: A Tempestade de Magia
O campo de batalha estava envolto na escuridão do Eclipse, onde a energia de Heitor, amplificada pela torre oculta, parecia envolver o ambiente como uma névoa. O exército de Aranden, ciente do poder de seu líder, ainda não sabia da verdadeira magnitude que ele possuía, pois a torre permanecia invisível a todos. Mas mesmo sem ela à vista, o poder de Heitor não poderia ser ignorado.
Os magos arcanos de Ethill e Westphalen, porém, não recuaram. Sabiam que sua única chance de vitória era reunir suas forças em um ataque devastador. A tensão no ar era palpável quando começaram a conjurar a magia que poderia mudar o curso da batalha. O céu acima se distorceu, e nuvens negras começaram a formar um vórtice, sugando toda a mana ao redor. Relâmpagos de pura energia dispararam, rasgando o horizonte.
"Tempestade de Mana, converjam!" O líder dos magos arcanos ordenou com firmeza. Em um só movimento, eles uniram sua magia, formando uma tempestade de poder puro, seu furor pronto para engolir tudo em seu caminho. Os raios de mana caíram sobre o campo com força imensurável, como se os próprios céus tivessem se rebelado.
Heitor observava, sabendo que esse ataque não seria facilmente dissipado. Sentia o poder da tempestade crescendo, mas sua concentração não vacilava. Ele sabia que não podia confiar apenas nos feitiços que usara até então. A energia da torre, ainda oculta aos olhos dos outros, aguardava o momento certo.
"Eu preciso de mais poder…" pensou, sentindo sua aura começar a brilhar intensamente ao seu redor. Sua aura, uma mistura de tons escuros e claros com reflexos de branco, começou a pulsar com uma força crescente. Era uma aura que refletia não apenas seu domínio sobre a mana, mas também sua própria determinação. A luz azul-clara de sua espada Estrela do Amanhã se intensificou, iluminando a escuridão ao seu redor.
Ao levantar a espada, ele se preparou para enfrentar a tempestade. A lâmina ressoou com um poder profundo, respondendo à crescente força do campo de batalha. Ele invocou uma magia runica secreta, seu corpo e mente trabalhando em perfeita harmonia. Runas antigas começaram a se acender, primeiro em sua espada e depois se espalhando para o ar ao redor dele, como se o próprio espaço estivesse sendo moldado por sua vontade.
A tempestade de mana avançava, mas quando a energia de sua espada e a magia rúnica se fundiram, algo incrível aconteceu. A Estrela do Amanhã cortou o ar com uma explosão de luz, e uma onda de energia azul disparou em direção às nuvens escuras. As runas se acenderam com um brilho tão intenso que até o céu parecia reagir. A tempestade começou a vacilar, como se a própria essência de sua magia estivesse sendo desintegrada.
A batalha parecia travada entre duas forças elementares—o caos da tempestade de mana contra a luz e o controle de Heitor. No entanto, o exército de Aranden, sem saber da fonte de sua força, apenas observava o poder de Heitor se manifestando de uma forma que nunca haviam visto antes. Eles sentiam a pressão da energia no ar, mas não conseguiam compreender o verdadeiro alcance de seu líder.
Mesmo com a tempestade recuando, os magos de Ethill e Westphalen não desistiram. O mago líder de Ethill, visivelmente exausto, gritou uma última ordem: "Unam novamente nossas forças!" Ele sabia que ainda havia uma chance de restaurar o caos. Porém, enquanto a tempestade começava a se reagrupar, Heitor sentiu a energia da torre pulsar, e com ela, o poder necessário para desencadear sua próxima ação.
Sem revelar o segredo da torre, Heitor concentrou ainda mais energia em sua espada, sua aura intensificando-se até o ponto em que parecia ser uma extensão do próprio campo de batalha. Os magos de Aranden, agora mais confiantes pela demonstração de poder, começaram a se preparar para o próximo movimento. Mas Heitor sabia que essa batalha estava longe de acabar. Sua luta não era só contra a tempestade, mas contra algo muito maior—um poder que ele não deixaria dominar o campo.
A tempestade de mana era a última linha de defesa de seus inimigos, mas Heitor não cederia. Ele estava pronto para liberar todo o poder de sua alma e a energia de sua torre, mesmo que o exército não soubesse do que ele era capaz.
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