs pra casa e achar um lar incrível para cada um de vocês. – Acaricia eles.

A casa de Adália é um refúgio acolhedor, aninhado em uma rua tranquila, longe do agito da cidade. A fachada é pintada em tons suaves de azul e branco, com janelas adornadas por cortinas de renda. Um pequeno jardim na frente abriga algumas flores coloridas.

Ao entrar, você é recebido por um aroma suave de incenso e o som suave de música clássica. O corredor estreito leva à sala de estar, onde estantes de madeira se estendem do chão ao teto, repletas de livros sobre anatomia animal, medicina veterinária e histórias de aventuras com bichos de estimação. Uma poltrona confortável fica ao lado da janela, perfeita para Adália se perder nas páginas de um romance enquanto o sol da tarde ilumina a sala.

Adália está sentada no sofá, e ela acaricia o pelo macio de um dos gatinhos. Eles são tão diferentes um do outro: um malhado, outro todo preto e o terceiro com manchas brancas no focinho.

No centro da sala, uma tigela de água fresca e outra de ração aguardam os pequenos felinos. Adália se levanta para pegar uma lata de comida úmida, abrindo-a com cuidado. Os gatinhos se aproximam, farejando o aroma delicioso. Ela distribui a comida em três pratinhos, observando-os comer com voracidade.

O gato preto, com seu pelo brilhante como a meia-noite, estava encolhido no canto da sala. Adália havia colocado um pratinho de comida à sua frente, mas ele permanecia imóvel, indiferente ao aroma tentador que se espalhava pelo ar. Seus olhos verdes estavam semicerrados, como se estivesse em um estado de contemplação profunda.

Adália, preocupada, se ajoelhou ao lado do gato. Ela acariciou sua pelagem, sentindo o frio que emanava dele. "O que há de errado, meu amigo?", sussurrou ela. "Você não está com fome?"

Mas o gato não respondeu. Ele apenas piscou lentamente, como se estivesse sonhando. Adália verificou seu pulso, sentindo o coração bater fraco sob sua mão. O desespero começou a apertar seu peito. Será que ele estava doente? Ou pior, estava morrendo?

Ela pegou o gato no colo, ignorando o fato de que suas roupas ficariam cobertas de pelos. Correu até o telefone, pronta para ligar para o veterinário. Mas então, algo aconteceu.

O gato se mexeu. Seu corpo se aqueceu, e ele começou a ronronar baixinho. Adália olhou para ele, incrédula. Ele estava vivo! Não apenas vivo, mas também muito confortável. Ele se espreguiçou, como se estivesse se preparando para uma longa soneca.

Foi quando Adália percebeu. O gato não estava doente. Ele estava apenas com frio. Ela riu, aliviada e envergonhada ao mesmo tempo. "Você é um espertinho, não é?", disse ela, colocando-o de volta no chão.

O gato olhou para ela com seus olhos vermelhos, como se estivesse zombando dela. Adália pegou um cobertor e o enrolou nele, garantindo que ele ficasse quentinho. Ele se aninhou, fechando os olhos com satisfação.

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