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Você odeia isso?

-Você odeia isso?

-Isso o que...?

-Ser fraco.

-Odeio...

-Você deseja ser forte?

-Desejo...

-Deseja poder?

- Sim, eu desejo...

-Deseja ser capaz de destruir quem entrar no seu caminho?

- Sim, eu Desejo!

-Parabéns. Você acaba de desenvolver uma nova mutação devido ao seu desejo. Que tipo de poder você deseja?

-Eu...Eu desejo tudo...

-Tudo bem. Permitiremos que você possa ter tudo. Agora, acorde, Koenji-Kun.

Me sento na cama rápido, assustado.

Olho ao redor, percebendo que estou na enfermaria.

Sinto o suor escorrer pela minha testa, e seco com a manga da camisa.

Olho rapidamente o relógio na parede, vendo que já são seis horas.

Normalmente, eu voltaria a dormir, mas não estou com vontade. Acabei de acordar de um sonho muito estranho.

Me levanto, mas quando piso no chão, me sinto estranho.

É impressão minha ou meu corpo está mais leve? 

Bem, não vai fazer muita diferença.

Empurro a cortina para o lado e vejo minha farda do lado da cama com um bilhete em cima.

"Koenji-Kun, você terá que ir para a aula hoje. Não consegui convencer seus professores a te liberarem. Então, aqui está a sua farda*. Tome um banho no banheiro da sala, tem uma toalha no armário do lado da minha mesa. Vá tomar café da manhã no refeitório. -Yanagami-Sensei."

Amasso o papel e jogo na cesta de lixo do lado da cama.

Calço meus chinelos e caminho lentamente em direção ao banheiro, antes pegando a toalha no armário.

Entro e fecho a porta. Tiro meu pijama e dobro ele, colocando no cesto de roupa sujas debaixo da pia.

Aliás, por que é que tem um cesta de roupas sujas no banheiro da enfermaria?

Não creio que muitas pessoas tenham uma pernoite aqui como eu.

Bem, que seja.

Me levanto para me virar na direção do box, mas paraliso ao olhar para meu reflexo no espelho.

Pisco algumas vezes e coço os olhos. Que tipo de ilusão é essa?

Em frente ao espelho não está meu eu habitual, mas sim um garoto alto e bonito, com olhos amarelados e com cabelos negros e bagunçados com um corpo muito bem construído.

Tudo bem. Você ainda está dormindo.

-Aí!

Me belisco, mas nada acontece.

O que? Espere, esse sou Eu?!

-Mas que...?

Começo a cutucar meu corpo. Meu rosto e abdômen estão incrivelmente rígidos, como se para não perder a forma e definição.

Tudo bem, vou primeiro tomar meu banho, e depois me preocupo com isso.

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Muito bem. Vamos ver.

Primeiro, um sonho esquisito.

Segundo, minha aparência e tamanho mudam.

"E agora? O que vem?", me pergunto em pensamentos enquanto caminho em direção ao refeitório.

Ao entrar, percebo que tem um boa quantidade de alunos.

É primeira vez que eu venho, mas não esperava que tivessem tantos alunos aqui essa hora.

São o que? Sete horas, talvez?

Ando até o balcão e peço uma xícara com chocolate quente acompanhado com uma fatia de bolo de chocolate.

É um café meio infantil? Sim, mas eu gosto.

Coloco a xícara e o pires em uma bandeja, e pago a garota, que está me encarando de uma forma estranha.

Dou de ombros, pegando a bandeja e caminhando em direção a uma mesa vazia.

Encontro uma, no canto esquerdo do refeitório, e me sento em uma das cadeiras ao redor dela.

Uso um pequeno garfo de sobremesas e corto a ponta do bolo, a pegando com os "dentes" do garfo e levando a boca, saboreando o gosto doce.

-Com licença, poderíamos nos sentar aqui com você?

Depois de um tempo, ouço alguém perguntar isso. Levanto minha cabeça e vejo quatro belas garotas paradas em pé do meu lado.

-Claro, senhoritas. -Falo me levantando e, por cortesia, puxando as cadeiras para que elas se sentem.

-Obrigado. -Falam em coro e sorrio.

-De nada, senhoritas. -Falo e volto a comer.

-Bem...qual o seu nome?

A garota na cadeira a minha direita mais próxima pergunta.

-É rude perguntar o nome das pessoas sem se apresentar antes. -Comento e bebo um pouco do chocolate.

Olho rapidamente para a garota que perguntou meu nome e vejo sua bochecha ficarem levemente vermelhas, e as amigas dela soltam risadinhas.

Fecho os olhos, achando o riso delas desagradável.

-Não riam dela. É mais rude ainda. -Falo abrindo os olhos e as encarando friamente.

-D-Desculpa... -Pedem envergonhadas.

-Tudo bem. -Falo sorrindo. Não me importo com o que as pessoas façam, desde que peçam desculpas quando estão erradas.

-Bem, eu me chamo Yumehara Chika.

A garota que perguntou meu nome se apresenta.

Ela é baixa, cabelos vermelhos assim como seus olhos. Seu rosto é fino e bonito. Corpo desenvolvido. Lembra aquela garota Neko de Monogatari.

-Me chamo Sakura Hanami.

A garota ao lado de Yumehara-San se apresenta.

Baixa, cabelos e olhos rosas. Rosto fino e delicado. Corpo mais ou menos desenvolvido. Seu nome é engraçado, especialmente quando se analisa a sua aparência*.

-Me chamo Yuu Yushino.

A garota na minha frente, na outra ponta da mesa, se apresenta.

Alta, cabelos e olhos brancos. Rosto fino com uma expressão que parece natural de uma pessoa mais velha. Corpo bem desenvolvido. Ela parece com aquelas Onee-Chan's de animes e mangás maduras que ajudam seus otoutos** e suas imoutos***.

-Me chamo Yukinoshita Suzune.

A garota sentada a minha esquerda se apresenta.

Baixa, cabelos e olhos verdes. Rosto fino e infantil. Corpo não desenvolvido. Uma loli. Ela lembra a "Zero eterno", de Ansatsu Kyoshitsu.

-Me chamo Koenji Tsukira.

Me apresento e vejo os olhares surpresos delas.

-Koenji Tsukira-Kun? O "semi-pri..."...! -Sakura iria falar algo, provavelmente, rude, mas parece que ficou paralisada por algum motivo.

Bem, não quero estar aqui quando ela recobrar os sentidos.

-Com licença. -Peço após terminar de beber o chocolate e me Levanto, caminhando até o balcão da lanchonete e colocando a bandeja com a xícara, o pires e o garfo lá.

Ponho as mãos nos bolsos e caminho lentamente na direção da enfermaria, para pegar minha bolsa com meu material e ir para a sala de aula.

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Bocejo, enquanto tiro o livro da minha cara coçando um dos olhos, para tentar fazer ele "acordar".

Já está na hora do almoço, e embora não queira ir para o refeitório com o risco de me encontrar com eles, a frustração é mais fácil de suportar que a fome.

Me Levanto, andando sonolento para fora da sala e caminhando em direção ao refeitório.

Estou começando a me incomodar com toda essa atenção que estão dando a mim. Eu sei que minha aparência mudou radicalmente, mas precisam encarar tanto?

Entro no refeitório e vejo uma incrível quantidade de alunos.

Isso é muito desagradável. Será que é tão difícil eles comerem quietos ou conversando de forma calma e civilizada? É realmente preciso ficarem gritando e comendo com a boca aberta? Que nojento.

Ando até a área "monta pratos", e coloco três colheres grandes de arroz, duas porções de salada e pedaços de frango em cubos.

Entro na fila para pagar os pratos, e em dois minutos peso e pago o meu, pegando talheres em um tipo de porta-talheres no balcão.

Nunca gostei de comer com hashis. É estranha a ideia de comer com algo que passa a sensação de se estar segurando com a ponta dos dedos. E também, dependendo da comida, é difícil de pega-la.

-Ei! Koenji-Kun! Aqui!

Me viro e vejo Yumehara me chamando, enquanto acena para mim. Caminho até ela.

-Almoce com a gente. -Ela pede/ordena e eu me sento na cadeira do seu lado. Yuu-San, Sakura-San, Yukinoshita-San estão aqui também.

-K-Koenji-Kun.

Levanto meu olhar e encaro Sakura, que me chamou.

-Sim, Sakura-San?

-D-Desculpe por hoje de manhã. Quase lhe chamei de algo grosseiro. -Fala e desvia o olhar, corada de vergonha.

Sorrio. É fofo ver uma garota como Sakura, que parece ter personalidade forte, envergonhada.

-Tudo bem, Sakura-San. - Falo sorrindo. Vejo-a corar mais e sorrir abobalhada.

Não entendi o porquê disso, mas tudo bem.

-Ora, Ora, quem encontramos aqui: o semi-primata Koenji. Me diga, que aparência é essa?

Não preciso me virar. Já sei quem é.

-O que deseja, Asura-San? -Pergunto sem me virar para encara-lo, pegando um pedaço de frango com o garfo e o levando a boca.

Está bom, mas já comi melhores. Eles deveriam suavizar o tempero.

-Quando eu soube que um lixo como você estava circulando pela escola com uma aparência diferente eu não acreditei. Sabe, não é porque tem algumas putas atrás de você que pode achar que pode ir e vir como quiser. Você continua sendo escória. -Fala em um tom de voz carregado de deboche e malícia.

Olho para as garotas sentadas comigo e percebo que todas estão incomodadas com a presença dele.

Eu poderia ter perdoado ele por ter sido um babaca idiota comigo desde que eu cheguei aqui, mas agora ser grosseiro e desrespeitoso com damas na minha presença é algo imperdoável.

Limpo a faca que estava usando como auxílio para o garfo em um guardanapo, posto ao lado do prato, discretamente e me viro devagar para encarar o Asura.

-Desagradável. -Falo e o sorriso dele some rapidamente.

Sério que é tão fácil assim provoca-lo?

-O que você disse, seu merdinha classe E?! - Ele pergunta já alterado e tenta por a mão no meu pescoço, e eu me preparo para cortar sua mão. Mas, estranhamente, ele simplesmente ficou parado, completamente imóvel.

Sério, algo muito estranho está acontecendo aqui.

Volto a almoçar calmamente, assim como as garotas.

Termino e me levanto, andando até o balcão ao lado dos cestos de lixo e deixando lá a bandeja com o prato e os talheres que usei. As garotas seguem meu exemplo e levam suas bandejas, deixando-as no balcão.

-Volto a dizer: desagradável. Embora, enquanto calado e imóvel, seja mais tolerável. -Falo após parar rapidamente do lado do ainda paralisado Asura e o empurro para o lado, derrubando-o.

Isso foi estranho, mas se acontecer sempre com o Asura, posso me acostumar. Nurufufu.

"Eu não presto, né?", me pergunto em pensamentos.

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