webnovel

Caindo Bruscamente

Tudo começa em tempos antigos da humanidade, em uma floresta ordinária um homem primitivo está caçando uma espécie de cervo, esse homem primitivo é extremamente bonito e muito inteligente, durante dias ele estudou sua presa, descobriu seus costumes, memorizou sua rota e agora esta aplicando seu plano programado em sua vasta mente, mas algo estranho aconteceu ... foi algo abrupto que interrompeu tudo que ele fez ...

O antigo calor que incomodava sua pele tinha desaparecido, o odor dos animais que estavam presos a sua mente tinham também sumido de seu nariz, ele não sentia mais a terra em seus pés, apenas algo frio e liso ..... o seu tato apenas parecia tocar em algo liso e plano, ele tentou olhar envolta, entretanto estava muito escuro, ele não sabia se tinha ficado cego ou se tinha morrido.

Uma luz verde forte então bruscamente cegou seus olhos e, esse homem sentiu que tudo a sua volta começou a suga-lo .....

Avançado mais no tempo, em um grande deserto uma criança do Reino Ptolemaico do Egito tinha sumido, graças ao alarde de soldados e das pessoas de alto escalão estava mais que na cara que tinha sido alguém importante, pensaram que podia ser alguma filha oriundo de uma concubina, contudo a pessoa em questão tinha apenas sangue nobre, o nome dessa criança era Cleópatra, a futura faraó e ultima governante deste reino .... ela sumiu enquanto brincava com algumas crianças ...

Indo ainda mais para frente uma mulher ruiva corria em uma floresta escura e meio sombria, alguns homens com tochas e espadas a perseguiam em uma certa distância, todos corriam como se ela fosse alguma criminosa, eles também portavam armaduras de ferro misturados com couro, o que indicava que não eram pessoas que eram exatamente ricas, a mulher tinha um rosto mediano e um belo cabelo ruivo, o que nas histórias da idade média, indicavam que era uma "bruxa" o que nunca passou de uma mentira, que tinha sido inventada pela igreja para fazer a população cair em sua coleira, essa mulher corria com toda a sua vida pois se fosse pega a morte era certa, ela correu muito até ela cair em um buraco que parecia não ter fim, ela acabou parando naquela mesma sala escura e meio sombria, ela deveria estar queimando em meio ao suor, só que seu corpo agora estava frio, ela não tinha uma gota de suor em sua roupa, ela também parecia nem sequer ter rastros de ter suado ... foi quando aquela luz verde novamente apareceu e também a sugou ...

Estamos neste momento em um escritório de algum cientista excêntrico, ele aparenta ser um homem bem feio, usando seu jaleco branco de cientista, com óculos de aro prata e uma calça preta de terno caro, seus cabelos grisalhos mostravam a sua idade avançada, o mesmo parece mexer com alguns frascos de vidro contendo conteúdos das mais diversas cores, ele também tinha na mesa algumas amostras de animais, sendo de porcos e peixes, esses animais estavam com sua barrigas abertas, ele ficava jogando os conteúdos dentro desses animais, e sempre anotava tudo em papéis que se encontram em grande quantidade em sua mesa, ele continuou esses testes até também cair naquela sala escura, ele tinha tomado uma baita queda, foi ao ponto dele levantar correndo para ver o que estava ocorrendo, o cientista então ficou embasbacado com sua atual situação ..... e mais uma vez o que emitia a luz verde preencheu aquela sala e mais uma pessoa foi sugada ....

Avançamos mais um pouco, o ano era 2000, o país era o Brasil, em uma cidade do interior do mato grosso do sul, sendo mais exato, a cidade de Coxim, era perto das 23 horas do dia 10 de abril, em uma rua vazia um homem andava de forma despreocupada, seu rosto era mediano, suas roupas era até consideradas caras para a época em que estava, sua bota de fazendeiro estava cheia de terra, seu rosto mostrava cansaço excessivo.

Esse homem chamava-se Pedro Henrique Bastos, ele tinha por volta dos 25 anos e trabalhava em uma fazenda, ele estava com pressa então olhou para o relógio em seu pulso direito, com um suspiro ele dissertou:

-" Então ainda vai dar 23 horas? Hahaha amanhã vão me cobrar tanto no meu emprego ..... nem acredito que essa cidade vai fazer 102 anos!"

Ele tinha uma voz forte, porém o cansaço presente em sua voz era notável, ele tinha murmurado cada uma dessas palavras, agora ele apenas queria chegar em casa e descansar ..... o destino por outra via não quis assim e ele enquanto andava, sentiu abaixo de seus pés o chão desmoronar, ele caiu por um tempo que nem ele soube, logo outra pessoa também parou naquela sala escura e fria.

-" .... Oxi? O que aconteceu?"

Ele olhou em volta, nada ele conseguia ver, Pedro tentou dar um passo, só que no entanto não estava se movendo, tirando seu tronco, braços e em conjunto com seu pescoço e olhos, nada mais ele podia mexer, isso não tinha ocorrido com os outros participantes disso tudo.

-" E-eu morri? ..... não isso não deve estar acontecendo, devo estar tendo um pesadelo .... mas essa sensação gélida e esse sentimento de algo me observando, indica que devo estar acordado ... o que esta acontecendo?"

Bruscamente toda a sala que antes era escura agora estava branca, tinha algumas lâmpadas que estava piscando como se houvesse defeito, essa sala deveria ter em torno de uns 40 metros quadrados e ele não estava sozinho, com ele tinha mais de 60 pessoas, cada uma com uma roupa diferenciada, indo de vestes tribais até roupas que ele mal sabia como funcionavam, cada um falava um idioma diferente, ou seja, ninguém ali estava se entendendo.

Alguns começaram a gritar com outros, que respondiam da mesma forma bruta, Pedro se viu pensando em sua atual situação, ele estava em um lugar estranho com pessoas igualmente estranhas, ele ficou quieto durante esse tempo e decidiu apenas analisar a sua volta, existiam naquele local pessoas de todas as idades, indo de crianças a idosos em estágio quase terminal, tinha pessoas de todas as etnias e cores, todos ali pareciam não possuir qualquer tipo de deficiência, aquilo era um experimento? sem um entendimento completo ele escolheu continuar quieto ...

Até uma sensação que todos dentro daquela sala sentiram, era uma espécie de arrepio com um frio na espinha, quando olharam na direção onde seu corpo parecia tremer, avistaram um corpo com forma andrógena e sem face, em um terno prateado, esse corpo estava com as duas mão atrás de seu tronco, o silêncio resplandeceu pela sala ..... até que um homem com vestes tribais decidiu avançar em direção a ele, ele parecia extremamente irritado e seu físico era forte ... o resultado parecia óbvio .... acontece que não foi.

Enquanto o homem musculoso avançava, o homem ou mulher sem face apenas levantou seu braço esquerdo e estalou seus dedos, naquela hora o homem derreteu igual chocolate em dia quente, todos ficaram horrorizados com aquela cena, alguns ficaram em choque, outros correram para a outra parte da sala, alguns bateram com a cabeça no chão, Pedro apenas observou o homem que o respondeu com um gesto .... o gesto de apontar o dedo.

No momento que isso aconteceu, um calor estranho começou a circular em seu corpo, até juntar em suas orelhas e na sua boca, foi nesse momento que ele sentiu uma dor forte em sua mandíbula, uma dor de esmagamento, algo brutal parecia pressionar os ossos de sua boca, parecia que seus dentes iam ficar esmigalhados devido a tamanha pressão, todos estavam olhando ele se contorcer em dor, entretanto ninguém veio ajudar, eles pareciam apenas estar aliviados que não eram eles passando por aquilo, ele não conseguia pensar em nada graças a aquela maldita dor, quando a sensação de esmagamento na boca sumiu seus ouvidos logo também doeram, o som de zumbido estava o matando mentalmente, o sangue escorria por ambas as orelhas, ele gritou e gritou de dor .... quando seu sofrimento acabou, as vozes que antes falavam uma língua estranha agora tinha palavras de seu idioma:

-" E-ele esta bem?"

-" Que merda esta acontecendo? Porque isso esta ocorrendo?"

-" Que bom que não fui eu que passei por isso, finalmente alguma sorte em minha vida!"

-" Eu devia ter ajudado ele? .... não, apesar de ser uma médica, nada conseguiria fazer sem medicamentos adequados."

Vozes das mais diversas, tons de medo, ansiedade, apreensão e até de ..... felicidade. Pedro incrédulo olhou para a figura de terno, o rosto dela parecia estar torcido, antes não tinha rosto algum, agora ele parecia possuir um redemoinho com uma fenda profunda em seu rosto pálido, o rosto aos poucos foi ficando menos parecido com o redemoinho, logo um rosto de uma humana comum havia se formado, o rosto agora parecia ser de um jovem mulher, ela sorria com uma certa satisfação, com o sorriso preso em seu rosto, ela alegou:

-" Sejam todos muito bem vindos, é uma honra ter tantos lixos participando!"

Ninguém parecia entender nenhuma palavra que ela dizia, apenas Pedro conseguia a entender, quando essa jovem mulher percebeu isso, soltou um leve suspiro e colocou a mão em seu rosto, ela murmurou algumas palavras inaudíveis, em seguida gritou:

-" Agora vocês vão me entender!"

Ela bateu uma palma contundente, todos tamparam seus ouvidos e se ajoelharam pela pressão exercida pela palma, todos pareciam sentir a agonia que ele a pouco sentirá, só que no caso deles parecia ser uma dor ainda pior, ele tirou essa conclusão quando algumas pessoas desmaiaram por causa dessa contundente aflição, apenas ele não sentia nada, provavelmente aquilo não era direcionado a ele, então nada ocorreu com o mesmo, quando tudo acabou, a maioria que não desmaiou se levantou e olharam para a jovem com ódio, ela repetiu o que tinha dito antes:

-" Sejam todos muito bem vindos, é uma honra ter tantos lixos participando!"

As pessoas que ainda estava acordadas e estavam com raiva ficaram em choque, alguns demonstraram raiva mais direta porém o medo conteve essa raiva insana deles, a jovem continuou dizendo:

-" Finalmente agora conseguem me entender, que desperdício usando meu glorioso poder com meros vermes."

Ela zombava de forma descarada deles, nenhum apreço ou sequer respeito existiam para eles naquela coisa, ela continuou depreciando eles e esnobando sua raiva, que na visão dela era tola e sem qualquer sentido, como maior forma de desrespeito ela tocou no corpo daquele que ela transformou em gosma, com o dedo indicador ela pegou um pouco desse corpo agora gosmento, ela colocou na boca e no mesmo instante ela cuspiu, ainda argumentando:

-" Nem desse jeito esses vermes tem bom gosto? Patético."

Uma mulher no fundo acabou explodindo em raiva e argumentou contra ela:

-" Acha que pode nos chamar de verme? Sua-"

-" Desmaie!!"

A mulher caiu no chão com sua boca espumando, ela teve uma pequena convulsão e sangue saia de seus olhos, isso era uma prova do poder daquela coisa com forma de uma jovem dama, com um sorriso em seu rosto maligno ela proferiu:

-" Podemos continuar? Ou vai ter mais alguém falando merda para meus preciosos ouvidos terem de ouvir? Se for assim falem logo, estamos ficando sem tempo!"

Todos estavam nervosos e com medo, a raiva sumiu ao ver que era inútil atacar aquela coisa, apenas o terror e sangue existiriam no caminho que agora essas pessoas iriam trilhar, sem felicidade ou qualquer outra emoção positiva ...

Essa é minha obra favorita entre as que criei, espero que gostem!

-----------------------

This is my favorite work among the ones I created, I hope you like it!

Solitario90creators' thoughts
Next chapter