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Capítulo 57 – Weenny: As acomodações

Eros Myron POV:

Cumprirei a decisão dos Imperadores, que salvaguardará meu segredo e também me dará maior liberdade, indo para o hotel. 

Estou bem treinado agora e posso me defender sozinho se for preciso, mas o Imperador exige que a guarda Imperial vá disfarçada, para vigiar, escoltar e me proteger de qualquer perigo. 

As sudras ou servas, vem avisar que a minha Princesa chegará em menos de uma hora, eu já sei e estou com minha mala preparada desde a conversa com os Imperadores, então agora só falta me despedir deles, é minha obrigação pedir a benção deles antes de sair. 

Devo ter cuidado para cumprir todos os protocolos, mesmo sendo filho da maior autoridade desse país. Em primeiro lugar devo ir até o Imperador, mas ninguém deve entrar na presença dele sem ser anunciado, nem mesmo esposas ou filhos! O preço da desobediência normalmente é a morte. 

Peço para ser anunciado e aguardo pacientemente até sua permissão seja concedida, entro na sala do trono com a cabeça baixa e as mãos cruzadas a frente do corpo, espero por uma nova autorização do Imperador para que eu possa me aproximar e olhar em seus olhos. 

— Jagal drshtikon, mujhe dekho. (Aproxime-se Jagal, olhe para mim.) - o Imperador diz e faço como ele manda.

— Dirrábana, yah hotal mein jaane ke lie samay hai, main vaapas lene kee anumati se poochho. (Majestade, chegou o momento de ir para o hotel, peço permissão para me retirar.) – digo.

— Jagal, suno, main maang hai ki aap unakee suraksha ke lie shaahee gaard rakhane ke lie aur salmaan aur ravi ke saath le lo. (Jagal, ouça, exijo que você mantenha os guardas imperiais para a sua proteção e leve consigo Salmaan e Ravi.)

— Haan, Dirrábana! (Sim, majestade) – respondo.

Me curvo para tocar seus pés, pedindo suas bênçãos, ele toca a minha cabeça para me abençoar, então eu saio sem dar as costas para ele, jamais devemos virar de costas para os Imperadores!

Assim que saio da presença do Imperador, Maan* vem ao meu encontro, ela vê a ansiedade nos meus olhos.

— Bita, apane dil ko shaant. Aap apane Rajkumari jald hee milate hain aur use apanee raanee bana denge. Tum usase milane nahin karana chaahie jab tak app is laalasa guru. (Filho, acalme seu coração. Você verá sua Princesa em breve e fará dela a sua rainha. Você ainda não deve ir ao encontro dela até conseguir dominar essa saudade). – ela me aconselha.

Faço uma expressão de desapontamento que faz a Maan sorrir, recebo o doce carinho de mãe e já não posso demorar mais, me curvo diante dela para pedir suas bênçãos, mas como Maan é muçulmana, em momentos especiais como esse, ela me abençoa de outra maneira, soprando sobre meus ombros e tocando sobre a minha cabeça quando eu olho para ela, mesmo assim eu toco os pés dela em busca de suas bençãos como todo hindu deve fazer.

Saio do Forte as sete da manhã, assim que chego no hotel, entro pela porta dos fundos, para evitar qualquer tumulto e subo para o minha suíte no penúltimo andar, minha bagagem é levada em seguida e todos os funcionários e até mesmo os gerentes e donos do hotel não sabem o que fazer para agradecer a minha presença, estão muito honrados que eu esteja aqui.

Salmaan e Ravi se acomodam no andar destinado aos padrinhos, eles cresceram comigo e são bons amigos, além de bons soldados do Império.

Me arrumo com roupas comuns, quando está perto da hora dos meus amigos chegarem, decido esperá-los no saguão. É uma grande alegria vê-los, depois de todo esse tempo, é como se eu me sentisse em casa novamente.

Conversamos por alguns instantes, sob os olhares curiosos de todos os funcionários.

Amitabh e Tia fazem o check-in e se aproximam de nós, mas seus olhos estão atentos na movimentação dos funcionários do hotel, que estão despachando a bagagem para as suítes.

Eles estão agitados e parecem ter muito a dizer sobre o trânsito caótico, na opinião deles, e sobre todas as coisas que viram nas lojas e nas ruas durante o trajeto.

Amitabh sorri ao perceber o quanto os meus amigos estão abismados com a formação e entendimento do trânsito na Índia.

— Daqui a alguns dias as ruas vão ser fechadas para o shádi. – o tradutor diz.

Amitabh não deve dizer isso, vai acabar despertando a curiosidade dos meus amigos antes do tempo, lanço um olhar de repreensão e recebo um pedido de desculpas silencioso.

Felizmente, nenhum deles parece perceber a profundidade do que o homem acaba de dizer.

— Que bom, talvez o trânsito melhore um pouco. – Enzo diz e eles riem.

— É, Enzo está assim estressado porque ficar longe da Samara é demais para ele, é capaz que ele enlouqueça até o fim do shádi, isto é, se já não estiver. – Rafael diz.

Filipe ri debochadamente, enquanto Guilherme e Igor parecem tentar se esconder atrás do Enzo para rirem sem deixá-lo ainda mais nervoso.

— Imagine o nosso amigo, ele está há muito mais tempo sem a nossa deusa e está suportando bravamente com um sorriso no rosto, não é Eros? – Ricardo olha para o Enzo e diz.

— Não sei como ele consegue! – muitos deles sussurram.

Penso por um momento sobre a falta que minha Weenny faz, sinto que deixo um suspiro escapar, talvez esteja com uma expressão triste, porque é o suficiente para que Ricardo diga que eu estou sofrendo muito, ele me conhece bem.

Então respiro fundo, sorrio e procuro mudar de assunto.

— Vou levá-los para conhecer o hotel e depois vamos tomar o café da manhã, vocês devem estar com fome... Eu estou! Vamos? As malas já estão sendo despachadas. – digo e todos aceitam.

Levantamos e seguimos pelo hotel, Amitabh e Tia permanecem atrás de nós, com uma expressão tímida ou temerosa. 

Como sei que todos devem ter observado a entrada do hotel, faço questão de mostrar os principais pontos onde eles transitarão. Começamos a andar pelo saguão, os levo para a sala de estar, passamos pelo salão de jogos e música, continuamos a caminhar pelo corredor e chegamos na entrada do bar e do restaurante, noto que eles olham tudo ao redor com uma expressão de admiração.

Fiz questão de escolher acomodações que estejam a altura do carinho que nós temos por nossos amigos. 

Aproveito que estamos no restaurante e faço os pedidos para o café da manhã, enquanto eles preparam nossa refeição, levo meus amigos para a área externa para que vejam todos os espaços desse grande hotel e para que apreciem a área da piscina.

Retornamos para o restaurante, tomamos o café da manhã ao estilo brasileiro, afinal o hotel realmente está preparado para receber seus hóspedes, conversamos sobre a viagem deles e sobre como estão se sentindo. Assim que terminamos a refeição, eu preciso sair para checar alguns outros detalhes, os deixo na companhia de Amitabh e Tia. 

 

Weenny Alves POV:

Durante todo o trajeto a minha ansiedade vai crescendo e vou pensando na reação dos meus amigos após verem tudo o que aconteceu desde a nossa chegada, com certeza algumas dúvidas já os rondam nesse momento.

Sinto quando o palanquim desce e Salima logo vem me avisar que chegamos.

Abro a cortina e saio do palanquim, é nesse momento que me deparo com uma construção maravilhosa, pensei que iria para uma tenda de casamento, mas agora estou diante um palácio! Só imaginei estar diante de algo tão grandioso em meus melhores sonhos, é simplesmente incrível.

Aprecio por um momento esse palácio, ele tem três andares, parece realmente enorme. Noto que as servas estão paradas atrás de mim e os soldados se posicionam ao meu redor, então me adianto e vou caminhando na direção da porta principal, que é imediatamente aberta e todas as luzes se acendem.

Continuo andando e vejo que Salima está caminhando ao meu lado e em silêncio.

— Rajkumari, is mahal, mehamaanon ko praapt karane ke lie ek jagah ka mukhy kaksh hai. dekhen, is ke baad lambe samay tak parde kee prateeksha kaksh hai jo ek kaksh hai ki raaja saahab kuchh gopaneeyata gaya hai. Is mukhy kaimara se kaee any portal hai ki apane mahal ke doosare kvaartar ke lie vitarit dekhenge. (Princesa, esta é a câmara principal do seu palácio, local para receber os convidados. Veja, logo após essa longa cortina está a antessala que é uma câmara para que Vossa Alteza tenha alguma privacidade. A partir dessa câmara principal veremos vários outros portais que distribuirão para os demais aposentos do Vosso palácio.) – Salima explica.

Passo pelo portal de entrada da câmara principal, vejo que esse portal é na verdade um batente envolto por um tecido fino e nobre, um grande tapete estampado está posicionado bem a frente. Essa câmara é bem ampla e bem decorada, tudo nela recebe tons de vermelho e é absolutamente lindo, a cor da deusa Lakshmi, mais a frente é possível ver uma longa cortina branca e pouco transparente.

Atrás dessa cortina há a antessala que Salima diz, decorada toda em vermelho, tem três poltronas e tapetes indianos. 

— Chinta mat karo, parda jab apane mahal mein purushon praapt tum gopaneeyata dene ke lie nahin hai. (Não se preocupe, a cortina existe para te dar privacidade ao receber homens em seu palácio.)

Sinalizo que estou entendendo sua explicação, mas não digo nada, sei que uma Princesa hindu não deve ter proximidade com homens, sobretudo com homens estranhos.

A julgar pelo tamanho externo, o palácio é enorme, mas Salima parece perceber o meu cansaço.

— Kalpana keejie ki kaise thak raaja saahab, mujhe lambee yaatra ke baakee se pahale aap apane kvaartar dikhaate hain. (Imagino o quão cansada está Vossa Alteza, permita-me mostrar seus aposentos antes que descanse da longa viagem.)

Então ela me leva para conhecer apenas o necessário, neste momento, saímos por um dos portais.

— Is mahaan ving, Rajkumari, apane shaahee apaartament hai. is pravesh dvaar ke kamare mein do daravaaje, dekhate dekhate hain, is intazaar kar rahe kamare ke lie aapako lene ke lie khula hai aur daravaaja parivaar kaksh, jahaan aap apane mehamaanon ko praapt kar sakate hain ko badhaava milega band kar diya hai. (Essa é a ala nobre, Princesa, seus aposentos reais. Nesta sala de entrada existem duas portas, veja, essa que está aberta levará para a antessala e a porta que está fechada levará para a sala íntima onde poderá receber suas convidadas.)

A entrada é uma sala ampla e arejada, cujas paredes são decoradas em arabescos em relevo dourado contrastando com seus pilares beges, em pontos estratégicos estão três longos castiçais de seis velas e três poltronas em ouro, revestidas com tecido vermelho com relevo dourado, há uma mesa no centro em madeira nobre com uma flor de lótus e outras duas portas, uma delas está aberta, decidimos entrar primeiro na antessala, observo com atenção todos os detalhes.

Mais uma sala espaçosa, com paredes decoradas em arabescos dourados, na parte superior formam um arco e seguem descendo até alcançar o meio da parede, onde há uma nova pintura, de formato ovalado na cor vermelha, cor que também segue nos assentos das poltronas, então a beleza do dourado segue nas laterais das paredes, no carpete, nos rolos que ficam sobre as poltronas, em algumas almofadas, nos degraus da escada, na mesinha auxiliar, nas luminárias e também na mesa de centro, onde há uma bandeja com grande variedade de frutas e Salima pega para me servir, com a devida reverência, embora eu agradeça e peça para seguirmos. 

Entramos agora naquela sala cuja porta estava fechada, é a sala íntima, me encanta essa decoração, apesar de ser uma sala bem ampla, fresca e arejada, também é aconchegante e intimista, como seu nome diz. 

Toda construída com tapeçaria indiana em todas as paredes, sim, como se fosse um bordado na própria parede, em relevo, nas cores predominantemente dourado, vermelho e azul, nesta ordem, nos pilares há um espelho. Na parte inferior há uma poltrona feita de igual maneira, tapeçaria indiana bordada nas mesmas cores, com almofadas, rolos e apoios para os pés, tudo na mais perfeita combinação de cores, assim como o carpete, as cadeiras, as mesas as mesas auxiliares, que ficam aos pés das poltronas, que são revestidas por tecido vermelho aveludado e a cortina da própria sala que é vermelha rubi, os incensários e as luminárias e os utensílios todos em ouro. Simplesmente divino e soberbo de tão maravilhoso!

Avançamos e passamos por uma sala espaçosa, que é uma varanda, com uma enorme chaise, com grandes almofadas, volumoso tapete e colossais janelas, por onde tenho uma vista privilegiada de todo o ambiente externo do palácio e imediações.

Chegamos finalmente à câmara de dormir, mas confesso que jamais havia visto algo dessa magnitude, de tal maneira que até mesmo minhas palavras se tornam repetitivas diante de todas essas novidades e belezas que tenho visto desde então. 

Tudo o que tenho visto nesta ala nobre, tem os tons de vermelho e dourado, é assim também nesta câmara, mas só posso dizer que é surpreendente a beleza deste lugar, é estonteante, a cama é com dossel, as roupas de cama são em cetim puramente douradas, com poucos detalhes em vermelho e ricamente bordadas, um quarto digno de rainha! O espaldar da cama é em tecido de cetim vermelho e bordado e desenhado em arabescos dourados, com pilares em suas laterais, incrivelmente lindo! As cortinas do dossel são igualmente vermelhas e douradas bordadas, magníficas e estão abertas nesse momento. 

Noto que bem ao lado da minha cama tem dois quadros com fotos minha e do meu Príncipe, mais uma linda surpresa.

Acho que é o suficiente e quando acho que finalmente vou descansar...

— Krpaya Rajkumari, mere saath, vahaan abhee bhee adhik kamara hai ki raaja saahab ko pata hona chaahie rahe hain. (Por favor Princesa, me acompanhe, ainda existem mais aposentos que Vossa Alteza precisa conhecer.) – Salima pede e sorri.

Eu sorrio e faço um sinal afirmativo e continuo a acompanhá-la. Entro no minha toalete, que é surpreendente e enorme, segue o mesmo padrão da decoração, vermelho e dourado, com uma banheira enorme circular no centro, vários espelhos, duas pias, um box muito grande e todos os produtos, que sequer imagino que vou pensar em utilizar, tudo muito especial.

Mas quando continuamos a caminhar, vejo que as cores vão suavizando, recebem tons de lilás.

— Raja saahab, ham use dresing room ke pravesh dvaar ka saamana kar rahe, yah pahalee kamare mein ham sari, gahane aur joote ke lie apane sabhee alamaariyaan dekh sakate hain. Vahaan bhee pravesh dvaar par yahaan ek chhota sa kamara hai. jald hee agale daravaaje vahaan dresing room taaki aap aur adhik svatantrata hai, aao, krpaya hai. (Alteza, estamos diante da entrada do seu quarto de vestir, nesta primeira sala já podemos ver todos os seus armários para os saris, joias e calçados. Há também uma pequena sala aqui na entrada. Logo aqui ao lado há o quarto de vestir para que tenha mais liberdade, venha conhecer, por favor.)

Não pensei que veria tudo isso, a entrada do closet é enorme como uma grande loja de luxo, em tons de lilás e rosa, grandes lustres e poltronas. A pequena sala a qual Salima se refere é na verdade um local muito aconchegante, com um largo sofá macio, mesa com livros, incensos e uma grande janela, seguem a mesma decoração da primeira sala.

Continuo a caminhar para o interior dessa sala, vejo os grandes armários e assusto quando os abro, muitos saris com bordados maravilhosos estão à minha disposição, vejo também joias e calçados, lembro que meu Principe havia dito que providenciaria as roupas adequadas para eu usar aqui.

Sigo e vejo o quarto de vestir, sua decoração é bem diferente das outras câmaras, mesmo assim fico encantada com o tamanho dele, uma ampla sala clara, com um grande tapete indiano ao centro e duas chaises, além de cômodas, um espaço considerável para muitas pessoas se vestirem ao mesmo tempo aqui, certamente. Incrível. 

— Apane paksh kamare mein ab jaana pahale ham kamare mein rahane vaale aur apane sabase antarang bhojan ke lie milata hai, aur jald hee kamare mein chalo. (Vamos entrar agora nos seus aposentos secundários, primeiro entraremos na sala de estar e para a suas refeições mais íntimas, logo depois o quarto.)

Ainda tem mais? Outro quarto? Para que precisarei de tudo isso?

Entramos em uma saleta decorada em vermelho vivo e dourado, há uma tenda ao redor de um confortável sofá dourado e vermelho com diversas almofadas coloridas em dourado, vermelho e florido, com uma mesa em ouro, decorada com uma toalha em cetim florido e lisyanthus, uma das minhas flores preferidas. 

Admiro por alguns segundos e entro na suíte enorme, com mais itens em dourado do que em vermelho, com uma pequena mesa com cadeira vermelhas, chaise branca com dourada, uma poltrona branca com dourada, cômoda vermelha com dourada e uma cama branca com dourada um pouco mais simples do que a primeira, sem dossel, mas com roupas de cetim, cortinas em cetim, guarda-roupas espaçoso, criado-mudo, abajoures brancos e carpetes indianos em vermelho e dourado.

Salima avisa que vamos conhecer agora a área de refeições formais, mais um salão grande e espaçoso com uma longa mesa para vinte lugares, cadeiras com estofado em vermelho, grandes lustres e castiçais, flores já enfeitam a mesa e ela já está preparada para que uma refeição possa ser servida a qualquer momento.

A serva percebe meu cansaço, da mesma forma que eu percebo a urgência que ela tem em me apresentar o meu palácio, continuo caminhando ao lado dela para conhecer tudo o que preciso. 

Agora é o momento de ver o SPA. 

Vejo a piscina e sala para tratamentos, tudo muito bonito, está iluminado por diyas, parece que já esperam pela primeira pessoa para receber os tratamentos a qualquer momento, é um ambiente silencioso e deve ser muito bom aproveitar os momentos neste lugar. 

Há mais um quarto para meu descanso ou outros tratamentos, é um lugar muito bonito, mais uma cama com dossel e várias almofadas, uma pequena penteadeira, um tapete indiano, vários incensários, luminárias, oléos essenciais e maca. 

— Rajkumari, yahaan anaupachaarik timaahiyon ho jaega, vahaan ek kamare ke darshak ya baithakon, bhojan hai ki aupachaarikata, raaja saahab ke lie aur darshak ke lie baakee ke kamare kee aavashyakata nahin hai ke lie kamare aur sangeet kaksh padhane praapt karane ke lie hai. (Princesa, aqui estarão os aposentos informais, há uma sala para receber as visitas ou reuniões, sala para leitura e música, sala para as refeições que não exigem formalidade, sala de descanso para Vossa Alteza e para as visitas.)

Desta vez são várias salas que me serão apresentadas.

A primeira, que é a de visitas ou reuniões, é bem ampla e com enormes sofás que tomam todo o espaço ao redor dela, muitas almofadas estão sobre ele, dois grandes tapetes decoram toda a sala, há uma colossal janela e vários abajoures mesas de centro, a decoração recebe tons de rosa e vermelho. 

A segunda sala, que é a de música e leitura, é clara e igualmente espaçosa, suas janelas tem telas, nesse lugar tem livros e instrumentos musicais, pequenas mesas e poltronas, é um ambiente muito aconchegante.

Entramos na sala de refeições, logo se vê um ambiente menos formal, mas igualmente bonito, com grandes lustres e cores mais fortes em toda a decoração, vermelho e rosa, lugar para recepcionar amigos mais íntimos e em menor quantidade. 

Sigo para a sala de descanso, que é bem informal, decorada em rosa e lilás, com sofás com muitas almofadas, grandes janelas, pequenas mesas e um único e grande tapete, onde estão posicionadas almofadas.

Devo conhecer os aposentos para as visitas, meu Jagal realmente pensa em tudo, salas formais e informais, quarto para as minhas visitas, ele é maravilhoso.

A suíte para visitas é bem grande e aconchegante, com duas camas de casal em cada uma, chaise, televisão e toalete com banheira, recebe os tons de vermelho. São quinze quartos iguais.

O toalete para as nossas visitas também é bem espaçoso e com banheira, sem deixar que nenhuma delas fique desconfortável e incomodadas em nenhum momento. 

Existem também as suítes para as sudras ou servas, um pouco menor e com duas camas em cada um, a toalete também é ligeiramente mais simples.

Nosso tour finalmente está terminando, sou levada a varanda superior que é bastante ampla, clara e nos dá visão para todo o palácio e ao redor, tem várias poltronas vermelhas com pequenas mesas entre elas, lustres grandes e flores decoram o ambiente.

— Main kee jaroorat hai kuchh aaraam, mere timaahiyon ke lie jaana. (Preciso descansar um pouco, vou para os meus aposentos.) – digo ao sentir o cansaço me incomodar.

Ela faz uma reverência e me acompanha em silêncio, vamos juntas até a suíte real, sento na cama e imediatamente as sudras vem na minha direção, agacham para tirar meus sapatos, deito e elas me cobrem, fecham o dossel que envolve o meu leito.

— Ek achchha baakee hai, Rajkumari hai. ham yahaan agale ho jaega, aap kisee bhee samay hamen phon kar sakate hain. (Tenha um bom descanso, Princesa. Estaremos aqui ao lado, pode nos chamar quando quiser.)

— Haan, Chukriã. (Sim, obrigada) – digo e me acomodo mais nessa cama macia.

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