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Retorno

Eu abro meus olhos lentamente e vejo o quarto um pouco familiar de Rin, o céu ainda estava escuro, "Então deu tudo certo?", me pergunto internamente enquanto espero a sonolência ir embora.

Sinto alguns pesos sobre o meu corpo e finalmente vejo Chloe, Sakura, Rin e Illya em posições estranhas espalhadas pela cama, usando meu corpo como travesseiro, uma mistura de fragrâncias doce, salgada e picante me estimula, muito viciante.

Eu aproveito o momento de paz sentindo o calor dessas garotas, memorias de ontem veem a minha mente, mas são um tanto quanto vagas, "Tudo ficou nebuloso depois de tomar o sangue da Rin", murmuro e estendo o meu braço direito com cuidado para não acordar ninguém e digo internamente, "Trance-on", faixas azuis de poder mágico invadem o corpo de Rin, e várias informações vêm à mente de Yan.

"Entendo, eu só posso assumir a responsabilidade", murmurei suspirando e imaginando como vai ser quando eu voltar para casa com mais quatro garotas.

Depois de mais uma ou duas horas Chloe acordou e começou com sua rotina diária instintivamente.

"Não faça isso, elas ainda estão dormindo", falo liberando meu braço direito e segurando a cabeça de Chloe a fazendo parar seu serviço diário.

"Não quero", Chloe falou e continuou a lamber brincando e observando as minhas reações.

Em algum momento a situação escalonou ao ponto de sons de tapa de carne encherem a o quarto, gemidos de Chloe e Yan estavam em sintonia, fazendo seu próprio mundo cor de rosa, esquecendo que havia outras pessoas na sala.

Algumas dessas que acordaram e apenas observaram em silencio o sexo brutal de Yan e Chloe, enchendo o coração de Rin de Medo, principalmente por causa do sorriso assustador no rosto dos dois.

Illya apenas fechou os olhos e escutou com muita inveja, aquela era ela e ao mesmo tempo não, "Quando vai chegar a minha vez?", pensou ela esfregando a mão entre as pernas com um rubor visível no rosto e um pouco ofegante.

Depois de uma ou duas rodadas selvagens Yan e Chloe saíram do quarto e foram tomar banho juntos para tirar o cheiro de sexo que permeava o corpo, pouco depois Sakura despertou e sentiu o cheiro forte, porém ignorou e foi para a cozinha fazer o café da manhã, afinal ela já estava acostumada com esse tipo de odor.

Illya e Rin ficaram fingindo dormir até tarde e durante o resto do dia não conseguiam encarar Yan e Chloe nos olhos, por motivos diferentes.

Yan não percebeu, pois tinha alguns assuntos para resolver antes de ir embora desse mundo e saiu de casa a tarde para resolver com Sakura ao seu lado.

Primeiro foi até a casa de Taiga, a sua responsável legal, para dar noticias visto que ele sumiu durante alguns dias, após sua casa ser destruída e nem ao menos lembrou de a chamar no telefone.

A conversa decorreu facilmente, principalmente por causa de Yan ser muito responsável com os estudos e suas atitudes, até mesmo sendo capaz de sustentar-se sozinho.

Depois de uma breve despedida Yan ficou mais leve, afinal Taiga o apoiou e até mesmo encobriu algumas das "brincadeiras" que ele teve com Sakura dentro da escola, uma ótima tutora.

Logo em seguida foram até a casa de Rinka, a garota que foi usada para apaziguar a libido de Shinji durante muito tempo.

Com um leve toque na campainha a garota apareceu de dentro de sua casa e saiu, "Tudo pronto?", perguntou Yan.

"Sim, as outras garotas também estão prontas a qualquer momento", respondeu ela com um sorriso no rosto.

"Tudo bem, me mande o endereço, vou leva-lo até o lugar essa noite", Yan respondeu e foi embora com Sakura a reboque.

Rinka entrou rapidamente em sua casa e começou a mandar mensagens em um grupo predominantemente de garotas, alguns poucos rapazes eram parentes ou ex-namorados de algumas vítimas falecidas.

O plano inicial para a vingança delas contra Shinji era muito mais complexo, foi feito para ser um sequestro silencioso, porém agora Yan não iria mais ficar nesse mundo e muito menos tinha medo das consequências por isso partiu para a abordagem direta.

Facilmente entrou na residência dos Matou com Sakura o guiando e foi até o quarto de Shinji, Zokuen sentiu a intromissão, mas ficou calado, pois sabia que não havia ganho em antagonizar Yan e Shinji não valia o esforço de negociar.

"Você entra primeiro", eu sussurro no ouvido de Sakura.

Ela acena com a cabeça em entendimento e entra no quarto de Shinji sem cerimônias e logo a voz dele reverberou.

"Você voltou sua puta? Me deixe adivinhar, Yan cansou de você e agora voltou para mim, alguém que você odeia do fundo do seu coração", a voz de Shinji estava cheia de ódio.

Eu consegui ver o rosto distorcido de Shinji através da porta entreaberta deixada por Sakura.

A hostilidade subiu para o nível físico rapidamente, a todo momento Sakura ficou de cabeça baixa e em silencio, deixando Shinji dar um tapa nela e a jogar na cama, a sobrepondo.

"Vamos, você tinha aprendido a reagir um pouco dá ultima vez, vamos fale alguma coisa", Shinji disse a enforcando e esperando alguma reação dela.

Contudo, ele logo se decepcionou, quando as primeiras palavras que saíram da boca dela foram, "Eu tenho pena de você".

Yan que não havia se movido desde o inicio ficou muito feliz com a evolução de sua garota, ela chegou ao ponto de sentir pena de Shinji, uma evolução gigantesca.

"Sua vagabunda, você ousa dizer isso para mim?", o aperto de Shinji no pescoço de Sakura ficou mais forte, porém ele não havia notado que Sakura nem estava sentindo nada, no máximo deixaria algumas marcas vermelhas no pescoço branco dela.

"Eu posso me divertir um pouco?", Sakura perguntou e Shinji não entendeu até que aporta foi aberta e Yan entrou na sala.

"Vou te dar uns 30 minutos, não mate ele", Yan diz encarando Sakura e ignorando Shinji que dizia coisas como, "como você entrou?", "Vá embora seu maldito!".

No momento que Yan fechou a porta e saiu do quarto Sakura levantou facilmente e jogou Shinji em cima da cama indefeso e o amarrou na cama usando o próprio lençol dele.

"Será que você ainda tem 'aquilo'?", Sakura perguntou inocentemente e o rosto de Shinji deu a resposta que ela queria.

"Não, aquilo não! Você pode ir embora, eu deixo, vou falar com o vovô e pedir para ele não se envolver com vocês!", Shinji disse com muito medo.

A força de Sakura sempre foi superior à dele, porém agora ela estava em um nível sobre-humano e isso o assustou muito e combinado ao item que ela estava procurando o deixou muito alarmado.

"Achei!", exclamou ela muito feliz segurando um frasco com um liquido verde borbulhante, "Lembra como foi a minha primeira vez?", Sakura aproximou o nariz do frasco e sentiu seu cheiro e seu rosto logo ficou avermelhado por causa do conteúdo do frasco.

"Sakura, não aproxime isso de mim!", Shinji ficou tão alarmado que tentou soltar os braços, sem sucesso e apenas machucou os pulsos.

"Na minha primeira vez eu estava assustada e você foi tão agressivo, as vezes eu tinha pesadelos com aquela noite", Sakura aproximou-se da cama e sentou ao lado do corpo de Shinji.

"Sakura, por favor não faça isso", Shinji implorou com lagrimas nos olhos.

"Que nostalgia, foi exatamente isso que eu disse naquele dia e em outras vezes futuras, mas você não escutou né?", Sakura deu um tapa muito forte no rosto do Shinji.

"Você quer que eu me desculpe? Eu faço isso, mas por favor para", Shinji implorou sentindo um enorme formigamento no rosto, na área do tapa que levou de Sakura.

"Acho que você tá entendendo algo errado, o frasco é para uso pessoal, não vou usar com você", Sakura falou tampando o frasco e o deixando em segurança em cima da cômoda.

Shinji suspirou aliviado.

"Afinal, se você sentir prazer não vai ter graça", complementou ela, pegando um porrete que muitas vezes foi usado nela em joguinhos de Shinji.

"O que você vai fazer com isso?!", gritou ele.

"Você nunca gostou de lubrificante certo? Então não vou nem usar cuspe", Sakura rasgou as calças de Shinji o deixando pelado na cintura para baixo enquanto um sorriso sádico surgiu no rosto dela.

"Isso vai doer mais em você do que em mim", Sakura falou e um Shinji desesperado começou a se debater para fugir.

A casa dos Matou ficou animada pela primeira vez em muito tempo, os gritos de Shinji eram cheios de dor e ódio acompanhados pelas gargalhadas excitantes de Sakura.

Yan ficou sentado na sala de estar esperando Sakura ficar um pouco satisfeita.

O tempo passou e anoiteceu e finalmente os sons cessaram e a casa voltou a ficar silenciosa, durante esse tempo Zokuen apareceu brevemente e seguiu seu caminho, ele parecia ter perdido um pouco de seu ímpeto em ficar vivo.

Yan subiu as escadas e abriu a porta do quarto de Shinji e viu uma cena grotesca, Sakura era a única limpa na sala, qualquer descrição, além dessa é melhor ser evitada pela nojeira.

"Dê esse peão para ele e troque as roupas, coloque algo formal nele, afinal é um evento importante hoje", Yan deu um peão fênix para Sakura e foi embora da sala.

Eles saíram da residência Matou, o humor da Sakura estava muito bom, bom o suficiente para fazer Yan sentir um pouco de medo dela, afinal ele ficou escutando toda a tortura durante algumas horas.

Yan aproveitou a escuridão para voar até o endereço que Rinka passou para ele e carregou Sakura com um braço e jogou Shinji sobre o ombro com um saco de batata.

Usando nevoa para camuflar-se no céu ele voou com um pouco de dificuldade, afinal ele nunca voou ativamente e agora estava carregando duas pessoas.

Em menos de uma hora Yan chegou em um armazém fora da cidade próximo a floresta dos Einzbern e entrou banhado pela luz da lua.

"Eu cheguei", Yan falou jogando Shinji no chão e descendo Sakura delicadamente.

O armazém estava caindo aos pedaços e provavelmente ninguém iria vir aqui por um bom tempo, o lugar perfeito para uma vingança.

"Estamos aqui", Rinka saiu da escuridão revelando algumas figuras humanas atrás dela, "Obrigado", ela curvou-se, havia um leve tom de alegria em sua voz.

"Tudo bem, agora ele é de vocês, torturem ele, o estrupem, divirtam-se, isso é tudo que posso fazer depois de deixá-lo tanto tempo livre e fazer você sofrer tanto", Yan fez uma reverencia em desculpa pelas ações vergonhosas de seu eu sem memorias.

Rinka ficou surpresa por um momento, era a primeira vez que Yan descia de seu pedestal e falava de igual para igual com alguém 'inferior' como ela, "Tudo bem, eu aceitei o trabalho, a gente tinha um acordo", disse ela acenando com a cabeça e sorrindo.

"Vou indo, deixo o resto com vocês", Yan virou-se e abraçou Sakura mais uma vez e foi embora sem olhar para trás, deixando Shinji nas mãos de suas antigas vítimas.

O destino de Shinji é cruel, repleto de dor e sofrimento, vivendo o tempo que lhe resta na terra sendo torturado aos poucos, cortado em pedacinhos e até mesmo estuprado.

"Obrigado", Sakura murmurou dormindo profundamente, nos braços de Yan.

"Quem vê esse sorriso angelical nem imagina o quão terrível ela pode ser", Yan pensou em seu coração e deu um leve beijo na testa dela.

O caminho de volta foi tranquilo e sereno, Sakura passou o tempo todo dormindo então Yan retornou mais devagar, demorando uma hora e meia para voltar.

"Todos prontos?", Yan perguntou colocando Sakura sobre o sofá.

"Sim e não, Rin está dificultando as coisas", Chloe apareceu e disse para Yan, enquanto segura algumas sacolas com roupas e outros adereços dela e Illya, coisas que foram salvas das ruinas do castelo Einzbern pela tarde.

"Vou falar com ela", Yan subiu até o quarto de Rin e bateu na porta, "entre", escutou Rin falar fracamente.

"Eu não planejo ir com vocês", ela disse fracamente olhando para a lua pela janela, em pé.

Yan caminho até ela e a abraçou pelas costas, circulando os braços na cintura dela e apertando com força o corpo contra ela.

"Não adianta tentar me seduzir, eu já decidi ficar", Rin não empurrou ele no primeiro momento e apenas aproveitou a sensação de segurança de ter alguém confiável a abraçando.

Contudo, depois de alguns momentos de silêncio ela lembrou da cena de quando acordou, duas feras sexuais suadas e selvagens, seu corpo tremeu, o batimento cardíaco dela acelerou e virou o rosto encarando Yan com medo.

"Relaxa, não planejo te comer ainda", Yan riu e deu uma leve lambida no pescoço dela e não a deixou ir quando ela tentou sair do abraço, mas depois de um tempo desistiu e virou-se e descansou a cabeça no peito dele.

"Na verdade, eu quero saber seus motivos para querer ficar aqui", Yan disse solenemente.

O primeiro passo para convencer alguém a fazer algo que está negando-se a fazer é saber a origem da negação, suas motivações e aspirações, ou qualquer argumento pode piorar a situação acidentalmente, as aulas com Serafall sempre são uteis em momentos como esse.

"Eu não posso abandonar tudo aqui, todo o legado da minha família", Rin disse lembrando tudo que aprendeu sobre os Tohsaka e como eles perseveraram até hoje.

"Se eu for embora que vai monitorar as linhas de Ley de Fuyuki? Quem vai dar continuidade ao clã? Eu não posso ir embora", Rin encarou Yan com seriedade em seu olhar.

O futuro e prestigio dos Tohsaka estava em sua mão e esse também é o motivo pelo qual ela participou da guerra do santo graal.

"Você não deve nada aos Tohsaka, isso não é problema seu", Yan retribuiu o olhar de Rin.

"Então você quer que eu jogue minha vida fora por causa de você?", Rin ficou irritada.

"Não, mas por você e a sua irmã", Yan sabia que Rin se importa com Sakura o suficiente para sacrificar-se.

Ele poderia usar o fato dela ter virado um anjo a seu favor, mas isso não iria garantir nada, então resolveu apelar para os sentimentos de dela.

Rin parou de encarar Yan, em sua mente memorias da infância que teve com Sakura começaram a surgir, Rin sempre foi a filha perfeita e com muita sorte, superando facilmente Sakura em tudo.

Uma vez jogando Poker ela e Sakura estavam em um impasse, Rin havia ganhado quase todas as fichas de Sakura a forçando a um All in, apostar tudo, e assim Rin veio com cartas muito superiores a de Rin.

No fim Rin entregou o jogo e deixou Sakura vencer por amor, não muito tempo depois Sakura foi levada pelos Matou e a história seguiu até os dias atuais com Rin apenas observando a vida "feliz" de sua irmã.

Rin não sabia o que fazer, realmente pela primeira vez em sua vida ficou sem uma resposta definitiva e apenas conseguiu apertar as roupas de Yan com as mãos.

Yan acariciou os cabelos dela a confortando sem forçar por uma resposta, forçar poderia apenas dificultar e aumentar as chances de uma resposta negativa dela.

Em algum momento Yan e Rin sentaram na cama um ao lado do outro em silencio, com Rin deitada sobre as pernas dele ainda perdida em pensamentos.

"Eu vou", Rin, murmurou virando o rosto e olhando para Yan, ainda havia um pouco de duvida em seu olhar, porém ainda assim escolheu seguir Sakura.

"É isso ai!", Yan sorriu e não se conteve de alegria, abaixou-se para dar um beijo comemorativo em Rin.

O som de um tapa preencheu a sala, "Não pense que estou indo por você, não vou fazer pretendo fazer parte do seu harem!", gritou ela levantando da cama e saindo da sala deixando Yan, espantado, sozinho no quarto.

"Obrigado", murmurou ela em um tom quase inaudível, porém Yan conseguiu escutar.

"Hahahaha! Ela é interessante", Yan disse gargalhando e acariciando o rosto.

O tapa não o machucou, mas deixou uma marca profunda nele, pela primeira vez Yan não a estava vendo como um personagem de anime, a irmã da Sakura ou uma bolsa de sangue virgem.

Em pouco tempo todos fizeram as malas, tudo o que Yan queria levar cabia em uma única mochila e ainda sobrava espaço, Chloe não era muito diferente com uma mochila extremamente cheia.

Sakura e Rin estavam com cinco ou seis malas grandes, Rider estava feliz apenas em ter Pegasus com ela.

Illya foi a que mais tinha bagagem, muitas roupas, matérias mágicos e livros, tudo em uma enorme trouxa.

"O que é isso Yan?", disse Chloe olhando para um caixa na mão dele.

"Isso é uma lembrança que meu pai deixou e minha última carta na manga, caso o pior acontecesse", Yan revelou em sua mão uma caixa de jacarandá.

"O que tem dentro?".

"A alma dele?"

"Sabe que é falta de educação responder uma pergunta com outra pergunta?", Chloe disse em desgosto, mas não tocou novamente no assunto e foi verificar se alguém ainda iria terminar algum preparo.

Yan colocou a caixa na mochila, mas no último momento pareceu lembrar de algo, "Eu já volto, terminem de colocar as bagagens no quintal", disse saindo voando e indo em direção a sua antiga casa.

Como o esperado por ele, estava toda destruída, pedaços de metal e madeira por todos os lados, sangue seco em alguns cantos, porém um metal reluzente brilhou sobe a luz refletida pela lua e destacou-se.

"Achei! Ufa, ainda bem que ninguém pegou", Yan tirou alguns entulhos e limpou o objeto materializando água.

"Avalon, novinha em folha ou quase isso", ele pode sentir que não havia poder magico restante no artefato, porém apesar de ter lavado muito diligentemente, ainda havia sangue nela.

Ele desistiu e guardou a bainha dentro da mochila, tomando o pouco de espaço que sobrou.

Ele retornou e no quintal estavam todas reunidas, Chloe, Illya, Sakura, Medusa e Rin, com suas bagagens e o Pegasus negro.

"Todas prontas?", disse Yan posicionando-se no centro entre elas enquanto uma enorme formação magica branca aparecia abaixo do pé de todos.

"Sim, Mestre!".

"hum...".

"Vamos antes que eu desista".

"vou para onde o Oni-chan for".

"Claro, estou com saudade de casa".

Ouvir as respostas delas fez um sorriso florescer no rosto de Yan, "Então é hora de irmos embora desse mundo, até uma próxima", disse com um pouco de nostalgia em sua voz.

A figura deles desapareceu em um clarão de luz cegante que pode ser visto de toda Fuyuki, dando trabalho extra para a Igreja cobrir e quase revelando ao mundo a existência da magia.

"Parece que lugares como esse e eu temos afinidade", digo olhando ao meu redor e vendo estrelas e bem a minha frente uma enorme terra surge, "Desta vez é o espaço", digo acariciando o meu queixo e tentando entender a atual situação.

Eu executei o feitiço de retorno que me levaria para o meu mundo interno, "Avalon", ou para a "Fenda Dimensional", o lugar que está ligado a todos os universos e a nada ao mesmo tempo, porém aqui estamos, sim as garotas estão ao meu lado, desmaiadas, no meio do espaço.

Não precisei pensar muito, logo um orbe de energia pura surgiu a minha mente parecia estar conectada ao estranho objeto, melhor corrigir, estava ligado a "Vontade coletiva da humanidade de querer sobreviver o máximo de tempo possível", Alaya.

"O que você quer?", pergunto um pouco surpreso com a situação atual.

A resposta vem a minha mente, não havia palavras nem imagens, era como se o conhecimento fosse impresso diretamente no meu cérebro, isso doeu um pouco.

"Eu não pretendo me tornar o seu servo em troca de poder", ela me ofereceu o mesmo contrato que originalmente ofereceria a Shirou Emiya que o levou a sofrer e entrar em desespero.

Salvando o máximo de pessoas possíveis, matando outras.

"Não me importa, as recompensas não valem a pena em troca de uma eternidade de servidão como seu soldado e mesmo que eu tenha uma vida útil quase imortal, um dia ainda morrerei, quando isso acontecer não quero ter você aproveitando-se disso", digo com um pouco de raiva na minha voz, senti minha conexão com Archer ficar mais forte.

"Eu me despeço também, espero que a humanidade dure bastante, ainda vou retornar um dia para buscar Mordred", um pouco de melancolia é refletido em minha voz.

Eu não posso mais convocar Mordred, o sistema do Graal transformou-se na bateria que vai servir para o meu propósito, portanto o sistema de convocação foi perdido, apenas em algum mundo paralelo ou em um futuro distante existe a chance de Mordred ser convocada por mim.

O "orbe" piscou e sumiu e em seu lugar surgiu um portal sombrio que do outro lado aparecia uma infinidade de cores misturadas.

Nós retornamos em segurança...

Serafall trabalhou sem descanso real, os seus sorrisos brilhantes foram ficando cada vez mais forçados com o passar dos meses e ainda assim jamais tirou férias e perseverou.

A presença de sua irmã, Sona, ajudava bastante, os poucos momentos de alegria real eram ao lado dela, porém com o tempo e a adolescência chegando nem mesmo ela quis dar tanta e tinha seus próprios pensamentos para organizar.

E assim aos poucos a estrela mais cativante de todo o mundo sobrenatural foi perdendo o seu brilho e entrando em depressão, um processo lento e doloroso e ainda assim seus filmes, animes e jogos prosperaram como nunca antes.

A causa disso? O sumiço de Yan Zollen, a "Rainha" das peças malignas de Sona Sitri, alguém reconhecido em todo o mundo sobrenatural por intermediar uma aliança entre Anjos, Youkais, Anjos caídos e Demônios, algo inédito.

Em algum momento depois de anunciar seu noivado com Sona Sitri publicamente e de demonstrar seu crescimento explosivo em uma luta de exibição, ele simplesmente desapareceu.

O boato que circula entre a população mais baixa é que ele morreu nas mãos de Sairaorg Bael durante a exibição e o Clã Sitri está tendo a ajuda dos Maous para encobrir a história.

Contudo, durante cerca de oito anos não houve nenhum avistamento de Yan e isso está afetando a imagem do Clã Sitri, além de que nesse tempo o número de demônios que caíram perante a doença do sono aumentou substancialmente e isso está deixando o clima no submundo cada vez mais instável.

E Eu sei que Serafall-sama ama muito ele, todos os dias escuto histórias dele, como as histórias escritas por ele criaram a época de ouro das Mahou Shoujos no Japão, além das suas brincadeiras e como eles são perfeitos um para o outro, em uma voz monótona e sem esperança.

E ver Serafall-sama nesse estado e aguentar sozinha todo esse peso me deixa triste, jamais irei perdoar Yan-sama por deixa-la sozinha por tanto tempo, apenas eu, Lana, assistente dela por quatro anos, posso entender e sei exatamente o que ela precisa, espero do fundo do meu coração que ele jamais volte.

Mas um dia quando cheguei ao quarto de Serafall-sama, estávamos fazendo uma visita ao território do Maou Lúcifer, não tive tempo de bater na porta quando ela abriu e escutei Serafall-sama gritar.

"Ele voltou, eu posso sentir", Serafall-sama estava estonteante, sua aparência abatida sumiu, sua roupa de negócios sumiu e em seu lugar apareceu uma magia de Mahou Shoujo rosa cheia de babados.

"Quem voltou", eu não conseguia entende-la, quem a deixaria tão feliz? Sona-sama? Nesse momento eu estava tentando negar a realidade.

"Yan-Kun, Yan-kun voltou! Eu posso sentir!", a alegria da mulher que eu admirei era inversamente proporcional a minha.

"Eu nunca vou entregar Serafall-sama", jurei em meu coração enquanto fingia pular de alegria com ela.

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