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Uma antiga Lenda (prólogo)

A noite silenciosa transcorria como tantas outras, pintada pelo brilho suave das estrelas pontilhando o céu escuro. Entretanto, o que ninguém esperava era a surpresa que aguardava no horizonte celeste. Uma lua excepcional, tão inebriante em sua beleza que todos que a avistaram foram tomados por uma admiração sem precedentes. Era um espetáculo de cor e luz, uma maravilha celestial que parecia trazer consigo segredos profundos.

Enquanto a misteriosa lua azul lançava seu encantamento sobre a paisagem, uma pequena e encantadora garota veio ao mundo. Luna, assim foi chamada, trazia consigo a essência daquela noite tão especial. Seus olhos, tão azuis quanto a própria lua, pareciam janelas para um universo de constelações. Seus cabelos brancos como a neve e seu sorriso cativante encantaram imediatamente os corações de seus pais, despertando um amor profundo e incondicional.

Os anos se passaram, e à medida que Luna crescia, sua família começou a notar algo extraordinário dentro dela. Ela possuía uma energia singular, algo que ultrapassava a compreensão humana e parecia ter origens místicas. Era uma força sombria, um poder latente que se manifestava de maneiras inesperadas. A menina, de natureza doce e gentil, começou a exibir sinais de uma dualidade perturbadora.

Em uma noite de celebração no reino, quando todos se reuniam para festejar mais um dia de paz e harmonia, uma aura sinistra pairou no ar. O mal-estar tomou conta dos corações presentes, enquanto uma sombra densa se estendia pelo ambiente festivo. Era Luna, mas não a mesma garotinha amada por todos. Ela estava irreconhecível, dominada por uma força desconhecida que a transformou completamente.

Seus olhos, outrora portais para as estrelas, tornaram-se profundos abismos negros, destituídos de qualquer brilho celestial. Seu corpo tremia em espasmos descontrolados, e sua voz, antes melodiosa, adquiriu um tom gutural, ecoando como um chamado das trevas. A energia sombria que residia dentro dela agora se manifestava sem freios, e uma influência maligna parecia tê-la dominado por completo.

Até mesmo seus próprios pais, consumidos pelo medo e impotentes diante daquela metamorfose aterradora, chegaram a cogitar a ideia de tirar a vida da própria filha. Desesperados, mas cientes de que algo além de sua compreensão estava acontecendo, eles se viram confrontados com uma escolha impossível. O pavor permeava o ambiente, pois ninguém conseguia discernir a natureza da escuridão que agora possuía Luna.

Numa reviravolta sinistra do destino, a aura sombria e letal que emanava da garota consumiu a todos, devorando suas vidas sem piedade. Um a um, os habitantes do reino foram vítimas da malignidade

desencadeada por Luna, e a promissora festa de celebração transformou-se em uma cena dantesca de destruição e desespero.

No fim daquela noite fatídica, não restava ninguém além de Luna. Ela permanecia no centro do caos, envolta em uma solidão tão profunda quanto o abismo que havia emergido dentro de si. A menina, agora uma encarnação de escuridão, enfrentava uma batalha interna entre sua inocência original e a influência malévola que a havia corrompido.

Mas é claro, isso é apenas uma lenda de mil anos atrás. Ninguém sabe ao certo se essa lenda realmente aconteceu ou se é apenas uma mentira inventada há milênios. No entanto, uma coisa que podemos afirmar é que é uma lenda bastante famosa. Se é real ou não, isso teremos que descobrir.

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