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INCUBUS (História Sobrenatural Gay - BL)

Author: Afrodiel
LGBT+
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Synopsis

"Ariel, você não pode deixar o incubus te controlar!" - Incubus? O incubus! Era isso! Na mesma hora sua mente finalmente clareou, organizando tudo perfeitamente. Ele lembrava de tudo que Marcos havia lhe dito. "...Existem várias versões em várias culturas, mas a princípio isso seria uma espécie de demônio sexual masculino. Os femininos se chamam sucubus. Eles vêm durante o seu sono e transam com você nos sonhos..." "...Eles transam e sugam sua energia vital junto. Geralmente deixam muitas marcas no corpo. Marcas tipo essas..." ~*~ * Esta história/ficção é de minha TOTAL autoria! * Cenas de terror! * Romance fictício brasileiro com personagens originais! * Cenas de sexo explícito! (+18) * Plágio é crime!

Chapter 101 - Marcos

Narrador's P.O.V.

Já eram quase sete da noite quando Ariel finalmente terminou sua última tarefa. O jovem estava no auge de seus vinte anos porém já tinha uma rotina bastante cansativa. Trabalhava numa grande lanchonete às margens da Avenida Paulista, então podia dizer que havia bastante movimento, o que consequentemente fazia seu trabalho ser extremamente exaustivo. Ele ficava cansado por ter que preparar tantos lanches sob a extrema pressão que a grande São Paulo trazia sobre todos, além de ter que lidar com clientes o dia inteiro. Uns agradáveis e outros nem tanto. No fim valia a pena.

Aquela grana servia para se manter já que era sozinho no mundo e não tinha muito a quem recorrer. Sua família já havia lhe deixado ao Deus dará e nem mesmo seus pais foram capazes de ficar ao seu lado apenas por conta de sua sexualidade. O colocaram para fora de casa quando ainda tinha dezessete anos. Desde aquela época o garoto já se virava sozinho, então por conta disso não reclamava por ter que trabalhar tanto visto que era graças ao seu trabalho árduo que ele conseguia se manter e até que vivia muito bem. Ele estava satisfeito!

Após fechar seu caixa e conversar um pouco com seus colegas, Ariel foi até os fundos onde ficava o vestiário para poder se trocar. Mesmo sendo jovem ele não tinha uma vida social muito agitada e no seu trabalho não era muito comum conversar tanto com os outros até porque não os considerava seus amigos. Ao menos não todos eles. Fora dali também não tinha quem ele considerasse de fato um amigo. Alguns conhecidos, talvez... Era meio irrelevante. O garoto entrou em uma das cabines do vestiário masculino e tirou suas roupas sem muitas cerimônias, entrando debaixo da água quente que caia com força do chuveiro. Ele gostava de tomar banho ali porque a pressão da água era bem maior do que a de seu apartamento. Era sexta-feira à noite e depois do serviço ele não tinha nada planejado, sendo assim não haviam motivos para pressa, por mais que ele quisesse estar em casa. Não gostava tanto de gastar água, contudo o dia havia sido bastante estressante então nada melhor do que um banho quente para relaxar o corpo, não?

Ariel era uma pessoa gentil e bastante amigável, mesmo não sendo dos mais sociáveis. Ele costumava não ser tão aberto ou direto com as pessoas porém tratava a todos com bastante respeito e carisma. Era de costume dele estar sempre ajudando um senhor aqui, uma moça ou criança ali, e era de fato apaixonado por alimentar os pequenos e indefesos animais de rua. Os grandes também. Além disso, Ariel também chamava bastante atenção por sua beleza, mesmo que ele não se importasse tanto com isso. O garoto tinha uma estatura média, por volta de um metro e setenta de altura, além de que seu corpo poderia ser considerado perfeitamente esculpido por ter seus músculos definidos, mesmo não sendo grandes. Ele costumava dizer que era a ótima genética de sua família já que sequer se lembrava da última vez que tinha se exercitado. Sua pele preta era de longe o que lhe dava destaque, perdendo apenas para os seus cabelos cacheados que quase sempre estavam presos por um cadarço velho. Os tons de marrom oscilavam por todo o seu corpo. Tanto em sua pele como em seus olhos ou em seus cabelos, lá estavam os belos tons marrons.

Seu sorriso também era uma de suas características mais marcantes. Chegava a ser radiante e contagiava quem o via sorrir. Tudo nele era atraente e interessante, além de que ainda era bastante inteligente. Tinha uma grande noção das coisas e via o mundo com bons olhos por mais que soubesse de todas as coisas ruins que aconteciam diariamente ao seu redor. Sabia dos perigos que São Paulo tinha a lhe oferecer, e por isso tomava bastante cuidado já que todos os dias diversas tragédias aconteciam. Mesmo assim era bom se manter otimista, né? Algumas de suas colegas não entendiam como ele continuava solteiro sendo alguém tão quase perfeito, só que no fim ele não dava a mínima pra isso. Esse era quem ele era.

Depois de alguns minutos o jovem se deu conta de que já estava há tempo demais ali, só que não havia como evitar. Toda vez que a água tocava seu corpo era como se ele entrasse em seu próprio mundo, então não poderiam culpá-lo. Enquanto aproveitava os últimos segundos de seu banho ele sentiu algo estranho. Parecia uma corrente de ar frio que fez toda a sua pele se arrepiar por mais que estivesse quente e abafado ali por conta do vapor. Foi estranho porém Ariel não deu tanta importância. Ele se secou rapidamente e vestiu suas roupas, tudo de maneira apressada já que havia se lembrado que logo começaria a novela que costumava ver todos os dias e com certeza ele não poderia perder aquele capítulo já que na noite anterior um de seus personagens favoritos estava prestes a ser morto.

- Oi, Ari. Já está indo? - Marcos, seu colega de trabalho, perguntou enquanto se preparava para seu banho.

- Já sim. - Respondeu de forma simples, terminando rapidamente de arrumar suas coisas.

- Vai encontrar alguém? Parece com pressa.

- Sabe que não. - Riu.

- Juro que eu não entendo. Você é tão bonito e legal! Como não tem uma namorada? - E lá estava ele de novo falando sobre o assunto que Ariel mais odiava. NamoradAs.

- Talvez eu não queira uma namorada. - Disse colocando sua mochila em um dos ombros, se escorando na parede em seguida.

Ariel gostava de observar Marcos às vezes. Na verdade pode-se dizer que talvez, só talvez, ele achasse aquele cara bem... Digamos... Interessante. Marcos Chen era bem bonito. Era brasileiro porém sua família era chinesa então seus traços asiáticos eram fortes. Além disso, que belo corpo ele tinha! Ariel gostava de olhar para aquele corpo só que nunca tinha coragem de fazer mais do que isso. Marcos, de todos os outros cinco que trabalhavam na lanchonete, era o único que sempre parava para conversar consigo. Literalmente sempre, em toda e qualquer oportunidade. Ele gostava de perguntar sobre sua vida, gostava de saber como ele estava e o que estava sentindo. Talvez por aquele motivo em específico que foi quase inevitável uma pequena paixão surgir, porém o cacheado sabia que não daria certo. Marcos visivelmente era hetero então não valia a pena tentar algo a mais e acabar estragando o que já era ótimo. Ele com certeza gostava bastante do asiático e não arriscaria perder o, talvez, único amigo que tinha.

- Bom, então você deve procurar um namorado. Homens podem ser mais interessantes que mulheres às vezes. - Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo. De fato era, mas ainda assim Ariel havia ficado bem surpreso.

- Eu devo procurar um... Namorado? - Perguntou lentamente.

- É. Se não quer uma namorada, arrume um namorado. Não tem nada demais se você quiser namorar um homem. Você é lindo, Ari, e com certeza tem gente interessada em você. Você só precisa enxergar. - Deu de ombros e se virou, porém Ariel pôde ver quando um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

- Eu tô enxergando... Muito bem, inclusive... - Foi difícil manter a concentração quando Marcos tirou sua calça também, ficando apenas de cueca. Uma linda cueca preta, em sua opinião. Era demais para ele assimilar, tanto que não pôde evitar encarar o corpo do homem a sua frente de forma descarada.

- Bom... Vai ver você só precisa parar de olhar tanto pra baixo... - O cacheado estava tão distraído que nem notou quando seu colega se aproximou. Marcos segurou gentilmente em seu rosto, o erguendo até que ambos estivessem se olhando nos olhos. - Você deveria parar de olhar para baixo e começar a olhar mais para a frente. Às vezes a pessoa que gosta de você está bem na sua frente e você não enxerga.

Ambos ficaram se encarando por alguns segundos. Ariel sentiu que sua morte seria bem ali, ainda mais quando Marcos começou a olhar para os seus lábios. Tudo aquilo era uma enorme surpresa, tamanha surpresa que ele não sabia como reagir. O asiático sorriu largo, se afastando do menor (por alguns poucos centímetros). O cacheado sentiu o ar faltar só voltando quando se deu conta de que o outro já havia se afastado o suficiente para sumir de seu campo de visão.

- Isso foi uma surpresa e tanto. - Murmurou para si mesmo, sorrindo de orelha a orelha.

Ele se recompôs como pôde e logo estava saindo da lanchonete. As ruas de São Paulo eram quase sempre iluminadas e movimentadas, ainda mais num horário em que grande maioria das pessoas estavam indo para casa. Depois de um longo e cansativo dia de trabalho todos apenas queriam chegar logo em suas casas, e por ser final de semana muitos ansiavam pelo seu tão querido descanso, ou até mesmo por finalmente poderem sair e curtir em algum dos bairros onde todos iam para se divertir à noite. O ar da metrópole não era um dos melhores, os sons das centenas de buzinas com certeza conseguiam irritar a qualquer um, todavia Ariel até que gostava. Ele não sabia explicar mas gostava bastante da atmosfera paulistana.

Sua casa não ficava tão longe, cerca de quinze minutos de carro, o que lhe rendia uns quarenta andando. Quase sempre ele optava por andar. Andando pela cidade ele aproveitava para pôr seus pensamentos em ordem. Só por algum motivo que ele não sabia o qual, naquele dia algo estava diferente. Ele podia sentir. Aquela sensação que tivera no chuveiro ainda estava ali lhe perseguindo. Era como se uma corrente de ar frio vez ou outra atravessasse seu corpo lhe causando arrepios. Porém eram gostosos. Ele até que gostava daquilo, só não entendia o que era. "Deve ser chuva vindo aí", pensou, porém ao observar ao redor pôde notar que não ventava tanto. O céu inclusive estava praticamente sem nuvens o que significava que com certeza não iria chover. Ariel decidiu ignorar e seguiu seu caminho para casa.

Como de costume, quase quarenta minutos depois ele chegou em seu apartamento. Costumava andar rápido quando estava sozinho então sempre chegava rápido. O garoto deixou sua mochila no chão, tirou sua jaqueta, sapatos, sua camisa, sua calça, e foi direto para o sofá. Iria aproveitar que no dia seguinte seria sua folga para finalmente poder terminar de ver sua série favorita, mas não sem antes dar uma passada nos jornais para esperar pela novela. Ele gostava de se manter informado das notícias mesmo odiando o fato de que a gritante maioria eram apenas tragédias.

Ele ligou a TV aliviado por finalmente estar relaxando, contudo antes que começasse a buscar por algum dos noticiários que costumava ver algo aconteceu. Aquela mesma sensação o invadiu mas de uma forma diferente. Era mais forte. Muito mais forte. Era quase como prazerosa. Ele soltou um gemido baixo sem sequer saber o porquê. Era como se uma onda de prazer tivesse lhe atingido sem mais nem menos. Seu corpo se arrepiou novamente. De repente o interfone tocou, o que o obrigou a sair daquele... Momento, digamos assim. Ariel rapidamente se levantou e correu para atender o aparelho.

- Alô?

- Ari! Que bom que você tá em casa! - A voz de Marcos o surpreendeu. Nem sabia que seu colega sabia onde ele morava. - Eu posso subir?

- Claro, pode sim! Vou abrir o portão.

Ele destrancou os dois portões que haviam no prédio e bateu o interfone, indo até a sua porta em seguida para esperar pelo outro. Só então ele se deu conta de que não tinha falado em qual andar morava e muito menos o número de seu apartamento. O cacheado se xingou por sua lerdeza, com certeza teria que ir buscar Marcos na portaria. Ele correu para procurar um short já que estava apenas de cueca, contudo foi surpreendido por uma batida na porta. Será que ele tinha conseguido achar? E tão rápido? Ariel correu até a porta e ao olhar pelo olho mágico viu o asiático do outro lado, o que lhe surpreendeu ainda mais.

Como Marcos sabia qual era seu andar e, principalmente, seu apartamento se ele nunca havia lhe dito e muito menos o asiático teria ido lá?

- Como achou meu apartamento? - Questionou assim que abriu a porta.

- Você comentou comigo uma vez e eu nunca mais esqueci. - Deu de ombros, entrando no apartamento do outro.

- Jura?

- Aham.

- Eu não me lembrava... - Sussurrou, mais para si mesmo do que para o outro. - O que te trouxe até aqui? Aconteceu algo?

- Aconteceu. Você.

- Eu?! Como assim?

- Eu quis passar a noite com você, então decidi vir até aqui. - Falou simples e se virou seguindo para a sala.

- Passar a noite... Comigo? Você? Comigo? - Aquilo era tão estranho que ele se segurou para não rir.

Marcos apenas sorriu. Quando ambos chegaram na sala o asiático não disse nada, apenas começou a tirar suas roupas peça por peça até ficar somente de cueca. Ariel não conseguiu evitar. Ele encarava o outro descaradamente enquanto cada peça era removida sem conseguir desviar seu olhar um segundo sequer. Era como se Chen soubesse exatamente o efeito que tinha sobre o menor, se movendo de forma que prendia a atenção do outro e o atiçava. Ele realmente tinha um corpo magnífico, além de que era muito bonito. Era demais para o cacheado assimilar, tanto que sequer questionou o motivo para ele estar se despindo tão de repente. Ele não conseguia pensar em questionar já que estava mais focado em apreciar o quão gostoso Marcos era!

- Eu estava com vontade de fazer isso há tanto tempo, Ari. Depois de hoje quando eu finalmente descobri o que queria... Acho que não consigo mais evitar. - O homem se aproximou lentamente do outro.

A proximidade soava tão perigosa e tentadora... Parecia nem mesmo ser aquele Marcos brincalhão e gentil de sempre.

- O que você descobriu? - Ele estava sentindo aquilo de novo. Aquela sensação de prazer junto com o arrepio estava ali de novo.

- Não é óbvio? - Riu. O asiático colou seu corpo ao do outro, segurando com força em ambos os lados de sua cintura. - Eu queria saber se você gosta de homens. Não é tão explícito assim, sabia? Você sempre me deixou confuso, só que depois de hoje eu finalmente descobri.

O garoto foi surpreendido outra vez por Marcos quando o mesmo beijou seu pescoço lentamente. Àquela altura Ariel já estava se sentindo excitado. Talvez muito mais do que o normal. Sentir o membro do outro roçar em sua barriga enquanto era beijado no pescoço com certeza o deixou bem... Duro, digamos assim. A forma que ambas as mãos do maior seguravam sua cintura com certa força, como se quisessem dominá-lo, era deliciosamente prazerosa. Na verdade tudo estava sendo tão bom. A sensação de surpresa de Ariel, mesmo com aquilo tudo, ainda não havia sido deixada de lado, porém àquela altura só o que restava era se entregar a situação, não é? Ele não via um meio de fugir. Na verdade ele não queria fugir.

Ele queria mais e não iria parar até ter o que queria!

Marcos de repente mudou seu foco e desceu suas mãos pelo corpo do cacheado, segurando em ambas as pernas do menor. Mais uma vez Ariel foi surpreendido quando sentiu seu corpo ser colocado para cima, o que o fez instintivamente se segurar no outro. Passados alguns segundos de "choque" ele finalmente havia se dado conta de tudo que estava acontecendo. Ele realmente estava na sala de seu apartamento com Marcos o segurando nos braços, enquanto ele tinha suas pernas e braços ao redor do asiático.

Aquilo realmente estava acontecendo?

- Hoje eu vou fazer algo que eu estava com vontade de fazer há séculos. - Disse. Sua voz soou baixa e rouca, o que fez Ariel se arrepiar por inteiro.

Sem dizer mais nada o asiático o beijou. Seu corpo estava tão quente e era confortável, gostoso de sentir. O cacheado estava em êxtase. Ele tinha que dividir sua atenção entre os lábios do maior e suas mãos grandes segurando com força em ambos os lados de sua bunda, o que com certeza não era uma tarefa das mais fáceis. Ariel queria mais. Queria mais proximidade, mais contato... Ele queria mais! Era estranho porque normalmente ele não agiria daquela forma. Na verdade tudo estava sendo totalmente ao contrário de como agiria, contudo havia algo em Marcos que o estava atraindo tanto que só o que se passava em sua mente era "Marcos, Marcos, foder, Marcos...". Não era como o mesmo garoto que trabalhava ao seu lado praticamente todos os dias e sempre era gentil e bobão consigo, perguntando sobre sua vida como se fossem amigos de anos. Na verdade aquele Marcos era agressivo e bruto de uma forma que lhe fazia desejar cada vez mais! O ar estava ficando abafado por mais que as janelas estivessem abertas. Era quente, excitante e prazeroso mesmo sendo apenas um beijo. Ele sentia que iria enlouquecer. Seus lábios se moviam rápido, suas línguas se encaixando com força e brigando por espaço enquanto ambos tentavam ao máximo respirar entre o beijo apenas para que não precisassem se separar. Era demais!

Mesmo com os olhos fechados, Ariel soube quando o asiático começou a andar em direção ao sofá, o deitando de forma cuidadosa no estofado quando o achou. Ele não teve tempo de falar, sequer de abrir seus olhos, apenas sentiu seus cabelos serem puxados para trás enquanto seu lábio interior era preso entre os dentes do outro. Um gemido alto acabou escapando com aquilo, sendo seguido por uma risadinha safada de ambos os homens. O olhar de desejo estampado em suas caras era explícito. A cada vez que seus cabelos eram puxados ele sentia seu pau pulsar dentro da cueca. Sabia que àquela altura já estaria tudo molhado lá embaixo, só que não poderia se importar menos. Tudo que ele se importava era com o que viria a seguir.

- Marcos... - Ele tentou falar porém era difícil. Era difícil demais raciocinar.

Chen começou a lhe dar atenção. Eram tantos beijos, mordidas e chupões por seu corpo que... Nossa! Ele não imaginava que um cara como Marcos soubesse usar tão bem a boca. A mão dele não largava de seu cabelo nem por um segundo, contudo aquele aperto não doía. Na verdade era bom. Aquela brutalidade não era excessiva, o que a tornava prazerosa demais. Em um momento os beijos simplesmente cessaram e o aperto em seu cabelo afrouxou. Ariel não estava mais sentindo Marcos e finalmente abriu os olhos, afinal precisava entender o porquê do outro ter parado do nada sendo que estava tão bom. Com certeza foi uma cena linda de se ver, tanto que o deixou com água na boca. Quase que literalmente.

- Gostou? - Marcos o provocou, sorrindo sacana enquanto observava a forma que Ariel olhava para seu corpo que agora já não tinha mais nenhuma peça de roupa.

- Com certeza eu gostei. - Respondeu, se esgueirando até a ponta do sofá.

Eles não trocavam tantas palavras mas era como se soubessem exatamente o que o outro queria. O asiático voltou a segurar nos longos cachos de Ariel, o que o fez gemer em aprovação. Ele realmente havia gostado daquilo e com certeza iria gostar ainda mais do que viria a seguir. Ele estava gostando de ser dominado então deixaria que Marcos o fizesse. E assim foi. Com uma mão nos cabelos do menor e a outra em seu pau, ele guiou Ariel até que sua boca estivesse completamente... Preenchida, se é que me entendem. Ele mesmo fazia movimentos de vai e vem, literalmente fodendo a boca do garoto, as vezes empurrando até tocar sua garganta. Era bom, o cacheado com certeza chupava muito bem, porém não era bem o que o homem queria naquele momento.

- Ari... Fica de quatro pra mim? - Pediu, dessa vez sendo extremamente gentil.

Ariel sentiu que sua morte seria ali mesmo, naquele momento. Ele grunhiu frustrado. Como Marcos ia de um dominador bruto pra um cara fofo em questão de segundos? Com certeza ele queria lhe enlouquecer! Sem pensar duas vezes o cacheado ficou de quatro no sofá. Sabia o que o outro pretendia e estava ansioso para sentir aquilo. Fazia certo tempo que não recebia esse tipo de atenção, ainda mais naquela área, então talvez estivesse sensível demais. Ao sentir sua cueca ser puxada para baixo o deixando completamente exposto para o outro, Ariel contorceu seus dedos. Aquela sensação de arrepio e prazer estavam presentes ali o fazendo gemer baixinho enquanto era alisado calmamente por Marcos. Chen olhava para Ariel naquela posição como um cão olhava para um enorme e suculento pedaço de carne.

- Você tem uma bela...

- Por favor não fala isso. - O interrompeu, completamente envergonhado.

- Eu preciso elogiar. É fabuloso. - Disse se abaixando até estar na altura que desejava.

Ele começou apenas com beijinhos em ambos os lados da bunda do menor. Ele estava tão calmo, fazendo tão devagar que parecia estar na verdade querendo torturá-lo. Sua língua passou de forma lenta sobre a pele do cacheado, passando perto de sua entrada várias vezes porém sem de fato tocar lá. Era frustrante. Ariel estava pensando seriamente em pedir para ser fodido logo porque no fim era só o que ele queria. Por que ele não enfiava logo a língua lá e o chupava de uma vez? Como se ouvisse seus pensamentos, Marcos por fim começou a chupá-lo com força. Lá estava ele sendo bruto e usando sua força de novo. Geralmente aquilo não lhe proporcionava tanto prazer só que daquela vez era diferente. Muito diferente. Ariel revirou os olhos em puro prazer quando sentiu a língua de Marcos. A melhor parte era que Chen não se prendia somente aquilo mas fazia questão de fazer o serviço completo. O asiático focava em chupar toda a parte sensível do menor, lhe dando o máximo de prazer possível.

- Se você continuar assim eu vou acabar gozando... - Murmurou. Seu rosto estava prensado contra a almofada do sofá, contudo aquilo não impediu Marcos de ouvir suas palavras.

Depois de alguns minutos ele parou. Um alívio tomou conta do cacheado, afinal ele sabia que se continuasse a ser chupado naquele ritmo iria gozar logo. Ele estava ofegante e já começava a suar. Realmente Marcos era bom com a boca. Mesmo ouvindo a movimentação do outro atrás de si Ariel não se virou e apenas continuou na mesma posição esperando o próximo movimento ou ordem do maior. Ele tremeu quando sentiu dois dedos passarem em sua entrada deixando um gel frio ali. Lubrificante. Em seguida sentiu o que sabia ser o pau de Marcos roçando sua bunda e logo ele estava sendo forçado para dentro. Lentamente sendo forçado, entrando devagar, o preenchendo. Diferente do que ele estava acostumado aquilo não doeu. Talvez devesse doer um pouco, afinal Marcos não era pequeno, sequer mediano... Estava longe de ser, então talvez devesse doer. Mas não doeu. Tudo o que o garoto sentia era prazer. Ele ficou satisfeito quando sentiu que já estava tudo dentro, rebolando para poder sentir mais. Ele queria muito se tocar porém quando ia tentar sentiu sua mão ser puxada para trás e presa em suas costas. A mão grande de Chen segurou no pescoço de Ariel, o puxando até que as costas dele batessem contra seu peito.

- Você não vai gozar até eu fazer tudo o que eu quero fazer, me entendeu? Não ouse se tocar ou eu vou punir você! - Ordenou. O menor apenas murmurou, porém Marcos queria ouví-lo. - Responde, Ari. Você me entendeu?

- Sim... - Sussurrou com dificuldade, afinal era difícil falar ou até mesmo raciocinar enquanto sentia o pau do outro pulsar dentro de si.

- Bom garoto!

O homem sorriu satisfeito, liberando os apertos sobre Ariel. Suas mãos voaram rapidamente até a cintura do cacheado e logo sua própria cintura começou a se mover rápido, fazendo seu pau sair e entrar do menor com certa força. O mais novo apertava as almofadas do sofá com intensidade tentando ao máximo não gritar com o tanto de prazer que aquilo estava lhe proporcionando. Seus dedos se contorciam enquanto era literalmente fodido, assim como seus olhos que reviravam a cada vez que as ondas de prazer o atingiam com força. Aquilo parecia tão assustadoramente prazeroso que era quase como um sonho, ainda mais porque quem estava de pé ali atrás dele metendo sem dó era Marcos. Justamente o homem por qual ele tinha uma pequena paixão platônica que talvez não fosse tão pequena assim.

De repente ele foi virado com certa brutalidade, ficando deitado de costas no sofá. Finalmente ele pôde ver o asiático e... Bom, com certeza ele poderia se acostumar facilmente com aquela imagem. Marcos suado e ofegante era a oitava maravilha do mundo, ao menos para Ariel. Seu corpo não era tão sarado ou definido, porém com certeza seria desejado por quem o visse. Seu olhar era tão diferente do que Ariel estava acostumado... Não era aquele olhar divertido e bobo mas sim um atraente, sedutor e extremamente tentador. Era tão sensual que praticamente emanava sex appeal. Era quase palpável de tão intenso. Chen levantou as pernas do cacheado, se encaixando perfeitamente entre elas. Um gemido alto escapou de ambos quando tudo recomeçou.

- Você é tão gostoso, Ari. É delicioso. Suculento.

A forma que ele sussurrou a última palavra vez um arrepio correr por todo o corpo de Ariel. Era diferente, mas tão bom. Era como se o som de sua voz tivesse ecoado por todo o cômodo e se misturado ao gemidos, assim como o som de seu quadril se chocando com força contra o do outro. A posição em que estavam permitia o cacheado sentir perfeitamente todo o pau do outro entrar e sair de si. Seus gemidos eram altos, com certeza os vizinhos iriam reclamar depois, só que ele não dava a mínima. Marcos se movia intensamente e o fodia com força, indo cada vez mais fundo e fazendo Ariel se contorcer debaixo de si. Ambos se olhavam nos olhos. Por um segundo o garoto pensou ter visto os olhos do asiático ficarem completamente pretos, só que como não conseguia raciocinar direito ele sequer percebeu de fato. Havia sido tão rápido que com certeza seria apenas coisa da sua cabeça. Ele não era tão flexível, mas conseguiu descer suas pernas que estavam sobre os ombros de Chen até que o outro conseguisse beijá-lo.

- Vamos mudar, Ari. - Sussurrou se levantando.

Mesmo que suas pernas estivessem muito bambas o garoto conseguiu se levantar também. Marcos segurou sua mão, o puxando até a sacada que havia em seu apartamento. Eles estavam no décimo terceiro andar e já era noite, então provavelmente não seriam vistos. O asiático o guiou até que estivesse apoiado no batente de frente para a rua. Naquele momento ele percebeu o que Marcos pretendia e tinha que confessar que tinha gostado da ideia.

- A lua está tão linda hoje. Eu tenho que te foder enquanto ela ilumina a gente. - Sussurrou em seu ouvido, entrando em Ariel logo em seguida, o que lhe arrancou um gemido alto.

- As pessoas...

- Você não liga se elas nos verem. Deixe que vejam. Você é lindo, Ari!

Marcos voltou a se mover com velocidade. Aquilo estava sendo tão bom, não só pelo sexo mas sim pela forma que ele fazia. A ideia de ser visto pelas pessoas na rua fazia seu corpo esquentar. Ele realmente não se importava nem um pouco! Chen puxou seus cabelos para trás e mais uma vez segurou em sua garganta. Parecia que toda vez que ele decidia fazer isso era porque iria usar toda a sua força e Ariel com certeza amava aquela brutalidade. Aquela altura ele já nem sabia há quanto tempo estavam transando. Ele não sabia mais de nada, apenas sentia. Ele queria tanto gozar, porém sabia que Marcos não iria deixar. Talvez ele não tivesse escolha. Não tinha mais como segurar! O garoto sentiu as fisgadas fortes em seu abdômen e logo gozou com tanta força que suas pernas tremeram ao ponto de que caso não estivesse sendo segurado com certeza iria cair. Ariel gemeu tão alto que sabia com certeza que seus vizinhos o ouviriam, contudo ele não se importou. Marcos parecia ter gozado também já que diminuiu o ritmo de suas estocadas e afrouxou os apertos no cabelo e garganta do menor. Ambos estavam cansados e bastante ofegantes. O suor escorria por seus corpos. Marcos parecia bastante satisfeito. Ele segurou nos cabelos de Ariel uma última vez, sem usar muita força, apenas para que pudesse sussurrar no ouvido do outro...

- Acorde...

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pedro_henrique_6919 · LGBT+
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