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Capítulo Onze

Aleksander Petrov

Faz uma semana que voltei para casa, estou de volta ao meu território, o lugar onde realmente pertenço, longe de todo ar tóxico dos italianos. Nesta uma semana, tenho evitado Isabella ao extremo, saio super cedo de casa e somente volto quando ela está dormindo, não me reconheço mais, estou agindo que nem  um covarde, fugindo da minha própria esposa sem mais nem menos. Eu tenho frequentado bordéis procurando por alguma vadia que faça o meu pau subir, mas nenhuma delas fez ele ressuscitar, parece até que aquela demonia lançou um feitiço em mim, eu simplesmente não sei o que fazer, ele não me obedece mais.

— Pakhan! Temos novidades — um dos meus soldados entra em meu escritório totalmente em desespero, como se tivesse más notícias.

— Prossiga — meu braço direito Ygor da as  ordens.

Desde que me retirei por causa do casamento, as coisas na Bratva, andam de pernas para o alto. A Yakuza tem me tirado o sono, têm roubado as minhas cargas de cocaína em plena luz do dia, como se estivessem testando a minha paciência.

— Os japoneses afundaram mais dois dos nossos navios — me levanto frustrado da minha cadeira, minha cadeira cai devido a força que uso para me levantar, meus punhos cerram e eu quero matar alguém. O  soldado fala se tremendo, ele está se cagando de medo e não é para menos, se o culpado não for encontrado, cabeças vão rolar.

— Porra! Desgraçados, quem eles pensam que são? — Ygor berra irritado.

Os filhos da puta dos japoneses, estão mesmo me testando, eles pensam que estou fraco. Eu nunca fui enfrentado antes, não por eles, eles me temem, sabem do que sou capaz, sabem muito bem que ninguém sai vivo das minhas mãos. Os japoneses são cuidadosos demais e respeitam o território alheio, eles nunca se atreveriam a fazer isso, outra pessoa está atacando os meus navios e colocando a culpa neles.

— Não foram os japoneses — falo com convicção.

Eu conheço o Tanaka, ele não é assim, ele sabe muito bem o poder que tenho, sabe que se encostar em mim, em questão de segundos o território dele vai se transformar em cinza. Não foi ele, com certeza.

— Como pode ter certeza Aleksander, os soldados têm provas disso, eles não podem estar enganados — Ygor comenta. Ele e outros estão caindo na cilada da pessoa que está fazendo isso, eles querem que nós comecemos uma guerra com os japoneses, enquanto o verdadeiro culpado está andando por aí.

— Tanaka não é idiota, ele sabe que não pode me enfrentar, eles não têm poder de fogo o suficiente para me derrubar ou entrar numa guerra comigo — explico para ele e outros soldados na minha sala.

Parece que os meses em que estive fora, fez com que os meus soldados ficassem sem cérebro ao ponto de crerem em qualquer coisa.

— Mas podem estar a receber a ajuda de alguém — um dos soldados fala. Finalmente alguém fala algo que realmente faz sentido. Se os japoneses estão realmente me atacando, eles estão recebendo a ajuda de alguém, porque eles por conta própria, não fariam algo do gênero.

— Você tem razão — Concordo com ele — Qual é o seu nome — Preciso de gente inteligente do meu lado, se o meu consigler não conseguiu descobrir algo tão simples quanto isso, ele não está pronto para ser o consigler do Pakhan.

— Mikail senhor — ele fala com certeza, sem medo de nada, nem mesmo de mim que sou seu Pakhan, gostei dele, apesar da pouca idade, ele tem bastante confiança em si.

— Óptimo, você deixará de ser um simples soldado — os olhos na sala se viram em direção ao miúdo, alguns cheios de inveja outros de raiva, com razão, o muleque não tem nem um ano fora dos treinos e já vai subir no cargo.

— Desculpe interromper senhor, mas não acha que ele é muito imaturo? — meu consigler fala e algumas cabeças concordam com ele.

Se o pobre coitado soubesse que, a criança imatura ficará com o cargo dele, ele com certeza vai morrer.

— Não, eu não acho, estão nesta sala, soldados do mais alto escalão e nenhum conseguiu dar uma resposta boa ao nosso problema, sem contar que todos fizeram o que o inimigo espera de nós — explico com calma, olhando directamente para o meu consigler que está se achando o dono da Bratva.

— Compreendo senhor, mas o que ele vai fazer? — ele Indaga, os outros soldados e membros do conselho estão tremendo de medo, eles acham que seus cargos seram roubados.

— Ele será seu aprendiz — falo com um sorriso macabro nos lábios. Meu consigler quase infarta. É crueldade demais, eu colar o muleque para treinar com alguém que, ele vai roubar o cargo dele depois?

— Está certo Pakhan — ele concorda sem discussão, ele sabe muito bem que não existe mais nada que possa fazer.

— Obrigada Pakhan — o muleque agradece sem demostrar nem um pingo de emoção, como se a notícia não o tivesse afectado em nada. O muleque é muito bom, preciso dar os meus parabéns ao treinador dele depois.

— Investiguem se a Yakuza, tem recebido visitas ultimamente, pode ser qualquer um — meus soldados se preparam para sair da sala — Não descartem ninguém, nem mesmo A cosa Nostra, só porque eu me casei com a filha deles, isso não significa que todos estão felizes com isso — finalizo.

Estamos sendo atacados constantemente, os ataques pioraram depois do meu casamento e olha que não faz muito tempo, só uma semana, é bem provável que a família da minha esposa esteja ajudando a Yakuza. Giana Constantine, é muito esperta, ela sabe que não fiquei satisfeito em me casar com Isabella, ela sabe que precisa se proteger de mim. Para além da Cosa Nostra, tem a Camorra, outros ratos italianos que não me deixam em paz. Se a Giana se unir com eles para me derrubar e somando com os Japoneses, eu estarei totalmente fodido e o meu casamento não valerá absolutamente nada. Terei me sacrificado para nada, meu pau estará condenado para todo o sempre por nada.

Hoje preciso voltar para casa, não posso fugir da minha esposa para sempre, teremos um jantar de apresentação dela aos membros da máfia, para tal, eu preciso ver e ouvir a voz dela. A maldita voz de sereia que só com isso, meu pau já dói.

— Isabella! Isabella! — macho por ela por toda a casa, mas não a encontro em lugar nenhum, será que fugiu?

— Pakhan, a senhora Petrov está biblioteca — Catarina informa com calma.

Ela é minha babá desde o meu nascimento, parece estranho falar assim visto que, sou um homem casado, mas assim que me mudei para a mansão Petrov, a mansão maior, eu a levei comigo.

— Obrigada Catarina, eu vou lá — subo as escadas correndo, estou ansioso por vê-la. preciso saber se ela tem algum poder contra mim ainda, preciso ter certeza que sou imune ao charme dela.

A biblioteca fica no segundo andar da mansão, é foi construída pelo meu avô, para dar de presente a minha avó. Apesar do casamento deles ter sido um casamento arranjado, igual ao meu, eles foram muito felizes, meu avô, amou a minha avó no segundo em que colocou os olhos nela. Queria que as coisas fossem assim entre mim e Isabella, mas parece que nós dois fomos feitos para estar sempre em guerra.

— Olha só quem lembrou o caminho de casa? — Isabella debocha de mim, assim que me vê entrando na biblioteca.

Ela está sentada no pequeno sofá da biblioteca, ela não mudou em nada nessa uma semana que fiquei fora, muito pelo contrário, ela ficou mais linda que antes. Só de escutar a sua voz, o desgraçado do meu pau, decidiu dar sinal de vida dentro das minhas calças. Como é possível? Eu fiquei a semana inteira, procurando por prostitutas nos meus bordéis, prostitutas de todos os tipos; brancas, negras, loiras, morenas, cacheadas, crespas. Mas nenhuma delas conseguiu ressuscitar o desgraçado do meu pau, ela, com seu deboche ressuscitou ele em segundos, deve ser brincadeira.

— Não tenho tempo para o seu deboche, teremos um jantar importante hoje, você será apresentada, fique pronta, às seis eu passo para te buscar — Tento ser o mais indiferente possível, não posso ficar muito tempo no mesmo ambiente que ela, ou esquecerei todos os meus problemas e ficarei trancado com ela nesta sala até a próxima semana.

— Eu não vou — Isabella fala sem medo nenhum, como se eu fosse algum tipo de personagem de boneco animado, como se eu fosse a porra dos familiares dela e não o marido dela.

— Como, acho que não escutei direito — questiono só para ver a reação dela. Ela não é tão corajosa quanto aparenta ser, ela é medrosa e insegura, não se atreveria a me enfrentar. Só está delirando.

— Pois escute bem dessa vez — se vira e fica de frente para mim, larga seu livro na mesa e vem em minha direção — Eu, não, vou, a , porra, nenhuma — fala pausadamente, dando um passo em minha direção, sem nem um pingo de medo em seu olhar.

Acho que ficar longe de casa por uma semana, fez minha esposa se esquecer quem é o marido dela. Na verdade parece que todos na minha máfia se esqueceram com quem estão lidando.

— Acho que você esqueceu com quem casou né? — falo me aproximando dela também, ela continua no mesmo lugar, com a cabeça erguida sem fraquejar — Você vai para qualquer porra que eu quiser, não esqueça que você não é nada aqui, a sua vida é insignificante para mim, se eu quiser, eu posso matar você agora mesmo — falo tudo apertando seu pescoço, fazendo o que devia ter feito desde o início.

Tratar Isabella com cordialidade, fez com que ela pensasse que é alguém importante na minha vida, sendo que ela não passa de uma simples moeda de troca. Só porque fui carinhoso ao tirar a virgindade dela e o meu pau corresponde ao chamados do corpo dela, isso não siginifica que ela se iguala a Fiorella ou que estou apaixonado por ela.

— Eu não me esqueci de nada,mas acho que é você quem não sabe com quem se casou — ela sussura num fio de voz, sem demostrar medo de mim ou de morrer agora.

Ela está ficando sem ar e mesmo assim, não perde a oportunidade de me desafiar. Acho que ela tem razão, eu não conheço a pessoa com quem me casei. Há uma semana atrás, ela estaria chorando agora, implorando pela vida dela, pedido para deixar ela em paz, mas não, ela ainda está me encarando, mesmo não tendo como respirar, mesmo vendo sua vida por um triz.

— Você está louca? Eu posso matar você a qualquer momento, você não siginifica nada para mim — grito com ela depois de soltar seu pescoço. Ela está no chão com as mãos no pescoço, está tentado respirar, mas em nenhum momento demostra medo ou mágoa, ela está indiferente, como se não fosse a primeira vez a passar por isso.

— Se eu sou assim tão insignificante, por quê não me mata então? Sua vida seria mais fácil, você estaria com Fiorella agora — ela murmura ainda no chão, sua voz sai abafada devido ao esforço que ela está fazendo — Oh! Me recordei, você foi o burro que assinou um contrato sem nem sequer ler — se levanta do chão e ri ainda mais da minha cara. Ela por um segundo demonstra medo, até parece que eu fiz uma massagem no pescoço dela.

— Como você sabe disso? — prenso seu corpo contra a parede da biblioteca. Ela ri ainda mais de mim, ela não ri, ela está gargalhando na minha cara, na cara do diabo. Ela não sente mais medo de mim?

— Oh! Então é verdade? Oh! Meu Deus — põe as mãos na boca e ri ainda mais de mim, como se eu fosse um palhaço — Você é mesmo o diabo ou é só um palhaço mascarado, o diabo, não cairia numa cilada com tenta facilidade — ela fala as palavras sem nem um pingo de medo de mim, ela não é mais a mesma.

Estou incrédulo, surpreso com a sua coragem e extremamente duro com isso.

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