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Capítulo 25

"Então mantenha este quarto arrumado. É o meu preço, então você não pode julgá-lo. Você estará poupando uma empregada ou um soldado de ter que vir aqui limpar."

Rosa achou que era pouco, mas era melhor do que nada. Ela já tinha enxugado a água que derramou quando se banhou e pendurado o que usou para enxugar. Embora pudesse faltar treinamento adequado, ela sabia como ser uma boa hóspede.

"Eu farei isso," Rosa respondeu, satisfeita por isso não ser de graça. "Meu dinheiro-"

"-Não é necessário," Zayne interrompeu. "Eu tenho bastante, então não preciso do que você tem."

"Tenho certeza de que meu dinheiro não pode se comparar ao que você tem, mas é muito aos meus olhos. Mais do que eu tinha em um momento para agora me considerar um pouco rica. Não vou mais pedir para você aceitar meu dinheiro, já que concordamos com a limpeza. Não quero ser rude, mas é só isso?" Rosa perguntou, já que não via mais razões para continuarem aqui conversando.

Antes que Zayne pudesse responder, Rosa se assustou com o som de música e risadas. A noite estava chegando à cidade e, assim como no bordel, havia música alta aqui. Ela já estava acostumada com a música significando que os clientes estavam chegando, então as mulheres tinham que entreter.

"Rosa, é apenas um banquete lá fora. É por isso que tem tanta carne. Depois de passar tantos dias em um barco, eu achei que meus soldados mereciam isso. Não posso pedir que parem a música só por sua causa," Zayne disse, pois era irracional.

Rosa se acalmou ao lembrar que não estava mais no bordel. "Não precisa. Me desculpe. É só difícil não reagir a algo que desencadeia as memórias do bordel enchendo. Então, como seu general, você deveria estar lá aproveitando o banquete também."

"Eu não gosto de estar perto de muitos bêbados. Vou jantar e depois me recolher para dormir. Lembre-se, tranque a porta e não saia deste quarto. Por que está fazendo bico?" Zayne perguntou.

"Porque você já me disse isso várias vezes. Eu sei ser cuidadosa. Não vou me esgueirar por aqui para me meter em problemas," Rosa respondeu.

Só um idiota se arriscaria a vaguear por um lugar desconhecido. Especialmente quando cercado por soldados de outra terra.

Tentar se esgueirar agora só causaria problemas para Zayne.

"Não sei se posso confiar em você, já que eu te peguei andando sorrateiramente duas vezes. Uma com uma faca e a segunda vez incendiando um depósito. Tenho minhas dúvidas em te deixar sozinha. Talvez eu devesse pegar a faca de volta e remover qualquer coisa que possa causar um incêndio," Zayne disse, fingindo se mover como se fosse inspecionar o quarto.

"Você não tem nada com que se preocupar. Eu só saí às escondidas porque precisava de água e a segunda vez, alguém tentou... Eu tinha meus motivos naquela época. Agora não tenho motivos para me esgueirar. Não estou curiosa sobre o que você está fazendo por aqui," Rosa respondeu.

"Muito bem. Entre e tranque a porta. Mandarei alguém vir te acordar e te dar outro vestido pela manhã," Zayne disse, dando um passo para trás para que a porta fosse fechada.

Rosa estava intrigada com a necessidade de outro vestido quando este lhe foi dado recentemente e o que ela usava aqui já estava seco. "Eu tenho este e o que eu usava antes já está seco. Não preciso de outro."

"Você quer andar por aí vestindo um vestido que Graham deve ter visto você usando antes? Caso ele cruze seu caminho, você não acha que ele reconheceria?"

Rosa não tinha pensado nisso. "Oh, mas eu planejava ir para longe para que ele não me visse. Não é o melhor vestido, mas não deve ser jogado fora agora. Vou guardá-lo por enquanto. Boa noite," ela disse, pronta para se recolher para dormir.

"Zayne. Meu nome é Zayne. Eu tenho te chamado de Rosa, é justo você dizer meu nome. Nenhum mal vai te acontecer por dizê-lo. Vá em frente," Zayne a incentivou.

Rosa achou Zayne estranho, mas era justo como ele disse. "Boa noite, Zayne."

Rosa fechou a porta depois de se despedir. Ela tinha muito para comer e depois precisava descansar, pois tinha longos dias pela frente.

No dia seguinte, Rosa acordou cedo para estar pronta quando Zayne precisasse partir. Ela ignorou a atenção que recebia enquanto era levada até as portas da frente, onde uma carruagem a aguardava. O sol ainda não estava totalmente alto no céu e estava um pouco escuro para que alguém não a notasse enquanto ela estava junto à porta.

Lucy estava atrás de Rosa com os braços cruzados. Uma das empregadas a alertou sobre Rosa ainda estar presente e ela teve que vir ver pessoalmente. O acordo era para Rosa descansar ontem e depois partir, então por que ela ainda estava vendo Rosa aqui e por que a carruagem de Zayne estava na frente?

Parecia que apenas Zayne e Rosa iriam juntos. Embora Zayne pudesse se proteger, ele deveria viajar com um guarda.

"Qualquer coisa que você tenha para dizer, não diga," Zayne falou enquanto passava por Lucy. Era muito cedo no dia para ele lidar com seu absurdo.

Quando Zayne saiu, não foi surpresa ver Rosa olhando para a carruagem dele como se fosse um objeto estranho. A carruagem foi a única razão pela qual ela ficou para trás na noite passada. "É muito melhor quando você entra."

Rosa afastou a mão da porta da carruagem que estava prestes a tocar. "Achei melhor esperar por você. É a sua carruagem," Rosa disse, dando espaço para ele.

"Eu vejo. É hora de irmos," Zayne disse, abrindo a porta e segurando-a para Rosa entrar primeiro. Zayne percebeu quanta paciência ele tinha que ter devido a Rosa não se mexer. "Não era o acordo para você entrar na carruagem comigo?"

"Era," Rosa respondeu.

"Então por que você não está se movendo com a porta aberta?"

"Você deve entrar primeiro, não é?" Rosa perguntou, novamente confusa. Era assim que ela sempre tinha visto. Era errado ela entrar primeiro. Ela tinha visto mulheres sendo repreendidas quando faziam isso. "Devo segurar para você?"

Rosa colocou sua mão acima da mão de Zayne para segurar a porta aberta para ele. Ela não sabia como isso deveria acontecer, já que ela só tinha observado outras mulheres despedirem-se dos clientes ou os acompanhar para voltar mais tarde. Os homens sempre iam primeiro.

Rosa sorriu como as mulheres faziam então, confundindo isso com a razão de Zayne não estar contente em entrar na carruagem. Ela não tinha ninguém para perguntar como fazer isso direito.

"Rosa, estou segurando a porta aberta para você entrar primeiro. Honestamente, como posso deixar você partir quando você não sabe nada do mundo?" Zayne se perguntou.

Ela deve ter estado no bordel desde criança para não saber coisas simples.

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