CAPÍTULO 3 - GAROTINHA

— Aquela determinação interminável tinha tomado conta de seu corpo e alma, sua cabeça estava erguida e seu coração triunfante. Sua esperança estava mais acesa do que nunca e sua vontade de achar seu rumo neste novo mundo estava sendo refletida em seus pensamentos e futuras ações que planejava a cada passo lento que dava para sair daquele beco…

"Ei garoto!"

Uma sombra grande tapou a passagem dele enquanto caminhava para fora do beco, aquela sombra era de um homem grande e com uma aparência experiente. Seus braços grandes se encaixam perfeitamente em seu longo tronco malhado. Suas pernas também são grandes, o que o deixava com mais de 1,85 de altura, o que era muito maior do que a média estatura de Tsuki.

Olhando diretamente para o rosto daquele grande homem a sua frente ele sentiu medo novamente. Aquele medo tomou conta de seu corpo trazendo parte daquela ansiedade de volta. Os pensamentos logo se fecharam a algo negativo e seus dedos entraram em modo descontrolado, deixando sua tremedeira perceptível mesmo a quem não estava por perto.

"Eu não pretendo te machucar, basta que me entregue tudo que você tem"

Tsuki estava totalmente apavorado, enquanto que aquele grande homem mantinha sua seriedade e postura à frente dele. O olhar fixo nos olhos passava ainda mais autoridade, fazendo aquele grande homem ser ainda maior na percepção de quem o via por baixo.

"Eu não tenho nada…"

Tsuki apenas estava com seu celular que ainda estava em sua cintura, mas decidiu que seria melhor não entregá-lo, pois aquele artefato provavelmente único naquele mundo poderia ser útil em algum momento, porém…

"Seus olhos desviaram dos meus e você está tremendo mais do que antes. Você é péssimo em mentir."

Tsuki soltou todo o ar que estava prendendo de uma vez, tendo total noção de que tinha perdido toda e qualquer chance que tinha de sair daquela situação sem uma briga ou fuga. Sem opções e tendo que ser rápido, ele decidiu dar meia volta em direção ao beco e correr para a saída do outro lado. Ele mal tinha conhecimento de qual dos lados iria para algum lugar que ele conhecia, então mudar de planos daquela forma não parecia uma ideia tão ruim…

Chegando do outro lado do beco sem olhar para trás, ele não tinha a mínima noção de se estava sendo perseguido ou não. Na consequência da dúvida, ele decidiu olhar para trás, porém sem parar de correr. Olhando rapidamente, ele viu que o homem estava sim correndo em sua direção, mas o barulho que ele produzia era menor do que o esperado e por isso ele não tinha notado que o homem também havia corrido. Enquanto olhava para trás, Tsuki saiu pelo outro lado do beco correndo, até que…

"Saia da frente!"

Instantes depois de sair daquele beco, ele bateu diretamente com uma garota pequena de cabelos loiros que corria pela rua principal que estava conectada à saída daquele beco. Nenhum dos dois tinham sofrido consequências maiores daquele encontro, apenas tinham caído no chão em certa distância de onde estavam.

Tudo que a garota estava carregando caiu no chão a frente da saída do beco, exatamente onde estava o homem que tinha chegado até lá. Vendo aquilo que estava no chão, decidiu pegá-lo

"Isso parece caro. Vou levar para mim!"

A garota pequena de estatura era grande de orgulho e atitude e em instantes se levantou do chão decidida a batalhar por seus pertences. Esses pertences se tratavam de um colar muito mal produzido, uma pequena adaga com uma marcação feita a prata e um brasão com um cristal vermelho no centro. A pequena garota logo após se levantar empunhou em suas mãos duas facas que pareciam forjadas para lutas.

Vendo tudo aquilo do chão, Tsuki sentia que tinha culpa sobre o que estava acontecendo, porém tinha total noção que não poderia interferir por ser fraco e estar desarmado. Em sua mente ele só podia tentar saber em quem apostar, numa pequena garota armada ou em um homem de grande estatura.

"É melhor que devolva isso logo!" A rouca voz da garota se tornou um grito bem mais forte, fazendo Tsuki tremer por dentro, mas nem mesmo mudando a expressão convencida do grande homem que continuava mantendo sua postura à frente da garota.

"Você é bem mais corajosa do que esse garoto, porém você não é forte."

Andando até o canto do beco, o homem pegou uma grande tábua de madeira de grande peso, sendo difícil até mesmo para ele segurá-la. Aquela tábua provavelmente fazia parte da parede de alguma casa que ficou em ruínas com o tempo. Levantando a tábua sobre a própria cabeça á lançou na direção da garota e de Tsuki que estava caído sentado logo atrás dela. Logo após lançar a grande tábua, ele começou a correr na direção da outra saída do beco. Por mais forte que ele fosse, sabia que não poderia vencer lâminas e provavelmente morreria se tentasse.

Aquela tábua que voava na direção da garota parecia ser o dobro do tamanho dela. Aquele momento parecia ser um trágico fim para os dois, pois nem ela, nem Tsuki teriam tempo para sair da direção de tábua e o peso dela combinado a gravidade poderia exercer uma massa suficiente para quebrar todos os ossos do corpo deles. Talvez aquilo fosse o fim…

"Vá para trás!"

Puxando a garota para trás e se pondo a frente dela, Tsuki tinha decido o que faria e naquele momento tinha colocado em prática. Sua própria mente poderia achar uma péssima ideia depois de um tempo, porém naquele momento parecia não existir tempo de se arrepender. Aquele sentimento de culpa que ele estava sentindo rodeava o coração dele, sendo a chave da decisão tomada, pois ele sabia que realmente tinha grande culpa, por isso ele decidiu…

"Não vou deixar que você morra por minha culpa!"

…

"Eu te amo… eu te protejo" Uma voz surgiu de longe, tão longe que apenas o subconsciente de Tsuki a ouviu, aquela voz era familiar e despertou nele imediatas lembranças.

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2

— Um pouco antes da invocação…

"Que dia turbulento!"

Tsuki estava sentado em uma mesa de um restaurante japonês ao lado de seu amigo. Em sua mesa estava um rodízio de temaki, no qual ele parecia interessado. Sua expressão cansada expôs bastante de sua rotina naquele dia. O garoto do outro lado da mesa estava sorridente enquanto mexia em seu médio cabelo loiro que estava arrumado de uma forma diferente do usual, porém agradável a ele.

"Você parece estar com mais fome que o normal" Disse o garoto loiro que estava do outro lado da mesa.

"O dia foi diferente, eu vi várias silhuetas brilhosas de pessoas que eu nem conheço… Aquilo foi assustador."

Tsuki começou a comer, mostrando claramente que estava com uma fome além do comum. O amigo do outro lado da mesa parecia mais quieto e controlado, era nítido a diferença de personalidades e principalmente de momentos. Aquele garoto loiro parecia bem mais vaidoso e comunicativo, enquanto Tsuki no fundo parecia um garoto solitário e sombrio com pouca experiência de comunicação.

"Tenha calma, a comida não vai fugir"

Sorrindo, ele provocou Tsuki que já estava indo para o terceiro temaki, ignorando até mesmo parte dos molhos que estavam na mesa.

"Você não tinha me dito que não gostava muito de temaki?"

"Sim, eu não gosto"

A resposta tirou fortes e sinceras risadas do garoto loiro que balançava a cabeça de forma negativa como uma forma de deixar clara a hipocrisia na fala de Tsuki, que já estava indo para o quarto lanche e provavelmente causaria naquele rodízio um grande prejuízo.

Diferente dele, o outro garoto comia mais calmo, pois sua fome era praticamente nula e seu objetivo ali naquele momento era degustar e aproveitar da comida, além de ajudar a fazer valer o dinheiro pago, porém aqueles 1670 Ienes pareciam ser pouco comparado ao que Tsuki ameaçava comer até aquele momento.

"Que Deus conforte a família do dono do restaurante…"

Saindo do restaurante após comer mais de 25 temakis, Tsuki ainda parecia tomado por um pouco de tensão. Seu corpo tremia inconscientemente de forma quase que imperceptível, talvez as coisas que afirmava ter visto antes tenham realmente aparecido em sua visão e estavam mexendo com sua mente. Olhando de longe, Andres Watanabe, dono dos lindos cabelos loiros imaginava que tudo aquilo que Tsuki sentia não passava de estímulos mentais, porém não queria desapontar seu amigo com tamanho realidade.

"Você não me parece tão mal, Yoko-san"

"Você sabe que eu sempre mantenho pelo menos um pouco da minha postura."

Tsuki sorria enquanto andava alguns passos atrás de Andres, que tinha passos largos que o deixava sempre em dianteira em relação a Tsuki. Aquela distância não atrapalhava a conversa e na verdade a tornava mais confortável e produtiva. Andres era provavelmente o único amigo que Tsuki considerava como um em toda vida, aquele sentimento causava vergonha até mesmo na impressão mais sombria e solitária que ele poderia deixar em seu jeito ou semblante.

Caminhando no centro de um dos caminhos de um parque ao centro de Kumamoto os dois sorriam bastante mesmo sem terem muitos motivos para rir naquele dia. Tsuki estava completamente coberto por uma ansiedade e medo incomum, porém seu semblante e jeito de agir se mantinha o mesmo. Seus cabelos escuros davam mais profundidade a seu rosto que tomava um grande tom sombrio, combinado a suas roupas pretas que fugiam do padrão da região.

Andres por outro lado estava bem mais sorridente por dentro e por fora, tendo tido apenas ginásio naquele dia, ele poderia se descrever como a pessoa mais feliz naquele exato momento. Seu cabelo médio loiro preso de uma forma destacada era um grande charme no rosto que não tinha muitos traços asiáticos. Sua descendência era claramente latina, porém seus pais sempre tiveram um paradeiro desconhecido, pois Andres sempre foi criado por pais japoneses após ser adotado.

O céu daquele dia estava nublado, porém sem declarar chuva ou mal tempo, na verdade aquilo era muito positivo pois tornava a temperatura do sol mais agradável ao corpo e aumentava a umidade do ar que se tornava agradável a respiração deles, que aproveitavam para sentir o cheiro da natureza das plantas do parque. O caminho era coberto por folhas, mesmo estando fora de época delas caírem, aquilo era incomum, porém ninguém se importaria de verdade com a época do cair das flores.

"Levante esse astral interior meu amigo, você sabe aquilo que eu sempre digo…"

Andres falava em um tom suave enquanto andava um pouco a frente de Tsuki, seu olhar se mantinha reto, enquanto o olhar de Tsuki o seguia com total atenção.

"Se você sorrir por dentro…"

As nuvens que se combinavam de forma agradável no céu se acumularam no sol que ainda restava naquele final de dia. A iluminação da rua tinha ficado a mercê apenas de postes que se localizam por toda a praça, porém, assim como em um filme de terror, aqueles postes piscaram repetidas vezes. Tudo aquilo tinha acontecido em instantes durante a fala de Andres, porém mesmo com tantas distrações, Tsuki não perdeu o olhar de Andres, até que um dos postes que estava acima deles se apagou totalmente, deixando eles no escuro.

"Ah você deve estar esperando que eu complete a frase… Se você sorrir por dentro, vai gerar uma luz do lado de fora."

A luz do poste voltou, porém Andres já não estava mais ali. Tsuki se viu surpreso no mesmo momento, o que o dominava era a confusão, não havia para onde seu amigo ter corrido ou se escondido, seu sumiço era literalmente ao apagar da luz em apenas um piscar de olhos. Logo aquele coração gelado se aqueceu de tensão, sua confusão o dominava a ponto de impedir o medo e apenas atiçar os pensamentos de onde seu amigo poderia estar.

Movendo a cabeça para todos os lados e olhando todas as direções possíveis, ele não podia ver nada, nem mesmo um pequeno sinal de seu amigo. Ao se virar bruscamente para trás, se deparou com duas garotas, totalmente cobertas por uma luz azul clara que se assemelhava ao branco, mas que tomava tons azul bebê. Aquelas duas silhuetas eram reais o suficiente para tocar no rosto dele…

"Eu te amo… Eu te protejo"

O toque da mão que estava no rosto se moveu para as mãos. De mãos dadas, uma daquelas garotas o puxou, enquanto a outra apenas olhava. Aquelas silhuetas nunca mais sairiam da cabeça dele, por mais que o tempo passasse, aquela memória iria se manter. Após o piscar do poste novamente, tudo ficou branco ao redor dele, furando sua retina a ponto de entrar em transe, em um lugar totalmente desconhecido…

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"Eu te amo… eu te protejo" A voz subconsciente falava novamente ao garoto que ainda estava tentando acordar das memórias que visitava ao fundo de sua mente, ele tinha revivido várias coisas apenas nos instantes daquela grande tábua se aproximar poucos metros a frente, estando agora basicamente em sua frente literal. Fechando os olhos, ele apenas ouviu um barulho de corte.

Pouco a pouco, ele abriu seus olhos, onde viu mãos roxas longas saírem de trás de suas costas, despedaçando aquela madeira à sua frente. Totalmente perplexo, ele imaginou que aquilo havia acontecido graças a garota que estava com ele, porém olhando para trás ele a viu ainda mais confusa do que ele, olhando fixamente para o local onde estava a tábua, ela estava ainda de boca aberta e totalmente ofegante.

"... Você viu aquilo se despedaçar sozinho?" Disse a garota enquanto ainda demonstrava estar paralisada de surpresa e medo

– "Sozinho? Ela não conseguiu ver as mãos roxas?" – Ele pensou enquanto seu rosto se moldava em uma expressão de medo.

"Sim, eu vi…"

Se sentando ao lado da garota, ele respirou fundo, se aliviando de um desastre que o levou tão perto até mesmo da sensação de morte.

3

Já dentro do beco, os dois estavam sentados em paredes separadas, porém se olhando de frente. O olhar avoado e ansioso da garota era muito maior do que o olhar assustado de Tsuki. Naquela disputa ele não poderia vence-la em nenhum quesito de ansiedade. Os dedos e braços daquela garota tremiam sem motivo e sem ela nem mesmo perceber aquilo, era um detalhe profundo porém perceptível naquele momento específico.

Analisando a garota de cima a baixo, ele conseguiu ter ideia de como ela é. Uma garota baixa de aparência muito jovem com um cabelo loiro consideravelmente curto e roupas rasgadas, algo que mesmo naquele mundo até onde ele tinha visto, não era um padrão normal. Era claro a diferença de aparência e condição fisica dessa garota para as pessoas que passavam na rua ligada a saida do beco, porém as armas dela já deixavam isso evidente muito mais do que na aparência, mas também no que ela pretendia demonstrar.

"Com licença, eu não quero ser evasivo, mas por que vive andando com facas"

*Evasivo? Pela forma na qual você estava me olhando você está mais para um tarado."

"Não é isso, não foi nesse sentido."

Ele respondeu balançando a cabeça em forma de negação por várias vezes seguidas, o que não o permitiu perceber que tudo aquilo não passava de uma provocação da pequena garota.

Deixando aquilo de lado, a garota levantou seu olhar em direção aos olhos dele, que logo parou de balançar a cabeça e a encarou de volta por alguns instantes. Logo seu rosto ficou totalmente corado por conta da vergonha, mas ele se esforçou para segurar a vermelhidão e conseguiu se manter sob postura. Ela nem mesmo ligava para o que estava fazendo, para ela aquilo era algo normal e necessário, talvez pela pouca idade ou pela mania de convivência ela tivesse pego essa impressão sobre olhar as pessoas fixamente nos olhos. Ela logo abriu um olhar triunfante diferente do que ela estava demonstrando até pouco atrás.

"Eu preciso me defender caso necessário"

"Sinceramente, com seu tamanho às vezes nem faz diferença sua arma"

"Você é corajoso para provocar alguém que você sabe que está armada"

A química que estava sendo gerada ali era de uma amizade entre vizinhos que já se conhecem há algum tempo. A energia produzida pelos dois era praticamente igual, o que causava neles uma intimidade de brincadeira e conversa diferente do que Tsuki já tinha provado antes. Até pouco tempo atrás ele era uma pessoa pouco comunicativa por falta de experiência, porém isso parecia estar mudando com o passar dos diálogos que tinha com espíritos e humanos.

– "A Comunicação de Tsuki subiu para o nível 2" – Ele pensou enquanto olhava para o muro forma triunfante.

"Sinceramente nunca pensei que estaria sentada junto de um fracassado nesse contexto"

"Eu ainda não entendi o nível de sua tranquilidade." – ele perguntou com uma expressão totalmente irônica no rosto, porém com um tom sincero e sério – "Eu achei que você tinha sido roubada"

"Sim, eu fui."

Ela estava totalmente relaxada enquanto se levantava lentamente do chão ajeitando a coluna e aquecendo as pernas. Ela estava preparando totalmente o corpo, porém nem cogitava preocupar sua cabeça com o que aconteceu, sua calma transmitia junto uma autoconfiança que fazia parte da personalidade daquela pequena garota que estava totalmente fora do seu ambiente naquele momento.

"De onde você é?"

"Você mudou de tema rápido." – Com uma expressão irônica ela respondeu na mesma moeda a expressão que foi usada contra ela.

"Eu realmente quero saber, você não parece ser desse lugar."

"Eu sou das favelas, eu não sou como os fracassados daqui de cima"

– "Que tipo de sistema de mundo é esse onde a classe média é fracassada?!"

Se apoiando na parede atrás de suas costas, ele se levantou visualizando parte do céu limpo que estava sobre eles, o beco era estreito e atrapalhava de ver o brilho do sol e até mesmo o azul do céu, porém ele parecia ter se contentado apenas com o que viu. Abrindo um sorriso leve no rosto ele decidiu estender a mão na direção da garota.

"Meu nome é Tsuki Yokoyama"

A garota limpou a mão na roupa e logo apertou a mão de Tsuki, a largando logo em seguida. Ela estava com uma nítida pressa após terminar de aquecer o corpo e esquecer os maus momentos de pouco tempo atrás. Ela começou a correr na direção da parede do beco de forma reta, iguinorando a virada que levava a saida do beco. Ela correndo reto em direção a parede a escalou com extrema facilidade. A velocidade daquela garota se iguilava a velocidade do som caso fosse usada no máximo de sua capacidade, ela podia ser considerada o Mercúrio daquele mundo.

Chegando ao telhado da casa que ficava ao lado do beco, ela se virou para trás…

"Meu nome é Felt, eu agradeço por ter tentado me proteger a pouco, não poderei agradecer pois estou com pressa. Viva bastante!"

Os curtos cabelos loiros voaram contra o vento logo que aquela garota correu pelos prédios em busca do homem no qual ela pretendia recuperar seus itens roubados. Tsuki apenas se manteve parado no mesmo lugar admirando aquilo. Um mundo de magia era tudo aquilo que ele esperava e um pouco mais, por mais de não ser tão incrível e colorido quanto imaginou, era agradável de se viver da mesma forma. Sua pupila estava enorme admirando tantas coisas novas e brilhantes.

– "esse mundo é realmente algo novo."

Sorrindo para o vento, ele decidiu sair daquele beco, porém dessa vez de forma mais rápida.