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5. BOOM!!

Não sabíamos quando iriamos voltar, SE iríamos voltar, todos estavam com um sentimento muito ruim dentro do peito, a cada minuto que se passava nenhuma notícia era divulgada, parecia que o mundo inteiro estava em estado de choque, eu não tinha como saber mas sentia isso, era uma mistura de medo e pavor não pensávamos no que iria acontecer horas depois, estávamos daquela maneira pelo o que aconteceu na transmissão, sabíamos que aqueles cientistas/médicos estavam fazendo esse experimento não muito longe do nosso bairro, passaríamos pelo hospital, tínhamos que ir para nossa viagem para caso houvesse uma possível isolação da cidade estaríamos longe dali e não passaria disso, uma simples isolação, foi o pensei naquele dia, então pensei em algo, subi no meu quarto e de Melissa a uns anos atrás nosso avô me deu um presente de aniversário, ele era um militar veterano, e me deu uma faca militar ela era muito bonita grande e serrilhada da ponta e bastante afiada, em sua bainha estava escrito meu nome em bordado, ela era de um prata muito brilhante e seu cabo da cor vermelha e preta, peguei ela e coloquei em meu quadril ao vestir a camisa de volta por cima da faca Melissa entra no quarto, ela arregala os olhos mas parece concordar, ela se ajoelha e se abaixa embaixo da sua cama e tira uma faca semelhante mas com cabo cinza e olha pra mim com uma cara séria e da um sorriso de leve, não me lembrava do vovô ter dado a ela também uma faca, mas enfim enquanto ela guardava a faca e vestia a roupa por cima eu fui em direção a porta, mas parei em frente a mesma e olhei para trás Melissa estava melancólica, olhava o quarto ao redor, passava seus dedos entre os lençóis, e então falei:

-Ora Melissa ainda voltaremos aqui, não estamos fugindo de uma guerra ou apocalipse, só indo para nossa viagem que estamos planejando a meses, tudo bem estamos indo depois de ver negócio bizarro pra caralho na TV, mas ainda sim é a nossa viagem anime-se !!

Falei aquilo mesmo sentindo o mesmo que ela um vazio muito grande, sabe quando sentimos um sentimento e anos depois descobrimos que aquele sentimento é de que "estamos vivendo aquilo pela última vez", desci as escadas fui na gaveta de guloseimas e peguei 8 barrinhas de proteína, fechei enquanto fui indo para a porta vi meu pai e minha mãe conversando em frente ao carro e meu pai a abraçava, Melissa passou por mim, olhei para dentro da casa, e fechei, foi a última vez até então que vi a minha casa . . .

No caminho ficamos todos em silêncio, então liguei a TV traseira do carro, era uma pequena televisão do tamanho de iPad , ela abaixou lentamente ficando em posição para eu e Melissa assistirmos óbvio para o motorista não se desconcentrar, estava no canal de notícias, uma repórter de cabelos curtos e pretos estava em frente ao hospital, já imaginei o tema da reportagem antes do letreiro digital aparecer em baixo da repórter:

"SURTO PARASITA ATACA MÉDICOS E PACIENTES TORNANDO ELES AGRESSIVOS"

Com letrinhas menores abaixo do letreiro em negrito e maiúsculo estava escrito:

"Autoridades isolam o local não permitindo entrada e saída do hospital"

Respirei fundo, e aparentemente não fui o único Mamãe colocou a mão na cabeça e fez um grande suspiro e consegui ouvir ela sussurrando "Ainda bem , tudo está seguro" , fiquei aliviado afinal aquilo estava seguro onde estava mas fiquei com medo também a notícia falava que atacou médicos e pacientes, no plural, então aqueles seres da transmissão de algum modo conseguiram acionar o botão que trancava a porta e saíram contaminando, seguimos viagem passaram 29 minutos quando finalmente meu pai falou:

-Gente tudo vai ficar bem, esses surtos acontecem, um paciente fica louco ataca médicos é apenas a mídia fazendo um Alarme muito grande, acontece sempre no hospital um paciente entra em surto ou algo assim, sempre no hospital conseguem manter, aquilo já está sendo controlado e mantido em segurança. . .

Papai falou aquilo e conseguiu passar uma tranquilidade, ficamos ali na estrada olhando em volta, Melissa ficava no celular digitando loucamente provavelmente conversando com seus amigos, decidi fazer o mesmo entrei no app de mensagens e tudo estava lotado de mensagens grupos, contatos, meus amigos virtuais, então decidir ir em um dos meus contatos fixados Levi meu melhor amigo e vi que tinha 50 mensagens, perguntando se eu vi a transmissão, se eu já tinha viajado, respondi que estava a caminho do aeroporto e chegava mais ou menos em 10 min, ele falou que iria para o aeroporto pegar o voo dele em uma hora, respondi e bloqueei o celular, nessa viagem eu iria vistar o Brasil novamente e passar as férias lá iria encontrar Levi e nossa melhor amiga em comum Maya, nós três estávamos no mesmo colégio e na mesma classe até eu ir morar em Portugal onde tudo começou, ambos tínhamos 16 anos de idade na época , Levi tem cabelos loiros claros e lisos, seus olhos são azuis e expressivos, com sobrancelhas grossas e definidas que davam um toque de intensidade ao seu rosto. Sua mandíbula era bem definida, Levi é um garoto bastante engraçado e barraqueiro, ele é muito divertido faz todos rirem, e é um amigo muito incrivel, além de ser muito irônico é bastante sincero.

Nessa viagem passaríamos por vários estados mas ficaríamos meio que fixos na Bahia gostava do ambiente da energia que aquele estado tinha era muito divertido e alegre, era lá que a gente morava antes da minha mudança e a de Levi, quando ele foi para o Rio de Janeiro e eu para Portugal, Maya decidiu se mudar para Recife ela queria terminar o ensino médio lá e fazer a faculdade de medicina que sempre sonhou, ela é uma garota bastante estudiosa e dedicada eu e Levi costumávamos ficar zoando ela falando que ela prefere os estudos do que a gente o que não era verdade, Maya é aquela amiga madura que sempre se preocupa com seus amigos talvez seja por isso que queira cursar medicina, ela é bastante tímida e muito bonita, tem cabelos castanhos finos e longos e uma boca bem definida, ela tem 1,70 de altura e é magra com a pele clara, e têm olhos cor de mel, bem durante a viagem até o aeroporto ficava olhando o site de notícias e nada, pensei que tudo tinha sido controlado, lembro de ficar conversando com Maya e Levi no celular também ficamos preocupados mas mudamos de assunto e aquilo fazia esquecer o que tinha acontecido, a gente fofocava muito e ríamos bastante do deboche de Levi com as pessoas do colégio que ele contava, enfim lembro me de que quando chegamos no aeroporto guardamos nosso carro na garagem específica e eu me despedi deles falando que ia pra o aeroporto e ia ficar sem internet e que eles esperariam no aeroporto da Bahia, foram minhas últimas mensagens.

Chegamos no aeroporto e ficamos ali, nosso voo não iria demorar muito chegamos praticamente em cima da hora era questão de 10 min, o tempo passou e passou ficava vendo as pessoas embarcando e desembarcando, teve uma imagem que grudou na minha memória uma garotinha correndo para abraçar a mãe uma mulher meio gordinha de pele escura e cabelos com tranças correndo para abraçar a menininha que supostamente era sua filha elas ficaram abraçadas por um tempinho e a mãe a enchendo de beijos e carinho, o som, aquilo era o aviso que o meu voo já poderia haver o embarque, pegamos nossas malas e fomos para o portão de embarque na fila ainda olhei para a mãe e filha agora seu pai estava abraçando as duas era um homem alto e magro usava oculos de grau e tinha o mesmo tom de pele de sua esposa era uma família muito bonita, ainda na fila vi um homem de jaleco branco aparentemente um enfermeiro ou médico, estava bastante estranho olhava para um lado e para o outro creio que presenciou aquilo tudo no hospital, se ele estava aqui tudo estava resolvido pensei mas estava enganado ÓBVIO, eembarcamos no avião e ao chegar nos nossos assentos fiquei muito feliz pois tinha aquelas Televisões pequenas que tinha netflix, ótimo as 8 horas de viagem não seriam cansativas, passaram 20 minutos, anúncio do voo que iria decolar, o avião decolou, passaram-se mais ou menos 7 horas de voo e eu liguei a Tv, muita gente ligou na verdade e ai estava sintonizado exatamente no canal de notícias filmando o hospital eu me levantei um pouco e tive a visão dos assentos em minha frente todos estavam ligados também nesse canal, aí o pior aconteceu a repórter estava comentando sobre o contenção do infectados quando BOOOOOM!!!!!!, o hospital inteiro explodiu. . .

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