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Capítulo 15 - As Profundezas e os Céus

Conforme avançavam em direção às Profundezas Abissais, uma atmosfera mágica envolvia o grupo. O som suave das ondas, combinado com a luz brilhante da lua refletindo nas águas serenas, criava uma paisagem de uma beleza serena e misteriosa. No entanto, o grupo não sabia como alcançar o Reino das Sereias. A dúvida pairava no ar até que, à distância, avistaram uma pequena aldeia, habitada pela raça dos Pukain, nas margens das Praias Breakwaters.

- Aelion: "Será que eles poderiam nos ajudar?"

- Throk: "Precisamos de informações. Talvez eles compartilhem o que sabem."

Ao se aproximarem da aldeia, o grupo foi recebido calorosamente pelos Pukain. Seus corpos esguios e escamosos brilhavam sob a luz da lua. Logo, um dos anciões, um sábio chamado Namiros, aproximou-se.

- Namiros: "Vejo que estão em uma missão importante. Vocês provavelmente procuram o Reino das Sereias, não é?"

- Midoki: "Estamos em uma jornada para preservar o equilíbrio entre as raças e também para salvar um de nossos companheiros. Precisamos encontrar o Reino das Sereias, mas o caminho não nos é claro."

- Namiros: "Há um caminho... um caminho antigo, que poucos ousam trilhar. Mas vejo que vocês são dignos. Venham, eu os guiarei." - Disse sorrindo.

O grupo, então, embarcou em uma jornada marítima, guiados por Namiros e várias criaturas marinhas bioluminescentes que iluminavam o fundo do oceano. Durante a travessia, Namiros começou a compartilhar antigas histórias sobre o Reino das Sereias.

- Namiros: "O equilíbrio entre o reino terrestre e o marítimo é delicado." - Disse ele com um tom solene. - "As Sereias mantêm a harmonia que sustenta nossos oceanos. Perturbá-lo seria devastador para todos os reinos."

Enquanto continuavam a remar, Midoki caiu do barco ao tentar pegar um peixe com as mãos e foi separado do grupo, sendo puxado para dentro de um redemoinho místico chamado Feiche de Água, que o levou para cima ao enigmático Reino Celeste. Throk, Aelion e Namiros ficaram para trás, encarando um enorme tufão que se agitava nas Profundezas Abissais do Oceano.

- Namiros (com um tom preocupado): "Infelizmente, Midoki foi arremessado para o lado oposto... o feixe o levou para o Reino Celeste."

- Aelion (desesperado, arregalando os olhos): "O quê? Para o Reino Celeste? Não! Como vamos encontrá-lo agora? Ele precisa estar com a gente!"

- Throk: "Midoki vai ficar bem, Aelion. Ele é mais forte do que qualquer um de nós. Ele vai encontrar o caminho de volta, eu sei disso." - Diz isso colocando a mão no ombro de Aelion, sua voz firme, mas serena.

- Aelion (respirando fundo, ainda tenso): "Eu... espero que você esteja certo, Throk. Precisamos dele."

- Throk (com um pequeno sorriso): "Ele já superou coisas piores. Confie em mim."

- Namiros: "A entrada para o Reino das Sereias está ali, no epicentro do tufão. Será uma travessia perigosa, mas eu acredito em vocês."

Throk e Aelion trocaram olhares determinados.

Com coragem renovada, o grupo enfrentou o tufão e, após superarem os desafios das águas turbulentas, finalmente chegaram às majestosas portas submersas do Reino das Sereias. Namiros fez uma reverência antes de se despedir.

- Namiros: "Minha jornada termina aqui. Aguardarei notícias do que vocês irão alcançar. Que os oceanos os protejam."

Ao cruzarem os portões, foram recebidos por uma mulher de aparência etérea, uma sereia alta com cabelos prateados que fluíam como ondas, olhos profundos e misteriosos que refletiam a vastidão do oceano. Ela se apresentou como Serina, a guardiã das águas.

- Serina: "Vocês têm a coragem necessária para estarem aqui, o Rei Canvos já nos havia avisado sobre a vinda de vocês." - Com a sua voz ressoando como a maré suave. - "A Rainha Nereida os aguarda no Palácio Real. Mas saibam que os desafios que enfrentam estão apenas começando."

Enquanto isso, no Reino Celeste, Midoki encontrou-se envolto por uma aura etérea, onde criaturas celestiais dançavam entre as nuvens e raios de luz permeavam o ar. Ele sentia a presença de poderosos guardiões observando seus passos.

De volta ao Reino das Sereias, Throk, Aelion e Serina atravessavam recifes deslumbrantes e corais que emanavam uma energia mágica. Eles logo chegaram ao Palácio Real, onde foram recebidos pela majestosa Rainha Nereida. Sua presença irradiava autoridade e sabedoria, com uma coroa adornada com conchas e pérolas que brilhavam com uma luz suave.

- Rainha Nereida: "Agradeço pela sua vinda. Canvos é um grande amigo meu, mas isso não é o assunto mais importante no momento..." - A voz calma, mas carregada de preocupação. - "O Reino das Sereias está ameaçado por uma entidade sombria que se apossou de meu marido, Poseidon, e busca perturbar o equilíbrio dos mares. E temo que o tempo esteja se esgotando."

- Throk: "Faremos o que for necessário. O que exatamente nós enfrentamos?"

Antes que Nereida pudesse responder, um jovem tritão de olhos afiados e corpo forte entrou na sala. Neptune, filho da rainha, curvou-se respeitosamente.

- Neptune: "Meu nome é Neptune. Eu os acompanharei nesta missão."

- Aelion: "E você? O que pode fazer?"

Neptune sorriu, erguendo as mãos, e uma onda poderosa surgiu ao seu redor.

Neptune: "Eu fui abençoado ao nascer." - Sua voz carregada de emoção. - "Quando eu era apenas um bebê, um anjo desceu das profundezas celestiais e me tocou com sua luz divina. Desde então, carrego o poder da Maré em meu sangue, um dom que me conecta ao oceano em sua forma mais pura."

Throk o observou com admiração, enquanto Aelion deu um leve aceno de cabeça.

- Neptune: "Com a força da Maré, juntos, poderemos restaurar a paz do meu reino."

A batalha que se aproximava prometia ser titânica. Nas profundezas escuras e sombrias do oceano, Poseidon reunia seus soldados corrompidos, determinado a destruir a estabilidade do Reino das Sereias e tomar o controle absoluto das águas.

Throk, Aelion, e Neptune prepararam-se para o confronto, cientes de que os destinos dos reinos estavam em suas mãos. As correntes cósmicas que conectavam os mundos estavam em perigo, e eles precisavam agir rápido.

Enquanto isso, no Reino Celeste, Midoki se deparava com os majestosos guardiões celestiais, suas asas brancas e auréolas brilhando sob a luz divina. Ele sabia que seu papel na missão estava apenas começando e que os desafios celestiais seriam tão grandiosos quanto os que seus companheiros enfrentavam nas Profundezas Abissais do Oceano.

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