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18- Agentes do governo

Os dias passaram como um sopro, e em um piscar de olhos, meses inteiros se foram.

Nesse tempo, Jayden não parou um único momento. Seu treinamento seguia constante e implacável, sempre buscando superar seus limites e descobrir novas formas de se aprimorar.

Para alcançar seus objetivos, ele utilizou métodos que testariam até mesmo os guerreiros mais endurecidos:

Sessões intensas em uma sala de gravidade aumentada, vestimentas pesadas que dobravam como obstáculos constantes, braceletes de choque que exigiam persistência constante, além de banhos em temperaturas extremas, que variavam de congelantes -40°C a abrasadores 150°C.

E, claro, uma quantidade absurda de comida para sustentar o desgaste físico de tanto esforço. Seu corpo precisava de uma base sólida de energia para aguentar as exigências que ele se impunha.

Jayden não era alguém comum.

Com um vasto conhecimento sobre uso de qi, conhecimento sobre o futuro de Dragon Ball e sua criatividade, ele criou meios de treinamento e sustentabilidade que o permitissem passar por isso.

A sala de gravidade e as roupas de peso foram desafios fáceis de resolver, surpreendentemente, foi Bulma quem as construiu. E fez isso sozinha.

Tudo começou com um comentário despretensioso de Jayden sobre querer uma sala de gravidade ou roupas pesadas para auxiliar no treinamento.

Para sua surpresa, Bulma prontamente arranjou tudo em questão de dias. Sua genialidade brilhava ainda mais do que a do próprio pai, Dr. Briefs.

Já o bracelete de choque foi uma melhoria direta sobre as roupas de choque comuns. Mais compacto, eficiente. Ele estimulava tanto os músculos quanto a concentração de Jayden.

Os banhos extremos, por outro lado, eram um teste tanto físico quanto mental.

A temperaturas que fariam qualquer humano comum sucumbir, Jayden usava para fortalecer seu corpo e mente.

Graças à grande quantidade de Qi em seu corpo e a técnicas especializadas, ele conseguia não apenas sobreviver, mas se beneficiar desses métodos impensáveis.

E os resultados começaram a aparecer. O Qi de Jayden passou por uma transformação impressionante.

Antes, ele possuía apenas 120 unidades, uma quantidade que agora parecia insignificante. Após meses de trabalho duro, ele alcançou incríveis 500 unidades, mais de quatro vezes o que tinha inicialmente.

Mesmo assim, ele sabia que ainda estava longe dos grandes nomes daquele universo.

Goku, por exemplo, ainda uma criança varios anos mais jovem do que sua versão clássica, possuía atualmente impressionantes 2500 unidades de Qi.

E então havia o Mestre Kame, um verdadeiro enigma. Por mais que Jayden tentasse, ele não conseguia ver todo seu qi, só conseguia visualizar a quantidade que o velho mestre permitia.

O que provavelmente era algo minusculo para Kame era, na verdade, uma quantidade esmagadora de 9999 unidades para os padrões de Jayden.

Era evidente que o Mestre Kame era um monstro em todos os sentidos possíveis, um lembrete vivo da distância colossal entre Jayden e os verdadeiros titãs do mundo.

Por mais que treinasse, ele sabia de uma verdade inescapável: não importa o quanto você treine ou lute, sempre haverá alguém mais forte; você apenas ainda não o encontrou.

Essa lição ressoava em sua mente como um mantra, um guardião contra o orgulho e a soberba. Em vez de se deixar levar pela arrogância, Jayden manteve os pés no chão, treinando com diligência e determinação.

"Ha! Ha! Ha! Ha!" Ele desferia uma sequência de golpes no ar, como se enfrentasse um inimigo invisível.

Seus ataques não seguiam uma única forma, não estavam presos a uma arte marcial específica.

Jayden não era como os artistas marciais convencionais dos dias atuais, que memorizam um estilo e lutam ate ficarem bons nele.

Sua base marcial era sólida como uma fortaleza. Com os recursos que possuía, ele havia contratado os melhores instrutores do planeta, mestres das artes marciais tradicionais e modernas.

Embora nenhum deles pudesse ser comparado aos verdadeiros mestres desse mundo, cada um contribuiu para construir os alicerces de seu treinamento.

"Construir um prédio começa pela base," ele sempre repetia a si mesmo.

Cada arte marcial que aprendeu era como uma viga de aço invisível, sustentando a estrutura de sua habilidade crescente.

Quem o via de relance poderia ignorar o trabalho meticuloso por trás de seus movimentos, mas as vigas estavam lá, firmes e indispensáveis.

"Jay! Vem cá!" A voz de Bulma irrompeu, puxando-o de seus pensamentos.

Jayden interrompeu o treino, virando-se para encará-la. Ela vinha em sua direção, os passos apressados denunciando um tom de urgência.

"O que foi, Bulma? Algum problema?" perguntou, enxugando o suor do rosto.

"Uns caras do governo apareceram aqui. Eles dizem que estão procurando por você." Bulma cruzou os braços, a preocupação evidente em sua expressão.

Jayden arqueou uma sobrancelha, mas não pareceu surpreso. Em vez disso, soltou um suspiro leve, seguido de um sorriso quase divertido. "Ah, finalmente chegaram. Até que demoraram."

A reação descontraída dele só aumentou a tensão de Bulma. "Como assim, você já esperava por eles? O que aconteceu? Seus pais desviaram impostos? Contrabandearam algo? Não se preocupe, eu posso resolver isso em um piscar de olhos! Só preciso—"

"Calma aí, Bulma!" Jayden levantou as mãos, interrompendo o monólogo dramático. "Que exagero! Você andou assistindo muitos filmes, hein? Nada disso aconteceu. Provavelmente, eles descobriram que fui eu quem evocou Shenlong."

Ela parou, processando a informação. "Ah, é... isso faz mais sentido. Desculpa. É que—"

"Tudo bem," ele disse, soltando uma risada. "Só tenta maneirar na televisão. Isso está acabando com seus neurônios."

Bulma bufou e cruzou os braços, fingindo irritação. "Ok, senhor sabe-tudo."

Enquanto ela se afastava, Jayden não pôde deixar de pensar no que o aguardava. O que estava prestes a acontecer provavelmente iria desencadear em uma mudança drástica no destino do mundo.

...

Alguns minutos depois.

A sala de estar era espaçosa e iluminada, decorada com o toque característico de uma família que equilibrava conforto e estilo.

No centro, dois sofás estavam posicionados frente a frente, separados por uma mesa de centro repleta de revistas, flores e uma bandeja com chá e biscoitos.

Sentados em um dos sofás estavam três homens de aparência formal, com ternos impecáveis e óculos escuros que os tornavam quase indistinguíveis uns dos outros.

A postura rígida e os olhares avaliativos denunciavam que não estavam ali para uma visita casual. Eles eram claramente agentes do governo.

No sofá oposto, Panchy e suas filhas, Bulma e Tights, conversavam com os visitantes, tentando aliviar o ambiente tenso enquanto aguardavam Jayden. Panchy, sempre animada e amigável, conduzia a conversa com um sorriso radiante, enquanto Bulma mantinha uma expressão neutra, embora claramente entediada. Tights, por sua vez, parecia mais interessada em seus próprios pensamentos do que na situação à sua frente.

A conversa, entretanto, ganhou um tom inesperado quando Panchy começou a compartilhar histórias embaraçosas sobre Jayden.

"Então, sabe," ela dizia alegremente, "uma vez ele quase explodiu a cozinha inteira tentando cozinhar feijão na panela de pressão. Foi um caos! A tampa voou pelos ares, e os robôs tiveram que limpar o teto por semanas!"

As filhas trocaram olhares, meio constrangidas, enquanto os agentes do governo mantinham suas expressões estoicas, embora fosse impossível dizer se estavam achando a história engraçada ou simplesmente sem importância.

Foi nesse momento que a porta se abriu. Jayden entrou, agora com roupas limpas e um ar mais apresentável, tentando ao máximo ignorar o que acabara de ouvir.

"Desculpem a demora," ele disse, ajustando a gola da camisa casual que usava. "Eu estava tomando banho."

Um dos agentes acenou com a cabeça, sua voz calma e direta. "Sem problemas, senhor. Estamos apenas aguardando para discutir alguns assuntos importantes."

Antes que Jayden pudesse responder, Panchy interveio novamente, radiante como sempre. "Ah, querido, eles estavam curiosos sobre você! Então começamos a contar algumas histórias para quebrar o gelo, como aquela vez da panela de pressão."

Jayden fechou os olhos por um breve instante, inspirando profundamente para manter a compostura. "Obrigado... tia Panchy. Foi de grande... ajuda."

"Não há de quê, querido!" respondeu ela, como se realmente tivesse feito algo útil.

Bulma escondeu um sorriso atrás da mão, enquanto Tights olhava para o lado, visivelmente tentando não rir.

Os agentes, por sua vez, permaneceram impassíveis, mas o leve arquear de uma sobrancelha de um deles sugeria que talvez a história não fosse tão irrelevante quanto aparentava.

Jayden caminhou até o sofá, sentando-se na beira com uma postura confiante, pronto para finalmente encarar o motivo de sua visita. "Muito bem, senhores. Vamos ao que interessa. Por que estão aqui?"

Os agentes de entreolham, então o do meio, que provavelmente deve ser o líder do grupo falou:

"Nós sabem que seu primeiro nome é Jayden, além de que, por muito tempo você tem visitado a resistência dos Briefs diariamente.

Você desapareceu da cidade por algumas semanas, mas existem relatos de você em outros lugares.

E exatamente no mesmo dia que você retornou, aquele, Dragão divino gigantesco apareceu e o resto é história.

O que queremos saber é se você realmente é quem estamos procurando?"

"Se vocês estão procurando por quem invocou Shenlong, então sim, sou eu."

"Desculpe mas, mesmo assim é difícil acreditar facilmente nesse tipo de coisa, poderia nos dar alguma prova ou garantia dessa alegação?"

Em vez de passar longos tempos explicando com suas palavras, Jayden preferiu provar com suas ações.

Como se ele tivesse super poderes, Jayden começou a levitar.

Os agentes arregalaram os olhos e se levantaram do sofá de tanta surpresa.

Mas ninguém estava se importando com a reação deles.

Como um peixe na água, Jayden voo sutilmente ao redor da sala, pegou alguns biscoito na mesa e sentou no braço do sofá.

Enquanto os agentes estavam boquiaberto com o que acabaram de ver, Panchy, Bulma e Tights não demonstraram uma reação forte.

Elas já o viram fazer isso antes, ele até mesmo ofereceu para ensinar como se faz, mas mesmo assim é uma visão incrível.

"Isso é suficiente."

"S-sim senhor, desculpe se eu te ofendi."

"Relaxa, eu não ligo para esse tipo de coisa. Podem agir do mesmo jeito de antes," disse Jayden, casualmente mordendo mais um pedaço do biscoito.

Ele olhou para os agentes, seus olhos penetrantes contrastando com seu tom descontraído. "Então... o que desejam?"

O líder do grupo ajeitou a postura e limpou a garganta, tentando recuperar a compostura.

"Obrigado por entender," começou ele, mas a leve hesitação em sua voz traía sua tensão. "Coff... Nós— quero dizer, o governo— gostaria de contar com sua colaboração para responder algumas perguntas importantes."

Jayden arqueou uma sobrancelha, intrigado. "Quais seriam?"

O agente respirou fundo, e suas próximas palavras carregavam um peso evidente. "O mais importante de tudo é... você é uma ameaça?"

A tensão pairou no ar como um trovão prestes a explodir. Panchy, Bulma e Tights, embora acostumadas às peculiaridades de Jayden, agora observavam em silêncio, seus olhos discretamente atentos à interação.

Jayden manteve-se impassível por um momento, permitindo que a pergunta ecoasse na sala. Finalmente, ele inclinou-se para frente, colocando o biscoito de lado, e respondeu com calma calculada:

"Ameaça? Não." Ele fez uma pausa, deixando as palavras afundarem. "Na verdade, acho que vocês poderiam até me chamar de... um dos guardioes da terra."

O agente que estava à esquerda, mais jovem e claramente menos experiente, inclinou-se para frente, confuso. "O que você quer dizer com isso?"

Jayden cruzou os braços e sorriu, mas havia um tom sério em sua voz ao responder: "Você não realmente acha que estamos sozinhos, não é?"

Essa afirmação fez os agentes se entreolharem, agora visivelmente inquietos.

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