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O ódio é o que me alimenta

Lucy da uma gargalhada com as lembranças que teve.

— E você acha que eu me importo com o que aconteceu com aquela bastarda? — Lucy responde, com um sorriso cínico no rosto.

Dirah permanece em silêncio por alguns instantes, respirando com dificuldade enquanto seus aparelhos continuam a emitir alarmes.

— Por que está aqui? O que quer de mim? — Dirah pergunta, com uma mistura de medo e curiosidade em sua voz por ver aquela mulher que a tanto tempo não tinha noticias.

Lucy se aproxima da cama, observando Dirah com um olhar de desdém.

— Eu quero vê-la sofrer. Quero ter a satisfação de ver a pessoa que aquele maldito do Matheo mais ama no mundo, agonizando por minha culpa. — ela confessa, com um frio nos olhos que revela a intensidade de sua vingança.

Dirah olha para Lucy, deixando transparecer uma mistura de tristeza e piedade.

— Você é mesmo um ser desprezível. Não consigo entender como alguém pode ter tanto ódio no coração.

Lucy ri, sarcástica.

— Ódio é o que me alimenta. É o que me mantém viva. E agora é a sua vez de experimentar uma pequena porção desse veneno.

Dirah fecha os olhos por alguns instantes, lutando contra a dor e o desconforto cada vez mais intensos.

— Eu lhe imploro... liberte-se desse ódio. Não permita que ele te consuma a ponto de destruir a si mesma.

Lucy se aproxima da cama, inclinando-se sobre Dirah.

— Dirah, me fale, você lembra quando paguei para a professora daquela idiota castigar ela, até mesmo por coisas que ela não fez? Ou quando atropelei o vira-lata daquele cachorrinho que seu filho deu para ela, ah e como esquecer a boneca toda cortada que dei no aniversário de 8 anos dela. — Ela solta uma gargalhada diabólica.— são tantas coisas, mas o melhor eu fiz agora, sabe porque ela não vem te ver todos os dias como fazia?— Dirah olha assustada.— Ohh, o filhinho não lhe disse? Mas pode deixar, vou fazer uma boa ação, sua queria Alexia, morreu.— Se aproximando perto do seu ouvido ela sussurra.— Sabe quem mandou dar um fim nela? Eu! O bastardinho dela, ele foi jogado no lixo, onde era o lugar dele, duvido ter sobrevivido, vocês nunca irão encontra-lo, nunca.

Com isso Dirah começa a passar mal, logo os médicos da clínica correm para o quarto, já não havia mais ninguém nele.

— Meu filho... chamem meu filho...

Os médicos ligam para o Matheo que ao receber a notícia que a mãe estava morrendo, no meio do seu desespero ele deixa a reunião correndo, chegando em menos de 15 minutos. Sua mãe é tudo que ele tem. Apesar de nunca ter conhecido o pai, ele sempre quis saber quem era, mas esse assunto sempre magoava Dirah, guardando pra si, a dor de querer saber quem era esse homem que ela tanto amou.

— Mãe... abre os olhos, fala comigo, por favor.— Abaixando a cabeça, ele segura nas enrugadas e geladas mãos da sua mãe, e chora imaginando que não deu tempo de chegar.— Me perdoa mãe, eu falhei na unica missão que me deu, a Alexia sumiu e eu não sei onde ela está, e agora estou te perdendo, eu não quero te perder mãe.

— Fi..lho— Ele a olha emocionado, abraçando e beijando o rosto da mãe.— Me ouve... Não tenho muito tempo, filho, me prometa que vai encontra nossa menina, prometa filho.

— Sim mãe eu prometo.

— Aqui... pega— Dirah entrega uma chave a ele, ele segura e a olha sem entender.— Essa chave abre um cofre dentro do meu quarto na mansão, filho, me perdoa, eu fiz Mael prometer nunca te contar, que você é...— Sem dar tempo de terminar de falar Dirah parte para o descanso eterno.

— Mãe! Acorda, fala comigo... meu Deus... mãe, não me deixa.

Matheo fica desesperado, agarrado ao corpo inerte da mãe. As lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto ele tenta processar o que acabou de acontecer. A mulher que sempre esteve ao seu lado, que o criou sozinha e lutou por ele, se foi de repente.

Os médicos tentam acalmá-lo, mas Matheo está em estado de choque. Ele se sente completamente perdido, sem saber como enfrentar todas as adversidades que estão por vir. Ele tem uma promessa a cumprir, encontrar a Alexia, mas não sabe por onde começar.

Com o coração partido, ele levanta-se e sai do quarto do hospital. Ele caminha sem rumo pelas ruas, tentando processar tudo o que aconteceu. A dor da perda é avassaladora, mas ele sabe que precisa se reerguer e cumprir a promessa que fez à sua mãe.

Matheo retorna à mansão de Alexia, onde morava com sua mãe. Ao entrar no quarto dela, ele se lembra da chave que ela lhe entregou. Ele caminha até o cofre e, cuidadosamente, coloca a chave na fechadura. Com um clique familiar, o cofre se abre, revelando seu conteúdo.

Lá dentro, ele encontra uma caixa de madeira com várias cartas e documentos antigos. Começa a ler uma das cartas, escrita por sua mãe. Nela, Dirah revela que ele é fruto de um relacionamento que teve no passado, mas que decidiu esconder a identidade de seu pai para protegê-lo.

Matheo sente um misto de emoções. A descoberta de sua verdadeira origem é avassaladora, mas agora ele entende por que sua mãe guardou esse segredo por tanto tempo.

Sentado na cama ele encontra fotos de duas mulheres completamente iguais. E assim que coloca os olhos nelas reconhece de imediato de quem se trata, e o choque em saber que existe mais uma versão dela o assusta.

Determinado, Matheo decide investigar por conta própria. Ele se dedica incansavelmente à busca pela verdade, seguindo cada pista e interrogando pessoas que conheciam Mael no passado e que possam ter informações sobre aquelas mulheres. Ele enfrenta desafios, é ameaçado e confrontado pelo passado de sua mãe, mas ele permanece determinado.

À medida que se aproxima da verdade, Matheo descobre segredos chocantes que envolvem a vida de sua mãe e da Alexia. Ele percebe que o malfeitor por trás de todo o sofrimento é mais poderoso e perigoso do que ele jamais imaginara.

Enquanto ele mergulha cada vez mais fundo nesse mundo sombrio, Matheo se vê forçado a enfrentar seus próprios demônios e a lidar com as consequências de suas ações. Ele percebe que não pode se esconder mais, ele precisa enfrentar o mal de frente para alcançar a justiça e a paz.

Matheo começa sua jornada de descobertas e vingança. Ele prometeu à sua mãe que encontraria a Alexia, mas sua missão também é descobrir a verdade sobre seu passado. Com determinação e coragem, ele se lança em uma batalha perigosa, disposto a arriscar tudo para fazer justiça.

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